sábado, 20 de dezembro de 2014

APELO DA MIGALHA


      Eu sou a migalha!... Neste mundo de paradoxos e desperdícios, vivo desprezada.
       Abandonam-me sem cogitar do quanto me poderiam utilizar a bem dos que nada têm.
       Há, no mundo, vidas humanas que se alimentam de insignificantes quotas de pão.
       Com as migalhas atiradas ao lixo poderia ser modificada a tormentosa situação de inumeráveis criaturas.
       Moedas de pouco valor, retalhos de tecido, roupas e calçados já não usados - migalhas da abundância - bastariam para socorrer milhões.
       O oceano imenso resulta da gota d’água.
       O jardim formoso surge do pólen invisível.
       Não creio ser possível, de momento, modificar a vida terrena. Desejo, apenas, contribuir de alguma forma.
       Não te escuses do amor ao próximo. Vem comigo! Dá-me tua quota - tua migalha desconsiderada.
       Eu sou a migalha!
       Ajuda-me a ser utilidade e realização.

   


Scheilla / Médium Divaldo Franco - Livro: Terapêutica de Emergência - Ed. LEAL

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

CORAGEM


       Ao meio das lutas ásperas, a coragem desempenha papel preponderante.
       Uns fogem atemorizados, outros entregam-se ao desânimo e vários refugiam-se na insensatez.
       Constituem a caravana dos frustrados, desarmados de coragem, porque se negam o esforço em prol da renovação íntima e do vigor sadio.
       Essa energia que sustenta, essa força moral que induz ao êxito – a coragem!
       A coragem é consequência natural da fé.
       Não significa irreflexão, desatino, temeridade, mas denodo, intrepidez...
       É calma, segura, fonte geratriz de equilíbrio que fomenta a vida e glorifica o labor.
       Ei-la anônima e valorosa em muitas formas:
       A coragem da paternidade responsável;
       A coragem de perseverar na verdade;
       A coragem de amar desinteressadamente;
       A coragem de ceder, quando poderia deter;
       A coragem de cultivar a humildade;
       A coragem de vencer-se primeiro.
       Por isso, o Bem exalta a beleza, em nome da coragem e da fé, certo do inefável amor de Deus.



        Joanna de Ângelis / Médium Divaldo Franco - Livro: Celeiro de Bênçãos - Ed. LEAL

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

DECISÃO FIRME


O agastamento moral torna-se distúrbio de emoção, que finda instalando processo neurótico.
Sempre depararás com quem não te apoia.
Os trêfegos vêm, prometem auxílio e vão.
Os tímidos planejam ajuda e não se encorajam.
Os descorteses apontam erros e seguem adiante: os agressivos surgem, impetuosos, procuram louros para si mesmo, e fogem.
Os devotados sempre estão sobrecarregados, mas ajudam, e os humildes laboram com discrição, simplicidade e constança.
Cada homem é o seu próprio programa e cada coração é a aspiração peculiar à faixa emocional em que transita.
Não te agastes, assim, com eles, os aturdidos.
Não percas o otimismo.
Alguns te exaltam as qualidades negativas para lisonjear-te, arrojando-te em decepções.
Não os acates nem os animes. Reage ao mal.
Discorda, nega, conduz, ajuda, administra, serve – com bonomia. És construtor do bem.
O erro dos outros é problema deles, enquanto que o teu é o problema de bem ajudar.

       


Joanna de Ângelis / Médium Divaldo Franco - Livro: Rumos Libertadores - Ed. LEAL

sábado, 13 de dezembro de 2014

ESTÍMULO FRATERNAL


          Não te julgues sozinho na luta purificadora, porque o Senhor suprirá todas as nossas necessidades.

          Ergue teus olhos para o Alto e, de quando em quando, contempla a retaguarda.

          Se te encontras em posição de servir, ajuda e segue.

          Recorda o irmão que se demora sem recursos, no leito da indigência.

          Pensa no companheiro que ouve o soluço dos filhinhos, sem possibilidades de enxugar-lhes o pranto.

          Detém-te para ver o enfermo que as circunstâncias enxotaram do lar.

          Para um momento, endereçando um olhar de simpatia à criancinha sem teto.

          Medita na angústia dos desequilibrados mentais, confundidos no eclipse da razão.

          Reflete nos aleijados que se algemam na imobilidade dolorosa.

          Pensa nos corações maternos, torturados pela escassez de pão e harmonia no santuário doméstico.

          Interrompe, de vez em quando, o passo apressado, a fim de auxiliares o cego que tateia nas sombras.

          É possível, então, que a tua própria dor desapareça aos teus olhos.

          Se tens braços para ajudar e cabeça habilitada a refletir no bem dos semelhantes, és realmente superior a um rei que possuísse um mundo de moedas preciosas, sem coragem de amparar a ninguém.

          Quando conseguires superar as tuas aflições para criares a alegria dos outros, a felicidade alheia te buscará, onde estiveres, a fim de improvisar a tua ventura.

          Que a enfermidade e a tristeza nunca te impeçam a jornada.

          É preferível que a  morte nos surpreenda em serviço, a esperarmos por ela numa poltrona de luxo.

          Acende, meu irmão, nova chama de estímulo, no centro da tua alma, e segue além...Sê o anjo da fraternidade para os que te seguem dominados de aflição, ignorância e padecimento.

          Quando plantares a alegria de viver nos corações que te cercam, em breve as flores e os frutos de tua sementeira te enriquecerão o caminho.




(Do livro “Fonte Viva”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel).

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Semeadores de esperança


       Possivelmente não terás pensado ainda no verbo formoso e grave a que todos somos chamados: criar para o progresso.
       O Criador, ao dotar-nos de razão, a nós, criaturas, conferiu-nos o poder de imaginar, promover, originar, produzir.
       Referimo-nos, frequentemente, à lei de causa e efeito. Sabemos que ela funciona em termos de exatidão. Utilizamo-la, quase sempre, tão-só para justificar sofrimentos, esquecendo-lhe a possibilidade de estabelecer alegrias.
       Causamos isso ou aquilo, geramos acontecimentos determinados. Experimentemos essa força que nos é peculiar, na formação de circunstâncias favoráveis aos homens.
       Antes do comboio a vapor, a eletricidade já existia. Os transportes arrastavam-se pela tração, mas foi preciso que alguém desejasse criar na Terra a locomotiva, que se converteu a pouco e pouco no trem elétrico, a fim de que a Civilização aprimorasse os sistemas de condução que prosseguem para mais altas expressões evolutivas.
       O firmamento era vasculhado pelos olhos humanos há milênios, mas foi necessário que um astrônomo levantasse lentes, para que os povos recolhessem as preciosas informações do Universo, que já havia antes deles.
       O princípio é idêntico para a vida moral.
       Precisamos hoje e em toda parte dos criadores de harmonia doméstica e social, dos desenhistas de pensamentos certos, dos escultores de boas obras.
       O tempo nos ensinará a entender a necessidade básica de se criarem condições para o entendimento mútuo, como já se estabeleceram normas para o trânsito fácil do automóvel.
       Inventa em tua existência soluções de conforto, suscita motivos de paz, traça diretrizes de melhoria, faze o que ainda não foi aproveitado na realização da riqueza íntima de todos.
       Provavelmente, estamos na atualidade em estágio obscuro de lições, sob a situação imperiosa de ações passadas. Mas não nos será correto esquecer que somos Inteligências com raciocínio claro e que, se antigamente nos foi possível colocar em ação as causas que neste momento e neste local nos infelicitam, retemos conosco a sublime faculdade de idear, planejar e construir.
       Ajamos na construtividade de Jesus, sejamos semeadores de esperança.




André Luiz  (Waldo  Vieira) - De “Estude e Viva”, de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz