quarta-feira, 16 de março de 2011
A VIDA FUTURA
Pilatos entrou no Pretório, e se dirigindo a Jesus perguntou-lhe: Tu és Rei dos Judeus? Respondeu-lhe Jesus: “o meu reino não é deste mundo, se meu reino fosse deste mundo, certo que os meus ministros haviam de providenciar para que eu não fosse entregue aos judeus”.
Por estas palavras Jesus se refere claramente a vida futura, que Ele apresenta em todas as circunstâncias como o fim a que se destina a humanidade, devendo ser este o objeto das principais preocupações do homem sobre a Terra. A idéia clara e precisa da vida futura nos dá, como resultado, uma fé inabalável, e altera o nosso modo de pensar e encarar a vida, nos dá coragem para enfrentarmos os obstáculos e dificuldades.
Examinando o Evangelho, atentamente, observamos que a “morte de Jesus” foi o primeiro fruto para a demonstração da imortalidade da alma, da vida futura, com as sucessivas aparições com que se mostrou, posteriormente, a seus discípulos. Certamente a intenção de Jesus foi nos dar mais esse ensinamento, para mostrar que a morte não extingue o ser, não destrói a individualidade, não aniquila o Espírito.
A morte de Jesus e suas posteriores aparições vêm provar que a Vida Espiritual é solidária com a vida terrena, demonstrando a possibilidade de contato entre este mundo e o Mundo Maior.
Jesus, o homem excelente, nasceu, viveu e morreu, como acontece com todos, e para dar exemplo da Lei de Deus, da Lei Natural, reapareceu depois da morte do seu corpo, constituindo-se as primícias da vida após a morte, ou seja, das aparições e comunicações com os “mortos”.
Jesus, para demonstrar a imortalidade da alma não poderia simplesmente aparecer antes do seu nascimento, pois iriam tomá-lo como um ser “sobrenatural” incompreensível aos habitantes da Terra. Ele precisava tornar-se conhecido, para depois se dar a conhecer. E baseando-se a sua Doutrina na Vida Eterna, ela só poderia prevalecer com as demonstrações da imortalidade do seu Fundador.
A simples dúvida da existência após a morte faz com que o homem direcione todos os seus atos na vida presente, se prende mais as necessidades materiais, abrindo janelas para o orgulho e vaidade, se distanciando cada vez mais da mensagem deixada pelo Mestre Jesus e Dele próprio.
Uma pesquisa de opinião pública revela que, em todo o mundo, a aspiração mais profunda do homem é viver, e a sua preocupação mais angustiante é morrer. O homem, apesar de seus progressos gigantescos e de suas brilhantes descobertas, não encontrou respostas para esses anseios.
A chegada da Doutrina Espírita, do Consolador Prometido por Jesus, é que vem mudando esses conceitos que nos esclarecer através dos seus ensinamentos. O Espírito de Hammed nos diz que: “em verdade a morte física não nos tira a vida, mas nos faz transitar por novos caminhos”.
Somos nômades do Universo, viajantes das vidas sucessivas, na busca do aperfeiçoamento. Kardec dizia: “nascer, morrer, renascer ainda e progredir incessantemente, tal é a lei”.
Sérgio Honório da Silva
Campos do Jordão - SP
O NOVO SONHO
A imaginação é mais importante do que o conhecimento, afirmou Albert Einstein, pois a imaginação é precursora do conhecimento, mas este, por sua vez, a enriquece.
Imaginar é ver um estado futuro com os olhos da mente. É o início de reinvenção da própria pessoa. Representa os sonhos, esperanças, objetivos e planos.
O sonho que estamos vivendo é nossa criação. É a nossa percepção de realidade que podemos mudar a qualquer momento. Nós temos o poder de criar o inferno e poder de criar o céu.
Por que não usar a nossa mente, nossa imaginação e nossas emoções para criar o céu?
Imagine que você tem a habilidade de enxergar o mundo com olhos diferentes, sempre que o escolher.
A cada vez que você abrir os olhos poderá ver amor saindo das árvores, descendo do céu, fluindo da luz.
Você percebe o amor à sua volta. Você percebe o amor diretamente em tudo.
Imagine que tem permissão para ser feliz e aproveitar sua vida.
Imagine sua vida sem medo de expressar seus sonhos. Você sabe o que quer, o que não quer e quando quer.
Está livre para alterar sua vida da forma que sempre desejou.
Não tem medo de pedir o que precisa, de dizer sim ou não para alguma coisa ou alguém.
Não regula mais seu comportamento de acordo com o que os outros possam pensar sobre você.
Não tem necessidade de controlar ninguém, e, em contrapartida, ninguém o controla.
Imagine viver sua vida sem julgar as pessoas. Você pode perdoá-las com facilidade e esquecer os julgamentos.
Não tem necessidade de estar certo, não precisa mais tornar todo mundo errado. Você respeita a si mesmo e a todos que, em troca, também o respeitam.
Imagine a si mesmo sem medo de amar e não ser amado. Não teme mais ser rejeitado e não tem a necessidade de ser aceito.
É capaz de dizer: “eu amo você”, sem justificativa ou vergonha.
Imagine viver sem o temor de assumir um risco e explorar a vida.
Imagine que ama a si mesmo do jeito que você é. Ama seu corpo da forma que é e suas emoções da forma como são.
O motivo de estar lhe pedindo para imaginar essas coisas é porque elas são inteiramente possíveis!
Você pode viver em estado de graça, em êxtase, o sonho do céu. Mas, apenas o amor pode colocá-lo nesse estado de graça.
Você percebe o amor onde quer que vá. É inteiramente possível porque outros já o fizeram e eles não são diferentes de você.
Há mais de dois mil anos Jesus nos falou sobre o reino dos céus, do amor, mas as pessoas não estavam prontas para ouvir isso.
Viver pode ser muito fácil quando o amor é sua forma de vida. Você pode estar pleno de amor o tempo todo.
É uma escolha sua. Talvez não tenha motivo para amar, mas pode amar, porque o amor o torna feliz.
Por milhares de anos temos procurado a felicidade. Ela é o paraíso perdido.
Os seres humanos têm trabalhado tanto para alcançar esse ponto, e isso faz parte da evolução. Este é o futuro da humanidade.
Esta forma de viver é possível e está ao seu alcance. Moisés a chamou de terra prometida, Buda a chamou de nirvana, Jesus a chamou de reino dos céus e os toltecas, de novo sonho.
O sofrimento o faz sentir-se seguro porque o conhece muito bem. Mas, na realidade, não existe motivo para sofrer. Você escolhe sofrer e esse é o único motivo.
Se olhar para a sua vida vai encontrar um bocado de desculpas para sofrer, mas não vai encontrar nenhum bom motivo para sofrer.
O mesmo vale para a felicidade. A única razão para você ser feliz é porque escolheu ser feliz. A felicidade é uma escolha, assim como o sofrimento.
Sofrer, ou amar e ser feliz. Viver no inferno ou viver no céu. Qual é a sua escolha?
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base num texto adaptado do livro “Os quatro compromissos – O livro da filosofia tolteca.”
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