Quando
te sintas em dificuldade no relacionamento com os outros, observa que, muitas
vezes, esses mesmos outros suportam problemas e percalços muito maiores do que
os nossos.
Semelhante
exercício te renovará os pensamentos e a compaixão te surgirá no íntimo,
obstando-te a queda em pessimismo e revolta.
Se
possuísses um engenho capaz de radiografar os sentimentos alheios,
reconhecerias, de pronto, o contraste entre a suposição e a realidade.
Aquele
chefe, supostamente arbitrário, guarda consigo a mente esfogueada de
inquietações pelo próprio serviço de que recebes os recursos que se te fazem necessários à
vida.
Provavelmente
o amigo que não te notou a presença carrega as próprias ideias e emoções
concentradas num filhinho doente.
A
senhora que tantos julgavam excessivamente enfeitada, assim se preparou
diversos dias a fim de solicitar emprego a determinadas autoridades para o
esposo recém-demitido da organização em que trabalhava.
O
rapaz que passou, conduzindo o carro em alta velocidade, é portador de um
cérebro enfermiço.
O
artista que se negou a colaborar contigo na realização das boas obras em que te
empenhas, estará sob o peso de terrível estafa.
A
ninguém julguemos precipitadamente.
Procuremos
o melhor de cada situação e de cada criatura, de modo a seguirmos para diante
com o melhor a fazer, esquecendo o desnecessário.
Em
muitos lances de marcha na direção de Deus erramos, a fim de aprender com
segurança, ou caímos, de modo a levantar-nos para conquistar o equilíbrio
seguro.
Ninguém
segue sem o apoio de alguém nos caminhos da vida.
Em
vista disso, compadeçamo-nos dos outros para que os outros se compadeçam de
nós.
De
“O Essencial”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel