segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

LEI DO RETORNO

 

Embora muitos de nós não entendamos o funcionamento das leis de Deus, elas se manifestam a cada instante da vida, como mensageiras da justiça e do amor divino.

Paulo e sua esposa estavam atravessando uma avenida de grande movimento na cidade de São Paulo, quando perceberam no outro lado da rua dois rapazes que também os olhavam.

O marido pressentiu que seriam assaltados e disse à esposa para cuidar melhor da bolsa que levava à tiracolo.

Como não tinham mais como desviar o caminho, foram em frente, com os corações sobressaltados.

Quando se aproximavam mais, um dos rapazes se adiantou e, acenando, gritou:

“Olá Dr. Paulo, como vai o senhor?”

Paulo, sem saber ao certo quem era, cumprimentou-o, trocou algumas palavras e foi em frente, aliviado por não ter ocorrido o assalto que ele pressentira.

Passadas duas semanas, Paulo foi para a cidade do interior, onde residira por muitos anos, a fim de rever familiares e amigos.

Na oportunidade, aproveitou para visitar uma família que dele recebia auxílio continuado, há anos.

A mãe da família disse-lhe, para sua surpresa:

“O senhor sabia que quase foi assaltado recentemente em São Paulo?”

E ele respondeu:

“Mas como a senhora sabe disso?”

E a senhora continuou:

“Na verdade, soube pelo meu filho, o mais velho, que o senhor conheceu ainda rapazinho, mas que há anos vive sozinho por aí, por opção.

Ele enveredou pelos descaminhos da vida. Esteve aqui dia desses e comentou que encontrou o senhor numa rua.

Disse que estava com um amigo e juntos preparavam-se para assaltar alguém, quando o reconheceu, bem como sua esposa.

Lembrou-se de todas as vezes que o senhor e Dona Estela vêm aqui em casa e o quanto já nos ajudaram nesses anos todos.

Rapidamente ele se antecipou ao amigo, gritando o seu nome e vindo em sua direção, para criar obstáculo ao outro comparsa e demonstrar que o senhor não podia ser assaltado, pois era conhecido.

Graças a Deus ele não cometeu nenhum desatino com o senhor.”

“Graças a Deus, respondeu Paulo.” E ficou a pensar nas coincidências da vida.

Nesse caso uma coincidência feliz.

 

Essa história demonstra que quem semeia o bem há de colher o bem, diante da lei de amor e justiça, que é lei de Deus.

Causa e efeito: Paulo causou o bem a alguém e o efeito foi se beneficiar do resultado desse bem distribuído em nome do auxílio ao próximo.

Pensando em lei de causa e efeito, ou também conhecida como lei de retorno, podemos procurar entender algumas questões da vida.

Ontem, colocamos o orgulho e a vaidade no peito de um irmão que nos seguia os exemplos menos felizes; hoje, talvez o tenhamos de volta, na feição de esposo despótico ou de filho problema, para sorvermos juntos o cálice da redenção.

Ontem, esquecemos compromissos veneráveis, arrastando alguém ao suicídio; hoje, possivelmente reencontramos esse mesmo alguém na pessoa de um filhinho, portador de moléstia irreversível, atendendo-lhe, à custa de lágrimas, o trabalho de reajuste.

Ontem, abandonamos a companheira inexperiente, à míngua de todo auxílio, situando-a nas garras da delinqüência; hoje, moramos no espinheiro, em forma de lar, carregando fardos de angústia, a fim de aprender a plantar carinho e fidelidade.

Assim, cada elo de simpatia ou cada sombra de desafeto que encontramos na família ou na atividade profissional, podem ser forças do passado a nos pedir mais amplas afirmações de trabalho e dedicação ao bem.

Tenhamos sempre em mente que todos os delitos que cometemos não desaparecerão no silêncio do túmulo, porque a vida prossegue, além da morte, desdobrando causas e conseqüências.

Assim sendo, diante de toda dificuldade e de toda prova, façamos o melhor ao nosso alcance.

Ajudemos aos que partilham conosco as experiências, e oremos pelos que nos perseguem, desculpando todos aqueles que nos injuriam.

A humildade é a chave de nossa libertação. Dessa forma, sejam quais forem os obstáculos, lutemos por superá-los com dignidade e honradez.

E não nos esqueçamos de que a conquista da nossa felicidade começa nos alicerces invisíveis da luta dentro do próprio lar.

 

Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em história verídica e em mensagem do livro “Leis de Amor”, de Chico Xavier, pelo Espírito Emmanuel.

AMOR QUE RENASCE

Era uma vez Cilia e George. Eles estavam apaixonados. Seu amor foi abençoado com duas meninas, Rayann e Sheela.

Com esforço e dedicação, a imobiliária a que deram início, prosperou e cresceu.

Tudo ia bem com a ajuda e o amor um do outro. Em certo ponto do caminho, no entanto, algo deu errado.

Eles começaram a discutir sobre questões profissionais.

Depois, passaram a ter desentendimentos na condução do lar. Finalmente, sobre como educar as meninas.

Cilia dizia que George não a deixava crescer. Ele parecia seu pai, desejando ter sempre a última palavra, o poder de decisão.

George não sabia mais o que pensar ou como agir na presença da esposa. Pelo que se lembrava, ela casara com ele porque era sempre ele que tomava as decisões.

Por fim, depois de 15 anos de casamento, se divorciaram. Mas as discussões continuaram. No trabalho e sobre a educação das filhas.

Quando George foi chamado, em plena madrugada, pela polícia local, porque suas filhas haviam sido presas em uma boate, alarmou-se.

Elas eram menores, estavam embriagadas e a mais velha portava pequena quantidade de heroína.

Nesse dia, o casal entendeu que o ônus emocional do seu desentendimento era demasiado para as meninas.

Pelo bem delas, resolveram participar de um seminário de fim de semana, sobre paternidade positiva.

Partiram juntos, de carro, rumo às montanhas. O trânsito estava ruim e ele decidiu ir por uma via secundária.

Foram surpreendidos por uma tempestade de neve. Procurando um lugar seguro para encostar o carro, George não viu a queda fatal de 300 metros.

O veículo teve o pára-brisa e a janela do motorista estilhaçados. Eles estavam a 65 km da estrada principal e o carro estava enchendo de neve.

Colocaram as bagagens na janela dianteira, para desviar a neve e o vento. O motor, que lhes poderia gerar calor, recusou-se a funcionar.

No banco de trás, se aconchegaram. Não podiam dormir, pois estavam sem cobertores e, com o frio, poderiam congelar e morrer.

Precisavam sobreviver até o amanhecer, para andar até a estrada principal, em busca de ajuda.

O aconchego, o revezamento de esfregar um ao outro para aumentar a circulação e permanecerem alertas, foi lhes avivando a memória de tempos já vividos.

Para não cair no sono, cantaram todas as canções que lembraram. Quando se esgotou o repertório, Cilia lembrou de recitar os votos formulados no dia do casamento.

“A este nobre homem prometo tudo o que sou e sempre serei para você. Eu o amarei para sempre. Cuidarei de você mesmo quando todos lhe virarem as costas. George sentiu a torrente de amor e calor do dia em que se casara com ela.”

Então recitou os seus votos:

“Eu a amo e prometo amá-la com toda a minha força. Eu lhe darei tudo o que é meu e tudo será nosso. Lutarei para ser seu homem e seu defensor, seu amigo durante o tempo que o sangue fluir em minhas veias. Sem você eu fico sem finalidade neste mundo.”

As palavras acenderam fogueiras em suas almas. Agora percebiam como precisavam um do outro.

Quando amanheceu, a neve cessou, eles se deram um longo e apaixonado beijo. De mãos dadas foram em busca de ajuda, com a certeza de que estavam nesta vida, juntos, para sempre.

Pense nisso!

Se algo não vai bem em sua relação matrimonial, dê-se um tempo para pensar. Recorde porque você se uniu ao outro.

Mesmo sem tempestade de neve, ou perigo de congelamento, convide-o a rememorar os votos do dia do casamento.

E redescubram, juntos, o valor da união matrimonial. Dêem uma nova chance um ao outro, reacendendo a chama do amor que um dia os fez desejarem estar, para sempre, juntos.

Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no cap.  Corações congelados de amor, do livro Triunfos do Coração, de Chris Benguhe, ed.  Butterfly.