Mãezinha
Joselaine e paizinho Brazilino.
Vou
tentar escrever essa carta com o pouco que sei. Com o tempo, retorna para mim
os direitos passados, e com eles muito do que conheci, aprendi e vejo que tenho
muito que aprender ainda.
Não
quero que vocês se entreguem no desânimo dos sonhos, os filhos de alguma forma
chegam aos pais pela vontade de Deus.
Quando
no hospital eu deixava meu corpo sem me desprender dele, pois sabia eu que
ficariam tristes com a minha ausência, muitos falavam: “Pode deixar o corpo
Felipe, com ele assistimos um sofrimento que parecia inacabável”. E eu dizia:
“E meu pai e minha Mãe? Quando não me virem mais estarão com os olhos cobertos
de lágrimas!”. E assim eu voltava, pois já tinha comigo o direito de decisão.
Insisti muito, mas vi que nada adiantava minha tentativa.
Daí
deixei o meu corpo enfermo, e no colo de uma madre cheguei a um lugar em que
crianças brincavam, e a alegria do colorido do local me tirou de tantas
preocupações com vocês.
A
bisavó Plácida está aqui, diz ela que vocês devem aceitar que ela me adote. Ela
é engraçada e só me passa coisas boas.
Mãe,
pai, um dia a gente se encontra através de outra carta.
Meus
beijos, e tenha certeza de minha alegria de viver, e é isso que desejo a vocês.
Direi
mais em outra carta, se Deus me permitir.
Beijos.
Meu
amor sempre!
João
Felipe Carvalho Bispo Ramos.
MENSAGEM
PSICOGRAFADA PELO MÉDIUM CELSO DE ALMEIDA AFONSO, EM REUNIÃO PÚBLICA, NA NOITE
DO DIA 01/08/2011, NO CENTRO ESPÍRITA “AURÉLIO AGOSTINHO”, À AV. LUCAS BORGES,
61 – UBERABA – MG.