quinta-feira, 13 de março de 2008

AS FLORES E A VIDA!


Imaginem-se a observarem uma gravura.
A gravura de um jardim florido, colorido, depois, imaginem-se diante do jardim verdadeiro, com suas flores vivas, exalando seus perfumes... seus olhos podendo acompanhar os movimentos, perceber as nuances de cores diferentes, seus tamanhos, sua mensagem...
A gravura foi feita pelo artista que teve que observar o real para poder fazer o seu trabalho mas, diante do jardim verdadeiro, despertam os nossos sentidos, os nossos sentimentos, o nosso poder de encantamento diante da beleza verdadeira. Se tivéssemos sempre, só a gravura para observar, teríamos também sempre, a visão que um artista coloca cada vez que tenta retratar algo que lhe vai a mente. Se ficamos sempre presos aos livros, às leituras, à beleza traduzida por outras mãos, por outros pensamentos, perderemos a oportunidade de vivenciar todas as potencialidades que temos, todo o nosso poder de encantamento diante das realidades, todas as nossas ações, reações e pensamentos próprios. Ficaríamos sempre com a imagem que outra pessoa teve daquilo que observamos. Temos todas as sementes dentro de nós.
A nossa vida é esse jardim que podemos preparar como uma determinada gravura, ou que podemos cultivar fazendo crescer nele flores verdadeiras, com suas nuances diferentes, com seus perfumes e seus movimentos.
Haverá flores que murcharão, outras se tornarão tristes, mas sempre servirão de seiva, de adubo fértil para as outras flores que crescerão belas, fortes e, com certeza, tornarão esse jardim bastante belo.