sexta-feira, 22 de agosto de 2014

NÃO VIOLENTES


A violência é sempre o mal em ação, ainda mesmo quando pareça construir um atalho para o bem.
A propósito de auxiliar não violentes a ninguém. Usa a energia bondosa.
Não pedirás ao botão entreaberto o prodígio da rosa que só amanhã desabrochará plena de cor e perfume.
O tempo é condição inalienável para todas as realizações.
Aprende a respeitar o próximo na insipiência de cultura ou de aperfeiçoamento, nos defeitos ou nas falhas com que ainda se te apresente aos olhos, se desejas realmente cooperar na extensão do bem.
Se contas com mais amplas oportunidades de fazer, estudar, compreender e prosperar, não olvides que a superioridade significa dever de servir.
Recorda que Jesus jamais nos violentou.
Esquece o fel da reprovação, usa a paciência e a bondade, as duas chaves do amor que nos descerrarão nova luz na Vida Maior.
     


Emmanuel / Médium Chico Xavier - Livro: Assim Vencerás - Ed. IDEAL

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

MEU AMIGO CLETO

Meu Amigo Cleto Cardozo, amigo, filho, marido, pai, terminou nesta vida como um Herói… Hoje com carinho, oro por ti…
Deus Todo-Poderoso, que a vossa misericórdia se estenda sobre a alma de Cleto Cardozo, meu amigo, que vindes de chamar para vós. Possam as provas que ele suportou na Terra lhe serem contadas, e as nossas preces abrandar e abreviar as penas que pode ainda experimentar como Espírito!
Bons Espíritos, que viestes recebê-lo, e vós sobretudo seu anjo guardião, assisti-o para ajudá-lo a se despojar da matéria; dai-lhe a luz e a consciência de si mesmo, a fim de tirá-lo da perturbação que acompanha a passagem da vida corporal para a vida espiritual. Inspirai-lhe o arrependimento das faltas que pôde cometer, e o desejo que lhe seja permitido repará-las para apressar o seu adiantamento para a vida eterna feliz.
Cleto Cardozo, vindes de reentrar no mundo dos Espíritos, e entretanto estais aqui presente entre nós; vede-nos e nos ouvis, porque não há de menos entre nós e vós senão o corpo perecível que vindes de deixar e que logo será reduzido a pó.
Deixastes o grosseiro envoltório sujeito às vicissitudes e à morte, e não conservastes senão o envoltório etéreo, imperecível e inacessível aos sofrimentos. Se não viveis mais pelo corpo, viveis da vida dos Espíritos, e essa vida é isenta das misérias que afligem a Humanidade.
Não tendes mais o véu que oculta aos nossos olhos os esplendores da vida futura; podeis, de hoje em diante, contemplar novas maravilhas, ao passo que nós estamos ainda mergulhados nas trevas.
Ides percorrer o espaço e visitar os mundos em inteira liberdade, ao passo que nós rastejamos penosamente sobre a Terra, onde nos retém nosso corpo material, semelhante para nós a um pesado fardo.
O horizonte do infinito vai se desenrolar diante de vós, e, em presença de tanta grandeza, compreendereis a vaidade dos nossos desejos terrestres, das nossas ambições mundanas e das alegrias fúteis das quais os homens fazem as suas delícias.
A morte não é, entre os homens, senão uma separação material de alguns instantes. Do lugar de exílio, onde nos retém ainda a vontade de Deus, assim como os deveres que temos a cumprir neste mundo, nós vos seguiremos pelo pensamento até o momento em que nos será permitido nos reunirmos a vós, como estais reunido com aqueles que vos precederam.
Se não podemos ir perto de vós, podeis vir perto de nós. Vinde, pois, entre aqueles que vos amam e que amastes; sustentai-os nas provas da vida; velai sobre aqueles que vos são caros; protegei-os segundo o vosso poder, e abrandai seus pesares pelo pensamento de que estais mais feliz agora, e a consoladora certeza de estarem um dia reunidos a vós num mundo melhor.
No mundo em que estais, todos os ressentimentos terrestres devem se extinguir. Para vossa felicidade futura, de hoje em diante, que possais a eles ser inacessível.
Perdoai, pois, àqueles que procederam mal para convosco, como vos perdoam os que podeis ter procedido mal para com eles.

Hoje e sempre meu amigo, estejas onde estiveres que estejas Bem!

domingo, 10 de agosto de 2014

CONHECENDO O VELHO PAI


Filho, acorda! São oito horas! Você vai se atrasar!
 
De um salto, o rapaz se levantou. Contudo, logo se deu conta que era seu primeiro dia de férias.
 
Atrasar para quê, mãe?
 
Para pescar com seu pai.
 
O jovem perdeu todo o entusiasmo. Sim, ele prometera, quando estivesse em férias, pescar com seu pai. Mas, tinha que ser logo no primeiro dia de férias?
 
Enfim, ele foi, mesmo a contragosto.
 
Sentado ao lado do pai, que dirigia, cantando, ele pensava em como seu pai estava ficando velho e meio lelé.
 
Ficava cantando músicas antigas, ria, conversava e conversava.
 
Finalmente, chegaram. Quer dizer, o carro estacionou, mas o pai disse que ali não era local apropriado para pesca. Só dava peixe pequeno.
 
Andaram durante duas horas, no meio de mata densa, até chegar ao pesqueiro secreto do pai.
 
Claro que é secreto, falou o rapaz, incomodado. Ninguém, a não ser você vem aqui. Nem os peixes.
 
Isso é o que você pensa! - Falou o pai. Aqui é que se reúnem as maiores tilápias da represa.
 
E, disposto, colocou botas altas, calças impermeáveis e entrou na água para cortar o mato que tomava conta quase total do lago.
 
Tudo aquilo estava parecendo muito doido ao filho. Que graça podia ter tudo aquilo?
 
Quando o pai preparou a vara e jogou o anzol, ele não aguentou e falou:
 
Pai, estou preocupado com você. Essa maluquice de vir até este fim de mundo para pescar tilápias. E a mamãe falou que você nunca volta com peixe. Já pensou em procurar um psicólogo?
 
Estou ótimo, falou o pai. O Freitas, que vem sempre aqui comigo, é psicólogo. O Tavares é psiquiatra.
 
Nesse momento, ele sentiu a fisgada no anzol, puxou a linha e lá estava ela: uma grande tilápia.
 
O rapaz estava surpreso.
 
Pai, você já pescou peixe grande assim, antes?
 
Sempre, meu filho.
 
Mas eu nunca vi você levar para casa nenhum.
 
Eu vou mostrar por que, falou o pai.
 
E fotografou o filho segurando o peixe. Depois, pegou a tilápia e a devolveu à água.
 
Eu pesco por prazer, não para encher a barriga.
 
Aquilo sim era legal, pensou o filho. O resto do dia passou pescando com o pai. E devolvendo às águas o que pescava, depois de fotografar.
 
Vá procurar o seu irmão, dizia, soltando o peixe.
 
Ao final do dia, no retorno ao lar, confessou que fazia tempo que não se divertia tanto. Aquilo sim, era radical.
 
À noite, enquanto se preparava para dormir, pensou que seu pai não tinha nada de louco ou de desequilibrado.
 
Seu pai sabia viver. Seu pai era um gênio. E ele descobrira naquele dia.
 
* * *
 
Você já se dispôs a passar um dia inteiro ao lado de seu velho pai, bebendo da sua sabedoria?
 
Já tentou puxar conversa dos tempos em que ele passava brilhantina no cabelo para ir namorar sua mãe?
 
Você já pensou que seu pai também foi moleque, adolescente, rapaz? Que teve sonhos?
 
Olhe seu velho com esses olhos de quem valoriza a experiência, os anos da madureza, as lutas que lhe nevaram os cabelos.
 
E, sem receio, abrace seu velho, agradeça por todos os dias de alegria que ele lhe proporcionou.
 
Faça isso. Mesmo que seja pela primeira vez. Hoje, enquanto é tempo e ele está ao seu lado.
 
Redação do Momento Espírita com base na história Meu pai... o rei do peixe, de Maurício de Sousa, da Revista Cebolinha, nº. 224.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

