segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

NOSSA CASA

Um velho carpinteiro estava em vias de se aposentar. Chegou ao seu superior e informou a decisão. Os anos lhe pesavam muito e ele desejava uma vida mais calma.
Queria descansar um pouco, estar mais com a família, despreocupar-se de horários e rígidas disciplinas que o trabalho lhe impunha.
Porque fosse um excelente funcionário, seu chefe se entristeceu. Perderia um colaborador precioso.
Como última tarefa, antes de deixar seu posto de tantos anos, o chefe lhe pediu que construísse uma casa. Era um favor especial que ele pedia.
O carpinteiro consentiu. À medida que as paredes iam subindo, as peças sendo delineadas, o acabamento sendo feito, podia se perceber à distância que os pensamentos e o coração do servidor não estavam ali.
Ele não se empenhou no trabalho. Não se preocupou na seleção da matéria-prima, de forma que as portas, janelas e o teto apresentavam sérios defeitos.
Como também não teve cuidado com a mão de obra, a casa tomou um aspecto lamentável. Foi uma maneira bem desagradável dele encerrar a sua carreira.
Surpresa maior foi quando o chefe veio inspecionar a obra terminada. Olhou e pareceu não ficar satisfeito. Aquele não era um trabalho do seu melhor carpinteiro.
No entanto, tomou as chaves da casa e as entregou ao carpinteiro.
Esta casa é sua. É meu presente para você, por tantos anos de dedicação em minha empresa.
Que choque! Que vergonha! Se ele soubesse que a casa seria sua, teria caprichado. Teria buscado os melhores materiais. O acabamento teria merecido atenção especial.
Mas agora ele iria morar naquela casa tão mal feita.
Assim acontece conosco. Construímos nossas vidas de maneira distraída e descuidada.
Esquecemos de levantar paredes sólidas de afeto que nos garantirão o abrigo na hora da adversidade. Não providenciamos teto seguro de honradez para os dias do infortúnio.
Não nos preocupamos com detalhes pequenos como gentileza, delicadeza, atenções que demonstrem interesse para com os demais.
Pensemos em nós como um carpinteiro. Pensemos em nossa casa. Cada dia martelamos um prego novo, colocamos uma armação, estendemos vigas, levantamos paredes.
Construamos com sabedoria nossa vida. Porque a nossa vida de hoje é o resultado das nossas atitudes e escolhas feitas no ontem. Tanto quanto nossa vida do amanhã será o resultado das atitudes e escolhas que fizermos hoje.
E se nos sentirmos falharem as forças, recordemos a advertência que se encontra no capítulo primeiro da epístola de Tiago, versículo 5: Se alguém tem falta de sabedoria, peça a Deus. Ele a dará porque é generoso e dá com bondade a todos.

* * *


Tudo que realizes, faze-o com alegria.
Coloca estrelas de esperança no céu de tua vida e alegra-te pela oportunidade evolutiva.
A alegria que é resultado de uma conduta digna, é geradora de saúde e bem-estar.
E toda alegria resulta de uma visão positiva da vida, que se enriquece de inestimáveis tesouros de paz interior.
O teu amanhã será de luz se hoje semeares bom ânimo, o bem e a amizade.

Redação do Momento Espírita, com base em conto da Gazeta cristã, ano III, de novembro de 1999 e no cap. 40, do livro Episódios diários, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

NOSSA CASA

Um velho carpinteiro estava em vias de se aposentar. Chegou ao seu superior e informou a decisão. Os anos lhe pesavam muito e ele desejava uma vida mais calma.
Queria descansar um pouco, estar mais com a família, despreocupar-se de horários e rígidas disciplinas que o trabalho lhe impunha.
Porque fosse um excelente funcionário, seu chefe se entristeceu. Perderia um colaborador precioso.
Como última tarefa, antes de deixar seu posto de tantos anos, o chefe lhe pediu que construísse uma casa. Era um favor especial que ele pedia.
O carpinteiro consentiu. À medida que as paredes iam subindo, as peças sendo delineadas, o acabamento sendo feito, podia se perceber à distância que os pensamentos e o coração do servidor não estavam ali.
Ele não se empenhou no trabalho. Não se preocupou na seleção da matéria-prima, de forma que as portas, janelas e o teto apresentavam sérios defeitos.
Como também não teve cuidado com a mão de obra, a casa tomou um aspecto lamentável. Foi uma maneira bem desagradável dele encerrar a sua carreira.
Surpresa maior foi quando o chefe veio inspecionar a obra terminada. Olhou e pareceu não ficar satisfeito. Aquele não era um trabalho do seu melhor carpinteiro.
No entanto, tomou as chaves da casa e as entregou ao carpinteiro.
Esta casa é sua. É meu presente para você, por tantos anos de dedicação em minha empresa.
Que choque! Que vergonha! Se ele soubesse que a casa seria sua, teria caprichado. Teria buscado os melhores materiais. O acabamento teria merecido atenção especial.
Mas agora ele iria morar naquela casa tão mal feita.
Assim acontece conosco. Construímos nossas vidas de maneira distraída e descuidada.
Esquecemos de levantar paredes sólidas de afeto que nos garantirão o abrigo na hora da adversidade. Não providenciamos teto seguro de honradez para os dias do infortúnio.
Não nos preocupamos com detalhes pequenos como gentileza, delicadeza, atenções que demonstrem interesse para com os demais.
Pensemos em nós como um carpinteiro. Pensemos em nossa casa. Cada dia martelamos um prego novo, colocamos uma armação, estendemos vigas, levantamos paredes.
Construamos com sabedoria nossa vida. Porque a nossa vida de hoje é o resultado das nossas atitudes e escolhas feitas no ontem. Tanto quanto nossa vida do amanhã será o resultado das atitudes e escolhas que fizermos hoje.
E se nos sentirmos falharem as forças, recordemos a advertência que se encontra no capítulo primeiro da epístola de Tiago, versículo 5: Se alguém tem falta de sabedoria, peça a Deus. Ele a dará porque é generoso e dá com bondade a todos.
* * *

Tudo que realizes, faze-o com alegria.
Coloca estrelas de esperança no céu de tua vida e alegra-te pela oportunidade evolutiva.
A alegria que é resultado de uma conduta digna, é geradora de saúde e bem-estar.
E toda alegria resulta de uma visão positiva da vida, que se enriquece de inestimáveis tesouros de paz interior.
O teu amanhã será de luz se hoje semeares bom ânimo, o bem e a amizade.

Redação do Momento Espírita, com base em conto da Gazeta cristã, ano III, de novembro de 1999 e no cap. 40, do livro Episódios diários, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

PRECONCEITOS


Era uma tarde de domingo e o parque estava repleto de pessoas que aproveitavam o dia ensolarado para passear e levar seus filhos para brincar.
O vendedor de balões havia chegado cedo, aproveitando a clientela infantil para oferecer seu produto e defender o pão de cada dia.
Como bom comerciante, chamava atenção da garotada soltando balões para que se elevassem no ar, anunciando que o produto estava à venda.
Não muito longe do carrinho, um garoto negro observava com atenção. Acompanhou um balão vermelho soltar-se das mãos do vendedor e elevar-se lentamente pelos ares.
Alguns minutos depois, um azul, logo mais um amarelo, e finalmente um balão de cor branca.
Intrigado, o menino notou que havia um balão de cor preta que o vendedor não soltava. Aproximou-se meio sem jeito e perguntou: “moço, se o senhor soltasse o balão preto, ele subiria tanto quanto os outros?”
O vendedor sorriu, como quem compreendia a preocupação do garoto, arrebentou a linha que prendia o balão preto e, enquanto ele se elevava no ar, disse-lhe:
“Não é a cor, filho, é o que está dentro dele que o faz subir.”
O menino deu um sorriso de satisfação, agradeceu ao vendedor e saiu saltitando, para confundir-se com a garotada que coloria o parque naquela tarde ensolarada.
O preconceito é uma praga que se alastra nas sociedades e vai deixando um rastro de prejuízos, tanto físicos como morais.
O preconceito de raça tem feito suas vítimas, ao longo da história da humanidade.
Mas não é somente o preconceito racial que tem sido causa de infelicidade. Esse malfeitor também aparece disfarçado sob outras formas para ferir e infelicitar.
Por vezes, surge como defensor da religião, espalhando a discórdia e a maldade, o sectarismo e os ódios sem precedentes.
Outras vezes apresenta-se em nome da preservação da raça, gerando abismos intransponíveis entre os filhos de Deus.
Também costuma travestir-se de muro entre as classes sociais, fortalecendo o egoísmo, o orgulho, a inveja e o despeito.
Podemos percebê-lo, ainda, agindo como barreira entre a inteligência e a ignorância, disfarçado de sabedoria, impedindo que o mais esclarecido estenda a mão ao menos instruído.
O preconceito também costuma aparecer travestido de patriotismo, criando a falsa expectativa de supremacia nas mentes contaminadas pela soberba.
Ele também pode ser percebido com aparência de idealismo político, explorando mentes juvenis inexperientes e sonhadoras, que são usadas como massa de manobra.
Como se pode perceber, o preconceito é um inimigo público que deveria ser combatido como se combate uma epidemia.
Essa chaga social tem emperrado as rodas do progresso e da paz.
Por essa razão, vale empreender esforços para detectar sua ação, sob disfarces variados, e impedir sua investida infeliz.
Começando por nós mesmos, vamos fazer uma auto-análise para verificar se o preconceito não está instalado em nosso modo de ver, de sentir, comandando nossas atitudes diárias.
Depois, extirpar de vez por todas esse mal que teima em nos impedir de viver a solidariedade e a fraternidade sem limites, como propôs o Mestre de Nazaré.
Pense nisso!
A fraternidade é a chave que rompe as amarras que nos retém nas baixadas, quais balões cativos, e nos permite ganhar as alturas, elevando-nos acima das misérias humanas.
Para isso, lembremo-nos do vendedor de balões e ouçamos a sábia advertência da nossa própria consciência:
“Não é a cor, nem a raça, nem a posição social, nem a religião, nem as aparências externas, filho, é o que está dentro de você que o faz subir.”
Redação do Momento Espírita, com base no conto “o vendedor de balões”, do livro as 100 mais belas parábolas de todos os tempos.

RECANTO DE LUZ

Quantas pessoas caminham desoladas e sós...
Andam, e sentem que seus passos as conduzem a lugar nenhum...
Perderam, há muito, o endereço da esperança...
Várias se debatem nas trevas da desilusão, do abandono, da desdita...
Sucedem-se os dias, as horas dobram-se umas sobre as outras, e os minutos passam como se trouxessem consigo uma soma cada vez maior de dissabores...
A vida lhes parece um eterno anoitecer, uma escuridão perpétua.
Milhares de criaturas estão à beira de um colapso nervoso.
Muitos corações estão quase sufocados de angústia, de saudade, de desespero, debruçados no passado, em busca de memórias perdidas.
Diante desse quadro, nós podemos ser um recanto de luz, convidando as criaturas a suave reconforto.
Podemos cultivar na intimidade um jardim de flores e luzes, a espalhar bênçãos de esperança.
Podemos ser a madrugada ridente, que traz consigo a melodia dos pássaros, anunciando o alvorecer.
Podemos ser o amanhecer daqueles que se debatem na escuridão, trazendo os primeiros raios de sol que vencem as trevas, irradiando claridade e conforto.
Podemos emitir uma frase de otimismo ou apenas uma palavra de fé viva que lhes restaure a confiança no futuro...
Incentivar-lhes a coragem de modo a que o desalento não se transforme em moléstia destruidora.
Ou então, estender a ponte do diálogo amigo, capaz de induzir ao reequilíbrio e à serenidade.
Sejamos um recanto tranqüilo. Mas para isso é preciso que o cultivemos portas adentro do coração.
É preciso que semeemos flores de compreensão, de afabilidade e doçura.
É tão triste caminhar na solidão! Mais triste ainda é ter como companhia a desesperança.
Pensemos em romper, de vez por todas, as amarras de egoísmo que nos detêm os gestos de amizade, de dedicação e afeto.
Vençamos, em definitivo, a indiferença, derrubando as muralhas do orgulho que nos impedem de vislumbrar as necessidades dos que caminham ao nosso lado.
Sejamos um recanto de luz, de paz, de esperança!
Agindo assim, sentiremos suave felicidade a invadir-nos a alma, penetrando-nos o coração e aliviando nossas carências e dores.
Na medida em que nos fazemos úteis a alguém, recebemos as bênçãos de que tanto precisamos. Esquecemos os pés feridos nos espinhos do caminho e sentimos nossas forças ampliadas.
Auxiliando-nos uns aos outros conseguiremos alcançar o topo da montanha escarpada de onde poderemos vislumbrar a ampla planície coberta de relva e flores, como prêmio pelos esforços realizados.
* * *
Não há noite que perdure para sempre. O ponto mais alto da escuridão é também o início da madrugada que traz consigo a claridade, vencendo as trevas.
As nuvens, por mais densas que pareçam, são efêmeras e passageiras, mas o sol é perene.
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no livro Momentos de ouro, cap. Paz e segurança, ed. Geem.

sábado, 29 de janeiro de 2011

O SIGNIFICADO DA PAZ

Em determinada passagem do evangelho, Jesus afirma:

“Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz; não vo-la dou como o mundo a dá”.

Evidencia-se que a paz do Cristo é muito diferente da paz do mundo.

Para entender o significado da paz do Cristo, torna-se necessário refletir sobre o que habitualmente se concebe por paz.

Os dicionários fornecem inúmeros significados para esse vocábulo.

Por exemplo, identificam-no com ausência de guerra, descanso e silêncio.

Ocorre que o descanso e o silêncio, por si sós, não significam necessariamente algo bom.

Em uma penitenciária, no meio da noite, pode haver descanso e silêncio absolutos.

Mas é difícil sustentar que as criaturas que lá se encontram sejam pacificadas.

Em um charco as águas são paradas e há silêncio nele e em torno dele.

Contudo, não se pode ignorar a podridão que ali jaz oculta.

Também é possível que algumas pessoas sejam conservadas inertes e em silêncio, por medo.

Determinada casa pode ser silenciosa e ordeira pelo pavor que o chefe da família inspira.

Entretanto, a submissão criada pela violência nada tem de desejável.

No âmbito internacional, ao término de uma guerra, freqüentemente são impostas duras condições aos países derrotados.

Ocorre que uma paz que esmaga os vencidos contém em si o gérmen de futuras violências.

Também não raro percebemos coisas erradas acontecendo, em prejuízo dos outros.

Mas podemos preferir silenciar, a título de preservar nossa paz.

Assim, a paz, na concepção mundana, muitas vezes envolve opressão, preguiça e conivência.

Não causa espanto que a paz do Cristo seja diferente da paz do mundo.

Pode-se afirmar que a paz do Cristo constitui decorrência lógica da vivência de seus ensinamentos.

Afinal, o mestre afirmou que não basta dizer Senhor! Senhor! Para entrar no reino dos céus.

É necessário efetivamente realizar a vontade do pai celestial.

Essa vontade encontra-se explícita nas palavras e nos exemplos de Jesus.

O céu a que se refere o Cristo não é um local determinado no espaço.

Trata-se de um estado de consciência (*) em harmonia com as leis divinas.

A paz do Cristo não se identifica com a inércia. É um sublime estado de consciência, feito de serenidade e harmonia. É um profundo silêncio interior, que não depende das ocorrências do mundo.

Essa paz somente pode ser desfrutada por quem ama o progresso e trabalha efetivamente no bem. Ela é muito trabalhosa e operante. Reflete o estado de quem pode observar com tranqüilidade os próprios atos. Só se sente assim quem cumpre seu dever. Não é um presente, mas uma conquista. O seu gozo pressupõe esforço em burilar o próprio caráter, em crescer em entendimento e compreensão.

Apenas se pacifica quem procura desenvolver seus talentos pelo estudo e o trabalho constantes, e utiliza seus talentos na criação de um mundo melhor.

A paz do Cristo está à disposição de todos. Mas só a desfruta quem pratica a lei de justiça, amor e caridade, estabelecida por Deus para a harmonia da criação.

Pense nisso!

Equipe de Redação do Momento Espírita.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

AS FORÇAS DO AMANHÃ

Ninguém vive só. Nossa alma é sempre núcleo de influência para os demais.
Nossos atos possuem linguagem positiva. Nossas palavras influenciam à distância.
Achamo-nos magneticamente associados uns aos outros. Ações e reações caracterizam-nos a marcha. Assim, é necessário saber que espécie de forças projetamos naqueles que nos cercam. Nossa conduta é um livro aberto que denuncia nossa condição interior.
Muitos de nossos gestos insignificantes alcançam o próximo, gerando inesperadas resoluções. Quantas frases, aparentemente inexpressivas, que saem da nossa boca e estabelecem grandes acontecimentos. A cada dia emitimos sugestões para o bem ou para o mal. Dirigentes arrastam dirigidos. Administrados inspiram administradores.
Qual caminho nossa atitude está indicando?
Um pouco de fermento leveda toda a massa. Não dispomos de recursos para analisar a extensão de nossa influência, mas podemos examinar-lhe a qualidade essencial. Cuidado, pois, com o alimento invisível que você fornece às vidas que o rodeiam.
Em momentos de indignação, uma palavra mal colocada pode ser o estopim para induzir o próximo ao cometimento de desatinos de conseqüências irreversíveis.
Um comentário maldoso talvez se multiplique ao infinito, causando na vida alheia dores e humilhações intensas. O pai que não cumpre os compromissos assumidos com os filhos pode suscitar nestes a idéia de que não é importante manter a palavra dada.
Esse exemplo negativo pode multiplicar-se por gerações.
O chefe que não assume a responsabilidade pela orientação que dá aos subordinados instala a desconfiança em sua equipe. Em momentos de crise, a ausência de coesão no ambiente de trabalho pode levar uma empresa à falência, em prejuízo de toda a coletividade. Por outro lado, comentar as virtudes de alguém que cometeu um pequeno deslize talvez faça cessar a maledicência.
Em momentos de distúrbio, quem consegue manter o equilíbrio e a paz, exteriorizando isso mediante atos e palavras, faz murchar a insânia dos demais. Não raro tal conduta provoca um generalizado constrangimento, pela imediata e coletiva percepção do equívoco em que se incidia. Não há nada como a grandeza alheia para fazer o homem perceber sua própria pequenez. Defender corajosamente os mais fracos quiçá tenha o condão de motivar outras pessoas a também protegerem os desvalidos.
Manter-se honesto e íntegro, mesmo em face das maiores tentações, talvez seduza outros para a causa do bem. A visão da generosidade em franca atividade é um grande consolo, em um mundo onde o egoísmo grassa. Por se afigurar admirável a prática de virtudes, há tendência de alguém genuinamente virtuoso ser admirado e imitado.
Nosso destino se desdobra em correntes de fluxo e refluxo.
As forças que exteriorizamos hoje, potencializadas pelos atos que inspiramos, voltarão a nossa vida amanhã.
Desse modo, nunca é demais prestar atenção no testemunho que damos. Será nossa presença um fator de equilíbrio no mundo?
Por força da lei de causa e efeito, que opera no universo, recebemos o que damos.
Se desejamos paz, compreensão e conforto, devemos oferecê-los ao próximo, por meio de nossos sentimentos, atos e palavras.

