Um dia, ao caminhar rumo ao horizonte, notei que
o avanço do dia a paisagem iniciava sua mudança, que o prenúncio de um grande espetáculo
estava por vir.
Com
a redução gradual da luminosidade pude notar que minha visão tornava-se mais
clara. O Sol já não ofuscava meus olhos com tanta intensidade e até mesmo o
calor se reduzia para dar mais conforto.
A
silhueta das àrvores, das montanhas, dos pássaros que incessantemente
anunciavam o fim do dia, tudo isso começou a ficar mais claro para mim. O céu
se recobria de tons rosáceos, ilás, um matiz de cores incríveis e que adornava
o céu já nem tanto azul.
Lembro-me
perfeitamente daqueles instantes mágicos, gravados em minha memória e levados
por toda a existência em minha alma.
Embora
só instantes repletos de luz, magia e energia, eram muito mais belas que os
dias inteiros, com suas incontáveis horas de sol e da noite, fria, escura e sem
cores.
Esta
sensação de êxtase breve, neste curto espaço de tempo entre o dia e a noite,
embora mínima, é onde podemos encontrar a mais plena beleza da Terra.
O
mesmo se aplica conosco, pois é muito difícil estarmos imersos em nosso ser,
com intensidade e plenitude, quando envolvidos no pleno êxtase ou na mais
profunda escuridão da tristeza.
O
caminho do meio, como já há milênios pregam nossos amigos orientais, é por onde
realmente encontrarás a plenitude de teu ser. O que os humanos encarnados
chamam de "felicidade".
Siga em paz,
Siga em paz,
Mensageiros Cósmicos da Luz.