Todos nós, pais,
amamos nossos filhos e queremos o melhor do mundo para
eles.
Temos essa certeza
dentro de nós e só Deus sabe o que somos capazes de fazer, de
passar, de suportar, por amor aos nossos pequenos.
Mas será que estamos
comunicando esse amor de forma correta? Ou melhor: será que nossos
filhos sentem que os amamos tanto assim?
Ah, mas eu digo
sempre!
Entretanto, será essa
forma, puramente verbal, suficiente e a única
existente?
Vamos descobrir que
não, e mais, que podemos amar nossos filhos, sim, mas que podemos
não estar comunicando esse sentir de forma adequada a
eles.
São muitas as formas
de demonstrá-lo, e uma delas, de suprema importância, é a empatia. A
empatia comunica o amor.
A empatia estimula a
proximidade terna, a intimidade e elimina a solidão.
Assim como a empatia
aproxima seu filho de você, também aproxima você dele. Quando nos
colocamos no lugar de outra pessoa, quando realmente conseguimos
captar o seu ponto de vista, repentinamente acontece algo: o
comportamento dessa pessoa passa a ter sentido.
Vejamos um exemplo
simples, mas significativo:
Karen, uma menina de
três anos, fica com medo do barulho supersônico de um avião e corre
chorando para a mãe.
Na reação típica, a
mãe diz: Ora, minha filha, é apenas um barulho supersônico feito
por um avião. Você não precisa ter medo.
Essa tentativa de
tranquilizar a criança diz, em essência: Não tenha esse
sentimento de medo. Não há necessidade de ter medo do barulho de
aviões.
Evidentemente, a mãe
tenta acabar com o medo por meio de uma explicação lógica. Mas os
barulhos muito fortes são realmente assustadores para crianças
pequenas, qualquer que seja a sua causa.
A lógica acaba com a
empatia, nesse caso. E Karen não se sente compreendida. As
explicações são mais úteis depois de se ter lidado com os
sentimentos.
No momento dos
sentimentos fortes, a primeira necessidade é de compreensão. As
explicações podem ficar para depois.
Na reação
empática, temos: a mãe de Karen abraça a filha e fala: Meu Deus,
foi um barulhão. É terrível!
Nesse breve momento, a
mãe de Karen entra no mundo atemorizado da filha e mostra que a
compreende.
A resposta empática
diz a Karen: Mamãe está comigo. Ela sabe como me
sinto.
Quando a criança sabe
que seu medo é compreendido, ela é mais capaz de ouvir a razão
lógica para a causa do medo.
A empatia é ouvir com
o coração e não com a cabeça. Se a resposta empática é dita em tom
frio, neutro, a criança não se sente compreendida.
Possivelmente,
já devemos ter relatado uma experiência a outra pessoa, que nos
respondeu assim: É... deve ter sido difícil para
você...
Nós sabemos quando
esse dizer é verdadeiro ou apenas pro forma. Quando ele é
verdadeiro, nós nos sentimos compreendidos e não há nada melhor do
que se sentir assim, não é?
Precisamos, como pais,
mergulhar com mais frequência, no mundo dos sentimentos de nossos
filhos. Só assim eles se sentirão amados. Só assim eles irão se
sentir amparados.
Isso é ser companheiro
de uma vida! Isso é amar! a empatia comunica o amor.
Redação do Momento
Espírita,com base no cap.12, do livro Autoestima de seu
filho,de Dorothy Corkille Briggs, ed. Martins
Fontes.