Pensemos nisso.
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no capítulo XIII do livro Segue-me!..., do Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier.

domingo, 23 de janeiro de 2011

UMA VIDA, DUAS VIDAS, UM SORRISO

Foi durante a guerra civil na Espanha. Antoine de Saint-Exupéry, o autor de O pequeno príncipe, foi lutar ao lado dos espanhóis que preservavam a democracia.Certa feita, caiu nas mãos dos adversários. Foi preso e condenado à morte.Na noite que precedia a sua execução, conta ele que foi despido de todos os seus haveres e jogado em uma cela miserável.O guarda era muito jovem. Mas era um jovem que, por certo, já assassinara a muitos. Parecia não ter sentimentos. O semblante era frio.Vigilante, ali estava e tinha ordens para atirar para matar, em caso de fuga.Exupéry tentou uma conversa com o guarda, altas horas da madrugada. Afinal, eram suas últimas horas na face da Terra. De início, foi inútil. Contudo, quando o guarda se voltou para ele, ele sorriu.Era um sorriso que misturava pavor e ansiedade. Mas um sorriso. Sorriu e perguntou de forma tímida:Você é pai?A resposta foi dada com um movimento de cabeça, afirmativo.Eu também, falou o prisioneiro. Só que há uma enorme diferença entre nós dois. Amanhã, a esta hora eu terei sido assassinado. Você voltará para casa e irá abraçar seu filho.Meus filhos não têm culpa da minha imprevidência. E, no entanto, não mais os abraçarei no corpo físico. Quando o dia amanhecer, eu morrerei.Na hora em que você for abraçar o seu filho, fale-lhe de amor. Diga a ele: "Amo você. Você é a razão da minha vida." Você é guarda. Você está ganhando dinheiro para manter a sua família, não é?O guarda continuava parado, imóvel. Parecia um cadáver que respirava.O prisioneiro concluiu: Então, leve a mensagem que eu não poderei dar ao meu filho.As lágrimas jorraram dos olhos. Ele notou que o guarda também chorava. Parecia ter despertado do seu torpor. Não disse uma única palavra.Tomou da chave mestra e abriu o cadeado externo. Com uma outra chave abriu a lingueta. Fez correr o metal enferrujado, abriu a porta da cela, deu-lhe um sinal.O condenado à morte saiu apressado, depois correu, saindo da fortaleza.O jovem soldado lhe apontou a direção das montanhas para que ele fugisse, deu-lhe as costas e voltou para dentro.O carcereiro deu-lhe a vida e, com certeza, foi condenado por ter permitido que um prisioneiro fugisse.Antoine de Saint-Exupéry retornou à França e escreveu uma página inesquecível: Uma vida, duas vidas, um sorriso.
* * *
Tantas vezes podemos sorrir e apresentamos a face fechada, indiferente.Entretanto, as vozes da Imortalidade cantam. Deus canta em todo o Universo a glória do amor.Sejamos nós aqueles que cantemos a doce melodia do amor, em todo lugar, nos corações.Hoje mais do que ontem, agora mais do que na véspera quebremos todos os impedimentos para amar.
Redação do Momento Espírita, com base em Conferência de Divaldo Pereira Franco, na abertura do 4. Simpósio Paranaense de Espiritismo, em Curitiba, Paraná.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

ANIMAIS

 

Eles estão ao nosso lado desde que a Humanidade passou a ter consciência de si mesma.

Servem de alimento, vestimenta, calçado. São amigos fiéis e nada cobram por tantos serviços.

Estamos falando dos animais, esses seres que apesar de nos doarem tanto, são as vítimas preferenciais de nossa crueldade.

A cada ano, milhões de bois, carneiros, coelhos e frangos são sacrificados para nos alimentar, vestir e calçar.

Descuidados, matamos, retiramos peles e ossos, aprisionamos, cozinhamos, sem nos deter para refletir sobre essas criaturas que, mergulhadas na inconsciência espiritual, nos sustentam o corpo físico.

O mais grave não é a indiferença pela sorte dos bichos. O doloroso na espécie humana é a crueldade com que tratamos esses companheiros de jornada.

Se é válida a escolha de alimentar-se de carne, o mesmo não se pode dizer do mercado de peles e dos milhares de animais sacrificados para que os homens tenham artigos de luxo.

Uma norma deveria reger a nossa vida: o limite entre o necessário e o supérfluo (*).

Uma coisa é usar os animais para sustentar o corpo, transformando-os no alimento necessário. Bem diferente é matá-los cruelmente por prazer, em caçadas que divertem apenas os caçadores.

Igualmente abusivo é arrancar a pele dos animais apenas para ostentar casacos e roupas caras. E o que dizer dos pássaros mortos para retirar as plumas coloridas?

Pobres animais, cujo único crime foi terem sido criados com belas plumagens ou pêlos macios...

Nos dias atuais, já não é mais possível calar-se diante dos excessos que a Humanidade comete. A mortandade dos bichos para satisfazer vaidades e excessos é um crime com o qual não deveríamos compactuar.

Felizmente, a evolução moral já começa a se impor. Por isso, cada vez mais vemos pessoas e organizações que se preocupam com o tratamento dado aos animais. É a era da compaixão universal que inicia.

Sim, compaixão com esses irmãozinhos menores, que são também criaturas de Deus. Amá-los, ser-lhes gratos é o mínimo que um coração sensível deveria cultivar.

Os animais são princípios espirituais em evolução. Também estão aprendendo, como todos nós. A diferença é que temos consciência de nós mesmos.

Em nós, seres humanos, há um Espírito que pensa, age, tem livre arbítrio. Nos animais, o Espírito ainda não existe, mas, com o passar dos milênios, eles evoluirão, pois Deus nada faz sem um objetivo profundo e sério.

Para finalizarmos este programa, selecionamos trecho do texto “Apelo em favor dos animais”.

“Vós, que vedes luzes nestas letras que traçam a evolução espiritual, tende compaixão dos pobres animais!

Sede bons para com eles, como desejais que o Pai Celestial vos cerque de carinho e de amor!

Não encerreis os pássaros em gaiolas... Renunciai às caçadas... Acariciai os vossos animais! Dai-lhes remédios na enfermidade e repouso na velhice!

Lembrai-vos de que os animais são seres vivos, que sentem, que pensam, que se cansam, que têm força limitada, que adoecem, que envelhecem...

Os animais são vossos companheiros de existência terrestre! Como vós, eles vieram progredir, estudar, aprender! Sede seus anjos tutelares... Sede benevolentes para com eles, como é benevolente, para com todos, o nosso Pai que está nos céus!"

 

Redação do Momento Espírita, com versos do livro Gênese da Alma, de Cairbar Schutel, ed. O Clarim.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

ACREDITAR E AGIR

 

Um viajante caminhava pelas margens de um grande lago de águas cristalinas e imaginava uma forma de chegar até o outro lado, onde era seu destino.

Suspirou profundamente enquanto tentava fixar o olhar no horizonte. A voz de um homem de cabelos brancos quebrou o silêncio momentâneo, oferecendo-se para transportá-lo. Era um barqueiro.

O pequeno barco envelhecido, no qual a travessia seria realizada, era provido de dois remos de madeira de carvalho. O viajante olhou detidamente e percebeu o que pareciam ser letras em cada remo. Ao colocar os pés empoeirados dentro do barco, observou que eram mesmo duas palavras. Num dos remos estava entalhada a palavra acreditar e no outro agir.

Não podendo conter a curiosidade, perguntou a razão daqueles nomes originais dados aos remos.

O barqueiro pegou o remo, no qual estava escrito acreditar, e remou com toda força. O barco, então, começou a dar voltas sem sair do lugar em que estava. Em seguida, pegou o remo em que estava escrito agir e remou com todo vigor. Novamente o barco girou em sentido oposto, sem ir adiante.

Finalmente, o velho barqueiro, segurando os dois remos, movimentou-os ao mesmo tempo e o barco, impulsionado por ambos os lados, navegou através das águas do lago, chegando calmamente à outra margem.

Então o barqueiro disse ao viajante:

- Este barco pode ser chamado de autoconfiança. E a margem é a meta que desejamos atingir. Para que o barco da autoconfiança navegue seguro e alcance a meta pretendida, é preciso que utilizemos os dois remos ao mesmo tempo e com a mesma intensidade: agir e acreditar.

Não basta apenas acreditar, senão o barco ficará rodando em círculos, é preciso também agir para movimentá-lo na direção que nos levará a alcançar a nossa meta.

Agir e acreditar. Impulsionar os remos com força e com vontade, superando as ondas e os vendavais e não esquecer que, por vezes, é preciso remar contra a maré.

Gandhi tinha uma meta: libertar seu povo do jugo inglês. Tinha também uma estratégia: a não violência.

Sua autoconfiança foi tanta que atingiu a sua meta sem derramamento de sangue. Ele não só acreditou que era possível, mas também agiu com segurança.

Madre Teresa também tinha uma meta: socorrer os pobres abandonados de Calcutá. Acreditou, agiu, e superou a meta inicial, socorrendo pobres do mundo inteiro.

Albert Schweitzer traçou sua meta e chegou lá. Deixou o conforto da cidade grande e se embrenhou na selva da África francesa para atender os nativos, no mais completo anonimato.

Como estes, teríamos outros tantos exemplos de homens e mulheres que não só acreditaram, mas que tornaram realidade seus planos de felicidade e redenção particular.

E você? Está remando com firmeza para atingir a meta a que se propôs?

Se o barco da sua autoconfiança está parado no meio do caminho ou andando em círculos, é hora de tomar uma decisão e impulsioná-lo com força e com vontade.

Lembre que só você poderá acioná-lo utilizando-se dos dois remos: agir e acreditar.

Pense nisso!

Caso você ainda não tenha uma meta traçada ou deseje refazer a sua, considere alguns pontos:

Verifique se os caminhos que irá percorrer não estarão invadindo a propriedade de terceiros.

Se as águas que deseja navegar estão protegidas dos calhaus da inveja, do orgulho, do ódio.

E, antes de movimentar o barco, verifique se os remos não estão corroídos pelo ácido do egoísmo.

Depois de tomar todas essas precauções,

siga em frente e boa viagem.

 

Redação do Momento Espírita, com base em texto veiculado pela Internet, atribuído a Aurélio Nicoladeli.

domingo, 9 de janeiro de 2011

SE EU SOUBESSE O QUE SEI AGORA

 

Conta-se que o dono de um pequeno comércio, amigo do grande poeta Olavo Bilac, abordou-o na rua e lhe falou: Sr. Bilac, estou precisando vender o meu sítio, que o senhor conhece tão bem. Poderia redigir um anúncio para o jornal?

Olavo Bilac, muito solícito, apanhou um papel e escreveu:

Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortada por cristalinas e marejantes águas de um ribeirão. A casa, banhada pelo sol nascente oferece a sombra tranqüila das tardes, na varanda.

Meses depois, o poeta topa com o homem e pergunta-lhe se havia vendido o sítio.

Nem pensei mais nisso, disse o amigo. Quando li o anúncio é que percebi a maravilha que tinha. 

Às vezes, para que possamos reconhecer o valor dos tesouros que possuímos, é preciso que alguém nos abra os olhos. E isso não acontece somente com relação aos bens materiais, mas também no campo afetivo.

Talvez motivados pela rotina ou pela acomodação, passamos a observar apenas as manias ou os pequenos defeitos daqueles que convivem conosco, esquecendo-nos das qualidades boas que eles possuem.

Não é raro alguém de fora nos surpreender com uma lista de virtudes dos nossos filhos, que passam despercebidas aos nossos olhos.

Ou, então, um colega que elogia nosso esposo ou esposa ressaltando qualidades que não estamos percebendo.

Esposas que criticam o marido porque ele não abre a porta do carro para ela, não puxa a cadeira para ela se sentar, esquece o aniversário de casamento, não lhe oferece flores no dia dos namorados...

Essas esposas não levam em conta que aquele mesmo homem é um pai carinhoso, dedicado, é trabalhador, honesto, e sempre que ela precisa, ele está por perto para ajudar.

Há maridos que desvalorizam suas esposas porque nem sempre estão em dia com a moda, porque os cabelos brancos não estão bem camuflados, porque não lhe dão atenção integral quando dela necessitam...

Esses esposos certamente não se dão conta do valor que essas mulheres têm. Não percebem quantas noites elas são capazes de passar acordadas, vigiando o filho doente, e enfrentar dias inteiros de trabalho exaustivo, sem reclamar.

Não se dão conta de que essas mulheres, tantas vezes, fazem verdadeiros malabarismos financeiros para poupar o marido de saber que o dinheiro do mês foi curto.

Mães e pais que criticam os filhos porque não atendem a todos os seus caprichos, ou porque nem sempre fazem as coisas como lhes determinam, esquecidos de que esses garotos e garotas têm muito valor.

São jovens que prezam pela fidelidade, que respeitam opiniões contrárias, que valorizam a família, que se dedicam a causas nobres, jovens saudáveis e cidadãos de bem.

Assim, não façamos como o comerciante que queria vender seu sítio, e ao ler o anúncio redigido por alguém de fora, mudou de idéia.

Tenhamos, nós mesmos, olhos de ver, ouvidos de ouvir e sensibilidade para sentir as boas qualidades e as virtudes daqueles que nos seguem mais de perto. 

Você sabia? 

Você sabia que há pessoas que nem sempre conseguem demonstrar seus verdadeiros sentimentos?

Talvez por medo de uma decepção ou por timidez, escondem-se atrás de uma couraça de proteção que as faz sentir-se mais seguras.

E essa forma de isolar-se, muitas vezes pode aparecer disfarçada de agressividade ou de comportamento anti-social.

É por essa razão que precisamos desenvolver nossa capacidade de penetrar os sentimentos das pessoas, um pouco além das aparências.

Equipe de Redação do Momento Espírita.

sábado, 8 de janeiro de 2011

BUSQUEMOS MAIS LUZ

 

Enquanto o aprendiz da sabedoria avança para diante, traçando sendas iluminadas de acesso ao Infinito, o estudante vadio coagula as sombras, ao redor do degrau em que a vida o situa, demorando-se na estagnação da ignorância.

Recebe o corpo, por abençoado instrumento de elevação.

Através dele, se queres, é possível amealhar os valores da espiritualidade vitoriosa, alcançar a paz íntima, recolher as bênçãos do Céu e refletir a Divina Vontade, enriquecendo-te, cada vez mais, pela extensão crescente de tuas faculdades, no engrandecimento da vida.

Busquemos mais luz.

Quando o Mestre nos recomendou nos fizéssemos crianças, perante a Lei, não se propunha reter-nos na ingenuidade ou na incultura. Buscava criar em nós o estado imprescindível de receptividade, à frente da vida, para reajustarmos os fios do próprio destino sobre as bases divinas da verdadeira sublimação.

Homem algum possui consigo recurso bastante para redimir o mundo, mas todos nós guardamos conosco possibilidades suficientes para a regeneração de nós mesmos.

Não te esqueças da hora que passa, convocando-te às construções do espírito.

Nosso único patrimônio real é aquele que se constitui de nossas obras.

E tudo aquilo que nos rodeia na encarnação terrestre, seja riqueza ou indigência, dor ou felicidade, plenitude ou escassez, no círculo das circunstâncias a que o renascimento nos arroja, não passa de material didático, objetivando a nossa educação ou aprimoramento moral para a vida eterna.

Não te descures do tempo – a força aparentemente inerte, suscetível de oferecer-nos os meios necessários para a ação edificante.

Com os dias, algo produzimos.

Enquanto o lavrador diligente prepara colheitas de prosperidade e alegria, aquele que cruza os braços, à frente do arado, forma cristalizações de indiferença que induzem à escassez.

 

(De “Instrumentos do Tempo”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

DIÁLOGO COM DEUS

 

     Quando descobri que Deus existia, passeia a dialogar com Ele, como fazemos com o nosso pai aqui da terra.

    Quando percebi sua bondade e compreensão passei a ousar nas perguntas.

    Por que, há mais mulheres do que homens no mundo?

    Por que são eles os que partem mais cedo para a vida espiritual e elas ficam?

    Deus, como todo sábio, foi respondendo devagar, mas com indagações:

    Há milhares de assaltantes, muitos não só roubam como matam sem motivos; há mulheres ladras, mas costumam elas matar pelo prazer de tirar a vida?

    Mulheres vão presas por assédio sexual?

    É comum vermos mulheres trocarem seus maridos ou parceiros por outro mais novos?

    Quantas serial-killer ( mulheres) conhecemos?

    Quais ficaram na história por praticarem genocídios?

    Quantas assinaram guerras mundiais?

     Diga-me os nomes das inventoras de máquinas mortíferas como guilhotina, cadeira elétricas, armas químicas, bombas atômicas, de hidrogênio e outras?

     Foi uma filha de Eva quem autorizou a destruição das cidades de Hiroshima e Nagazaki?

     É obra feminina as limpezas étnicas?

     Quantas lideram quadrilhas de drogas ou fazem rebeliões em presídios com assassinatos cruéis?

     Inquisição, Cruzadas, Nazismo, Facismo foram movimentos femininos?

     Com isso concluímos que:

     A cultura do mal, no astral e na terra, mostrou-se ser uma característica masculina.

     Não que nunca tenha existido mulheres malévolas ou criminosas , não que nunca tenha existido homens bons e santos. São eles mais guiados pela razão e a mulher, pelo coração.

    As mulheres, nos milênios que passaram, mostraram a supremacia do amor sobre o intelecto e através da intuição são as que mais ouvem minhas palavras.

    As filosofias espiritualistas que os Mestres trouxeram ao mundo para o burilamento do espírito humano foram pelas mulheres usadas como fé e pela maioria dos homens , manipuladas como instrumentos de poder e dominação.

    Se não enviei mulheres como Mestras dos sentimentos foi porque o poder masculino teriam-nas massacrados antes que pudessem se manifestar. Foram por muitos séculos , dominadas e reprimidas sendo até há pouco tempo, consideradas seres sem almas, como os escravos e os animais. Nos dias atuais, elas conquistaram seus direitos como seres humanos e muitas chegaram aos cargos de direção de empresas, cidades e países. Mesmo assim, não notamos nessas que conquistaram altos cargos: a maldade.

   Fui assim entendendo melhor o objetivo do Criador que é diminuir a maldade do mundo.

   A mulher constrói com amor o que o homem destrói com o ódio: o ser humano.

   Deseja Ele , que a humanidade descubra que a razão tem que ser guiada pelo coração e que só melhorando os seus sentimentos haverá paz na Terra. O mais alto grau de conhecimento não faz o ser de luz, pois os senhores das trevas se mostram inteligentíssimos em suas artimanhas malévolas e nem por isto são ascensos.

   E a mulher por fazer maior uso do amor está sendo mais convidada por Ele para reencarnar nesse planeta conturbado e violento, repondo as vidas que estão sendo ceifadas em massa, até que os homens aprendam a Lei do Amor Universal.

