sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

NEM MAIS UM DIA SEM SORRIR


 
Depois que minha filha nasceu, não passo mais nem um dia sequer sem sorrir.
 
Esta foi a declaração desse pai apaixonado pela nova vida que segurava nos braços e que modificaria sua forma de ver o mundo e de viver, para sempre.
 
Uma nova vida é sempre um novo sorrir.
 
Sorrir de Deus, que concede nova chance a um de nós.
 
Sorrir da natureza, que se renova, que vibra com seus ciclos belíssimos na Terra.
 
Sorrir de quem chega pois, por mais que a existência seja ainda campo de provação e expiação, é também campo de redenção, de novos caminhos. Um passo a mais para a felicidade.
 
E ainda, sorrir de quem recebe no lar um novo ser, que não é propriamente novo, mas que aterrissa no planeta de uma forma muito especial, através das vestes da infância.
 
Uma nova vida é sempre um novo sorrir.
 
Identificamos na criança a confiança que o Criador deposita nas mãos da Humanidade.
 
A criança é a canção com que o tempo embala os ouvidos do futuro quanto é a semente, que lançada na terra fértil da nobre orientação, produzirá floração e frutos de esperanças para o amanhã.
 
A infância é o poema de amor e docilidade, que o Pai Maior recita para Seus filhos queridos, mostrando-lhes o caminho da pureza que os incita a construir em suas almas.
 
Aprendamos com a simplicidade da infância, com as primeiras conquistas e com esse olhar de admiração e encanto que somente os pequeninos têm.
 
Aprendamos com eles a importância do aconchego, de estar sempre perto, abraçado a quem se ama.
 
Aprendamos a confiar no colo do pai e da mãe, que não nos deixam cair em momento algum e assim nos entreguemos à vontade de Deus, que nunca nos desampara.
 
Aprendamos com as crianças a perceber as minúcias do espaço à nossa volta, os detalhes, as delicadezas da existência.
 
Aprendamos, enfim, a dar a nós mesmos novas chances, novas oportunidades de acertar, pois o Criador assim O faz sempre e com muita competência.
 
Não deixemos que o tempo, na companhia delas, passe voando. Não. Lembremos de cada progresso, de cada nova vitória, registrando tudo nas fotos, gravações e, claro, no coração.
 
Porque uma nova vida é sempre um novo sorrir.
 
E quem de nós não precisa sorrir mais?
 
Sorrir de alegria, sorrir de gratidão, sorrir por amar; sorrir por sorrir, por estar vivo...
 
O Criador Maior e Suas Leis perfeitas desejam que sempre estejamos sorrindo. Dessa forma, promovem nosso crescimento através das eras, pelas sendas do amor infinito.
 
Quem sabe um dia todos possamos dizer: Não passo mais nem um dia sequer sem sorrir...

Redação do Momento Espírita, com trecho do cap. 10 do livro Vereda familiar, pelo Espírito Thereza de Brito, psicografia de José Raul Teixeira, ed. Fráter.

A LIÇÃO DO EXEMPLO



A doutora Elisabeth Kübler-Ross ficou conhecida, no mundo inteiro, por ter tido a ousadia de falar a respeito da morte e do morrer, um tabu para a maioria das pessoas.
 
Num momento em que alguns países aprovavam leis que permitiam a eutanásia a doentes ditos irrecuperáveis, ela ensinou como se deve aguardar o momento justo para morrer.
 
Após alguns derrames, ela ficou totalmente dependente do auxílio alheio. Um processo que, aos poucos, vai minando as faculdades, em especial a paciência, a resistência.
 
Mas ela afirmava que estava aprendendo as lições da paciência e da resignação, dia a dia.
 
Sofrendo dores constantes e se sentindo muito fraca, aguardava ansiosa a partida para o mundo espiritual, a vida verdadeira.
 
Dizia ter muitas lições finais a aprender e que, apesar de todo o sofrimento que enfrentava, era contra aqueles que tiram a vida das pessoas, de forma prematura, apenas porque elas estão sentindo dores ou desconforto.
 
E ela sabia do que estava falando. Seu calvário não teve limites. Uma mulher totalmente independente e ativa, ficou limitada a uma cama e uma cadeira de rodas.
 
Acabou-se a privacidade, pois as pessoas entravam e saíam do seu quarto o tempo todo. Em alguns dias, a casa estava cheia de visitas. Em outras, ficava quieta demais.
 
Enquanto aguardava o abraço caloroso da morte, ela meditava e ensinava.
 
* * *
 
Por mais difíceis sejam as lições, é preciso aprender, porque a finalidade da vida é crescer. Cresce-se com o cultivo da inteligência, o aprimoramento dos sentimentos. Nada acontece por acaso.
 
