quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

DAI-ME ALGUÉM PARA AMAR

 

O mundo está cheio de queixas. De pessoas que se dizem solitárias. Que desejariam ser amadas. Que vivem em busca de alguém que as ame, que as compreenda.

O mundo está cheio de carências. Carências afetivas. Carências materiais.

Possivelmente, observando o panorama do mundo onde vivia foi que madre Teresa de Calcutá certo dia escreveu:

 

Senhor, quando eu tiver fome, dai-me alguém que necessite de comida. Quando tiver sede, dai-me alguém que precise de água.

Quando sentir frio, dai-me alguém que necessite de calor.

Quando tiver um aborrecimento, dai-me alguém que necessite de consolo. Quando minha cruz parecer pesada, deixe-me compartilhar a cruz do outro.

Quando me achar pobre, ponde a meu lado alguém necessitado.

Quando não tiver tempo, dai-me alguém que precise de alguns dos meus minutos.

Quando sofrer humilhação, dai-me ocasião para elogiar alguém.

Quando estiver desanimada, dai-me alguém para lhe dar novo ânimo.

Quando sentir necessidade da compreensão dos outros, dai-me alguém que necessite da minha.

Quando sentir necessidade de que cuidem de mim, dai-me alguém que eu tenha de atender.

Quando pensar em mim mesma, voltai minha atenção para outra pessoa.

Tornai-nos dignos, senhor, de servir nossos irmãos que vivem e morrem pobres e com fome no mundo de hoje.

Dai-lhes, através de nossas mãos, o pão de cada dia, e dai-lhes, graças ao nosso amor compassivo, a paz e a alegria.

 

Madre Teresa verdadeiramente conjugou o verbo amar. Sua preocupação era primeiro com os outros.

Todos representavam para ela o próprio Cristo. Em cada corpo enfermo, desnutrido e abandonado ela via Jesus crucificado em um novo madeiro.

Amou de tal forma que estendeu a sua obra pelo mundo inteiro, abraçando homens de todas as raças e credos religiosos.

Honrada com o prêmio Nobel da paz, prosseguiu humilde, servindo aos seus irmãos. Tudo o que lhe importava eram os seus pobres. E os seus pobres eram os pobres do mundo inteiro.

Amou sem fronteiras e sem limites. Serviu a Jesus em plenitude. E nunca se ouviu de seus lábios uma queixa de solidão, amargura, cansaço ou desânimo.

Sua vida foi sempre um cântico de fidelidade a Deus, por meio dos compromissos com as lições deixadas por Jesus.

* * *

O Cristo precisa de almas dispostas e decididas que não meçam obstáculos. Almas que se lancem ao trabalho reconfortante e luminoso, no qual se pode ser útil de verdade.

Almas que não esperem nada dos seus atendidos a não ser a sua felicidade, sob as luzes do amigo Jesus.

Almas cujo único desejo seja o de amar intensamente, sem aguardar um único gesto de gratidão.

Almas que tenham entendido o que desejou dizer Francisco de Assis: é melhor amar do que ser amado.

 

Fontes: Livro Vida e Mensagem, cap. 20, ed. FRÁTER.

Poema de Madre Teresa de Calcutá – Dai-me alguém para amar.

A VIDA CAMINHA APRESSADA

O mundo gira, a vida caminha apressada.

Acho que ela tem pressa  de chegar ao fim do caminho, para nos trazer de volta a uma nova vida, com um novo destino.

Qual seria o tempo para uma reencarnação?

acredito que vai depender dos nossos erros e acertos, só que não vamos aprender nada com esses erros ou acertos porque  não vamos lembrar deles...se o espírito for bastante evoluído vai nos fazer lembrar de alguma coisa, como, conheço essa pessoa não sei de onde, já vim a esse lugar, não me lembro quando, os resultados vão ser sempre insatisfatórios.

Pensando nisso, melhor seria procurar fazer sempre o certo para não ter o perigo de cometer os mesmos erros.

Só colhemos o que plantamos, a colheita pode ser feita em outras vidas, porem, a lei do Karma vai estar sempre presente, ela vai nos acompanhar vida após vida.