   Em toda manifestação pela paz as mulheres são a maioria; se houvesse um assembléia de mães em toda direção dos países para decidir sobre as guerras, poucas ou nenhuma haveria no mundo.

    Nas religiões foram as minhas mais fieis seguidoras enquanto o homem , cheio de si  pelos conhecimentos e embriagados pelo poder, julgando-se deus, usou a sabedoria maior para dominar e destruir, fazendo com que a atual geração condenasse as filosofias espiritualistas como culpadas pela decadência do mundo . Enviei mestres e enviei roteiros de luzes, eles fizeram dos mestres seres que nunca existiram e das luzes, trevas.

    Hoje os homens dizem que não precisam de religiões como se já houvessem absorvidos todos os seus ensinamentos de luz; pois muitos dos que agora as condenam, em outras vidas, foram aqueles que fizeram uso delas para praticar as suas iniqüidades. Condenam as luzes e não as próprias trevas.

    A religião foi trazida dos páramos celestes para a Terra, justamente para reduzir a violência humana. É a maior educadora dos sentimentos ; nenhuma outra escola no mundo tem esta finalidade e eliminado este educandário, o amor perecerá.

    É a carência e não o bom uso das religiões que criou o caos atual; e também o excesso dela, provocando o fanatismo que aumentou a violência. Os dois extremos são prejudiciais.

     Hoje que a mulher conquistou maior liberdade de ação, que não sigam embriagadas por esta libertação, os mesmos atos falhos cometidos pelos homens. Que façam uso de seus mais puros sentimentos para educar seus rebentos e companheiros na ascensão para a luz.

Ensinem o amor.

Ensinem amando.

                                                                                                                 Mitera / MLucia

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

O garoto do terminal

 

Terminal de ônibus. Manhã de frio e neblina forte. Muitos se acotovelam, aguardando a condução que os haverá de conduzir ao trabalho ou à escola. Entre tantos, alguém chama a atenção da jovem que também aguarda.

É um menino de uns dez anos, não mais. Pele morena, blusa de lã, cabelos cortados rente. Olhos pequenos, infinitamente pretos, agitando-se nas órbitas.

Vez ou outra, de forma quase contínua, ele levava a mão esquerda à boca e ela percebia que ele estava cheirando cola. Era um viciado.

Tão pequeno, tão indefeso e penetrando já por vielas tão obscuras.

Poderia ser meu filho, pensou a jovem. Não fosse eu a mãe dedicada e que tem a possibilidade de deixar o próprio rebento aos cuidados de pessoa nobre, enquanto trabalho.

Poderia ser meu filho, continua a pensar ela. Não estivesse eu, aqui na Terra, ao lado do filho de minhas entranhas.

Poderia ser meu filho se eu não desfrutasse dos valores dignificantes que o cristianismo propõe e que repasso a cada dia, para meu filho.

Sentiu que as lágrimas lhe chegavam aos olhos. Onde estaria a mãe daquela criança? Saberia o que seu filho estava fazendo àquela hora da manhã?

Seu olhar encontrou o do pequeno, que logo desviou os seus dos olhos dela, incomodado.

Ela cedeu ao impulso e se aproximou. Ele se retraiu. Estranha cena. Ela estendeu a mão e lhe acariciou a face, depois a orelha.

Achegou-se bem perto e começou a lhe falar ao ouvido.

Falava tão baixo e de forma tão doce, que chamou a atenção do companheiro do garoto que também se aproximou, desejando ouvir.

Ela lhe falou dos perigos da droga, dos problemas que ela lhe causaria ao cérebro tão novo. Problemas para o restante da sua vida.

Depois foram palavras de afago, de ternura que brotaram daqueles lábios jovens. Palavras que lhes acenavam com esperança e reconforto.

Os meninos ouviram nos primeiros instantes. Depois se tornaram desconfiados e pulando a amurada, debandaram.

O carinho dela os havia afugentado. Pequenas aves assustadas, sem ninho. Acostumadas a pedradas, a olhares de reprovação e impiedade, não podiam imaginar que aquela pessoa falasse a verdade.

Assustaram-se como aves que fogem aos passos apressados dos caminhantes nas calçadas.

A jovem ainda ficou ali um tanto mais, acompanhando-os com o olhar, até os ver sumirem no mar da multidão.

Poderia ser meu filho, falou para si mesma, não estivesse ele protegido em meu lar, sob os afagos do carinho e os cuidados da maternidade e paternidade responsáveis.

*   *   *

Enquanto prosseguimos nos digladiando em nome de ideias diferentes a respeito desse ou daquele ponto de vista, sobre esta ou aquela forma de interpretação das passagens evangélicas, a morte ronda os passos dos filhos de ninguém.

Muitos deles não chegarão à juventude, porque têm a infância agredida e os anos roubados pela droga.

Enquanto isso, o apelo de Jesus prossegue: Deixai que venham a mim os pequeninos, e não os impeçais...

E qualquer dessas coisas que fizerdes a um desses pequeninos, a mim mesmo o fazeis...

 

Redação do Momento Espírita.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

ANO NOVO um bom RECOMEÇO

Elio Mollo

 

Costumamos dizer ano velho, mas ano velho, foram os anos que não vivemos, que não aproveitamos e nem auxiliamos.

Todo ano tem alegria e dificuldade, e nesse sobe e desce é que passo a passo

vamos conquistando a felicidade.

Na vida há sempre um recomeço,  outra oportunidade para construir.

O ano novo que surge é essa nova aurora, para conquistar o desejado sucesso,  através do trabalho que possibilita o progresso, para que os novos dias surjam com nexo.

Prosperidade, Felicidade, Paz e Amor, se adquirem com esforço próprio, por isso existe o tempo horário ou será melhor dizer calendário, para que a cada novo ano que chega, seja o remédio do recomeço diário, que irá fazer o Espírito milenário, brilhar mais do que um lampadário.

Desejamos para você um FELIZ 2011 com muita prosperidade para você nosso amigo e irmão com muita sinceridade no coração.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

E JÁ É ANO NOVO, OUTRA VEZ

 

Quando chega, é sempre pleno de esperanças. Espera-se o ano novo para começar vida nova, para estabelecer novas metas de vida, propósitos renovados para tantas coisas...

É comum as pessoas elaborarem suas listas de bons propósitos para o novo ano.

Mesmo sabendo que o tempo somente existe em função dos movimentos estabelecidos pelo planeta em que nos encontramos, é interessante essa movimentação individual, toda vez que o novo período convencional de um ano reinicia.

