segunda-feira, 23 de setembro de 2013

A ASCENDÊNDIA MORAL DE JESUS CRISTO



Quando em épocas remotas que se perdem na eternidade, um novo centro evolutivo se formava por meio da atração de elementos dispersos nos espaços, um novo sol ou um novo berço de almas, a consciência cósmica que, mais tarde, viria ser conhecida como Jesus Cristo reuniu, em torno de si, os fluidos espalhados na amplidão. Empregando forças sobre-humanas, liberou energias mentais que provocavam a união de partículas e moléculas, dando origem a extensa nebulosa. Era a nebulosa solar. O senhor do sistema, o Cordeiro divino, irradiou então seu poder metal de nível superior e agregou partículas de poeira cósmica dispersas nos espaços intermúndios. Seu magnetismo divino arrastou as moléculas e demais vestígios de antigas estrelas, que se extinguiram e formaram uma composição de elementos que posteriormente constituitia a nebulosa e os mundos nascentes.
Outras consciências ali se reuniram com ele, no intuito de cada uma dar o sopro de vida que definiria, pelos milênios a seguir, o tipo de vida e as dimensões energéticas do sistema que forjavam.
Segundo consta nas tradições do mundo espiritual, na borda externa da formidável corona que se formara, havia pequenos núcleos que se desprenderam por efeito da enorme pressão interna, do derrame de energia consciencial efetuado pelos arquitetos cósmicos. Eles sabiam que a matéria interestelar não suportaria a incomparável força de suas mentes sábias e explodiria, de tal sorte que os pequenos núcleos seriam lançados na amplidão e originaria a família cósmica, berço de futuras civilizações.
Uma dessas consciências iluminadas, pairando num tipo de existência inconcebível ainda hoje, incumbiu-se de semear as mónadas divinas ainda quando a nebulosa se encontrava em formação. Eram embriões cósmicos, que deveriam forjar seus potenciais já no nascimento do sistema e, ali, em algum globo oriundo da explosão, seriam congregados, integrando a comunidade de almas em germe ou o germe de vida que, mais tarde, receberia a luz da razão e a conquista da espiritualidade.
Reza a tradição do mundo oculto que tais inteligências se reuniam exatamente no centro da nebulosa, local onde as forças titânicas da natureza, em plena expansão, circulavam e irradiavam em torno e sob o comando consciente das inteligências cósmicas que, bilhões de anos depois, seriam chamadas de arcanjos, cristos ou orientadores evolutivos de humanidades.
Novos surtos de progressos foram suscitados e estimulados, sempre sob o comando dessas consciências siderais, seres cósmicos cuja dimensão em que viviam e vivem, escapa à compreensão dos humanos da atualidade.
Os historiadores do invisível contam que algumas expressões da civilização foram aparecendo, em diversos recantos do mundo Terra. Povos nasceram e morreram; experiências se sucederam e diversos ramos do tronco humano. Em inúmeras ocasiões, foram enxertados na experiência terrestre novos seres de outros orbes, mas experientes, que as descrições frequentemente confundem com deuses e os aclamam heróis. Tudo isso se passou sob os cuidados do Cristo cósmico, aquele que mais tarde seria reconhecido nos recantos humildes da Galileia como Jesus de Nazaré.
Desde essas épocas, cujos registros não se encontram nos compêndios da história terrestre, o Cristo tem aconchegado os milhões de espíritos que vêm para a Terra em processo educativo. Uma vez que ele é a luz do principio e aquele que albergou as almas falidas nesse mundo em gestação, somente ele e mais nenhum outro – nem santos nem heróis. Nem mestres nem médiuns – detém a força moral capaz de enfrentar e conduzir as mesmas almas rebeldes que conhecemos como dragões e diversos outros nomes, as quais um dia ele próprio recebeu em seus braços, no mundo chamado Terra.