ANTE O MUNDO MELHOR


O TRABALHO será sempre o prodígio do Universo - a força que o entretém, a luz que o eleva.
Observemos junto de nós.
Tudo é trabalho para que a vida se nos transforme na bênção de cada dia.
Trabalha o sol e o mundo se equilibra. Trabalha o mundo e a natureza se renova para que os processos da evolução nos conduzam para o Mais Alto.
A fonte é bondade e a semente faz-se pão porque trabalha servindo.
Reflitamos nisso para que o repouso inoportuno não se nos infiltre no espírito por ferrugem destruidora.
No trabalho é que surpreendemos todas as oportunidades de progresso e melhoria a que nos endereçamos.
Aquele a quem servimos é quem realmente nos servirá.
Damos e recebemos. Isso é tão natural quanto plantar e colher.
Por isso mesmo, seja qual seja a condição em que nos achemos, o trabalho é caminho para a ascensão à felicidade justa.
A hora de que dispomos, a pessoa da estrada, o companheiro em serviço, o amigo e o adversário, constituem talentos potenciais que é preciso aproveitar para o bem, a fim de que o bem nos enriqueça de paz.
Não vacileis.
Atendamos aos imperativos do servir e estaremos no clima do obter.
Não há outra via para alcançar os nossos objetivos de ordem superior, senão essa.
O descanso existe por pausa de refazimento e reformulação.
Nada mais.
Recordemos semelhante verdade para que não lhe desrespeitemos a fronteira caindo na marginalização de nossas melhores forças.
Trabalhar, sim, e trabalhar sempre, porquanto, se tudo quanto existe agora de bom e de belo, aos nossos olhos na Terra, é fruto do esforço de quem agiu e construiu, o futuro, por reino de segurança e felicidade entre as criaturas, tão-somente surgirá por fruto de quem trabalha no presente, atendendo aos apelos do Cristo para que, em nos amando uns aos outros, nos façamos obreiros fiéis e devotados, no levantamento da Nova Era para um Mundo Melhor.


Batuíra - De “SEGUINDO JUNTOS”, de Francisco Cândido Xavier – Espíritos diversos

sábado, 2 de agosto de 2014

NÃO ESQUEÇAS OS ENFERMOS

       Filho do coração, não te esqueças dos enfermos, pois eles carecem de nossa assistência moral e espiritual e são nossos irmãos em Cristo, filhos do mesmo Pai Celestial. Se estão em processos de resgate, se sofrem por necessidade de evoluírem, qual de nós não tem as mesmas necessidades?
       A misericórdia, que Jesus tanto usou para conosco, é um fato. Por que não nos lembramos do Divino Mestre e exercitamos a compaixão para com os sofredores?
       O mundo encontra-se cheio de infortúnios e muitos deles são ocultos. É nosso dever descobri-los e fazer sorrir uma criança, um idoso ou mesmo um jovem cheio de problemas.
       A Terra é, pois, um hospital, se assim podemos dizer. As enfermidades são inúmeras, mas a fonte de desequilíbrio é uma só: a falta de amor.
       O amor cura as enfermidades do corpo e do Espírito, o amor é alegre, é proveitoso e solícito; o amor é caridoso e rico em todos os dons de que somos portadores. Basta aprendermos a amar, como Jesus nos ensinou a todos.
       No mundo espiritual, onde nos encontramos, recebemos constantemente aulas de amor, cada vez mais sublimado, e isso nos faz muito bem ao coração.
       Benfeitores espirituais descem do mais alto para nos ensinar, pela palavra e pelo exemplo, o valor desta grande virtude, nascida de Deus. Quem esquece os que sofrem é o pior dos enfermos.
       Não é somente nos hospitais que existem sofredores; observa dentro da tua casa e nota, dentro do teu lar que eles  ali se encontram precisando da tua ajuda.
       Mesmo tu, se não tens dor que te incomoda o físico, deves ter problemas morais e espirituais que, às vezes, são piores. Começa a curar a ti mesmo e passa para os que te acompanham, segue com paciência que a ajuda dos Céus não te faltará.
      Analisa, no teu trabalho, quantos sofrem e, por vezes, ocultam seus sofrimentos. Descubra sem prejudicá-los e ajuda-os a carregarem a sua cruz na subida da vida. Sê uma flor de vida nas vidas dos outros.
       Essa é a missão do cristão consciente dos seus deveres filmados na consciência. Se não sentiste ainda nenhuma dor, não te vanglories por essa bênção, pois o sofrimento pode estar a caminho, para o encontro contigo.
       A dor é um verdadeiro anjo, pois ensina aos homens a caridade para com o próximo e não deixa esquecer os que padecem em todos os sentidos.
       Não deixes passar desapercebidos em teu caminho os enfermos; faze alguma coisa em benefício deles. Se nada tiveres que lhes sirva de amparo físico, usa tua boca para ajudar espiritualmente, com Jesus.


(De “Flor de Vida”, de João Nunes Maia, pelo Espírito Scheilla)