quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

VITRINE DO MUNDO


 
O menino caminhava ao lado de sua avó por movimentada avenida. Estava de férias e reservara aquele dia para o passeio há muito combinado com a gentil senhora.
 
Já haviam observado diversas vitrines, quando uma em especial chamou-lhes a atenção. Tratava-se de uma loja de brinquedos.
 
O menino ficou encantado. Havia brinquedos dos mais variados tipos, coloridos, eletrônicos e de tabuleiro. Ele não sabia para qual deles olhar primeiro.
 
Andava eufórico de um extremo ao outro da vitrine, chamando a atenção da avó para esse e aquele brinquedo.
 
A bondosa senhora, percebendo a alegria, disse que ele poderia escolher um entre os brinquedos expostos para que ela o presenteasse.
 
Ansioso, o menino observou mais uma vez todas as opções.  Sentindo-se ainda bastante indeciso, pediu à avó que o auxiliasse na escolha. Gentilmente, ela começou a lhe dar sugestões.
 
Nesse momento, o menino avistou, no lado oposto da rua, outro menino, encolhido sob uma marquise. Suas roupas estavam muito sujas e os pés, descalços.
 
Tomado de compaixão, chamou a atenção da senhora para aquele menino e, segurando nas macias mãos da avó, disse-lhe: Vovó, ao invés de comprarmos um brinquedo caro para mim, poderíamos usar esse dinheiro para levarmos aquele menino para almoçar conosco. O que a senhora acha?
 
A avó, tomada de surpresa pelo gesto nobre do neto, mais do que depressa concordou com ele e, juntos, foram convidar o menino para almoçar.
 
Rumaram os três para uma deliciosa refeição, não sem antes comprar roupas para aquela criança cujo futuro era tão incerto.
 
Através de uma longa conversa, a senhora descobriu que ele era órfão e, desde a morte de seus pais, estava nas ruas, passando pelas mais diversas necessidades.
 
Sendo assim, ela o levou para um abrigo de menores, não deixando de visitá-lo, com seu neto, periodicamente, dando-lhe atenção e amor.
 
* * *
 
O mundo é para nós uma grande vitrine. Nele, vemos expostas das coisas mais sublimes até as mais repugnantes.
 
Encontramos da mais alta filosofia, das mais impressionantes obras de arte, dos mais belos gestos humanitários até a violência gratuita, os preconceitos, o desrespeito pela vida humana.
 
Temos tudo ao nosso dispor. O que nos diferencia é a escolha que fazemos diante de tantas opções. Podemos optar pela guerra ou escolher a paz. Optar pelo tratamento cordial ou pelo desprezo mesquinho.
 
Podemos, ainda, escolher auxiliar alguém através de um gesto caridoso ou fingirmos que as dores do mundo não fazem parte do nosso cabedal de responsabilidades.
 
Nossas escolhas são capazes de mudar vidas, estabelecer rumos, abrandar corações, curar feridas. São elas que definem o que somos. Nós somos o produto de nós mesmos.
 
Nas palavras do autor irlandês Clive Lewis: Cada vez que você faz uma escolha, está transformando sua essência em alguma coisa um pouco diferente do que era antes.
 
Pensemos nisso!
 
Redação do Momento Espírita.

DIAS CINZENTOS


 
Em algumas regiões de nosso planeta, em países localizados em latitudes mais extremas, distantes do Equador, é natural que o inverno se faça mais rigoroso.
 
Aí, à chegada da estação invernal, os dias se fazem mais curtos e o céu é, via de regra, tomado de tonalidades cinzas.
 
Os dias se sucedem com poucas variações, melancólicos, morosos. O céu sempre pesado, com suas nuvens carregadas.
 
Nessa época, apontam alguns estudos, aumenta o número de suicídios e os sintomas da depressão.
 
Tomados pela atmosfera triste, pelo clima frio e, naturalmente, mais introspectivo, essas pessoas deixam-se levar sutilmente pela aparente tristeza da natureza, esquecendo-se que logo mais virá a primavera.
 
Nas tradições míticas dos povos nórdicos, onde os invernos são muito rigorosos, imaginavam que a chegada do inverno se dava porque o deus Thor havia perdido seu martelo.
 
Quando o tornava a encontrar, dava-se o início da primavera, da pujança, da alegria e força da natureza.
 
