quarta-feira, 31 de julho de 2013

A CASA QUEIMADA


 
Um certo homem saiu em uma viagem de avião. Era um homem temente a Deus, e sabia que Deus o protegeria.
 
Durante a viagem, quando sobrevoavam o mar um dos motores falhou e o piloto teve que fazer um pouso forçado no oceano.
 
Quase todos morreram, mas o homem conseguiu agarrar-se a alguma coisa que o conservasse em cima da água.
 
Ficou boiando à deriva durante muito tempo até que chegou a uma ilha não habitada.
 
Ao chegar à praia, cansado, porém vivo, agradeceu a Deus por este livramento maravilhoso da morte.
 
Ele conseguiu se alimentar de peixes e ervas.
 
Conseguiu derrubar algumas árvores e com muito esforço conseguiu construir uma casinha para ele.
 
Não era bem uma casa, mas um abrigo tosco, com paus e folhas.  Porém significava proteção.
 
Ele ficou todo satisfeito e mais uma vez agradeceu a Deus, porque agora podia dormir sem medo dos animais selvagens que talvez pudessem existir na ilha.
 
Um dia, ele estava pescando e quando terminou, havia apanhado muitos peixes. Assim com comida abundante, estava satisfeito com o resultado da pesca.
 
Porém, ao voltar-se na direção de sua casa, qual tamanha não foi sua decepção, ao ver sua casa toda incendiada.
 
Ele se sentou em uma pedra chorando e dizendo em prantos:
 
"Deus!  Como é que o Senhor podia deixar isto acontecer comigo? O Senhor sabe que eu preciso muito desta casa para poder me abrigar, e o Senhor deixou minha casa se queimar todinha. Deus, o Senhor não tem compaixão de mim?"
 
Neste mesmo momento uma mão pousou no seu ombro e ele ouviu uma voz dizendo:
 
"Vamos rapaz?"
 
  Ele se virou para ver quem estava falando com ele, e qual não foi sua surpresa quando viu em sua frente um marinheiro todo fardado e dizendo:
 
"Vamos rapaz, nós viemos te buscar"
 
"Mas como é possível? Como vocês souberam que eu estava aqui?"
 
"Ora, amigo!  Vimos os seus sinais de fumaça pedindo socorro. O capitão ordenou que o navio parasse e me mandou vir lhe buscar naquele barco ali adiante."
MORAL DA HISTÓRIA
 
É comum nos sentirmos desencorajados e até mesmo desesperados quando as coisas vão mal.
 
Mas Deus age em nosso benefício, mesmo nos momentos de dor e sofrimento.
Lembrem-se:
 
Se algum dia o seu único abrigo estiver em chamas, esse pode ser o sinal de fumaça que fará chegar até nós algo mais importante e melhor.
 
Procure nunca pensar no pior, pois Deus é justo e bom e visa sempre o nosso bem.

domingo, 28 de julho de 2013

O MAIS DIFÍCIL

 
Diante das águas calmas, Jesus refletia.Afastara-se da multidão, momentos antes.
Ouvira remoques e sarcasmos.Vira chagas e aflições.
O Mestre pensava...
*
Tadeu e Tiago, o moço, João e Bartolomeu aproximaram-se. Não era aquele um
momento raro? E ensaiaram perguntas.
- Senhor – disse João - , qual é o mais importante aviso da Lei na vida dos homens?
E o Divino passou a responder:
- Amemos a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a nós mesmos.
- E qual a virtude mais preciosa? – indagou Tadeu.
- A humildade.
- Qual o talento mais nobre, Senhor? – falou Tiago.
- O trabalho.
- E a norma de triunfo mais elevada? – indagou Bartolomeu.
- A persistência no bem.
- Mestre, qual é, para nós todos, o mais alto dever? – aventurou Tadeu novamente.
- Amar a todos, a todos servindo sem distinção.
- Oh! Isso é quase impossível – gemeu o aprendiz.
- A maldade é atributo de todos – clamou Tiago - ; faço o bem quanto posso, mas
apenas recolho simples espinhos de ingratidão.
- Vejo homens bons sofrendo calúnias por toda parte – acentuou outro discípulo.
- Tenho encontrado mãos para auxiliar – disse outro.
E as mágoas desfilaram diante do Mestre silencioso.
João, contudo, voltou a interrogá-lo:
- Senhor, que é mais difícil? Qual a aquisição mais difícil?
Jesus sorriu e declarou:
- A resposta está aqui mesmo em vossas lamentações. O mais difícil é ajudar em
silêncio, amar sem crítica, dar sem pedir, entender sem reclamar... A aquisição mais difícilpara nós todos chama-se paciência.
 
Livro: A Vida Escreve - Psicografia de Waldo Vieira - Espírito Hilário Silva

sábado, 27 de julho de 2013

UMA MÃE QUE FAÇA CASTELOS DE AREIA


 
Uma dessas tirinhas de jornal, com três breves cenas, levantou uma questão muito importante, que merece nossa atenção:
 
Na primeira cena, vemos uma menina pequena em frente à sua mãe. Da mãe, vê-se apenas as pernas e a cintura.
 
A filha, então, pergunta: Mãe, aonde você vai? Que roupa é essa?
 
Na segunda cena, temos a resposta da mãe: Ora, é minha roupa de academia! Você não quer uma mãe bonita no verão?
 
E, finalmente, na terceira, temos a perspicaz resposta da criança: Não, prefiro uma mãe que faça castelos de areia.
 
* * *
 
Vale a pena refletir por alguns instantes, se estamos sendo apenas uma mãe que deseja estar bonita no verão, ou uma mãe que faz castelos de areia com seus filhos.
 
O cuidado do corpo é importante, claro, e todos precisamos mantê-lo saudável, porém, é necessário verificar se não estamos, muitas vezes, caindo em excessos.
 
A breve passagem narrada apresenta muito bem o que temos de mais precioso para dar aos nossos filhos: nosso tempo ao seu lado.
 
Quando se falou em verão, a menina pensou nos castelos de areia que faria com a mãe.
 
Vale refletir se, em muitos casos, em nome de tantas coisas, tantos compromissos, ou mesmo em nome da vaidade, não estamos deixando nossos filhos de lado, em casa, com babás, avós ou até sozinhos, por tempo demais.
 
Quando aceitamos a importante missão de pai, de mãe, aceitamos sacrifícios, aceitamos renunciar parte de nossa vida por eles, pelo menos por um tempo, enquanto são pequenos e precisam de nossa atenção integral.
 
Muitos pais parecemos esquecer disso, achando que podemos levar a mesma vida que levávamos quando solteiros, ou quando ainda não tínhamos filhos.
 
Terceirizamos os cuidados e a educação para outros, conseguindo assim mais tempo livre ou ainda, mais tempo para outros afazeres.
 
Tenhamos calma. Tenhamos paciência.
 
Esse sacrifício, essas horas e mais horas doadas a eles, irão nos trazer muitas alegrias. E a primeira delas é a alegria da consciência em paz, da consciência que se reconhece cumpridora de seus deveres.
 
Utilizemos disciplina. Guardemos momentos para nós durante a semana, para nossos afazeres, mas, evitemos ao máximo deixar as crianças de lado por muito tempo.
 
São momentos que não voltam e passam muito rápido. Logo nos daremos conta disso.
 
Talvez estejamos exaustos com tantos compromissos domésticos, profissionais e familiares. Parece que não estamos dando conta, é certo.
 
É nossa cota de doação para a família.
 
E por se tratar de gesto de altruísmo, de abnegação, não estamos sozinhos. Podemos contar com a ajuda dos amigos espirituais que nos acompanham e que também trabalham pelo sucesso de nossa empreitada na Terra.
 
Oremos, peçamos ajuda. Tranquilizemos o coração e acalmemos a ansiedade. Logo tudo se encaixa, tudo se acalma.
 
Em breve os filhos crescem, a vida muda mais uma vez, e será o momento da saudade de quando eram pequenos.
 
