quinta-feira, 31 de outubro de 2013

PALAVRAS DE SAUDADE


Quem já passou pela experiência de despedir-se de alguém que muito ama, sabe o quanto dói acompanhar seu sepultamento.
 
Ou entregar o corpo para a cremação. Afinal, o ser que animava aquele corpo foi infinitamente amado, acalentado.
 
Mais do que isso, a sequência dos dias não ameniza a dor da saudade, que só faz aumentar.
 
Quando a pessoa que se vai, nos braços da morte, é idosa, há um certo consolo, que se expressa com: Ela vai descansar. É justo que descanse, depois de tantas lutas.
 
Mas, quando são os jovens, as crianças que se vão, de forma prematura, a dor parece não ter dimensão. Por isso, quando lemos a carta daquela mãe, endereçada à sua pequena, que partira há oito meses, nos comovemos:
 
Filha querida. Oito meses se passaram, desde a nossa despedida. Incrível como o tempo passa...
 
Ainda espero sonhar com você para abraçá-la e poder de novo acalentá-la em meus braços, como o fiz durante quase cinco anos.
 
Hoje, me detive a recordar detalhes de você. Lembrei de quanto você desejava ajudar-me nas tarefas da casa.
 
Que tá fazendo, mamãe? Qué ajudá.
 
Recordei que a colocava sobre uma cadeira para alcançar a gaveta de temperos e que, enquanto cozinhava, você ia me alcançando o que pedisse.
 
Você não os podia ver, mas reconhecia todos pelo cheiro.
 
Este é manjelicão. Este é manjelona. Mamãe, cadê a canela?
 
Lembrei de quando fazíamos pastel e eu punha a massa em suas pequenas mãos, para que me ajudasse a colocar o recheio.
 
E o dia em que sua avó foi lhe ensinar a fazer bolachinhas... Quando lhe explicou que as duas mãos tinham que ficar juntas, enrolando a massa, para lá e para cá, você a surpreendeu, dizendo: Eu sei, vovó. Eu tenho pática!
 
Quantas risadas demos, nessas ocasiões. E, como numa catadupa de recordações, fui ouvindo sua vozinha a pedir pão de magaína ou biscoito de anelzinho, seu biscoito de polvilho predileto.
 
Quantos nomes inventamos juntas para tantas coisas: a caininha da mamãe, que não era nada mais que carne moída; o pudim de coate da vó, ou seja, de chocolate.
 
Que lindo mundo nós criamos! Saiba que foi uma honra imensa conviver com você.
 
Que bela lição de amor você nos deixou, meu anjo! Mamãe Luciana.
 
* * *
 
As palavras parecem brotadas de uma saudade, feita de espera e de certeza. Espera de um reencontro, em algum momento dessa ou de outra vida.
 
Certeza de que seu pequeno anjo vive a Imortalidade do Espírito. E por isso, a mãe lhe escreve, contando que as palavras lhe chegarão, onde quer que se encontre, nesse imenso mundo espiritual.
 
Que conforto é a certeza da Imortalidade para os que permanecem na Terra!
 
Saber que os amados vivem, que os ouvem, os veem. Saber que, pelos fios do pensamento, lhes podem endereçar vibrações de carinho, é um doce consolo.
 
Ter a certeza de que o reencontro se dará, algum dia, que não se perde o amor, mesmo que o ser amado esteja invisível aos olhos carnais, é reconforto para quem padece a ausência física da pessoa amada.
 
Faz bem à intimidade poder prosseguir o diálogo, mesmo que, por vezes, a resposta não possa ser bem entendida por quem endereça as indagações, os anseios e externaliza em palavras a saudade.
 
Imortalidade! Que extraordinário presente nos concedeu o Pai celeste aos nos criar.
 
Sejamos gratos por isso.
 
Redação do Momento Espírita, com base em algumas linhas traçadas por Luciana Costa Macedo para sua filha Luana, no oitavo mês de sua desencarnação.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

FIZ PORQUE ERA O CERTO


O que você faria se encontrasse uma carteira com mil e quinhentos reais na rua, perdida?
 