* * *
 
Assim ocorre com nossa vida, habitualmente. Há dias de inverno, cinzas, frios e tristes.
 
São dias em que os desafios se mostram mais intensos, em que as dores, do corpo ou da alma, se apresentam mais rudes e onde também, alguns de nós se deixam levar para estados d'alma tristes e depressivos.
 
Esses dias cinzas são também dias de aprendizado, de conquistas e de amadurecimento.
 
O ciclo da natureza não prescinde do frio do inverno, das mudanças climáticas e do hibernar momentâneo da vida para que reinicie seu ciclo logo mais.
 
Nosso processo de amadurecimento e aprendizado também não pode dispensar dias cinzentos e pesados.
 
São essas horas que nos oportunizam a reflexão que talvez os dias de saúde não nos trariam.
 
É nos momentos de dor que repensamos nossas atitudes e valores, readequando-os de maneira mais sensata e amadurecida.
 
Porém, como na natureza, tudo passa. Dessa forma, à invernia das dores e dos tormentos, outro ciclo de possibilidades e realizações felizes se faz presente.
 
Novamente surgem os dias de primavera em nossa vida.
 
Por isso, não podemos desanimar ou nos deixar levar por processos depressivos, mergulhando em tristezas profundas, perdendo as esperanças como se tudo fosse um doloroso fim.
 
É apenas o ciclo da vida, que ora nessa ou naquela situação, nos dá a chance de crescimento necessário.
 
Como Espíritos imortais que somos, a cada reencarnação, novos desafios são programados pela Bondade Divina, a fim de que aprendamos as Suas Leis de amor e justiça.
 
Portanto, se hoje os dias nos são invernais, se os céus de nossa vida se mostram cinzentos e sombrios, roguemos ao Senhor da Vida que nos conceda força, bom ânimo. Alimentemos nossa fé na oração.
 
Assim que as lições necessárias se concluirem, as flores da primavera serão nossa recompensa, perfumando nossos caminhos e tornando a nos falar das glórias e da Bondade Divinas.
 
Redação do Momento Espírita.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

O IMPORTANTE É DECIDIR


 
A poetisa Cora Coralina desencarnou no ano de mil novecentos e oitenta e cinco, aos noventa e seis anos.
 
Quando idosa, perguntaram-lhe em uma entrevista, o que era viver bem.
 
Ela respondeu à repórter:
 
Eu não tenho medo dos anos e não penso em velhice. E digo a você: Não pense.
 
Nunca diga: Estou envelhecendo, estou ficando velha. Eu não digo que estou velha e nem que estou ouvindo pouco.
 
É claro que, quando preciso de ajuda, eu digo que preciso.
 
Procuro sempre ler e estar atualizada com os fatos. Isso me ajuda a vencer as dificuldades da vida.
 
O melhor roteiro é ler e praticar o que se lê. O bom é produzir sempre e não dormir de dia. Também não diga para você mesma que está ficando esquecida porque assim você fica mais.
 
Nunca digo que estou doente, falo sempre: Estou ótima!
 
Não digo nunca que estou cansada. Nada de palavra negativa.
 
Quanto mais você diz estar ficando cansada e esquecida, mais esquecida fica. Você vai se convencendo daquilo e convence os outros. Então, silêncio!
 
Sei que tenho muitos anos. Sei que venho do século passado e que trago comigo todas as idades, mas não sei se sou velha não. Você acha que eu sou?
 
Posso dizer que eu sou a terra e nada mais quero ser. Filha dessa abençoada terra de Goiás. Convoco os velhos como eu, ou mais velhos que eu, para exercerem seus direitos.
 
Sei que alguém vai ter que me enterrar, mas eu não vou fazer isso comigo.
 
Tenho consciência de ser autêntica e procuro superar todos os dias minha própria personalidade, despedaçando dentro de mim tudo que é velho e morto, pois lutar é a palavra vibrante que levanta os fracos e determina os fortes.
 
O importante é semear, produzir milhões de sorrisos de solidariedade e amizade. Procuro semear otimismo e plantar sementes de paz e justiça.
 
Digo o que penso, com esperança. Penso no que faço, com fé. Faço o que devo fazer, com amor.
 
Eu me esforço para ser cada dia melhor, pois bondade também se aprende.
 
Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar. Porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir.
 
* * *
 
Mantenhamos sempre a mente ligada às ideias positivas e otimistas, independente da idade que estejamos atravessando nesta hora de nossas vidas.
 
O que pensamos, com insistência, poderá se concretizar em algum momento, pois os fatos se corporificam inicialmente no campo mental, para depois se tornarem realidade no corpo físico.
 
Pensamento é força viva, que cada qual dirige de acordo com seus desejos. O pensamento ruim intoxica a alma.
 
Independente de todas as limitações e dificuldades que a idade nos impõe, cultivemos sempre a alegria de viver e procuremos motivação para nos sentirmos úteis.
 
Enquanto a vida se expressar, haverá inúmeras oportunidades de crescer e ser feliz.
 
Redação do Momento Espírita, com base em entrevista de Cora Coralina, colhida na Internet.

ANJOS VOLTANDO AO CÉU


 
Seriam anjos voltando ao céu, ou vitimas de uma tragédia que abalou o país?
Onde ficaram armazenados tantos sonhos, onde estão agora, aqueles sorrisos de vitória, pela formatura que estava prestes à acontecer?
Como estão esses pais que não tiveram à volta dos seus filhos ao lar?
Perguntas que não encontram respostas convincente, sonhos explodindo como bolinhas de sabão no ar, uma realidade que ninguém quer acreditar.
O fato é que esses jovens, tinham tudo para mudar esse mundo, mas, foram barrados na festa da vida.
Quem sabe, naquela Boate estava um sucessor de alguém que já saiu da nossa história, deixando o seu legado para ter um seguidor.
Ou quem sabe, tudo aconteceu, para uma tomada de consciência dos governantes de um país sem leis.
É preciso que nossas leis não sejam somente um numero, que sejam organizadas e rigorosamente cumpridas, para não chocar o país com tragédias anunciadas.
A verdade é que anjos voltaram ao céu, para dar mais brilho às estrelas, mas poderiam estar aqui, porque a terra também precisa de anjos.

À minha solidariedade e pesar às famílias enlutadas.
Silvia Giovatto (Faffi)

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

ALGO GRANDE QUE SIRVA PARA ALGUÉM


 
A moça trabalhava como voluntária numa loja de roupas usadas, um brechó de um hospital.
 
Certo dia, conta ela, adentrou a loja uma certa senhora bastante obesa.
 
Logo a atendente pensou, entristecida: Puxa... Ela não vai encontrar nada na numeração dela...
 
A partir daquele momento, ficou bastante apreensiva, conforme observava a senhora passando de arara em arara, procurando algo.
 
Pensava numa forma de evitar que a cliente se sentisse mal, uma vez que tinha certeza de que não encontraria nada que lhe servisse.
 
Não queria que ela se sentisse excluída e nem que a questão de seu sobrepeso viesse à tona, deixando a estranha sem jeito.
 
Fez, então, uma breve oração, pedindo uma luz para se sair bem daquela situação delicada, evitando que a senhora passasse por qualquer tipo de humilhação naquele momento.
 
Foi quando o esperado aconteceu. A cliente se dirigiu à moça e afirmou, um pouco entristecida e constrangida:
 
É... Não tem nada grande, não é?
 
E a moça, que até aquele instante não soubera o que fazer, abriu os braços de uma ponta a outra e lhe respondeu, sorrindo:
 
Quem disse?? É claro que tem! Olha só o tamanho deste abraço! - E a abraçou com muito carinho.
 
A loja toda parou para observar a cena inusitada e bela.
 
A senhora, pega de surpresa, entregou-se àquele abraço acolhedor, deixou-se tomar por algumas lágrimas discretas e exclamou:
 
Há quanto tempo ninguém me dava um abraço...
 
Depois de alguns instantes, buscando se recompor, ainda emotiva, finalizou a conversa breve dizendo:
 
Não encontrei o que vim buscar, mas encontrei muito mais do que procurava...
 
* * *
 
Inspirados nesta singela passagem, poderíamos perguntar:
 
Será que dentro de nós, procurando nos baús de nossa intimidade, nas prateleiras da alma, também não podemos encontrar algo grande que sirva para alguém?
 
Somos aprendizes, sim. Muito nos falta de bagagem moral e intelectual, mas muito já temos para oferecer.
 
Quem não tem condições de dar um abraço sincero?
 
Quem não consegue alguns minutos de sua semana para dedicar a algum tipo de trabalho voluntário?
 
Quem não está apto a proferir uma palavra de estímulo, um elogio, um voto de sucesso ou de paz?
 
Temos todos algo grande dentro de nós: o amor maior em estado de latência, a assinatura do Criador em nossas almas perfectíveis.
 
O que temos de bom não precisa ser guardado a sete chaves conosco. A candeia precisa ser colocada sobre o alqueire para que brilhe para todos.
 
Brilhe, assim, a nossa luz, sem economia e sem medo. Há tantos que precisam dela...
 
Não deixemos passar um dia sequer sem ter sido importantes na vida de alguém, na história de um ser que respira ao nosso lado.
 
Haverá dia em que finalmente entenderemos o que é viver como irmãos na Humanidade inteira.
 
Que esta pergunta possa ecoar em nosso Espírito durante todo este dia:
 
Será que não temos algo grande que sirva para alguém?
 
Redação do Momento Espírita com base em depoimento anônimo, colhido na Internet.

SABER MORRER


 
Morrer. Desse destino, nenhum ser humano escapará. E, no entanto, como tememos esse momento! Com que dor a maioria de nós pensa no instante da morte.
 
É que fomos ensinados a temer a morte. Ela nos é apresentada como sinônimo de lágrimas, instante de trevas, definitiva separação dos seres amados.
 
Abismo e tristeza. Aprendemos que a morte se faz de luto e mistérios, névoa e saudade.
 
Mas é preciso se preparar para a chegada da hora final. Afinal, a cada dia se reduz nossa estada na Terra.
 
Desde que nascemos, cada respiração assinala a diminuição de nosso tempo no planeta.
 
Porque o ritmo da vida material nos envolve, quase sem perceber, deixamos de lado a lembrança de que caminhamos mais um passo em direção à morte.
 
O fim é apenas do corpo físico, pois a alma – a essência do que somos – esta existirá para sempre. Os séculos correrão, mas nós... Nós sobreviveremos.
 
Nessa longa estrada que é a vida, muito iremos aprender. Outros amores, parentes, lugares e situações irão enriquecer a nossa experiência.
 
E muitos outros corpos servirão de instrumento para o nosso aprendizado.
 
Por isso, nada de demasiado apego ao corpo. Ele é importantíssimo, mas é uma ferramenta de trabalho. Nele temos apenas um auxiliar para a nossa educação.
 
Com a ajuda desse corpo, vivemos na Terra, construímos uma família e nos relacionamos com outros seres humanos. Ele é essencial para a vida em sociedade que burila o nosso Espírito.
 
É que no contato com as outras pessoas temos a oportunidade de exercitar paciência, tolerância, solidariedade e ética.
 
Enfim, pôr em prática gestos e situações que são puras manifestações de amor.
 
E não é esse o objetivo maior de nossa vida: descobrir, exercitar e vivenciar o amor?
 
Nada há a temer na morte quando a vida é plena em amor, quando os dias são perfumados pela bondade, quando a consciência é reta e o dever cumprido.
 
Quem vive assim – de coração sossegado e plantando alegrias – aguarda que a vida cumpra seu ciclo natural.
 
Para este, a hora da morte é serena. Abrirá os portais de um mundo novo, cheio de descobertas: a Casa do Pai Celeste.
 
Um homem de bem morre como alguém que descansa após um dia de trabalho bem feito. Não tem apego a nada, pois sabe que deve devolver a Deus tudo o que recebeu.
 
A renovação é a regra geral da natureza. Quando a morte chega é a hora de devolver ao Mundo o corpo frágil, que se misturará às águas e à terra.
 
Será consumido, alimentará microorganismos. Outros seres viverão a partir dali.
 
E o homem que usou aquele corpo estará longe: abrirá os braços para o infinito. Seus olhos contemplarão estrelas, luzes, cores e formas nunca sonhadas.
 
Seguirá com o coração em festa. Pronto para novas experiências, disposto a aprender e a amar.
 
O poeta Rabindranath Tagore, Prêmio Nobel de Literatura, escreveu sobre a própria morte:
 
É hora de partir, meus irmãos, minhas irmãs.
 
Eu já devolvi as chaves de minha porta
 
E desisto de qualquer direito à minha casa.
 
Fomos vizinhos durante muito tempo
 
E recebi mais do que pude dar.
 
Agora vai raiando o dia
 
E a lâmpada que iluminava o meu canto escuro, apagou-se.
 
Veio a intimação e estou pronto para a minha jornada.
 
