segunda-feira, 8 de outubro de 2012

METAS

 

É comum os homens estabelecerem metas a serem alcançadas. Nas empresas, todos perseguem metas.

Na vida particular, quando o ano está para findar ou quando se aproxima a data do aniversário, quase sempre traçamos diretrizes para os meses próximos.

As metas variam conforme as pessoas. Cada qual as coloca no papel ou arquiva na memória, sempre de acordo com os propósitos que tem na vida.

Há os que estabelecem como diretriz a mudança de emprego. Uma nova atividade profissional, um salário mais compensador, novos desafios a serem enfrentados.

Outros falam em mudar de cidade, de casa. Afinal, ambiente novo enseja renovado vigor à vida.

Outros arquitetam matricular-se em um curso, procurar uma escola, ler um livro, a fim de melhorar a condição intelectual.

Outros ainda, que se descobrem distanciados da religião, decidem por retornar a frequentar determinado templo religioso, para se aproximar de Deus.

São sempre metas que visam ao bem-estar, à felicidade da criatura. Aqueles que se sentem com alguns quilos a mais, pensam em começar a fazer regimes e dietas para emagrecer.

Os que se sentem muito magros entabulam questões, buscando fórmulas para adquirir maior peso.

No entanto, o mais importante de tudo e que, às vezes, esquecemos é que a meta que devemos colocar como prioritária é a de iniciarmos a conquista da perfeição, o que equivale a dizer, a melhoria do próprio caráter.

Benjamin Franklin, famoso inventor e estadista norteamericano, acreditava que isso poderia ser conseguido se a criatura se impusesse uma disciplina firme.

Dizia que melhorar o caráter era uma arte que devia ser estudada, exatamente como a pintura e a música.

Quando jovem, fez uma lista das qualidades dignas de se admirar e se propôs a conquistá-las: ia ser moderado no comer, evitaria a tagarelice, seria sistemático nos negócios, terminaria qualquer tarefa que começasse, seria sincero.

Trataria os outros com justiça. Suportaria as injustiças com paciência. Evitaria as extravagâncias. Não deixaria que as pequenas coisas o afetassem.

Organizou um pequeno livro para si, separando uma página para cada virtude, a fim de dedicar uma semana de atenção a cada uma delas, de forma sequencial.

Assim, quando estivermos pensando em metas, pensemos em estabelecer a meta de sermos mais gentis, mais fraternos, mais amigos.

De cobrarmos menos dos nossos amores e doarmos mais. De oferecermos mais carinho, atenção e cuidados e exigirmos menos.

Estabeleçamos como meta contribuir para a felicidade de alguém, para descobrir a própria felicidade.

* * *

Se desejamos realmente melhorar, tracemos um programa simples. Tentemos ser pacientes. Organizemos todos os momentos sem agitação e ansiedade.

Sejamos caridosos. Um coração caridoso é uma ilha onde a felicidade reside.

Sejamos amorosos. Num mundo carente, todo gesto de amor é como um raio de luz apontando rumos de felicidade.

Permitamos que o amor nos conduza, fluindo de nós para os demais. Cooperemos e confiemos no bem.

Redação do Momento Espírita com base no cap. Benjamin Franklin, do livro Expoentes da Codificação Espírita, organizado por Maria Helena Marcon, ed. Fep e no cap. 14 do livro Filho de Deus, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

A TÉCNICA DO GRITO

 

 

Conta-se que nas ilhas Salomão, no Pacífico Sul, os nativos descobriram um jeito inteiramente diferente de derrubar árvores. Se algum tronco é grosso demais para ser abatido com os seus machados, eles o derrubam no grito.

Isso mesmo, no grito. Lenhadores sobem na árvore toda manhã bem cedinho e se põem a gritar.

Repetem o ritual durante trinta dias. A árvore morre e cai por terra. Segundo eles, o método nunca falha e a explicação, também segundo os nativos, é que, gritando, eles matam o espírito da árvore.

Os civilizados logo pensam que se eles dispusessem de tecnologia moderna, poderiam simplesmente derrubar a árvore com máquinas poderosas, rapidamente e de forma mais eficiente.

Entretanto, a técnica desses nativos nos leva a pensar em como nós ainda utilizamos o grito em nossas vidas.

Gritamos no trânsito, quando um motorista desatento executa alguma manobra infeliz, dificultando a nossa livre circulação.

Gritamos no jogo de futebol, com o juiz, o bandeirinha, o jogador, e até mesmo com a bola que parece desviar do gol só para nos provocar.

Falamos alto com o segurança do banco porque a porta giratória nos impede a entrada. Xingamos o caixa do supermercado porque é muito lento, porque não empacota a mercadoria, porque nos fornece o troco errado.

Brigamos com os aparelhos eletrodomésticos porque não funcionam direito.

Em casa, muitas vezes, ao chamarmos a atenção para o que está errado, esquecemos de controlar o volume da voz e falamos alto demais com nossos filhos, com a esposa, com nossos irmãos.

Quase sempre gritamos com as crianças quando estão fazendo alguma traquinagem. Contudo, o grito, além de não educar, assusta.

Podemos imaginar os distúrbios provocados no organismo frágil dos pequenos, com um grande susto?

Com os colegas de trabalho, é comum exagerarmos no tom da voz apenas para dizer que determinada tarefa deve ser refeita.

Em locais públicos, como restaurantes, lanchonetes, quando em grupos, nos esquecemos do respeito que devemos às pessoas, e nos permitimos gargalhar, falar alto demais. E nem nos damos conta do quanto a nossa algazarra perturba os ouvidos alheios.

Tudo isso nos faz reflexionar. Se os nativos das ilhas Salomão descobriram que as árvores são sensíveis aos gritos, que dizer dos seres humanos!

Pensemos: com gritos e gargalhadas, perturbamos ambientes e pessoas. Com palavras grosseiras, ditadas pela nossa impaciência, podemos partir corações que nos amam ou criar inseguranças em filhos pequenos, que passam a nos temer, em vez de respeitar.

* * *

No trato pessoal, a fala desempenha papel importante.

A magia da voz é daquelas que não deve ser esquecida por todos os que se acham envolvidos nas lides humanas, escutando os diversos corações.

Por isso, utilizemos a palavra para construir, edificar, com o objetivo de fazer a vida brilhar.

Falemos com valor, falemos com amor, para que sejamos felizes e façamos os demais também felizes.

Não nos esqueçamos de que a gentileza e o respeito no trato pessoal também significam caridade.

Redação do Momento Espírita, com base  em artigo de Robert Fulghum, da Revista Presença Espírita, nº 222, ed. Leal; pensamentos do cap. 28, do livro Sinal verde, pelo Espírito André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Cec e pensamentos do cap. 22, do livro Vozes do infinito, por Espíritos diversos, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.