terça-feira, 13 de outubro de 2009

MÃES E FILHOS

 

Pela Internet recebi outro dia uma carta assim:

“Sempre soube que ela era importante para mim.

Só não sabia o quanto ela era realmente valiosa e especial.

Sempre imaginei que se um dia ela me faltasse, eu sentiria sua falta.

Mas nunca calculei o que sua falta verdadeiramente representaria para mim.

Sempre me disseram que amor de mãe é algo diferente, sublime, quase divino.

Sempre me disseram tantas coisas a respeito desse relacionamento: mães e filhos.

Tanto disseram, mas foi pouco o que eu ouvi e entendi sobre isso.

Banalizei.

Não acreditei.

Até o dia em que ela se foi.

Era uma tarde de final de primavera.

O vento brando soprava e em minha casa não havia a mais leve suspeita da dor que se avizinhava.

De repente, a notícia.

Mas não poderia ser verdade.

Não, Deus não permitiria que as mães morressem.

Não assim.

Não a minha.

Engano meu.

Era verdade.

A verdade mais cruel e mais dura que meu coração precisou encarar, enfrentar, suportar.

Ela partiu sem me dizer adeus, sem me dar mais um abraço, mais um beijo, sem me pegar no colo pela última vez, sem me dizer como fazer para prosseguir só, dali para frente ...

Simplesmente partiu.

E uma ferida no meu peito se abriu.

Ferida que não cicatriza, que não sara, que não passa.

É a falta que ela me faz.

É minha tristeza por querer seu aconchego mais uma vez, seu consolo, sua orientação segura.

Querer seu cafuné antes do meu adormecer, sua voz antes do meu despertar.

Sua presença silenciosa em meus momentos de angústia, sua mão amiga a me amparar e confortar.

Querer outra vez ouvir seu sussurro baixinho me dizendo que tudo vai dar certo e que tudo vai acabar bem.

É uma saudade que aperta meu coração e me faz derramar lágrimas às escondidas.

É uma dor de arrependimento por todas as mal-criações que fiz, pelas palavras atravessadas e rudes que lhe disse.

Arrependimento porque agora sei que mãe é mesmo alguém muito especial e porque me dou conta de que os filhos só percebem isso muito tarde.

Tarde demais, como eu.” 

                            * * *

A morte é um afastamento temporário entre os seres que habitam planos diversos da vida.

Embora saibamos disso é compreensível a dor que atinge aqueles que se vêem afastados de seus amores pela ocorrência da morte.

Muitas vezes essa angústia decorre do arrependimento pelas condutas equivocadas que os feriram, ou que não demonstrar o verdadeiro afeto que sentíamos por aqueles que partiram.

Às vezes são as mães que partem, outras são os filhos, ou os pais, os amigos ...

E tantas coisas deixam de ser ditas, de ser feitas, de ser vividas... 

Pense nisso! 

A vida é marcada por acontecimentos inesperados que a transformam, muitas vezes, de modo irreversível.

Cuide de seus amores porque, embora eles sejam para sempre, poderão não estar sempre ao seu lado.


Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em carta de autoria desconhecida.

ESPORTES X FUTEBOL

O texto descrito abaixo, não foi extraído de nenhum compêndio ou livro de literatura nem tão pouco de comentários ventilados aleatoriamente por qualquer individuo ou grupo de pessoas. Trata somente de como penso e acredito que seja e se por ventura alguém não estiver de acordo com este pensamento que me perdoe e aqueles que não coadunem comigo também em formas e raciocínios que também possam me perdoar, mas, este é o meu ponto de vista, e talvez isto aconteça porque os que pensam diferentemente, ainda não se encontrem na mesma faixa de raciocínio, na qual encontro-me navegando em bom e excelente estado.

Fico imaginando como começou a pratica do esporte e o porquê? - Porém, cheguei a seguinte conclusão: O esporte deve ser um dos recursos que foi dado ao ser pensante para que, com sua prática constante ele adquirisse, habilidade, versatilidade e o “AUTO AMOR”.

Quando desejamos ardentemente algo, é evidentemente uma das formas da busca do “auto amor”, pois sentimos necessidade daquilo que estamos desejando, servindo para nos completar, pelo menos é o que rudimentarmente imaginamos, e o esporte é uma das formas de conquista pessoal, sendo que em certas modalidades, a finalidade maior é vencer o adversário.

Acredito, que no principio tudo tenha acontecido da seguinte forma: O homem pré-histórico para sobreviver, ainda, por absoluta ignorância, tinha que praticar a arte da caça e necessitava para isto, lutar contra o animal irracional, matando-o para obter o alimento necessário a sua sobrevivência, o que infelizmente ainda acontece. Talvez nos primórdios, tenha feito estas proezas somente com o uso dos braços e mãos, porque ainda não tivesse criado alguma espécie de utensílio para auxiliá-lo, havendo tempo depois, descoberto um meio de afinar uma lasca de pedra, fazendo desta uma rudimentar arma para o combate. De posse desta preciosa ferramenta, e para proteger-se, viu-se na obrigação de eliminar o seu semelhante quando este surgia ao seu redor, protegendo suas posses como também tudo aquilo que estivesse sobre sua tutela, que apesar das mudanças de roupagem, esta selvageria ainda persiste.

Com a prática constante e sistemática desta modalidade de agir, para manter sua sobrevivência, foi se tornando cada vez mais ágil nesta habilidade de abater o próximo, sentindo-se um vencedor, admirado pela sua capacidade e habilidade perante os demais, e, com o decorrer do tempo, era admirado por determinada tribo constituída por seus descendentes diretos e indiretos, desenvolvendo em torno de si uma comunidade, formando uma seleta coletividade. Era o herói! Sendo cada vez mais admirado, sentia cada vez mais ânsia em vencer. Transformara em o protetor e a sua presença era garantia de alimentos e mais proventos para a sobrevivência de todos.

Sendo ele possuidor deste dote, não foi difícil para os demais concorrentes, aparecerem com as mesmas habilidades, acontecendo cerradas disputas entre os campeões, nascendo daí os mais habilidosos, os ídolos.

Emergindo os ídolos, ao lado deles evidentemente havia aqueles que os admiravam, surgindo os torcedores ou sejam os admiradores em potencial, ou aqueles que se acham realizados com a vitória do outro.

Este tipo de habilidade foi crescendo, evoluindo até chegar nos grandes jogos da velha Roma, onde os Imperadores com seus séqüitos e a nata da sociedade romana de então, se divertiam e lambuzavam com a desgraça humana, pois covardemente, conduziam ao centro da arena, no famoso e famigerado circo coliseu, grande quantidade de prisioneiros para serem estraçalhados pelas feras, enquanto um público estupidamente ignorante, gritava e extasiava com cenas animalesca, pois loucamente enfurecida, sentia-se vitoriosa com a derrota de seu semelhante em trágica situação. E, por incrível que possa parecer, davam o nome desta carnificina de Jogos, os famosos jogos do circo coliseu.

Como tudo no mundo evolui, esta é a lei e ninguém pode mudar, os esportes ou jogos também evoluíram. Chegamos as lutas livres e ao imbecil boxe, onde, a sociedade capitalista, exibindo seus magnatas, comparecia e ainda comparecem, a estádios, para assistirem em um ringue dois seres se arrebentando em lutas ferozes para um nocautear o outro, sendo que em algumas vezes, chega até mesmo a matar o adversário, em troca de um punhado de dólares, enquanto a platéia imbecilizada aplaude esta carnificina homicida oficializada.

Continuando a marcha evolutiva, além dos esportes ou jogos acima narrados, encontramos também, o futebol, mais conhecido como o esporte das multidões. Multidão esta conhecida como torcedores: - alguns mais evoluídos, somente torcem para que o seu time tido como do “coração”, vença o adversário, outros ainda, em estado provisoriamente ignorante, curtindo uma letargia evolutiva, querem para satisfazer a sua reduzida capacidade mental, massacrar os adversários, acreditando que com esta postura hipócrita possam subir ao pedestal da superioridade, mas esquecem de que, quem verdadeiramente sobe, são os gladiadores de antigamente ou os atuais jogadores, e que eles nada fizeram, a não ser poluírem os ambientes onde se alojam, descarregando suas energias negativas e doentias sobre as mentes presentes, obscurecendo e transformando em campo de batalha um local que poderia ser de lazer e divertimento.

Este tipo de torcedor que considero um fracassado, sentido-se incapaz de se auto realizar, por frustrações que carrega consigo, acredita que será um vencedor as custas de um time de futebol, mas, sabe que intimamente é um derrotado, pois quando passa o estado de euforia, retorna a frustração ao qual está submetido, havendo a necessidade de uma nova vitória para se sentir vitorioso, funciona como uma muleta, o mesmo se dá com os viciados em tóxicos, álcool e outras drogas, pois sabemos que a euforia ainda é um estado imperfeito da alma, que necessita se auto encontrar e aprender a sobrepujar a si própria, pois somente será um vencedor quando vencer todas as suas imperfeições, superando suas deficiências, más inclinações, e, não se projetando nas vitórias e glórias de seus semelhantes.

GF. 29/11/08-GERALDO FONSECA-ladim44@yahoo.com.br

O que é um co-dependente?

É a pessoa que desenvolve relações baseadas em problemas. O foco está sempre no outro e o vínculo não é o amor ou a amizade, mas a doença, o poder, o controle.

No fundo o co-dependente acredita que pode mudar o outro. Seus relacionamentos são criados para transformar os outros.

A definição científica de co-dependência é:

NECESSIDADE IMPERIOSA EM CONTROLAR COISAS, PESSOAS, CIRCUNSTÂNCIAS/COMPORTAMENTOS NA EXPECTATIVA DE CONTROLAR SUAS PRÓPRIAS EMOÇÕES.

As perguntas abaixo servem para identificar possíveis padrões de co-dependência.

Somos conscientes que o auto-diagnóstico é um assunto muito sério e por sua vez pessoal. Esperamos que sejam-lhe úteis. São elas:

1. Você se sente responsável por outra pessoa? Seus sentimentos, pensamentos, necessidades, ações, escolhas, vontades, bem-estar e destino?

2. Você sente ansiedade, pena e culpa quando outras pessoas têm problemas?

3. Você se flagra constantemente dizendo sim quando quer dizer não?

4. Você vive tentando agradar aos outros ao invés de agradar a si mesmo?

5. Você vive tentando provar aos outros que é bom o suficiente? Você tem medo de errar?

6. Você vive buscando desesperadamente amor e aprovação? Você sente-se inadequado?

7. Você tolera abusos para não perder o amor de outras pessoas?

8. Você sente vergonha da sua própria vida?

9. Você tem tendência de repetir relacionamentos destrutivos?

10. Você se sente aprisionado em um relacionamento? Você tem medo de ficar só?

11. Você tem medo de expressar suas emoções de maneira aberta, honesta e apropriada?

12. Você acredita que se assim o fizer ninguém vai amá-lo?

13. O que você sente sobre mudar o seu comportamento? O que impede-lhe de mudar?

14. Você ignora os seus problemas ou finge que as circunstâncias não são tão ruins?

15. Você vive ajudando as pessoas a viverem? Acredita que elas não sabem viver sem você?

16. Tenta controlar eventos, situações e pessoas através da culpa, coação, ameaça, manipulação e conselhos assegurando assim que as coisas aconteçam da maneira que você acha correta?

17. Você procura manter-se ocupado para não entrar em contato com a sua realidade?

18. Você sente que precisa fazer alguma coisa para sentir-se aceito e amado pelos outros?

19. Você tem dificuldade de identificar o que sente?

20. Você tem medo de entrar em contato com seus sentimentos como raiva, solidão e vergonha?

O co-dependente vem de uma família com estrutura disfuncional, anormal. A síndrome da co-dependência fica mais visível quando o vício surge. Síndrome é um conjunto de sintomas, como por exemplo: baixa auto-estima; a dificuldade de colocação de limites; dificuldades em reconhecer e assumir a própria realidade; dificuldades de tomar conta de suas necessidades adultas; dificuldade de expressar suas emoções de forma moderada.