Guardemos em nosso coração uma certeza maior, a de que vale a pena investir nosso tempo em construir castelos de areia com nossos amados filhos.
 
Redação do Momento Espírita.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

AO MEU AMIGO


Se eu morrer antes de você, faça-me um favor:
 
Chore o quanto quiser, mas não brigue comigo.
 
Se não quiser chorar, não chore.
 
Se não conseguir chorar, não se preocupe.
 
Se tiver vontade de rir, ria.
 
Se os amigos contarem algum fato a meu respeito, ouça e acrescente a sua versão.
 
Se me elogiarem demais, corrija o exagero.
 
Se me criticarem demais, me defenda.
 
Se me quiserem fazer um santo só porque morri, mostre que eu tinha virtudes, mas estava longe de ser o santo que imaginam.
 
Se lhe disserem que cometi muitos erros, mostre que eu talvez tenha errado muitas vezes, mas que passei a vida inteira tentando acertar.
 
E se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim, diga apenas uma frase:
 
“Foi meu amigo, acreditou em mim e sempre me quis por perto.”
 
Se então derramar uma lágrima, eu não estarei presente para enxugá-la, mas não faz mal. Outros amigos farão isso no meu lugar.
 
Gostaria de dizer para você que viva como quem sabe que vai morrer um dia, e que morra como quem soube viver direito.
 
Amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo o seu começo.
 
Mas, se eu morrer antes de você, creio que não vou estranhar o céu, pois ser seu amigo, já é um pedaço dele.
 
*  *  *
 
Valorizemos sempre os amigos que conquistamos durante a jornada terrestre. São eles que perfumam e suavizam nossos dias e preenchem nossa vida com as mais belas lembranças.
 
Alguns são como verdadeiros irmãos. Caminham ao nosso lado nos dando a certeza de que podemos buscá-los, a qualquer momento, porque sempre estarão prontos a nos amparar.
 
Ofereçamos também a nossa lealdade. Sejamos aquele que se preocupa verdadeiramente com o outro, que doa seu tempo, que oferta compreensão e acolhimento.
 
Por vezes guardamos a impressão de que os encontros com essas pessoas especiais são na verdade reencontros, que foram anteriormente combinados entre as almas para acontecer no momento certo, superando tempo e espaço.
 
Essa sensação ocorre quando acabamos de conhecer alguém e logo detectamos uma grande afinidade. Também uma intensa alegria em estar próximo.
 
Mas, é possível que nos decepcionemos com esses companheiros, em algum momento. É compreensível, pois somos todos falíveis. Nesses casos, procuremos não guardar rancor.
 
Recordemos que foi um amigo que acusou Jesus e que outro o negou. Alguns o abandonaram e atribuíram-lhe a responsabilidade pelas dores que passaram a experimentar.
 
E, mesmo assim, Jesus não os censurou e nem os abandonou. Por amá-los em abundância, os buscou novamente e os conduziu de volta ao reino de Deus.
 
Por fim, não fiquemos tristes quando chegar a hora de nos despedirmos dessas pessoas queridas.
 
A despedida é necessária antes de podermos nos encontrar outra vez. E, nos encontrar de novo, depois de momentos ou de vidas, é certo para os que são amigos.
 
Redação do Momento Espírita, com texto inicial, de autoria desconhecida.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

SOL DAS ALMAS


É pelo amor, sol das almas, que Deus mais eficazmente atua no mundo.
 
Já notamos como um belo dia de sol consegue nos fazer bem? A temperatura pode estar baixa, mostrando os prenúncios do inverno, mas mesmo assim, o brilho intenso da estrela solar consegue nos trazer ânimo e esperança.
 
Algum poeta apaixonado poderia dizer que os raios solares são como um abraço do Criador, fazendo-nos acreditar que estamos seguros, que estamos protegidos.
 
Mas é através de um outro sol, um sol interior, que o Pai se mostra mais presente em nossas vidas: o amor.
 
O amor encontrado no coração do homem, manifestado em seus pensamentos e ações; o amor, condição indispensável, para que tudo na vida faça sentido e tenha valor.
 
Paulo de Tarso, em sua carta ao povo da cidade de Corinto, afirmava que se não houvesse amor em suas ações, elas não teriam validade, e que se não existisse amor em sua alma, ele nada seria.
 
O Apóstolo ainda trazia a aplicação prática desse ensino, dizendo que o amor é paciente, mostrando-nos a virtude da paciência, essa disposição íntima que nos faz esperar com calma, que nos auxilia a evitar a precipitação, que não é passiva, mas é atuante e dinâmica.
 
O amor é benigno, isto é, ele deve irradiar de nossa casa interior, para iluminar outros lares através da caridade, da intenção de fazer felizes aqueles que estão ao nosso redor.
 
O amor não arde em ciúmes, não guarda o sentimento de posse sobre ninguém, pois sabe que não possuímos as pessoas, e que se as amamos, devemos libertá-las.
 
O amor não se orgulha, nem se ensoberbece, é humilde, e faz com que saibamos o nosso devido lugar, conhecendo nossas imperfeições e reconhecendo as dificuldades do próximo, jamais nos proclamando melhores que alguém.
 
O amor não se conduz inconvenientemente, é delicado, sensível, e se expressa nas pequenas coisas, nas pequenas ações, que são invisíveis aos olhos do mundo, mas que para Deus demonstram nosso interesse e preocupação com as outras pessoas.
 
O amor não procura seus interesses, é espontâneo, não age visando a vantagem, a recompensa. Ele simplesmente ama, se doa, sem exigir retorno.
 
O amor não se exaspera, é tolerante, compreensivo, e sabe que necessitamos compreender as dificuldades alheias, pois todos, sem exceção, ainda as temos.
 
O amor não se ressente do mal, perdoa. Não permite que o veneno do ressentimento prejudique nossa saúde física e espiritual.
 
E, finalmente, Paulo de Tarso nos ensina que o amor não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade, mostrando-nos que devemos ser defensores da verdade, da sinceridade, mas não dessa sinceridade dura que atira as verdades no rosto dos outros - deixando assim de ser virtude.
 
A verdade deve ser revelada com psicologia, com cautela, visando construir, e não destruir o semelhante.
 
* * *
 
O amor decompõe-se em muitas cores, em muitas virtudes.
 
É este sol das almas que buscamos, cada um de uma forma, cada um a seu tempo. Sempre amparados pelo astro de primeira grandeza que é Jesus, que veio à Terra e permaneceu nestes ares para nos guiar aos caminhos que nos conduzirão ao Criador.
 
Redação do Momento Espírita, com base no texto O dom supremo, de Henri Drummond, e no cap. XXV, pt. 3, do livro O problema do ser, do destino e da dor, de Léon Denis, ed. FEB.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Doenças ou doentes?