Não perguntem o que levo comigo:
 
Sigo de mãos vazias e coração confiante.
 
Redação do Momento Espírita.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Uma Prece


Senhor Todo-Poderoso,
que vossa misericórdia se estenda sobre os irmãos que desencarnaram na tragédia
de Santa Maria/RS. e que acabam de deixar a Terra!
Que vossa luz brilhe aos seus olhos!
Tirai-os das trevas;
abri seus olhos e seus ouvidos!
Que vossos bons Espíritos os envolvam e lhes façam ouvir as palavras de paz e de esperança!
Senhor, por mais indignos que sejamos, ousamos implorar vossa misericordiosa indulgência em favor destes nossos
irmãos que acabam de ser chamados do exílio;
fazeis com que este retorno seja o do filho pródigo.
Perdoai, meu Deus, as faltas que possam ter cometido, para lembrar somente do bem que haja feito.
Vossa justiça é imutável, nós o sabemos, mas vosso amor é imenso.
Nós vos suplicamos para apaziguar a vossa justiça por essa fonte de bondade que emana de vós.

Que a luz se faça para vós, meus irmãos, que acabastes de deixar a Terra!
Que os bons Espíritos do Senhor desçam até vós, vos rodeiem e vos ajudem a sacudir as vossas correntes terrenas!
Compreendeis e vedes a grandeza do Nosso Senhor:
submetei-vos, sem murmurar, à sua justiça, mas não desacrediteis nunca da sua misericórdia.
Irmãos!
Que um sério exame do vosso passado vos abra as portas do futuro, ao vos fazer compreender as faltas que deixastes atrás de vós
e o trabalho que vos resta fazer para repará-las!
Que Deus vos perdoem e que os bons Espíritos vos sustentem e vos encorajem!
Vossos irmãos da Terra orarão por vós e pedem para todos orarem para vocês.

Fonte: Internet – Pensamentos de André Luiz







Senhor, nesse dia de hoje pedimos sua presença
na vida de todos aqueles que perderam seus familiares
e amigos na tragédia de Santa Maria.
Pai amado, abre as portas do céu
para receber esses jovens.

Não importa sua religião, não importa a sua crença,
vamos parar por um minuto, hoje, para fazermos uma oração
pelos nossos irmãos gaúchos, vítimas e familiares de
Santa Maria, RS.

sábado, 26 de janeiro de 2013

COMEÇANDO O DIA


O homem acordou pela manhã e recordou-se de algo que lera em um livreto: Comece o dia na luz da oração. O amor de Deus nunca falha.
 
E então decidiu orar: Senhor, hoje, até o momento, me comportei bem.
 
Não fofoquei. Não me zanguei. Não fui ganancioso, mal-humorado, precipitado ou egoísta.
 
Estou realmente satisfeito com isso.
 
Mas, em poucos minutos, senhor, vou me levantar, e daí em diante, provavelmente vou precisar de muito mais ajuda. Obrigado.
 
* * *
 
Assim mesmo é a prece. Um diálogo franco com a Divindade, onde o ser expõe a própria alma.
 
Não há necessidade de longas frases, nem de palavras ensaiadas. É o que a alma sente e deixa transbordar.
 
Um pedido simples, mas profundo. Um pedido de quem reconhece que a necessidade maior reside em si mesmo, nas suas deficiências morais.
 
Um exame de consciência e um pedido de socorro.
 
A resposta é exatamente a fortaleza para vencer, a pouco e pouco, as dificuldades íntimas e ir vivendo melhor a cada dia, conquistando a paz.
 
Devotando-se ao trabalho, sem se deter a observar defeitos alheios e muito menos a comentá-los, semeia-se tranquilidade no ambiente profissional.
 
Não se permitindo envolver pelas teias do nervosismo, da inquietação, os problemas vão sendo solucionados um a um, na medida em que surjam.
 
Sem desejar possuir em demasia, usufruir de todos os prazeres que os bens terrenos oferecem, o homem se entrega às lutas do cotidiano, sereno e confiante.
 
Não se permitindo o mau humor por coisa nenhuma, por um contratempo no trânsito, um defeito mecânico no carro, um funcionário que não atende aos deveres, a criatura distribui serenidade onde se encontre.
 
Sem precipitação, ouve o seu semelhante até o fim, antes de dar respostas que nem sempre atendem ao que o outro deseja.
 
Deixando de lado o egoísmo, o homem se sente feliz em compartilhar o de que disponha e se torna uma pessoa amiga, prestativa.
 
Compartilhar coisas pequenas, simples, como oferecer uma carona a um vizinho, emprestar um livro, indicar uma boa leitura.
 
Compartilhar o que detenhamos inclui os valores intrínsecos do ser, que tem a ver com a vida e os seus objetivos.
 
Portanto, compartilhemos a nossa certeza da existência de Deus, da imortalidade da alma com aqueles que se debatem no mundo, sem fé, sem rumo, sem objetivos.
 
E guardemos a certeza de que ,se assim rogarmos a Deus que nos ajude, Ele estará conosco, auxiliando-nos nessas pequenas grandes autoconquistas diárias, que somente redundarão em felicidade para nós mesmos.
 
* * *
 
Cada dia é um presente especial que Deus concede aos homens.
 
Cada dia é de tal forma único, que nunca se repete. Observemos como o sol rompe a treva da noite, trazendo a manhã radiante, sempre com um novo colorido.
 
As flores de ontem não estão exatamente iguais hoje. As gotas da chuva que caem em abundância não são aquelas que rolaram em dias anteriores.
 
Tudo é novo a cada dia. Essa é a grande mensagem de Deus para os homens: a renovação da oportunidade de crescer, melhorar-se e ser feliz.
 
Redação do Momento Espírita, com prece inicial de autoria ignorada.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

NEM MAIS UM DIA SEM SORRIR


 
Depois que minha filha nasceu, não passo mais nem um dia sequer sem sorrir.
 
Esta foi a declaração desse pai apaixonado pela nova vida que segurava nos braços e que modificaria sua forma de ver o mundo e de viver, para sempre.
 
Uma nova vida é sempre um novo sorrir.
 
Sorrir de Deus, que concede nova chance a um de nós.
 
Sorrir da natureza, que se renova, que vibra com seus ciclos belíssimos na Terra.
 
Sorrir de quem chega pois, por mais que a existência seja ainda campo de provação e expiação, é também campo de redenção, de novos caminhos. Um passo a mais para a felicidade.
 
E ainda, sorrir de quem recebe no lar um novo ser, que não é propriamente novo, mas que aterrissa no planeta de uma forma muito especial, através das vestes da infância.
 
Uma nova vida é sempre um novo sorrir.
 
Identificamos na criança a confiança que o Criador deposita nas mãos da Humanidade.
 
A criança é a canção com que o tempo embala os ouvidos do futuro quanto é a semente, que lançada na terra fértil da nobre orientação, produzirá floração e frutos de esperanças para o amanhã.
 
A infância é o poema de amor e docilidade, que o Pai Maior recita para Seus filhos queridos, mostrando-lhes o caminho da pureza que os incita a construir em suas almas.
 
Aprendamos com a simplicidade da infância, com as primeiras conquistas e com esse olhar de admiração e encanto que somente os pequeninos têm.
 
Aprendamos com eles a importância do aconchego, de estar sempre perto, abraçado a quem se ama.
 
Aprendamos a confiar no colo do pai e da mãe, que não nos deixam cair em momento algum e assim nos entreguemos à vontade de Deus, que nunca nos desampara.
 
Aprendamos com as crianças a perceber as minúcias do espaço à nossa volta, os detalhes, as delicadezas da existência.
 
Aprendamos, enfim, a dar a nós mesmos novas chances, novas oportunidades de acertar, pois o Criador assim O faz sempre e com muita competência.
 
Não deixemos que o tempo, na companhia delas, passe voando. Não. Lembremos de cada progresso, de cada nova vitória, registrando tudo nas fotos, gravações e, claro, no coração.
 
Porque uma nova vida é sempre um novo sorrir.
 
E quem de nós não precisa sorrir mais?
 
Sorrir de alegria, sorrir de gratidão, sorrir por amar; sorrir por sorrir, por estar vivo...
 
O Criador Maior e Suas Leis perfeitas desejam que sempre estejamos sorrindo. Dessa forma, promovem nosso crescimento através das eras, pelas sendas do amor infinito.
 
Quem sabe um dia todos possamos dizer: Não passo mais nem um dia sequer sem sorrir...

Redação do Momento Espírita, com trecho do cap. 10 do livro Vereda familiar, pelo Espírito Thereza de Brito, psicografia de José Raul Teixeira, ed. Fráter.