Há uma polêmica no conceito de reencarnação e ressurreição...

Nada mais que um conceito de religião, entre o espiritismo e o catolicismo.

Somos responsáveis pela evolução do nosso espírito, portanto, responsáveis também, pela qualidade de vida que vamos ter na nossa próxima reencarnação.

Silvia Giovatto (faffi)

ONDE DEUS OCULTOU A FELICIDADE

 

Uma das coisas que mais o homem busca é a felicidade. E o que mais se ouve as criaturas afirmarem é que são infelizes.

Esse é infeliz porque não tem dinheiro. Outro, porque lhe falta saúde, outro ainda, porque o amor partiu. Ou nem chegou.

Um reclama da solidão. Outro, da família numerosa que o atormenta com mil problemas.

Um terceiro aponta o excesso de trabalho. Aqueloutro, reclama da falta dele.

Alguém ama a chuva, o vento e o frio. Outro lamenta a estação invernosa que não lhe permite o gozo da praia, dos gelados e do calor do sol.

Em todo esse panorama, o homem continua em busca da felicidade. Afinal, onde será que Deus ocultou a felicidade?

Soberanamente sábio, Deus não colocou a felicidade no gozo dos prazeres carnais. Isso porque uma criatura precisa de outra criatura para atingir a sua plenitude.

Assim, quem vivesse só pelos roteiros da terra, não poderia encontrar a felicidade.

Amoroso e bom, o Pai também não colocou a felicidade na beleza do corpo. Porque ela é efêmera. Os anos passam, as estações se sucedem e a beleza física toma outra feição.

A pele aveludada, sem rugas, sem manchas, não resiste ao tempo. E os conceitos de beleza se modificam no suceder das gerações. O que ontem era exaltado, hoje não merece aplausos.

Também não a colocou na conquista dos louros humanos, porque tudo isso é igualmente transitório.

Os troféus hoje conquistados, amanhã passarão a outras mãos, mostrando a instabilidade dos julgamentos e dos conceitos humanos.

Igualmente, Deus não colocou a felicidade na saúde do corpo, que hoje se apresenta e amanhã se ausenta.

Enfim, Deus, perfeito em todas as suas qualidades, não colocou a felicidade em nada que dependesse de outra pessoa, de alguma coisa externa, de um tempo ou de um lugar.

Estabeleceu, sim, que a felicidade depende exclusivamente de cada criatura. Brota da sua intimidade. Depende de seu interior.

Como ensinou o extraordinário Mestre Galileu:

“O reino dos céus está dentro de vós.”

Por isso, se faz viável a felicidade na terra. Goza-a o ser que não coloca condicionantes externas para a sua conquista.

É feliz porque ama alguém, mesmo que esse alguém não o ame. É feliz porque pode auxiliar a outrem, mesmo que não seja reconhecido.

É feliz porque tem consciência de sua condição de filho de Deus, imortal, herdeiro do universo.

Não se atém a picuinhas, porque tem os olhos fixos nas estrelas, nos planetas que brilham no infinito.

Se tem família, é feliz porque tem pessoas para amar, guardar, amparar.

Se não a tem, ama a quem se apresente carente e desamparado.

Se tem saúde, utiliza os seus dias para construir o bem. Se a doença se apresenta, agradece a oportunidade do aprendizado.

Nada de fora o perturba. Se as pessoas não o entendem, prossegue na sua lida, consciente de que cada qual tem direito a suas próprias idéias.

Se tem um teto, é feliz por poder abrigar a outro irmão, receber amigos. Se não o tem, vive com a dignidade de quem está consciente de que nada, em verdade, nos pertence.

Enfim, o homem feliz é aquele que sabe que a terra é somente um lugar de passagem.

Que sabe que veio de lugares distantes para cá e que, cessado o tempo, retornará a outras paragens, lares de conforto e escolas de luz.

Moradas do Pai, nesse infinito universo de Deus.

 

* * *

 

A verdadeira felicidade reside na conquista dos tesouros imperecíveis da alma.

Equipe de Redação do Momento Espírita