O co-dependente é a pessoa que deixa o comportamento de outra pessoa controlar o seu próprio e que fica obcecada em controlar o comportamento da outra pessoa.

Tudo começa com o fato de nos encontrarmos ligados (por amor, obrigação ou dever) a alguém muito complicado, doente física ou emocionalmente, que por conta desta doença se auto-destrói ou desiste de viver e precisa, aparentemente, de nosso apoio e cuidado constante.

A outra pessoa pode ser uma criança que nasceu com defeito físico, um adulto deprimido, uma esposa ou amante anoréxica, um irmão que não se saiu bem na vida, uma irmã que sempre se mete em encrencas e parece frágil para resolvê-las, um pai alcoólatra ou outro dependente de qualquer outra droga.

Enfim, o importante não é quem esta outra pessoa é, ou qual a doença ela tem. O núcleo da questão está em nós mesmos, na forma como deixamos que ela afete nosso comportamento e nas formas como tentamos influir no comportamento dela ou "ajudá-la".

Estamos falando de uma reação à autodestruição do outro que acaba nos destruindo. Tornamo-nos vítimas da doença alheia e, quanto mais nos esforçamos para fazer esta pessoa abandonar o vício ou mudar de postura diante da vida, menos ela melhora e mais arrasados ficamos.

Parece que nossa vida gira em torno dela, não mais agimos por vontade própria, mas sim reagimos à forma como o doente está; se está bem ficamos bem, fazemos planos, temos esperança; na hora em que ele(a) volta a beber ou deprimir, suspendamos o cinema, os projetos, nos sentimos uma porcaria.

Alguns cientistas consideram este comportamento de ajuda crônica ao outro, em si mesmo, uma doença emocional, grave e progressiva. Dizem até que o co-dependente quer e procura pessoas complicadas para se ligar, só podendo ser feliz desta forma. É o círculo vicioso do sofrimento.

O co-dependente desenvolve a fantasia de que é ele que tem que suprir a necessidade do outro, esquecendo-se totalmente de si.

A carreira profissional do co-dependente pode ser utilizada para que se proteja dos sentimentos doloridos (reuniões no escritório, congressos, jantares, prática de esportes, festas, encontros sociais, estudos). Tudo isto procurando o conforto do distanciamento dos conflitos interiores.

A co-dependência é um processo que envolve a pessoa em amarras emocionais tirânicas, que provocam muito sofrimento. Quando acontece algo doloroso, e o co-dependente diz a si mesmo que falhou, está na verdade dizendo que tem controle sobre aquele acontecimento.

Culpando-se, ele se prende à esperança de que será capaz de descobrir onde está o erro e corrigi-lo, controlando dessa forma a situação e fazendo o sofrimento cessar.

Todo co-dependente é indireto, não fala o que sente, e deseja desesperadamente que os outros adivinhem tais sentimentos e desejos, e fica ressentido quando eles não atendem suas expectativas. O co-dependente não diz o que deseja dizer, e nem deseja dizer o que diz.

Somos os autores de nossa própria doença.

A doença mental/emocional é uma doença emocional e espiritual. Espiritual no sentido de que somos doentes nos pensamentos, emoções, atitudes, crenças, modo de sentir, tudo, enfim, que leva o ser humano a agir da maneira que o faz.

São as nossas reações diante dos acontecimentos e não os acontecimentos em si mesmos, que determinam o nosso modo de sentir. (nossa interpretação dos acontecimentos e situações que resulta em saúde ou doença emocional).

Como recuperar-se? Não fuja da realidade, decida-se a olhar para onde as falhas realmente se encontram: dentro de nós mesmos. É nossa responsabilidade fazer alguma coisa a respeito. Culpa, censuras e críticas só atrapalham, descarte-as. Se for difícil, procure ajuda.

A escolha é sua.

As respostas estão dentro de você.

Fonte:

Tudo o que tem a fazer é analisar, ouvir e acreditar.

" O pessimista queixa-se dos ventos. "

" O otimista espera que eles mudem. "

" O realista ajusta as velas... "

( Autor Desconhecido )

CODA - Codependentes Anônimos