Resistência pacífica,
neutralidade sem omissão, persistência consciente são atributos imprescindíveis
á glória da tarefa encetada pelas equipes do bem.
Cargos e posições são
transitórios, convidando-nos ao desapego de nossos brios pessoais, a fim de que
o brilho da obra de Jesus resplandeça.
Equívocos ocorrem,
individualmente, nas vidas humanas, encontros e desencontros, bem como nas
coletividades humanas, invitando as resistências morais, a fim de que os bons
combatentes permaneçam firmes na causa abraçada, preparando o terreno e o retorno do
cristo, o senhor da vinha, aos corações humanos.
Ideais serão mal
interpretados pela insensatez de muitos, desejos corrompidos pela carência de
lucidez psicológica, intenções deturpadas pela fraqueza humana, que se torna
instrumento da maldade e dos interesses subalternos, todos estes fenômenos, por
vezes desgastantes, concitando os fiéis discípulos de Jesus a porfiarem fiéis
ante a gleba que aguarda o arado, não havendo mais tempo a perder em contendas
inúteis, aspectos fúteis, embora ainda muito considerados por aqueles que desconhecem
Jesus e ainda ignorados por quase todos os beneficiários de sua misericórdia,
que já o contataram em suas vidas.
Filhos queridos, a
obra da caridade e de propagação da doutrina espírita, que se encontra a vossa
frente vos convoca, de certo, a enfrentardes muitos dos velhos hábitos do
pretérito, que vos reuniram, sob a lei de causa e efeito, sob a
égide de uma grei, de tal forma que, junto aos vossos labores,
possais reencontrar o resgate de delitos pregressos e que vos fornecem
experiências dolorosas, quase frustrantes, a fim de que a vossa fé seja provada
e forjada no fogo da luta.
Acreditais,
realmente, que acima de vós, não existam equipes responsáveis e
habilitadas pelo trabalho, que enxerguem com clarividência os labores por vós
abraçados, sabendo discernir os bons valores das defecções de cada membro em
particular, considerando as imperfeições dos discípulos de nosso senhor,
imperfeições que carregamos conosco até poucos instantes?
Acaso, não
considerais que, além das fronteiras do erro de cada servidor ou de cada grupo,
equipes espirituais não observem atentamente e se movimentem no sentido de
auxiliar-vos na tarefa de recuperação de vós mesmos, buscando prover os meios
de vos recuperardes dos tropeços e dos embaraços evitáveis, geradores de dramas
novos ou mantenedores dos antigos, impedindo-vos a marcha plena na direção do
mestre?
Os ressentimentos
ante os fenômenos gerados pelas imperfeições humanas, as mágoas, as
incompreensões, as contendas são todas injustificáveis.
Possuis o roteiro luminoso
da doutrina espírita, que vos endereça o entendimento da causa dos conflitos
humanos, mesmo entre os servos mais bem intencionados, não obstante ainda
cativos de suas más inclinações não integralmente superadas.
Se desertardes da
obra, que será daqueles que necessitam dos vossos braços-pontes, para levar o
fervor e a alegria da fé e do conhecimento que liberta, assim como o consolo e
o bálsamo, que ameniza as lutas daqueles que são os verdadeiros filhos do
calvário e que vos ofertam, nesse tempo e nesse espaço, a caridade de vos
ensinar a serdes melhores?
Se é sinal de
amadurecimento psicológico e de prudência a avaliação de cada
trabalho realizado e de cada frente aberta nas sombras da terra,
para lançar as luzes do cristo, igualmente pede ele a seus discípulos que não
permaneçam irrequietos pelas imperfeições, porém que lutem, fiquem em seus
postos e resistam aos convites da desistência, sob que alegações possam surgir,
e resistam, para que resplandeça o amor e fulgure a bandeira deus, cristo e caridade
em todos os corações.
Vive-se, nesse
momento, o grande abalo sísmico em todas as instituições sérias, face a
compreensível imperfeição de seus membros, alguns ainda homiziados com as
forças da sombra, as quais servem sem o notar, sendo instrumentos de expiação e
de prova para os lidadores do evangelho redivivo.
Que a mensagem de
Jesus envie aos vossos corações a resistência e a perseverança imprescindíveis
ao vigor e ao êxito da vossa empreitada.
Não serão poucos os
que se evadirão de seus postos, alegando inúmeros empecilhos pessoais,
discordâncias doutrinárias que mascarem caprichos não
satisfeitos ou julgamentos apressados e destituídos de
legitimidade. Acreditam estar em condições privilegiadas de exigir
equipes perfeitas, para cooperar no labor, mascarando vaidades pessoais,
reações orgulhosas e predominância do egoísmo avassalador.
Somos nós que
precisamos cooperar para que silenciemos nossas discórdias, nossas faltas de
sincronismo, nosso egoísmo e nosso orgulho, a fim que a obra não sofra danos severos.
Nesse momento, forças
sublimes enviam recursos, a fim de que logreis êxito, de que
tenhais tento, ânimo então vos abatais ante a tormenta.
Jesus prossegue
caminhando sobre as águas, convidando-vos a terdes fé, vós que sois os modernos
pescadores de almas, pedras angulares deste novo edifício, o edifício da
consolação e do amor, das certezas da imortalidade, que vos acenam com a
oportunidade de rumos melhores.
Ide, meus filhos,
meus amados filhos. O amor do senhor da vida vos conduz.
Mantende firme a
chama da fé, sem a deixardes bruxulear e partir, intimoratos, sem tergiversar,
sem hesitar, sem temer, como vos convoca nosso senhor Jesus Cristo.
Deixo-vos um aplexo
amoroso, rogando-vos fidelidade inquebrantável, amor para unir, unir para unificar
agora. Nem amanhã, nem mais tarde.
‘Orai e vigiai, pois
não sabeis nem quando, nem onde’, são as palavras de Jesus.
Discípulos amados,
ouvi-as bem.
Jesus é o nosso
mestre e o caminho único, para a verdade que traz a lucidez acerca da vida
abundante.
Meus filhos,
deixo-vos esta modesta missiva, agradecendo-vos o tempo dispensado, para
refletirmos, coletivamente, um tanto a mais em torno dos impositivos de nossa
reforma e do trabalho a ser realizado.
Ide em paz, mas ide
ao bom combate, sem trégua. Mantende a couraça da fé, o capacete da esperança,
reconhecendo em vós a confiança que Jesus possui em cada um de seus irmãos,
aceitando as migalhas de nossas contribuições mínimas, entretanto as
multiplicando, para fornecer alívio e o consolo à multidão, em ambos os lados
da existência, que clama pelo socorro do amor não amado.
Ide! Meus filhos! Não
há tempo a perder. Não há tempo para nos perdermos!
Esses são os votos do
vosso servidor humílimo e paternal, Bezerra.
Muita paz, meus
filhos”.
Bezerra de Menezes –
mensagem psicografada pelo médium Marcelo Nazareth, na noite de 22 de agosto de
2014, no Rio de Janeiro – RJ