Depois de passar por todas as provas para as quais fomos mandados à Terra, então poderemos voltar ao mundo de origem, que é o mundo espiritual.
 
Poderemos sair de nosso corpo, que aprisiona a alma como um casulo aprisiona a futura borboleta e, no momento certo, deixá-lo para trás.
 
E estaremos livres da dor, livres dos medos e livres das preocupações... livres como uma linda borboleta voltando para casa... em um lugar onde nunca estaremos sós, onde continuaremos a crescer, a cantar, a dançar, onde estaremos com aqueles a quem amamos e cercados de mais amor do que jamais poderemos imaginar.
 
Não importam as circunstâncias, não importa o que digam, a vida deve ser vivida em totalidade. Até o último momento.
 
As derradeiras horas de um agonizante podem lhe servir para se reconciliar com alguém, para dar uma última instrução, para receber mais um abraço.
 
* * *
 
Um minuto na vida de cada pessoa é tempo precioso para o Espírito em resgate abençoado.
 
Quando o homem, esclarecido pela fé religiosa, com fundamento na imortalidade da alma, se compenetrar de sua responsabilidade e do dever de caridade, deixará de lado, definitivamente, a eutanásia.
 
Tudo fará, então, para cooperar com aqueles que se encontram nos derradeiros momentos de existência que a Justiça Divina concede para a conquista da paz interior e da própria evolução.
 
Redação do Momento Espírita, com base nos caps. 39 e 40, do livro A roda da vida, de Elisabeth Klüber-Ross, ed. Sextante e no cap. 14, do livro Após a tempestade, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

SÓ DE PASSAGEM


 
A expressão  Estou só de passagem, ao se referir à vida física, atesta que a pessoa tem convicção imortalista.
 
Ela sabe que é breve sua passagem pelo planeta. Mesmo que chegue aos cem anos, se considerar a eternidade, é um lapso temporal breve.
 
A pessoa, que assim se expressa, manifesta a convicção de quem tem os olhos postos no futuro. Vive no mundo, mas com a inabalável certeza de que sua preocupação deve ser com o Espírito imortal, esse que sobreviverá à morte corporal.
 
Se isso é louvável, um detalhe, no entanto, não pode ser esquecido. É que a vida corporal é etapa imprescindível ao progresso do Espírito.
 
É na carne que se experimentam as provas. É nas vicissitudes da vida que o Espírito cresce, utilizando sua inteligência e criatividade, para superar transtornos e desafios.
 
Isso nos diz que os mundos materiais são importantes. São moradas, estâncias, onde o Espírito se reveste de carne e habita. E progride.
 
 Dessa forma, há que se considerar o que estamos fazendo com o planeta, enquanto nos encontramos somente de passagem.
 
O que estamos fazendo com nossa morada, lar, escola?
 
Estamos auxiliando na sua conservação ou somos dos que não nos preocupamos com coisa alguma porque logo estaremos partindo?
 
Seria importante nos perguntarmos se estamos colaborando com as medidas de sustentabilidade do planeta.
 
Coisas simples, como diminuir o impacto ambiental, substituindo plástico por outros materiais menos agressivos ao meio ambiente.
 
É de nos indagarmos se somos dos que, a cada vez que nos servimos de água, nos bebedouros do escritório, da empresa, apanhamos um novo copo plástico.
 
Já nos preocupamos com o meio ambiente e temos nosso próprio copo de vidro, para uso particular, no local de trabalho? Ou, ao menos, nos servimos de um único copo plástico, durante todo o dia?
 
Lembramos de utilizar a impressão de documentos, artigos e tudo o mais, somente quando imprescindível, poupando árvores?
 
Recordamos de utilizar a folha de papel de ambos os lados? De reutilizar papel escrito em uma só face, transformando-o em bloco de anotações ou lembretes?
 
Preocupamo-nos com a separação do lixo orgânico do lixo reciclável?
 
São coisas pequenas, mas que têm muita importância. Não podemos nos esquecer que estamos de passagem, mas nossos filhos, netos, quanto tempo mais terão sobre a Terra?
 
E, além disso, um detalhe importante: pela lei da reencarnação, deveremos retornar em algum momento.
 
Já pensamos em como desejamos encontrar o planeta, nesse retorno?
 
O que fazemos reflete no todo. E não nos preocupemos com os que não colaboram.
 
Poderão aprender com nosso exemplo. Enquanto isso, sejamos como a ave que, levando gotas de água em suas asas, tenta apagar o incêndio na floresta.
 
Em resumo: façamos nossa parte.
 
A propósito, já plantamos uma árvore, em nossa vida? Semeamos um jardim?
 
Pensemos nisso.
 
Redação do Momento Espírita.