segunda-feira, 13 de abril de 2009

Pedras no nosso caminho.

Voces queridos irmãos e irmãs que abrem o coração para os ensinamentos espirituais, não se permitam tornar-se pedras de tropeço no caminho dos outros.

Não acedam ao desejo de seduzir quando deveriam aprender a respeitar os compromissos dos irmãos de jornada, tanto quanto não subordine a própria felicidade à dor alheia, fustigando os semelhantes com os efeitos dolorosos das suas conquistas.

A vida é muito breve e as pequenas satisfações que os troféus humanos produzem em sua alma serão poeira diante das infindáveis conseqüências amargas que esperarão por seus espíritos logo depois do sepultamento de seus corpos ditosos e pachorrentos.

Evitem as armadilhas da sedução com a exposição indevida de corpos bem modelados para produzirem a atração sobre os carentes ou os cupidos; afastem-se da ostentação que causa a revolta nos seres infelicitados pela miséria; não se permitam o falso contentamento de produzirem a inveja nos que não podem possuir o que vocês conseguiram obter; jamais se permitam as artimanhas da desonestidade e da imoralidade bem escondidas para a obtenção de bens materiais porque, em muitos casos, os cânceres e as doenças mais dolorosas é o derradeiro troféu a esperar por tais competidores do estelionato social.

E, sobretudo ao espírito feminino, que a renuncia à vingança possa ser o mais importante ensinamento destas linhas, porquanto na alma da mulher, sensível e preparada para as belezas superiores, a capacidade de amar plenamente está muito perto da possibilidade de odiar sem trégua, se a mulher se permitir trilhar o caminho perigoso da autocomiseração.

Ao considerar-se vítima, o espírito feminino estará muito propenso, pelas peculiaridades de sua sensibilidade, a aventurar-se pelo terreno perigoso da vingança, a perseguir com obstinação e crueldade aqueles que, à sua vista, surgirem como os responsáveis pela sua infelicidade ou pela frustração de seus ideais.

Observe-se pessoalmente e, longe de imaginar que isto é manifestação preconceituosa, pergunte-se se você, como mulher, sente prazer de ceder seu lugar a outra mulher.

Pergunte-se se você já consegue olhar para outra do mesmo sexo e não suspeitar ou temer suas intenções. Se não existe sempre uma desconfiança e um prejulgamento dos interesses e dos trejeitos que usam todas para se fazerem charmosas, carentes ou frágeis.

Se no íntimo de sua própria alma, todas as outras não surgem como potenciais ameaças à sua felicidade, aos seus interesses e aos seus objetivos.

Pergunte-se e escute a resposta com honestidade.

Pergunte-se se você não sabe quando está usando uma roupa pouco adequada à função de cobrir o corpo como deveria e qual o seu objetivo ao fazê-lo.

Se você não deseja mais se vingar dos que a traíram ou enganaram, sejam eles homens ou mulheres.

Observe-se no espelho e veja suas preocupações em agir de maneira estudada para conseguir chamar a atenção da pessoa que lhe interessa.

Perceba como existem sinais típicos para enviar na direção daqueles que se pretende conquistar e como há um prazer sinistro em se sentir dominando o desejo de suas vítimas, ainda que seja para logo a seguir, descartá-las pelo simples prazer de se fazer difícil.

Se observarmos em nós nossos comportamentos e inclinações, perceberemos em que nível de evolução nos encontramos.

Se você já é capaz de, no exercício da experiência feminina, se manter elevada e não se contaminar com todas as tendências tão comuns que expusemos acima, esteja certa de que sua jornada terrena a levará a excelsitudes jamais imaginadas, pela nobreza dê seus pendores como alma eleita por Deus para dividir com ele os sublimes mistérios do governo da vida.

Viver-se hoje, vivenciar as experiências num corpo feminino é a mais bela oportunidade de elevar-se aos céus espirituais ou o mais perigoso caminho para projetar a alma nos tormentos íntimos desse inferno moral do arrependimento e do ódio milenar. E é você, querida irmã, quem vai escolher que caminho seguir. Só você.