Paciência e resignação. Esses são atributos do
Espírito cujas qualidades ainda experimentas de forma limitada e ligados de
modo tênue à tua alma.
Falas em calçar os sapatos do outro
que te é próximo, mas mal examinas no momento o teu próprio caminhar e o quanto
te afligem teus sapatos por vezes apertados demais.
Mas eis que a bondade do Pai recai
sobre ti e sobre todos nós apontando, ao longo do caminho árduo, singelas
estações de descanso e de refazimento.
Paciência e resignação. Sinta o
pulsar de tais energias que compõem a tua essência e apazigua-te com elas.
Resgata de tuas lembranças temporariamente apagadas o bem que há em ti.
Enxerga o poder que em ti reside
para a manifestação de tua grandeza.
Tenta de ti mesmo a compaixão
necessária para por de lado os teus sapatos apertados e caminhar descalço,
sentindo a mansidão do Planeta que te acolhe nesse longo aprendizado.
Resigna-te se preciso for quando
não puderes transpor as muralhas que erguestes e que podem até o momento te
guardarem de ti mesmo.
Resigna-te se não te encontras
ainda pleno, inteiro, ideal, harmonizado.
Perdoa a ti os teus equívocos e
então poderás calçar, como dizes, os sapatos do teu próximo.
Eles servirão nos teus pés tão
somente quando tomares novamente em tuas mãos essas chaves: resignação e
paciência.
Porque para resignar-te precisarás
saber esperar e encontrar a calma que só os corações puros conhecem.
Há muito tempo ainda, e longa é a
jornada.
Esteja em comunhão com os exemplos
que te cercam para o bem e segue no trabalho sem pressa de chegar.
Importante, tu sabes, é o
percurso.
Nós e outros estaremos ao teu
lado.
Meyer