sábado, 14 de julho de 2012

Terapia contra o medo

O medo, até certo ponto, é uma reação natural perante aquilo que desconhecemos e se expressa por variadas formas no dia a dia.

Causam-nos medo a expectativa de um acontecimento desagradável, a surpresa perante uma situação difícil que não sabemos como enfrentar, ao menos no primeiro momento.

Também a expectativa por uma resposta que talvez seja negativa pode nos provocar certo receio, que pode se transformar em ansiedade controlada.

Também existem os medos de fantasmas, de tormentas, do escuro, da água ou do fogo que, quase sempre, são resultado do período infantil e que ainda não conseguimos vencer.

Mas existe um outro tipo de medo. É esse receio que se agiganta e nos leva a um estado de grande ansiedade, por acontecimentos pequenos ou até de simples expectativas.

Tal estado gera taquicardias, calafrios ou suores abundantes. Tudo demonstrando um desequilíbrio psicológico.

O medo desfigura a realidade. Coisas insignificantes se agigantam e se avolumam, fazendo-nos ver muitas situações distorcidas.

No Rio de Janeiro, uma senhora muito rica precisou, certo dia, ir ao costureiro provar um vestido novo para uma festa. Seu carro estava na oficina. Ela telefonou ao marido e lhe disse:

Bem, estou saindo agora. São três horas da tarde. Vou chamar um táxi porque acho mais seguro. Deverei estar de volta em torno das seis horas. Se eu não estiver de volta até esse horário, por favor, me procure.

Ela vivia atemorizada pela violência. Temia ser assaltada, sequestrada, maltratada. Por isso, tinha todos esses cuidados.

Chamou o táxi, foi até o ateliê de alta costura, provou a roupa, conversou com amigas e retornou para casa em outro táxi.

Quando saltou do carro em frente à sua casa e deu alguns passos na direção do portão, percebeu que um homem a observava de forma estranha.

Seu coração começou a bater violentamente. Ela olhou para trás. O táxi já desaparecera na esquina. Deu mais uns passos e o indivíduo a seguiu.

Ela começou a sentir pavor. Deu meia volta, apressou o passo na direção da rua. Alguém, com certeza, haveria de vê-la e socorrê-la, salvá-la daquele homem que deveria ser um assaltante, um ladrão.

Percebeu que ele continuava atrás dela. Começou a correr. O homem também correu e gritou:

Ei, sua boba, onde é que você vai? Sou eu, seu marido!

* *  *

A mais excelente terapia contra o medo e a ansiedade é a confiança em Deus, que criou a vida com objetivos elevados.

Reflexionemos com calma a respeito do medo e busquemos as suas causas, passando-as pelo crivo da razão.

Sejam, porém, de que ordem forem as causas do medo, exercitemo-nos mentalmente, nos processos para a sua eliminação.

Oremos a Deus, entregando-nos a Ele, em atitude dinâmica e nos disponhamos a enfrentar qualquer situação com pensamento otimista.

Guardemos a certeza de que Deus vela e guarda as nossas vidas.

Redação do Momento Espírita, com base em relato de Divaldo Pereira Franco, em palestra pública no cenáculo da Federação Espírita Brasileira, em Brasília, no dia 11 de novembro de 2000; no cap. 11 do livro Momentos de felicidade e no cap. 14 do livro Momentos de iluminação, pelo Espírito

Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed Leal.

Metas

 

É comum os homens estabelecerem metas a serem alcançadas. Nas empresas, todos perseguem metas.

Na vida particular, quando o ano está para findar ou quando se aproxima a data do aniversário, quase sempre traçamos diretrizes para os meses próximos.

As metas variam conforme as pessoas. Cada qual as coloca no papel ou arquiva na memória, sempre de acordo com os propósitos que tem na vida.

Há os que estabelecem como diretriz a mudança de emprego. Uma nova atividade profissional, um salário mais compensador, novos desafios a serem enfrentados.

Outros falam em mudar de cidade, de casa. Afinal, ambiente novo enseja renovado vigor à vida.

Outros arquitetam matricular-se em um curso, procurar uma escola, ler um livro, a fim de melhorar a condição intelectual.

Outros ainda, que se descobrem distanciados da religião, decidem por retornar a frequentar determinado templo religioso, para se aproximar de Deus.

São sempre metas que visam ao bem-estar, à felicidade da criatura. Aqueles que se sentem com alguns quilos a mais, pensam em começar a fazer regimes e dietas para emagrecer.

Os que se sentem muito magros entabulam questões, buscando fórmulas para adquirir maior peso.

No entanto, o mais importante de tudo e que, às vezes, esquecemos é que a meta que devemos colocar como prioritária é a de iniciarmos a conquista da perfeição, o que equivale a dizer, a melhoria do próprio caráter.

Benjamin Franklin (*), famoso inventor e estadista norteamericano, acreditava que isso poderia ser conseguido se a criatura se impusesse uma disciplina firme.

Dizia que melhorar o caráter era uma arte que devia ser estudada, exatamente como a pintura e a música.

Quando jovem, fez uma lista das qualidades dignas de se admirar e se propôs a conquistá-las: ia ser moderado no comer, evitaria a tagarelice, seria sistemático nos negócios, terminaria qualquer tarefa que começasse, seria sincero.

Trataria os outros com justiça. Suportaria as injustiças com paciência. Evitaria as extravagâncias. Não deixaria que as pequenas coisas o afetassem.

Organizou um pequeno livro para si, separando uma página para cada virtude, a fim de dedicar uma semana de atenção a cada uma delas, de forma sequencial.

Assim, quando estivermos pensando em metas, pensemos em estabelecer a meta de sermos mais gentis, mais fraternos, mais amigos.

De cobrarmos menos dos nossos amores e doarmos mais. De oferecermos mais carinho, atenção e cuidados e exigirmos menos.

Estabeleçamos como meta contribuir para a felicidade de alguém, para descobrir a própria felicidade.

* * *

Se desejamos realmente melhorar, tracemos um programa simples. Tentemos ser pacientes. Organizemos todos os momentos sem agitação e ansiedade.

Sejamos caridosos. Um coração caridoso é uma ilha onde a felicidade reside.

Sejamos amorosos. Num mundo carente, todo gesto de amor é como um raio de luz apontando rumos de felicidade.

Permitamos que o amor nos conduza, fluindo de nós para os demais. Cooperemos e confiemos no bem.

Redação do Momento Espírita com base no cap. Benjamin Franklin, do livro Expoentes da Codificação Espírita, organizado por Maria Helena Marcon, ed. Fep e no cap. 14 do livro Filho de Deus, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.