São muitos, aqueles que surgem, na
condição de inimigos, não obstante queridos: filhos ingratos, que se comprazem
em atormentar pais abnegados e sensíveis;
companheiros que
recebem carinhos e os retribuem mediante agressões e azedumes;
pais incompreensíveis e exigentes,
embora respeitáveis;
esposos cruéis, que desconsideram o
outro consorte e o crivam de censuras injustificáveis;
conhecidos que desfrutam de bondade, e,
todavia, são indiferentes ou irreconhecidos...
Encontram-se na mesma rota, como
adversários que se beneficiam, sem cessar, e não desperdiçam oportunidade para
ferir e malsinar.
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Não te irrites com eles, vencendo a
tentação do revide através dos mesmos abomináveis recursos.
Ninguém surge na tua paisagem evolutiva
como resultado do acaso, em instância destituída de finalidade.
Estes atuais inimigos queridos,
ressurgem do teu passado espiritual como bênção, para que treines paciência e
aprimores a capacidade de amar.
Reagem, negativamente, porque ainda têm
impressos, nas telas do inconsciente, os males que lhes infligiste.
É certo que não têm o direito de
cobrar-te as dívidas. Todavia, a fase em que estagiam é de desequilíbrio,
sentindo-se impelidos aos infelizes desforços a que se entregam.
Reencarnaram-se em tua família, ao teu
lado ou próximos de ti, a fim de que se reajustem programas e compromissos
interrompidos, cada qual se recuperando do próprio erro.
Alguns intentam-se melhorar-se e não o
conseguem nos primeiros embates.
Dá-lhes novas oportunidades.
Insta com a tua afeição, a ponto de
permitir-lhes redescobrir-te, ora em situação melhor, firmados em propósitos
superiores quais os que abraças.
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A vida é uma sucessão de ensejos
ditosos, a que deves recorrer para o teu progresso.
Esses inimigos queridos são afetos que
distanciaste e agora retornam, magoados, em desajuste, carentes de amor, que
deixaste em sofrimento no caminho já percorrido.
Se eles, porém, não mudarem de atitude
em relação a ti, prossegue, assim mesmo, confiando no tempo e não te deixando
abater nunca.
Os teus inimigos queridos constituem,
neste momento, desafio ao amor que deverás dispensar-lhes com crescente
demonstração de carinho.
Obra: “Luz da
Esperança”, de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis