domingo, 26 de julho de 2015

RESISTI E SEGUI


Resistência pacífica, neutralidade sem omissão, persistência consciente são atributos imprescindíveis á glória da tarefa encetada pelas equipes do bem.
Cargos e posições são transitórios, convidando-nos ao desapego de nossos brios pessoais, a fim de que o brilho da obra de Jesus resplandeça.
Equívocos ocorrem, individualmente, nas vidas humanas, encontros e desencontros, bem como nas coletividades humanas, invitando as resistências morais, a fim de que os bons combatentes permaneçam firmes na causa abraçada, preparando o terreno e o retorno do cristo, o senhor da vinha,  aos corações humanos.
Ideais serão mal interpretados pela insensatez de muitos, desejos corrompidos pela carência de lucidez psicológica, intenções deturpadas pela fraqueza humana, que se torna instrumento da maldade e dos interesses subalternos, todos estes fenômenos, por vezes desgastantes, concitando os fiéis discípulos de Jesus a porfiarem fiéis ante a gleba que aguarda o arado, não havendo mais tempo a perder em contendas inúteis, aspectos fúteis, embora ainda muito considerados por aqueles que desconhecem Jesus e ainda ignorados por quase todos os beneficiários de sua misericórdia, que já o contataram em suas vidas.
Filhos queridos, a obra da caridade e de propagação da doutrina espírita, que se encontra a vossa frente vos convoca, de certo, a enfrentardes muitos dos velhos hábitos do pretérito, que vos  reuniram, sob a lei de causa e efeito, sob a égide de uma  grei, de tal forma que, junto aos vossos labores, possais reencontrar o resgate de delitos pregressos e que vos fornecem experiências dolorosas, quase frustrantes, a fim de que a vossa fé seja provada e forjada no fogo da luta.
Acreditais, realmente, que acima de vós, não existam  equipes responsáveis e habilitadas pelo trabalho, que enxerguem com clarividência os labores por vós abraçados, sabendo discernir os bons valores das defecções de cada membro em particular, considerando as imperfeições dos discípulos de nosso senhor, imperfeições que carregamos conosco até poucos instantes?
Acaso, não considerais que, além das fronteiras do erro de cada servidor ou de cada grupo, equipes espirituais não observem atentamente e se movimentem no sentido de auxiliar-vos na tarefa de recuperação de vós mesmos, buscando prover os meios de vos recuperardes dos tropeços e dos embaraços evitáveis, geradores de dramas novos ou mantenedores dos antigos, impedindo-vos a marcha plena na direção do mestre?
Os ressentimentos ante os fenômenos gerados pelas imperfeições humanas, as mágoas, as incompreensões, as contendas são todas injustificáveis.
Possuis o roteiro luminoso da doutrina espírita, que vos endereça o entendimento da causa dos conflitos humanos, mesmo entre os servos mais bem intencionados, não obstante ainda cativos de suas más inclinações não integralmente superadas.
Se desertardes da obra, que será daqueles que necessitam dos vossos braços-pontes, para levar o fervor e a alegria da fé e do conhecimento que liberta, assim como o consolo e o bálsamo, que ameniza as lutas daqueles que são os verdadeiros filhos do calvário e que vos ofertam, nesse tempo e nesse espaço, a caridade de vos ensinar a serdes melhores?
Se é sinal de amadurecimento psicológico e  de prudência a avaliação de cada trabalho realizado e de cada frente aberta  nas sombras da terra, para lançar as luzes do cristo, igualmente pede ele a seus discípulos que não permaneçam irrequietos pelas imperfeições, porém que lutem, fiquem em seus postos e resistam aos convites da desistência, sob que alegações possam surgir, e resistam, para que resplandeça o amor e fulgure a bandeira deus, cristo e caridade em todos os corações.
Vive-se, nesse momento, o grande abalo sísmico em todas as instituições sérias, face a compreensível imperfeição de seus membros, alguns ainda homiziados com as forças da sombra, as quais servem sem o notar, sendo instrumentos de expiação e de prova para os lidadores do evangelho redivivo.
Que a mensagem de Jesus envie aos vossos corações a resistência e a perseverança imprescindíveis ao vigor e ao êxito da vossa empreitada.
Não serão poucos os que se evadirão de seus postos, alegando inúmeros empecilhos pessoais, discordâncias doutrinárias que mascarem caprichos não satisfeitos ou julgamentos apressados e destituídos de legitimidade.  Acreditam estar em condições privilegiadas de exigir equipes perfeitas, para cooperar no labor, mascarando vaidades pessoais, reações orgulhosas e predominância do egoísmo avassalador.
Somos nós que precisamos cooperar para que silenciemos nossas discórdias, nossas faltas de sincronismo, nosso egoísmo e nosso orgulho, a fim que a obra não sofra danos  severos.
Nesse momento, forças sublimes enviam recursos, a fim de que logreis êxito, de que tenhais  tento, ânimo então vos abatais ante a tormenta.
Jesus prossegue caminhando sobre as águas, convidando-vos a terdes fé, vós que sois os modernos pescadores de almas, pedras angulares deste novo edifício, o edifício da consolação e do amor, das certezas da imortalidade, que vos acenam com a oportunidade de rumos melhores.
Ide, meus filhos, meus amados filhos. O amor do senhor da vida vos conduz.
Mantende firme a chama da fé, sem a deixardes bruxulear e partir, intimoratos, sem tergiversar, sem hesitar, sem temer, como vos convoca nosso senhor Jesus Cristo.
Deixo-vos um aplexo amoroso, rogando-vos fidelidade inquebrantável, amor para unir, unir para unificar agora. Nem amanhã, nem mais tarde.
‘Orai e vigiai, pois não sabeis nem quando, nem onde’, são as palavras de Jesus.
Discípulos amados, ouvi-as bem.
Jesus é o nosso mestre e o caminho único, para a verdade que traz a lucidez acerca da vida abundante.
Meus filhos, deixo-vos esta modesta missiva, agradecendo-vos o tempo dispensado, para refletirmos, coletivamente, um tanto a mais em torno dos impositivos de nossa reforma e do trabalho a ser realizado.
Ide em paz, mas ide ao bom combate, sem trégua. Mantende a couraça da fé, o capacete da esperança, reconhecendo em vós a confiança que Jesus possui em cada um de seus irmãos, aceitando as migalhas de nossas contribuições mínimas, entretanto as multiplicando, para fornecer alívio e o consolo à multidão, em ambos os lados da existência, que clama pelo socorro do amor não amado.
Ide! Meus filhos! Não há tempo a perder. Não há tempo para nos perdermos!

Esses são os votos do vosso servidor humílimo e paternal, Bezerra.
Muita paz, meus filhos”.
Bezerra de Menezes – mensagem psicografada pelo médium Marcelo Nazareth, na noite de 22 de agosto de 2014, no Rio de Janeiro – RJ