domingo, 2 de agosto de 2015

MENSAGENS PSICOGRAFADAS - SE BUSCAS O AMOR



O indivíduo passa a vida procurando o amor fora, e não olha para dentro de si, para se autoconhecer e entender seus próprios sentimentos. Convive com sentimentos que desconhece, trocando valores e fazendo cobranças.
O ser impõe, exige, agride e vivencia brigas que o infelicitam, ferem causando dores profundas; utiliza-se de fugas e dribles, fazendo da relação um mero jogo para satisfazer seus interesses, colocando seu ego em primeiro lugar para atender seu orgulho e ter a posse para manter tudo sob seu controle.
Desconhecendo a necessidade do autoamor para amar o próximo, casais se digladiam e transformam a relação em verdadeiras prisões, para ambas as partes.
Afinal, isso é o amor?
Amor, sentimento sublime que leva o ser ao devotamento extremo e à entrega absoluta, respeita os seus próprios sentimentos. O amor não impõe barreiras, renuncia quando necessário; não faz trocas, simplesmente se dá, sem colocar seus interesses pessoais em primeiro lugar. Alimenta a alegria e não estimula a tristeza. O amor não é uma algema, e sim um laço consentido de ambos os lados. O amor é espontâneo, não é uma prisão sem grades.
Em nome do amor, impõem-se condições e regras ao parceiro ou à parceira que, movido(a) pelo total egoísmo, exige que outro faça somente aquilo que ele(a) julga ser melhor.
Só pode usar roupas que o outro aprove; só corta os cabelos se o outro permitir; não pode ter tais ou tais amizades; não permite que o outro siga e frequente tal instituição religiosa ou tenha determinada filosofia de vida… Se violar as regras estabelecidas pelo egoísmo, o indivíduo parte para a agressão verbal, passa a fazer retaliações e forte pressão.
O indivíduo invadido em seu espaço passa a submeter-se aos caprichos do outro para evitar as brigas, e diz que é em nome do amor. Há indivíduos que, se pudessem, controlariam até mesmo os pensamentos do seu parceiro, tornando-o sua própria sombra.
Isso não é amor!
Amar sem escravizar é o desafio da relação a dois.
O amor não aprisiona, e sim liberta. Vive em companhia do outro e não intimidado pelo outro; compartilha sempre, respeitando a individualidade; é gentil e não exige nada em troca; não busca recompensas e nem tirar vantagens.
O objetivo do amor é a união de dois indivíduos, e não a fusão das individualidades. Amor é crescer ao lado um do outro; e não anular o companheiro para crescer no seu egoísmo; é apoiar, e não castrar.
O amor compreende, respeita, perdoa sem esperar primeiro o arrependimento do ofensor; renuncia, aceita, alimenta a alegria, propicia segurança; é agradável e sereno; edifica e constrói. É consciente de que o outro é livre e não lhe pertence; respeita esse espaço e tem desprendimento.
Relacionar-se com alegria, sem algemas que escravizam e viver sem a expectativa de receber retribuição é praticar o auto amor, não permitindo que a decepção encontre aconchego nos refolhos da sua alma.
Ame-se, aprenda a amar e a receber o amor.
O indivíduo nasceu para amar e ser amado. Amar ao próximo como a si mesmo é dar-se à liberdade para ser feliz!
Joanna de Ângelis.”
 Mensagem da Veneranda Joanna de Ângelis recebida por Iraci Campos, presidente do CEJA-Barra, na tarde de 20 de março de 2015, no Rio de Janeiro – RJ