Antes do berço, quase sempre, conhece a
alma humana, plenamente desperta, grande parte dos débitos que lhe induzem o
coração a mergulhar nas forças do Plano Físico.
Muitas vezes, como o auxílio dos
benfeitores que lhe endossam as novas experiências, contempla o quadro de
provações em que testemunhará humildade e renúncia.
Muitos candidatos ao recomeço aprendizagem na Terra, em semelhantes visões
do limiar, tremem e choram, debatendo-se em clamoroso receio, acovardados à
última hora, quando já não podem recuar nas decisões assumidas.
É então que o afeto dos pais lhes
confere doce refúgio.
No clima nutriente do lar, aquietam as
próprias ânsias, refazendo-se à luz do entendimento e da prece, para combate
consigo mesmo na estrada redentora.
Entretanto, se pais e mães, nessa hora,
surgem moralmente inabilitados, entre a indiferença e a discórdia, desajustes e
enfermidades poderão sobrevir na grande passagem, porquanto o aborto e o
desequilíbrio aparecerão, aflitivos, sobrecarregando o nascituro de pesados
gravames que, em muitas ocasiões, só a morte inesperada conseguirá reprimir.
Pais amigos, guardai convosco, ante o
berço terrestre, a oração e o carinho, a caridade e a paz, porque sois
responsáveis, na luz da reencarnação, por aquele que volta, em nome do Senhor,
a rogar-vos abrigo, a fim de burilar-se e servir, ofertando-vos ao mesmo tempo,
as mais nobre oportunidades de salvação!...
Emmanuel - De
“Família”, de Francisco Cândido Xavier – Espíritos diversos