O oncologista norte americano Dr. Bernie Siegel, em seu livro “Amor, Medicina e Milagres”, relata vários casos de pacientes com câncer que obtiveram uma melhor qualidade de vida e em alguns casos até mesmo a cura, através da mudança de sua conduta mental.
Poderíamos citar inúmeros casos trazidos a lume pelo eminente cirurgião, mas o que desejamos abordar é a capacidade de transformação que todos os homens têm e poucos utilizam. Cita o médico que alguns pacientes, mesmo com o diagnóstico terrível, optam por enfrentar a doença e lutar para vencer. Outros, diante da notícia, abandonam a vida voluntariamente, entregando-se ao desânimo e descrendo da própria capacidade de viver.
Uns morrem com o diagnóstico, outros nascem. Este nascer significa valorizar a vida, valorizar-se.
O choque com o diagnóstico pode significar também o despertar para a vida, que até então estava esquecida. Segundo as experiências realizadas pelo médico, os pacientes que sorriem mais, os que oram, os otimistas, obtém resultados mais satisfatórios ao enfrentar a doença. Os que reclamam em demasia têm uma sobrevida menor, os pessimista da mesma maneira.
Fica comprovado em laboratório que nós determinamos a vida que desejamos ter de acordo com o teor de nossos pensamentos. Um outro grupo de médicos norte americanos realizou interessante pesquisa que merece nossa reflexão.
Suscitaram raiva em um paciente deixando-o muito irritado e colheram amostras de sua saliva para exame. Concluíram os dignos cientistas, que a enzima imunoglobina. A encontrada na saliva, também é responsável pela nossa imunodeficiência, é produzida em menor quantidade quando estamos com raiva.
Com isso, estamos mais suscetíveis de adquirir doenças infectocontagiosas, tais como gripes, resfriados e etc... É muito importante observarmos a nós próprios diante das dificuldades. Como estamos reagindo a essa ou aquela situação. 
Seja qual for a enfermidade, a mente plugada no bem e no amor tem mais possibilidades de superar as enfermidades. Se existe corpo enfermo, é porque o espírito estava doente antes. Não valorizar o mal que nos façam, perdoar, esquecer o passado é fundamental.
Entender que a vida na Terra é passageira que a morte é simples mudança de endereço.
Cuidados com os pensamentos! Como disse o profeta: “Onde estiver o vosso tesouro, lá estará o vosso coração”. Onde está o nosso tesouro?
Os pensamentos mórbidos elaborados em nossa mente serão sempre os fatores determinantes de saúde ou doença, tormento ou paz.
Será que as doenças existem? Ou existem pessoas doentes?

Pense bem, viva feliz!
Algemas Invisíveis – Adeilson Salles – Editora CEAC

terça-feira, 23 de julho de 2013

A faxina nossa de cada dia




O asseio pessoal é fator importante para nossa apresentação onde quer que estejamos. A apresentação conta muito em todos os setores da atividade humana. Na busca de um emprego, na escola, no trabalho, etc...
Não podemos nos descurar dos cuidados que o corpo físico necessita, afinal, nosso corpo é nossa primeira habitação no mundo. O que aconteceria se um centro cirúrgico não apresentasse as condições de assepsia adequadas? Quais as consequências para um restaurante, se sua cozinha não fosse limpa quotidianamente? Como iriamos transitar nas ruas se a coleta de lixo não acontecesse? Se nossa casa não passasse pela faxina semanal, certamente não apresentaria condições de habitação.
Tudo isso é verdade, mas precisamos atentar para um outro tipo de limpeza que temos muita dificulta em realizar. Trata-se da faxina mental, a limpeza psíquica, o cuidado com a mente.
Atordoado pela vida moderna, o hom em permite que vários detritos psíquicos se amontoem não restando espaço para a paz tão necessária para uma vida mais feliz.  Esquecemo-nos de que o corpo sempre repercute o estado de lucidez ou enfermidade do espírito que está domiciliado temporariamente nele. Todo pensamento edificante aciona células neurotransmissoras que produzem enzimas benfazejas, capazes de proporcionar o bem estar físico.
Pensamentos tormentosos, desejos angustiantes, ao contrário, levam o homem a intoxicar-se de enzimas que provocam desconforto emocional e a consequente infelicidade.
A dona de casa operosa sempre lança mão de produtos de limpeza que lhe permitem manter o lar higienizado para que a família desfrute de uma vida mais saudável. O produto para a limpeza mental, mais eficaz contra as bactérias e microrganismos energéticos criados por nosso pensamento invigilante sem dúvida nenhuma é a oração.
Não aquela fórmula milagrosa e repetitiva ditada por muitos religiosos. Precisamos desmistificar a oração, a prece é acima de tudo o silêncio em nós mesmos, para que possamos tirar o lixo psíquico de baixo do tapete e varrê-lo para fora de nossa mente. A prece é antes de tudo, abrir a boca da alma para os ouvidos divinos. A prece é a conversa intima que todos podemos ter com o Criador, sem a necessidade de nenhum religioso como representante.
Orar é mudar de canal, deixar a tormenta e experimentar a calmaria.
Para isso, quando em oração, não precisamos de demonstrações exteriores, se não conseguirmos silenciar noss alma não aludiremos o êxito anelado. Assim como nos higienizamos fisicamente para as lutas de cada dia, é fundamental que façamos a assepsia nas horas mais difíceis através de um estado mental mais elevado; orando.
Existe um ditado popular que diz: “Por fora bela viola, por dentro, pão bolorento”.
Esqueça-se dos faxineiros contratados, essa é uma casa da qual só nós possuímos a chave.
Ore, trabalhe e seja feliz!


Algemas Invisíveis – Adeilson Salles – Editora CEAC

segunda-feira, 22 de julho de 2013

MEL E FEL




Qual a conquista mais fácil de obter na vida?
Seja qual for o projeto desejado é necessário perseverar para lograr êxito. Ao observarmos um maratonista, surpreendemo-nos com sua capacidade física em percorrer 42 quilômetros em uma prova. Maravilhados, exultamos de alegria com as conquista da ciência. Emocionados, embevecemo-nos com as palavras dos expositores que têm na oratória, verdadeiras sinfonias de esclarecimento e consolo.
O que um maratonista, um cientista e um expositor de sucesso têm em comum?
O maratonista que percorre quilômetros precisou vencer os primeiros 100 metros; o cientista para lograr as descobertas que tanto auxiliam a humanidade principiou pelo estudo das amebas; o orador que arrebata multidões expôs pela primeira vez para reduzido grupo nas escolas básicas.
Para vivenciarmos estados de serenidade e alegria necessitamos exercitar a cada dia  o amor em suas mais singelas expressões. O bom dia acompanhado de um sorriso. A gentileza no transporte coletivo. A paciência na fila do banco. O respeito no transito complicado; etc...
Para saborearmos o mel do equilíbrio e da paz é necessário que suportemos as picadas de nossas irmãs abelhas. Perdemos muito tempo preocupados em picar nosso semelhante, com isso, um tempo precioso se esvai e fica em nossa boca e no nosso coração um gosto amargo de fel.
Deixemos de lado as picadas da maledicência, da inveja, do rancor, da mágoa exacerbada. Adocemos nossa vida produzindo a cada dia o mel do amor. Através da valorização do afeto em nossas relações podemos saborear sentimentos de paz e felicidade. Os estados mórbidos em nosso psiquismo que via de regra experimentamos, são produzidos invariavelmente, pelo nosso desejo incontido de querer revidar as picadelas e manipular as outras abelhas.
Abandonemos o cárcere mental em nos colocamos voluntariamente, quando queremos que os outros nos amem como desejamos. Vamos exercitar o amor, mudando nossas atitudes com o próximo. Retirar Jesus dos lábios e coloca-lo em nossos corações, certamente nos levará a saborear o mel do amor.
Dia virá em que o amor transbordará de nossos corações de tal forma que nos bastará. Nunca mais cobraremos atenção e amor de ninguém. O amor estará entre nós, e, quando isso acontecer, a compreensão tornar-se-á um hábito em nossa conduta.
As picadelas acontecem para que possamos amadurecer e aprender com nossas irmãs abelhas. Lembremo-nos de Jesus, o apicultor por excelência. O Mestre exemplificou o mel do amor rogando que nos amassemos, não obstante, sofreu as picadas da nossa ignorância e testemunhou seu amor por nós pregado numa cruz.
Envidemos todos os esforções para convivermos em harmonia nessa grande colmeia chamada Terra. Somos todos iguais e a reencarnação, leis das leis, permite que após a morte física retornemos à colmeia do mundo para pouco a pouco aprendermos a nos amar.
O mel mais puro é produzido pela abelha que mais respeita as outras abelhas. Nenhuma abelha tem o direito de julgar outra semelhante, pois todas têm ferrão. Somos os responsáveis pela produção de mel ou fel em nossa vida. Quem estiver sem ferrão, que atire a primeira pedra!


Algemas Invisíveis – Adeilson Salles – Editora CEAC