Mas, falando de lista de bons propósitos, já se deu conta que quase sempre esquecemos o que listamos?

Alguns até esquecemos onde guardamos a tal lista, o que atesta da pouca disposição em perseguir os itens elencados.

Ano novo deve ter um significado especial.

Embora o tempo seja sempre o mesmo, essa convenção se reveste de importância na medida em que, nos condicionando ao início de uma etapa diferente, renovada, sintamo-nos emulados a uma renovação.

Renovação de hábitos, de atitudes, como estar mais com a família, reorganizando as horas do trabalho profissional.

Importar-se mais com os filhos, lembrando-se de não somente indagar se já fez a lição, mas participar, olhando, lendo as observações feitas pelos professores nos cadernos, interessando-se pelos conteúdos disciplinares.

Sair mais com as crianças. Não somente para passeios como a praia, a viagem de férias.

Mas, no dia a dia, um momento para um lanche e uma conversa, uma saída para deliciar-se com um sorvete.

Outros para só ficar olhando a carinha lambuzada de chocolate, literalmente afundando-se na taça de sorvete.

Outros mais longos para acompanhar o passo vacilante de quem está aprendendo a andar.

Uma tarde para um papo com os que já estão preparando a mochila para se retirar do cenário desta vida, quem sabe, nos próximos meses?

Isto é viver ano novo. Sair com amigos, abraçar amigos, sorrir pelo simples prazer de sorrir.

Trocar e-mails afetuosos, não somente os corriqueiros que envolvam decisões e finanças. Usar o telefone para dar um olá, desejar boa viagem, feliz aniversário!

Bom, você também pode fazer propósitos de comer menos doces ou diminuir os carboidratos da sua dieta, visando melhor condição de vida ou simplesmente adequar seu peso.

Também pode pensar em mudar o visual. Quem sabe modificar o corte de cabelo, tentar pentear para outro lado, fazer uma visita ao dentista.

E é claro, um bom check-up, porque cuidar da saúde é essencial.

Bom mesmo é não esquecer de formular propósitos para sua alma.

Assim, acrescente na lista: estudar mais, ler mais, entender mais o outro, devotar-se a um trabalho voluntário, servir a alguém com alegria e bom ânimo.

Com certeza cada um terá outros muitos itens a serem acrescentados à lista.

Até mesmo coisas simples como alterar os roteiros de idas e vindas do trabalho-lar-escola.

Ou coisas mais complicadas, como dispor-se a pensar um pouco no outro e não exclusivamente em si, no relacionamento a dois.

Imprescindível, no entanto, é que você coloque a lista à vista, para olhar muitas vezes, durante todo o novo ano.

Importante que se lembre de lê-la, para ir acompanhando o que já conseguiu e onde ou em que ainda precisa investir mais, insistindo, até a vitória.

Seja este ano novo o ano de concretas realizações na sua vida!

Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita

Ano Novo, Vida nova. Cada ano sempre nos trazem 365 dias de novas oportunidades para crescermos espiritualmente. São dias que se mesclam a dificuldades e alegrias, mas que no fundo tudo  tem um só objetivo, é para nos direcionar no caminho da perfeição. É assim que Deus age em relação a tudo que Ele criou, é direcionar o Universo de todas as Almas para o seu AMOR.

CORAGEM

 

Coragem é definida como a ousadia para tentar coisas boas mas difíceis. É força para não fazer simplesmente o que fazem os outros, mas, ao contrário, manter sua posição e até influenciar os demais.

É ser fiel às próprias idéias, seguir os bons impulsos mesmo que possam parecer, para a grande maioria, inconvenientes ou tolos.

É, enfim, a audácia de ser amigo, demonstrar seus sentimentos, ser expansivo.

Coragem é uma qualidade de caráter e pode ser ensinada aos nossos filhos. Por definição, sabe-se que coragem é uma coisa difícil.

Mas como disse uma criança a um grupo de colegas, quando insistiam com ela para que os seguisse em uma malvadeza:

"É preciso muita coragem para ser covarde, isto é, quando todos tentam obrigar você a fazer uma coisa que você acredita não seja certa, e eles o chamam de covarde, é preciso muita coragem para afirmar: sim, eu sou covarde".

Importante esclarecer aos filhos a diferença entre coragem e fanfarronice.

Coragem silenciosa é a que devemos procurar incutir em nossos pequenos. Coragem de dizer não ao que se tem certeza seja errado. Coragem de se aproximar de uma criança sem amigos e lhe dizer:

"Olá, como vai? Quer brincar comigo?"

Como pais devemos estar atentos às tentativas que as crianças realizam, para superar dificuldades e incentivá-las.

Se uma criança pequena está aprendendo a andar de bicicleta, somente o fato dela conseguir sentar-se nela, deve ser motivo de elogio. O importante é tentar, mesmo que não tenha sucesso. Toda tentativa deve ser incentivada, estimulando-a a tentar outra vez e outra e outra, enquanto vamos lhe afirmando que ela está cada vez melhor.

Quando o bebê consegue levar o alimento à boca com a colher, quando sobe no sofá, quando se mantém em pé, sozinho, pela primeira vez. São todos momentos de suma importância e que devem ser incentivados.

Caiu? Levante. Tente outra vez. Não conseguiu montar o brinquedo? Vamos tentar juntos, de novo.

Nossos filhos terão coragem se os prepararmos corretamente, se os ensinarmos a pensar sempre antes de agir, a dizer "não" com confiança e encorajando-os a praticar o que lhes pareça mais difícil.

Não há quem, frente a algo novo, não sinta o coração bater descompassado. É bom que nossos filhos saibam que nós, adultos, também temos coisas difíceis a realizar e que nos exigem coragem.

Incentivemos neles a coragem moral, aquela que se expressa em não ir atrás dos demais colegas ou amigos que estão fazendo alguma coisa errada.

A coragem moral de dizer a verdade quando seria bem mais oportuno pregar uma mentira.

Sejamos para os nossos filhos um modelo de coragem, pois as crianças aprendem aquilo que vivem. E todos os dias elas nos observam, vêem e imitam.

Você sabia?

Que uma boa maneira para exercitar a coragem é incentivar as crianças a falar, olhando nos olhos do outro?

E que ser corajoso significa também não ter o que ocultar do outro?

Quando olhamos uns nos olhos dos outros é como se estivéssemos dizendo em alto e bom som:

"Confio em você e você pode confiar em mim."

(Baseado no livro: Ensinando Valores a Seus Filhos - cap. 2)