Os
círculos cristãos de todos os matizes permanecem repletos de estudantes que se
classificam no discipulado de Jesus, com inexcedível entusiasmo verbal, como se
a ligação legítima com o Mestre estivesse circunscrita a problema de palavras.
Na
realidade, porém, o Evangelho não deixa dúvidas a esse respeito.
A
vida de cada criatura consciente é um conjunto de deveres para consigo mesmo,
para com a família de corações que se agrupam em torno dos seus sentimentos e
para com a Humanidade inteira.
E
não é tão fácil desempenhar todas essas obrigações com aprovação plena das
diretrizes evangélicas.
Imprescindível
se faz eliminar as arestas do próprio temperamento, garantindo o equilíbrio que
nos é particular, contribuir com eficiência em favor de quantos nos cercam o
caminho, dando a cada um o que lhe pertence, e servir à comunidade, de cujo
quadro fazemos parte.
Sem
que nos retifiquemos, não corrigiremos o roteiro em que marchamos.
Árvores
tortas não projetam imagens irrepreensíveis.
Se
buscamos a sublimação com o Cristo, ouçamos os ensinamentos divinos. Para
sermos discípulos dele é necessário nos disponhamos com firmeza a conduzir a
cruz de nossos testemunhos de assimilação do bem, acompanhando-lhe os passos.
Aprendizes
existem que levam consigo o madeiro das provas salvadoras, mas não seguem o
Senhor por se confiarem à revolta através do endurecimento e da fuga.
Outros
aparecem, seguindo o Mestre nas frases bem-feitas, mas não carregam a cruz que
lhes toca, abandonando-a à porta de vizinhos e companheiros.
Dever
e renovação.
Serviço
e aprimoramento.
Ação
e progresso.
Responsabilidade
e crescimento espiritual.
Aceitação
dos impositivos do bem e obediência aos padrões do Senhor.
Somente
depois de semelhantes aquisições é que atingiremos a verdadeira comunhão com o
Divino Mestre.
De
Fonte Viva – Francisco Cândido Xavier pelo Espírito Emmanuel