Numa das capitais do país, um menino de doze anos não teve dúvida: devolveu!
 
E o pré-adolescente Lucas Eduardo virou exemplo no bairro onde mora.
 
O menino tímido encarou a situação com simplicidade surpreendente.
 
Eu fiz porque era o certo. Imaginei que a pessoa iria precisar do dinheiro para pagar as contas, ir aos médicos, contou Lucas, em entrevista a um jornal daquela cidade.
 
Lucas tinha razão.
 
Evanir havia saído na manhã de segunda-feira com o objetivo de pagar as contas do mês.
 
Viúva há sete anos e aposentada há mais de duas décadas, ela vive sozinha, com renda bem apertada.
 
Para devolver o dinheiro, o menino teve ajuda da direção da escola onde estuda, a fim de localizar o número do telefone e comunicar-se com a idosa.
 
Assim, ela ficou sabendo que os valores que perdera haviam sido encontrados e que estavam em boas mãos.
 
O gesto do estudante comoveu gente de todas as idades e classes sociais na região.
 
Dezenas de pessoas entraram em contato com a escola, onde ele estuda, para elogiar a honestidade do menino e oferecer doações.
 
Lucas, de família humilde, tinha um sonho: ter um videogame.
 
Ao saber da história, uma doadora anônima decidiu presentear Lucas e seus irmãos com o Playstation dos seus filhos.
 
A história do menino não parou por aí.
 
Ganhou repercussão internacional: chegou, inclusive, aos Estados Unidos.
 
Uma brasileira, que lá reside, telefonou, comovida com o gesto, e ofereceu doações ao menino.
 
Um empresário emocionado foi além: conversou com Lucas sobre a importância de sua atitude e retribuiu seu gesto com um presente: deu-lhe a mesma quantia que Lucas devolveu à dona Evanir: mil e quinhentos reais.
 
A idosa, que recebeu a devolução, afirmou:
 
Tão pequeno e com toda essa honestidade. É muito bonito. Às vezes, pessoas da nossa própria família não devolvem o dinheiro.
 
*   *   *
 
Até quando a honestidade será exceção em nosso mundo?
 
Até quando precisaremos comemorar gestos como esse, que já deveriam ser normais, naturais, como foram para o menino Lucas?
 
A honestidade estava dentro dele. Talvez nem tenha necessitado ser aprendida em casa. Estava no Espírito. Fiz porque era o certo.
 
Quando temos esse contato íntimo com nossa consciência, passamos a ter menos dúvidas entre o certo e o errado. Ambos ficam muito claros em todas as situações.
 
Não se precisa pensar muito se vai se jogar lixo no chão, se vai devolver o troco certo, se vai contar a verdade – tudo isso passa a ser natural.
 
O bem precisa se tornar hábito e ir substituindo o mal aos poucos. É assim que nos transformamos e transformamos a sociedade.
 
Se queremos que o tal jeitinho desapareça, precisamos, de uma vez por todas, incorporar este espírito de fiz porque era o certo, independente se o certo é o melhor para nós ou não. É o certo e pronto.
 
Consultemos a consciência. As respostas estão sempre lá, onde estão inscritas todas as leis de Deus.
 
Pensemos nisso. Façamos o certo.
 
Redação do Momento Espírita, com base em reportagem publicada no site www.sonoticiaboa.band.uol.com.br, em 22 de agosto de 2013.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

FUI AJUDÁ-LO A CHORAR


Como anda seu envolvimento com as outras pessoas?
 
Você é daqueles que se fecha em seus problemas, em suas dificuldades, nem sequer querendo saber se existe alguém à sua volta que precisa de ajuda?
 
Ou você é daquelas almas que já consegue se envolver com as dores alheias, procurando diminuí-las, ou pelo menos não deixando que alguém sofra na solidão?
 
Há uma certa passagem que pode ilustrar isso. Foi vivida pelo autor Leo Buscaglia, quando, certa vez, foi convidado a ser jurado de um concurso numa escola. O tema da competição era: A criança que mais se preocupa com os outros.
 
O vencedor foi um menino cujo vizinho – um senhor de mais de oitenta anos – acabara de ficar viúvo. Ao notar o velhinho no seu quintal, em lágrimas, o garoto pulou a cerca, sentou-se no seu colo e ali ficou por muito tempo.
 
Quando voltou para sua casa, a mãe lhe perguntou o que dissera ao pobre homem.
 
Nada. – Disse o menino – Ele tinha perdido a sua mulher, e isso deve ter doído muito. Eu fui apenas ajudá-lo a chorar.
 
* * *
 
A pureza do coração das crianças é sempre fonte de ensinamentos profundos.
 
Geralmente costumamos dizer que não estamos aptos a ajudar alguém, por não sermos capazes, ou porque sabemos tão pouco para consolar.
 
Para muitos, essa é uma posição de fuga, uma desculpa que encontramos para mascarar o egoísmo que ainda grita dentro de nossa alma, dizendo que precisamos primeiro cuidar de nós mesmos, e que os outros são menos importantes.
 
Para outros, isso reflete a falta de esclarecimento, pois precisamos compreender que todos temos capacidade de auxiliar.
 
Não nos preocupemos se não conhecemos palavras bonitas para dizer, ou se não podemos conceber uma saída miraculosa para uma dificuldade que alguém atravesse.
 
Nossa companhia, nosso ombro amigo, nosso dizer Estou aqui com você, são atitudes muito importantes.
 
Muitas vezes, o que as pessoas precisam é de alguém para chorar ao seu lado, para estar ali, afastando o fantasma da solidão para longe, e não permitindo que os pensamentos depressivos tomem conta de seu senso.
 
Outras vezes, mais importante que os conselhos, que as lições de moral, é o nosso abraço apertado, nosso tempo para ouvir o desabafo de alguém.
 
Não precisamos ter todas as respostas e soluções dos problemas do mundo em nossas mãos, para conseguir ajudar.
 
Os verdadeiros heróis são aqueles que ofertam o que têm, o que sabem, e, mais do que tudo, ofertam seus sentimentos, suas lágrimas aos outros.
 
Você sabia?
 
Você sabia que não precisamos dizer Meus pêsames, às pessoas, quando enfrentam a morte de um ente querido?
 
O dicionário nos diz que a palavra pêsames, significa pesar pelo falecimento ou infortúnio de alguém. Assim sendo, torna-se um termo muito pesado, já que aprendemos a compreender a morte, não como um desastre, um infortúnio, e sim uma passagem, uma mudança na vida daquele que parte, e daqueles que ficam.
 
Não nos preocupemos em ter algo para dizer. Um abraço fala mais do que mil palavras. Uma prece silenciosa é como uma brisa suave consolando os corações que passam por esse momento.
 
Redação do Momento Espírita, com base no cap. O que mais se preocupava, do livro Histórias para pais, filhos e netos, de Paulo Coelho, ed. Globo.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

EXAMES



A dor é agente de fixação, expondo-nos a verdadeira fisionomia moral.
O sofrimento é fotógrafo oculto. Deslinda os mais íntimos aspectos da personalidade e aclara os menores impulsos do coração, deixando ambos a descoberto.
Em razão disso, cada problema que te procura, radiografa-te certas zonas do ser, de modo a verificar-lhes o equilíbrio.
Cada provação testa-te ideias e sentimentos, para definir-lhes a sanidade.
A vida, expressando a Sabedoria Divina, observa cada um de nós, diariamente, examinando-nos o possível valor, a fim de valorizar-nos.
Cultura nobre granjeia tarefas enobrecidas.
Virtude alcança merecimento.
Quem aprende pode ensinar.
Quem semeia o melhor adquire o melhor.
Quem ajuda sem recompensa colhe apoio espontâneo.
Sê fiel ao bem para que o bem te revele através dos outros.
Cada um exporá a luz que guarda em si toda vez que chamado a exame, na hora da crise.


Emmanuel/Médium Chico Xavier - Livro: Justiça Divina - Ed. FEB

domingo, 27 de outubro de 2013

A EMPATIA COMUNICA O AMOR


Todos nós, pais, amamos nossos filhos e queremos o melhor do mundo para eles.
 
Temos essa certeza dentro de nós e só Deus sabe o que somos capazes de fazer, de passar, de suportar, por amor aos nossos pequenos.
 
Mas será que estamos comunicando esse amor de forma correta? Ou melhor: será que nossos filhos sentem que os amamos tanto assim?
 
Ah, mas eu digo sempre!
 
Entretanto, será essa forma, puramente verbal, suficiente e a única existente?
 
Vamos descobrir que não, e mais, que podemos amar nossos filhos, sim, mas que podemos não estar comunicando esse sentir de forma adequada a eles.
 
São muitas as formas de demonstrá-lo, e uma delas, de suprema importância, é a empatia. A empatia comunica o amor.
 
A empatia estimula a proximidade terna, a intimidade e elimina a solidão.
 
Assim como a empatia aproxima seu filho de você, também aproxima você dele. Quando nos colocamos no lugar de outra pessoa, quando realmente conseguimos captar o seu ponto de vista, repentinamente acontece algo: o comportamento dessa pessoa passa a ter sentido.
 
Vejamos um exemplo simples, mas significativo:
 
Karen, uma menina de três anos, fica com medo do barulho supersônico de um avião e corre chorando para a mãe.
 
Na reação típica, a mãe diz: Ora, minha filha, é apenas um barulho supersônico feito por um avião. Você não precisa ter medo.
 
Essa tentativa de tranquilizar a criança diz, em essência: Não tenha esse sentimento de medo. Não há necessidade de ter medo do barulho de aviões.
 
Evidentemente, a mãe tenta acabar com o medo por meio de uma explicação lógica. Mas os barulhos muito fortes são realmente assustadores para crianças pequenas, qualquer que seja a sua causa.
 
A lógica acaba com a empatia, nesse caso. E Karen não se sente compreendida. As explicações são mais úteis depois de se ter lidado com os sentimentos.
 
No momento dos sentimentos fortes, a primeira necessidade é de compreensão. As explicações podem ficar para depois.
 
Na reação empática, temos: a mãe de Karen abraça a filha e fala: Meu Deus, foi um barulhão. É terrível!
 
Nesse breve momento, a mãe de Karen entra no mundo atemorizado da filha e mostra que a compreende.
 
A resposta empática diz a Karen: Mamãe está comigo. Ela sabe como me sinto.
 
Quando a criança sabe que seu medo é compreendido, ela é mais capaz de ouvir a razão lógica para a causa do medo.
 
A empatia é ouvir com o coração e não com a cabeça. Se a resposta empática é dita em tom frio, neutro, a criança não se sente compreendida.
 
Possivelmente, já devemos ter relatado uma experiência a outra pessoa, que nos respondeu assim: É... deve ter sido difícil para você...
 
Nós sabemos quando esse dizer é verdadeiro ou apenas pro forma. Quando ele é verdadeiro, nós nos sentimos compreendidos e não há nada melhor do que se sentir assim, não é?
 
Precisamos, como pais, mergulhar com mais frequência, no mundo dos sentimentos de nossos filhos. Só assim eles se sentirão amados. Só assim eles irão se sentir amparados.
 
Isso é ser companheiro de uma vida! Isso é amar! a empatia comunica o amor.
 
Redação do Momento Espírita,com base no cap.12, do livro Autoestima de seu filho,de Dorothy Corkille Briggs, ed. Martins Fontes.

sábado, 26 de outubro de 2013

UM ABRAÇO


O que você faz quando está com dor de cabeça, ou quando está chateado?
 
Será que existe algum remédio para aliviar a maioria dos problemas físicos e emocionais?
 
Pois é, durante muito tempo estivemos à procura de alguma coisa que nos rejuvenescesse, que prolongasse nosso bom humor, que nos protegesse contra doenças, que curasse nossa depressão e que nos aliviasse do estresse.
 
Sim, alguma coisa que fortalecesse nossos laços afetivos e que, inclusive, nos ajudasse a adormecer tranquilos.
 
Encontramos! O remédio já havia sido descoberto e já estava à nossa disposição. O mais impressionante de tudo é que ainda por cima não custa nada.
 
Aliás, custa sim, custa abrir mão de um pouco de orgulho, um pouco de pretensão de ser autossuficiente, um pouco de vontade de viver do jeito que queremos, sem depender dos outros.
 
É o abraço. O abraço é milagroso. É medicina realmente muito forte. O abraço, como sinal de afetividade e de carinho, pode nos ajudar a viver mais tempo, proteger-nos contra doenças, curar a depressão, fortificar os laços afetivos.
 
O abraço é um excelente tônico. Hoje sabemos que a pessoa deprimida é bem mais suscetível a doenças. O abraço diminui a depressão e revigora o sistema imunológico.
 
O abraço injeta nova vida nos corpos cansados e fatigados, e a pessoa abraçada sente-se mais jovem e vibrante. O uso regular do abraço prolonga a vida e estimula a vontade de viver.
 
Recentemente ouvimos a teoria muito interessante de uma psicóloga americana, dizendo que se precisa de quatro abraços por dia para sobreviver, oito abraços para manter-se vivo e doze abraços por dia para prosperar.
 
E o mais bonito é que esse remédio não tem contraindicação e não há maneira de dá-lo sem ganhá-lo de volta.
 
* * *
 
Já há algum tempo temos visto, colado nos vidros de alguns veículos, um adesivo muito simpático, dizendo: Abrace mais!
 
Eis uma proposta nobre: abraçar mais.
 
O contato físico do abraço se faz necessário para que as trocas de energias se deem, e para que a afetividade entre duas pessoas seja constantemente revitalizada.
 
O abraçar mais é um excelente começo para aqueles de nós que nos percebemos um tanto afastados das pessoas, um tanto frios no trato com os outros.
 
Só quem já deu ou recebeu um sincero abraço sabe o quanto este gesto, aparentemente simples, consegue dizer.
 
Muitos pedidos de perdão foram traduzidos em abraços...
 
Muitos dizeres eu te amo foram convertidos em abraços.
 
Muitos sentimentos de saudade foram calados por abraços.
 
Muitas despedidas emocionadas selaram um amor sem fim no aconchego de um abraço.
 
Assim, convidamos você a abraçar mais.
 
Doe seu abraço apertado para alguém, e receba imediatamente a volta deste ato carinhoso.
 
Pense nisso! Abrace mais você também.
 
Redação do Momento Espírita, com base em palestras de Alberto Almeida, na cidade de Matinhos, nos dias 29, 30 e 31 de março de 2002 e no texto intitulado Um abraço, de autoria ignorada.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Administração laboratorial

Administração laboratorial

Livro destinado a estudantes da área de prótese odontológica.

CHEGOU A PRIMAVERA


Você já deve ter ido, certamente, a muitas festas de casamento, formaturas, eventos sociais, onde os arranjos florais estão sempre presentes.
 
Aliás, são sempre muitas flores, muitos enfeites, cada vez mais criativos e bem elaborados.
 
Mas você já parou para pensar para onde vão todos aqueles ornamentos no dia seguinte? Pois é... Na maioria, vão para o lixo! Flores ainda belas, vigorosas, no auge de seu brilho são desperdiçadas todos os dias.
 
Felizmente algumas pessoas se sentiram incomodadas com isso e resolveram tomar uma atitude positiva.
 
Profissionais que trabalham na área de cenografia e decoração de eventos e campanhas publicitárias, criaram o projeto flor gentil.
 
Trata-se de uma ONG que reaproveita flores da decoração de casamentos e outras festas, transformando-as em novos arranjos que são entregues a idosos em casas de repouso.
 
A iniciativa conta com diversos voluntários que participam, desde o recolhimento dos arranjos usados nas festas, passando por uma pequena seleção das flores, até a elaboração dos singelos novos buquês que ganharão outro lar em breve.
 
Já são diversos os lares de idosos que recebem, periodicamente, a visita das flores. Ver a reação daqueles corações ao receberem o singelo mimo é emocionante.
 
Como pode um simples buquê levar tanta alegria, tanta cor àquelas vidas!
 
A expressão de surpresa e júbilo de uma dessas senhoras resume bem a emoção. Chegou a primavera!! – Disse radiante.
 
Outro fator interessante é que nenhum buquê é igual ao outro e todos são lindíssimos e muito bem elaborados. Cada idoso recebe o seu, único, especial.
 
Os voluntários do projeto contam como é gratificante a tarefa que fazem, e como ela afeta, poderosamente, quem oferece as flores e não apenas quem as recebe.
 
São flores que abrem portas, criam laços e fortalecem quem tem cada vez menos condições de lidar sozinho com seus problemas.
 
São flores que levam cores para a vida já tão preto e branco daqueles corações.
 
A idealizadora do projeto confessa que, quando vai embora, após cada visita, costuma dar uma última olhadela para trás e ver como a paisagem se transformou.
 
Os sorrisos que deixou e as flores que agora colorem aquele ambiente. Nada fica como antes...
 
São as flores da gentileza... É a primavera nascendo a qualquer momento do ano.
 
* * *
 
Você já levou a primavera para a vida de alguém?
 
Flores inesperadas, uma visita de surpresa, uma carta, um e-mail gentil.
 
São tantas as formas de transformar, de alegrar o dia das outras pessoas!
 
Encontre a sua. Encontre o seu caminho das flores, das cores, dos gestos que demonstram que você se importa, se interessa...
 
Encontre o outro. Encontre a vida além da sua vida. Participe da vida do outro. Um estranho, quem sabe...
 
Quem é capaz de dizer quando um estranho se transformará num grande amor?
 
Aliás, todo grande amor foi um dia um estranho... Até que enfim, chegou a primavera.
 
Redação do Momento Espírita.

domingo, 20 de outubro de 2013

NINGUÉM É INÚTIL

Não aguardes aparente grandeza para ser útil.
Missão quer dizer incumbência.
       E ninguém existe aos ventos do acaso.
       Para entender nossos mandatos de trabalho, atentemos em lições de coisas da natureza.
       A usina poderosa ilumina qualquer lugar à distância, contudo, para isso, não age por si só.
       Usa transformadores de um circuito a outro, alterando, em geral, a tensão e a intensidade da corrente. Os transformadores exigem fios de condução e os fios recorrem à tomada de força.
       Isso, porém, ainda não resolve.
       Para que a luz se faça, é indispensável a lâmpada, que se forma de componentes diversos.
       No dicionário das leis divinas, as nossas tarefas têm o sinônimo de dever.
       Atendamos a obrigação para que fomos chamados no clima do bem.
       Não te digas inútil nem incompetente.
       Para cumprir a missão que nos cabe, não são necessários cargo diretivo, tribuna brilhante nem fortuna de milhões. Basta que estimemos a disciplina no lugar que nos é próprio, e prazer de servir.
       
 
Emmanuel / Médium Chico Xavier - Livro da Esperança

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

OPORTUNIDADE E NÓS



Não penses que o bem se processe sem o esforço paciente que o concretize.

O Criador estabelece a árvore na semente.

A criatura pode protegê-la e aperfeiçoá-la.

Recebes do Criador o tesouro das horas, o apoio do conhecimento, a possibilidade de agir, o benefício do relacionamento, mas a formação da oportunidade para que te realizes nas próprias esperanças depende de ti.

Não há confiança profissional sem o devido certificado de competência.

Quanto ao espírito, as leis são as mesmas.

Esforçar-te-ás em adquirir entendimento, praticar o respeito aos semelhantes e apoiar os outros. Assim obterás a simpatia de que necessitas, a fim de que o próximo te auxilie na edificação de teus ideais.

Em qualquer tarefa de melhoria e elevação, em que esperemos novas aquisições de paz e alegria, felicidade e segurança, não nos esqueçamos de que a possibilidade nasce de Deus e que o trabalho vem de nós.

      
Emmanuel / Médium Chico Xavier - Livro: Ceifa de Luz - Ed. FEB