sexta-feira, 10 de outubro de 2008

AS ALMAS QUE PARTEM.

As almas que partem podem retratar as que ficam, assim como as almas que ficam podem retratar as que partem.

Quando pranteamos a memória de alguém que nos antecede, aí no mundo, na viagem da morte, atiramos nesse alguém o gelo de nossas lágrimas ou o fogo de nossa tortura, conturbando-lhe o coração, toda vez que esse espírito não for suficientemente forte para sobrepor-se ao nosso infortúnio.

E quando alguém se ausenta da carne, carreando aflições e pesares procedentes da nossa conduta, arremessará da vida espiritual sobre nossa alma os dardos magnéticos da lembrança infeliz no mundo, caso não estejamos armados de arrependimento para renovar a situação, criando imagens de harmonia restauradora.

Em razão disso, convém meditar nos ideais, aspirações, pessoas e coisas que refletimos, porque todos nós subordinamos, pelo reflexo mental, ao fenômeno da conexão.

Estamos inevitavelmente ligados a tudo o que nos merece amor, e essa lei é irrevogável em todos os planos do Universo.