terça-feira, 21 de maio de 2013

INAUGURAÇÃO DIÁRIA



Você já participou de alguma inauguração? Reparou como tudo é bonito, festivo, em dia de inauguração?
 
As pessoas usam as suas melhores roupas e seus melhores perfumes.
 
Os sorrisos estão por toda parte. E todos os detalhes são minuciosamente cuidados. As cores das flores devem combinar com o restante da decoração, a música não pode estar tão alta que perturbe o ambiente.
 
O cafezinho tem um sabor especial. A recepção é impecável. Enfim, tudo é maravilhoso em dia de inauguração.
 
A mercadoria se apresenta nos balcões, nas vitrines, nas mesas, harmoniosamente disposta. Um atrativo para os olhos.
 
Entretanto, no dia seguinte, o mesmo local, as mesmas pessoas, a mesma mercadoria não têm o mesmo encanto. À medida que os dias se escoam, os funcionários vão se mostrando cansados e já não atendem tão bem a clientela.
 
O cafezinho nem sempre está gostoso. As flores não são trocadas com regularidade e apresentam a tristeza amarelada do ambiente em que se encontram. Parece que tudo vai assumindo um ar de mesmice.
 
* * *
 
Assim é na nossa vida, muitas vezes. Chega um momento em que vamos nos permitindo cair na monotonia e nos esquecemos da grandeza da vida que vivemos e da riqueza de tudo que nos cerca.
 
Erguemo-nos pela manhã, trabalhamos, estudamos, nos alimentamos, quase que mecanicamente.
 
É certo que a vida não é uma eterna festa, mas não pode ser simplesmente um amontoado de dias que se sucedem.
 
Importante seria que pensássemos em nossa vida em termos de uma constante inauguração. Ter, a cada despertar, algo novo em mente.
 
Um projeto diferente. Criar situações que nos revigorem as disposições para a alegria. Lembrar de detalhes: mandar flores para alguém, mesmo que não seja dia de aniversário.
 
Pode-se criar o dia de mandar flores. Escrever um bilhete de agradecimento. Mesmo que seja só para agradecer o fato de ter alguém por amigo, irmão.
 
Fazer uma visita inesperada. Enriquecer nossas amizades com contatos frequentes e cordiais. Promover um encontro com os vizinhos. Colecionar frases positivas.
 
Recomeçar estudos interrompidos. Iniciar outras etapas de aprendizado. Não desistir nunca de aprender.
 
Criar novas ideias. Fazer uma meditação diária sobre os objetivos da vida.
 
E não esquecer nunca de que para ser dia de inauguração tem que se estar feliz, ter esperança no futuro, sentir que está se fazendo algo novo e desafiador.
 
Em síntese: dar sentido à própria vida.
 
* * *
 
Cada dia que surge, renovado, nos traz as oportunidades de trabalho, aprendizado, enriquecimento do espírito.
 
Na forja das horas, amadurecemos nossos conceitos, reformulamos ideias e ideais.
 
Enquanto se multiplicam as semanas e se somam os meses na Terra que nos acolheu para as experiências do progresso, invistamos na vida e perseveremos na execução dos nossos planos de felicidade, sem receios infundados, nem desânimo injustificado.
 
Inauguremos nossa vida a cada dia, todos os dias.
 
Redação do Momento Espírita com base no artigo Inaugure sua vida todo dia, de Dulce Magalhães.

MULHERES


No mundo existem diversos tipos de mulheres. Existem as que curam com a força do seu amor e as que aliviam dores com a sua compaixão. Foram exemplos Irmã Dulce, na Bahia e Madre Tereza, na Índia.
 
Existem mulheres que cantam o que a gente sente e as que escrevem o que a gente sente.
 
Há muitas mulheres glamourosas, como o foi Lady Di e mulheres maravilhosas que deixam lições eternas, como Eunice Weaver e Madame Curie.
 
Existem mulheres que fazem rir, e mulheres talentosas no Teatro, nas telas dos cinemas, nos palcos do Mundo.
 
Entre tantos tipos de mulheres existem as que não são  conhecidas ou famosas. Mulheres que deixam para trás tudo o que têm, em busca de uma vida nova. Lembramos das nossas nordestinas e sua luta constante contra a adversidade, para que os filhos sobrevivam.
 
Mulheres que todos os dias se encontram diante de um novo começo, que sofrem diante das injustiças das guerras e das perdas inexplicáveis, como a de um filho amado, pela tola disputa de um pedaço de terra, um território, um comando.
 
Mães amorosas que, mesmo sem terem pão, dão calor e oferecem os seios secos aos filhos famintos. Mulheres que se submetem a duras regras para viver.
 
Mulheres que se perguntam todos os dias, ante a violência de que são vítimas, qual será o seu destino, o seu amanhã.
 
Mulheres que trazem escritos nos sulcos da face, todos os dias de sua vida, em multiplicadas cicatrizes do tempo.
 
Todas são mulheres especiais. Todas, mulheres tão bonitas quanto qualquer estrela, porque lutam todos os dias para fazer do mundo um lugar melhor para se viver.
 
Entre essas, as que pegam dois ônibus para ir para o trabalho e mais dois para voltar. E quando chegam em casa, encontram um tanque lotado de roupa e uma família morta de fome.
 
Mulheres que vão de madrugada para a fila a fim de garantir a matrícula do filho na escola.
 
Mulheres empresárias que administram dezenas de funcionários de segunda a sexta e uma família todos os dias da semana.
 
Mulheres que voltam do supermercado segurando várias sacolas, depois de ter pesquisado preços e feito malabarismo com o orçamento.
 
Mulheres que levam e buscam os filhos na escola, levam os filhos para a cama, contam histórias, dão beijos e apagam a luz.
 
Mulheres que lecionam em troca de um pequeno salário, que fazem serviço voluntário, que colhem uvas, que operam pacientes, que lavam a roupa, servem a mesa, cozinham o feijão e trabalham atrás de um balcão.
 
Mulheres que criam filhos, sozinhas, que dão expediente de oito horas e ainda têm disposição para brincar com os pequenos e verificar se fizeram as lições da escola, antes de colocá-los na cama.
 
Mulheres que arrumam os armários, colocam flores nos vasos, fecham a cortina para o sol não desbotar os móveis, mantêm a geladeira cheia.
 
Mulheres que sabem onde está cada coisa, o que cada filho sente e qual o melhor remédio para dor de cotovelo do adolescente.
 
Podem se chamar Bruna, Carla, Teresa ou Maria. O nome não importa. O que importa é o adjetivo: mulher.
 
* * *
 
A tarefa da mulher é sempre a missão do amor, estendendo-se ao infinito. Tal tarefa pode ser executada no ninho doméstico, entre as paredes do lar, na empresa, na universidade, no envolvimento das ciências ou das artes.
 
Onde quer que se encontre a mulher, ali se deverá encontrar o amor, um raio de luz, uma pétala de flor, um aconchego, um verso, uma canção.
 
Equipe de Redação do Momento Espírita, a partir de mensagens intituladas “Quem é o mulherão?” e “Mulheres”, cujas autorias são desconhecidas pela Equipe.