Para que a paz te abençoe a vida, abre
as portas íntimas do entendimento a fim de que a misericórdia se te instale no
coração.
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Ninguém nega o mérito da crítica
construtiva, nascida nos mananciais da Justiça, contudo, quanto puderes, deixa
que a compreensão nascida do Amor te presida as manifestações.
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Conquanto estejamos todos submetidos aos
princípios de causa e efeito, não olvidemos que Deus é Amor, concedendo-nos os
recursos de que careçamos para a integração com as Leis Universais que nos
farão felizes para sempre.
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Para que a misericórdia te ilumine os
sentimentos, considera os nossos irmãos, em Humanidade, pelo lado melhor em que
estimariam estar agindo.
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Esse companheiro abandonou as tarefas
que lhe competiam na seara do bem, no entanto, provavelmente, adotou essa
medida, não por espírito de infidelidade aos compromissos assumidos e sim por
lhe ter faltado a precisa resistência.
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Outro que entrou na sombra da
delinquência, não terá falhado porque a crueldade lhe dominasse o espírito, mas
por não haver conseguido ainda senhorear a própria natureza, suscetível de
queda, nas tramas da obsessão.
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Aquele
outro que desertou das obrigações domésticas, não haverá fugido aos próprios
deveres por falta de amor aos familiares e sim por lhe esmorecerem as forças,
no trato com as responsabilidades da vida.
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Outro ainda deslanchou para esse ou
aquele hábito infeliz, não porque assim o desejasse, mas temendo resvalar na
criminalidade a que se sentia impelido pela insistência de longas tentações.
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Deixa que a misericórdia te auxilie em
todas as ocorrências, a fim de que possas tudo interpretar pelo lado melhor das
pessoas e situações do caminho, de modo a que o lado melhor de teus problemas
próprios sejam também visto.
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Lembremo-nos de que Deus nos governa a
cada um pelas forças da Justiça, mas nos compreende e espera a todos com o
Infinito Amor; de nossa parte, uns diante dos outros, saibamos igualmente
compreender e esperar.
De
“Calma”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel