terça-feira, 4 de maio de 2010

APRENDA A CALAR

 

Há muita necessidade de silêncio nos dias atuais...

As pessoas ansiosas por se fazer ouvir, falam cada vez mais alto, como se isso bastasse para que os outros as escutassem.

Em restaurantes, shoppings, filas, salas de espera, salões de beleza, aeroportos, se ouvem os falatórios. E para aumentar o ruído, em alguns lugares tem um som ambiente mais alto ainda...

E quando não se tem alguém para falar, o celular serve. A pessoa faz uma ligação e se esquece de que está dividindo o ambiente com outros indivíduos que não estão interessados no seu assunto.

É impressionante como as pessoas falam muito, e falam alto...

Além de ser um grande desrespeito aos ouvidos alheios, essa gritaria torna impossível um diálogo entre pessoas de voz moderada, nesses ambientes comuns.

Mas não é só a falta de silêncio exterior que assola muitas pessoas hoje em dia. É também a falta de silêncio interior.

Poucos indivíduos ouvem a própria voz e analisam seus pensamentos antes de exteriorizá-los.

O hábito de meditar antes de expor uma opinião ou um julgamento, é muito pouco cultivado em nossa sociedade.

E isso tem sido motivo de desarmonia e intrigas, de mal-entendidos e hostilidades.

Saber calar, saber ouvir, ser senhor de suas palavras e de seus sentimentos é um desafio que merece ser pensado.

Talvez foi por ter percebido essa necessidade em nosso meio, que um

 

Espírito amigo nos trouxe a seguinte mensagem:

Aprenda a silenciar a palavra que sai gritada de seus lábios, ferindo a sensibilidade alheia e lhe deixando à mercê das companhias inferiores.

Aprenda a calar...

Aprenda a silenciar a palavra suave, mas cheia de ironia que sai de sua boca ridicularizando, humilhando a quem se dirige e que lhe intoxica, provocando a dor de estômago, as náuseas ou a enxaqueca.

Aprenda a calar...

Aprenda a silenciar o murmúrio que sai entre dentes, destilando raiva e rancor e atingindo o alvo, que fere como punhal ao tempo em que lhe fragiliza a ponto de não se reconhecer, de se assustar consigo mesmo.

Aprenda a calar...

Aprenda a calar o pensamento cruel que lhe passa na mente e que, por invigilância, se detém nele mais do que deveria. Você se assustaria se pudesse ver sua máscara espiritual distorcida.

Aprenda a calar...

Aprenda a calar o julgamento que extrapola o que vê e o que sabe, levando-o a conjeturar sobre o outro, o que não sabe e não viu, plasmando idéias infelizes que são aproveitadas pelos opositores daquele que é julgado.

Aprenda a calar...

Aprenda a calar todo e qualquer sentimento indigno, zelando pelas nascentes do seu coração, para que não macule e não seja maculado.

Aprenda a vigiar os sentimentos para que cada dia, mais atento e vigilante, saia da esfera mesquinha a que se aprisiona voluntariamente, e possa alçar vôos mais altos e sublimes.

Aprenda a calar...

E, enquanto não consegue deixar de gritar, falar, murmurar, pensar cruelmente e julgar, insista em orar nesses momentos.  Nem que as frases lhe pareçam desconexas e vazias de sentimento.

Insista na oração até que, um dia, orará não com palavras

nem pensamentos, mas todo você será sentimento, amor,

amor puro e verdadeiro em ação, dinâmico, envolvendo os outros e a si mesmo, verdadeiro discípulo

que conseguirá ser.

Aprenda, definitivamente, a calar!

 

Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em mensagem do Espírito Stephano psicografada por Marie-Chantal Dufour Eisenbach, na Sociedade Espírita Renovação, em 14/03/2005

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DIAS DE SOMBRAS

 

Coincidentemente, há dias que se caracterizam pela sucessão de ocorrências desagradáveis. Nada parece dar certo.

Todas as atividades se confundem, e os fatos se apresentam deprimentes, perturbadores.

A cada nova tentativa de ação, outros insucessos ocorrem, como se os fenômenos naturais transcorressem de forma contrária.

Nessas ocasiões as contrariedades aumentam, e o pessimismo se instala nas mentes e na emoção, levando-as a lembranças negativas com presságios deprimentes.

Quem lhe padece a injunção tende ao desânimo, e refugia-se em padrões psicológicos de auto-aflição, de infelicidade, de desprezo por si mesmo.

Sente-se envolto por forças descomunais, contra as quais não pode lutar, deixando-se arrastar pelas correntes contrárias, envenenando-se com o mau humor.

São esses, dias de provas, e não para desencanto; de desafio, e não para cessar o esforço.

Quando aumentam as dificuldades, maior deve ser o investimento de energias, e mais cuidadosa a aplicação do valor moral na batalha.

Desistindo-se sem lutar, mais rápido se dá o fracasso, e quando se vai ao enfrentamento com idéias de perda, parte do labor já está perdido.

Nesses dias sombrios, que acontecem periodicamente, e às vezes se tornam contínuos, vigia mais e reflexiona com cuidado.

Um insucesso é normal, ou mesmo mais de um, num campo de variadas atividades.

Todavia, a intérmina sucessão deles pode ter origem em fatores espirituais perniciosos, cujas personagens se interessam em prejudicar-te, abrindo espaços mentais e emocionais para intercâmbio nefasto contigo, de caráter obsessivo.

Quanto mais te irritares e te entregares à depressão, mais forte se fará o cerco e mais ocorrências infelizes tomarão forma.

Há mentes espirituais maldosas, que te acompanham, interessadas no teu fracasso.

Reage contra essas emboscadas mediante a oração, o pensamento otimista, a irrestrita confiança em Deus.

Rompe o continuar dos desacertos, mudando de paisagem mental, de forma que não vitalizes o agente perturbador.

Ouve uma música enriquecedora, que leve a lembranças agradáveis ou a planos animadores.

Lê uma página edificante do evangelho ou de outra obra de conteúdo nobre, a fim de te renovares emocionalmente, rompendo a sintonia com essas mentes infelizes.

Contempla uma região que te arranque do estado desanimador e lembra:

Há sempre sol brilhando além das nuvens sombrias, e, quando esse sol é colocado no mundo íntimo, nenhuma ameaça de trevas consegue apagar-lhe, ou sequer diminuir-lhe a intensidade da luz.

Segue-lhe a claridade e vence o teu dia de insucessos, confiante e tranqüilo. 

Você sabia? 

Que os benfeitores espirituais tentam nos ajudar nos momentos difíceis?

Eles erguem barreiras, estabelecendo muralhas vibratórias em nosso favor. Mas muitas vezes nós as arrebentamos a golpes de rebeldia e imprevidência.

 

Equipe de Redação do Momento Espírita.