sexta-feira, 2 de outubro de 2015

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EM TORNO DA IRRITAÇÃO


        Observação estranha, mas fato real. As ocorrências da irritação aparecem muito mais frequentes nos caracteres enobrecidos. Espécie de enfermidade da retidão, se a retidão pudesse adoecer.
        A pessoa percebe a grandeza da vida, acorda para a responsabilidade, consagra-se à obrigação e passa a prestigiar disciplina e tempo; adquirindo mais ampla noção do dever, que reconhece precisa exprimir-se irrepreensivelmente  executado, supõe-se com mais vasta provisão de direitos. E, por vezes, leva mais longe que o necessário a faculdade de preservá-los e defendê-los, iniciando as primeiras formações de irascibilidade, através da superestimação do próprio valor. Instalado o sentimento de auto importância, a criatura abraça facilmente melindres e mágoas, diante de lutas naturais que considera por incompreensões e ofensas alheias.
        Chegando a esse ponto, as vítimas desse perigoso síndroma, vinculado à patologia da mente, surgem perante os mais íntimos na condição de enfermos prestimosos, amados e evitados, de vez que se não lhes pode ignorar a altura moral e nem adivinhar o momento da explosão. E porque o mau humor dos espíritos respeitáveis, pelo trabalho que exercem e pela conduta que esposam, dói muito mais que a leviandade de criaturas menos afeitas à dignidade e o serviço, semelhantes companheiros estimáveis e preciosos são procurados tão-somente em regime de exceção ou postos à margem pela gentileza dos outros, interpretados à conta de amigos temperamentais ou nervosos distintos.
        Examinemos a nós mesmos.
        Dirijamos para dentro da própria alma o estilete da introspecção.
        Se a agressividade nos assinala o modo de ser, tratemos do caráter enfermiço, com a mesma atenção com que se medica um órgão doente. E se a nossa consciência jaz tranquila, na certeza de que temos procurado realizar o melhor ao nosso alcance, no aproveitamento das oportunidades que o Senhor nos concedeu, estejamos serenos na dificuldade e operosos na prática do bem, à frente de quaisquer circunstâncias, lembrando-nos de que a erva-de-passarinho asfixia de preferência as árvores nobres e a tiririca se alastra, como verdadeira calamidade, justamente na terra boa.

De “Estude e Viva” - Emmanuel /Chico Xavier