sábado, 6 de julho de 2013

SOMOS A MAIORIA


Nunca antes na Humanidade houve tantas pessoas fazendo o bem e amando o próximo como em nossos dias.
 
À primeira vista, a frase parece fora de contexto e mesmo alienada das coisas que vemos.
 
Temos a impressão de que todos estão fazendo o mal, que poucos são honestos, que ninguém respeita o próximo.
 
Vemos as notícias na televisão, lemos manchetes nos jornais, escutamos conversas no trabalho e na condução.
 
Tudo parece convergir e se dirigir para a maldade, para o prejuízo alheio, para gerar dificuldades.
 
Porém, o que ocorre é que escutamos meias verdades, ou às vezes um pedaço bem pequeno de verdade e, apenas com isso, concluímos ser o todo.
 
O que não vemos nos noticiários são os milhares de heróis anônimos que ganham sua vida no trabalho honesto e que, com responsabilidade, criam os seus filhos.
 
Não é notícia as mães e os pais que velam horas a fio o sono de seus filhos para terem certeza que estão bem; que acompanham seus deveres escolares e os educam com amor e carinho.
 
Poucos comentam a respeito da multidão de voluntários que dedicam horas e horas para minimizar dores, dificuldades e problemas do próximo que, na maioria das vezes é alguém desconhecido. E tudo isso fazem pelo prazer de ajudar.
 
Esquecemos que se há muitos que transgridem as leis, nunca tivemos tanta proteção legal para as crianças, os idosos, as mulheres e tantas outras minorias na sociedade.
 
Se ainda existem políticos que não honram seus cargos e missões públicas, há muitos funcionários públicos que trabalham além do que seus contratos preveem, pelo ideal de melhorar a vida da população.
 
São inúmeros os pesquisadores e cientistas, que dedicam suas vidas para solucionar problemas, encurtar distâncias, salvar vidas, oferecer conforto e bem-estar a todos.
 
Debruçam-se nos laboratórios, utilizando-se de sua inteligência e ciência, no ideal de conseguir algo que beneficie a Humanidade.
 
Esquecemos que incontáveis são os médicos, professores, ou ainda garis e pedreiros, que cumprem muito mais que sua missão e seu dever profissional.
 
São muitos aqueles que se doam generosamente, que oferecem o melhor que possuem, para também contribuir por um mundo melhor.
 
Há muito mais pessoas honestas que desonestos no mundo. Há muito mais bondade que maldade no coração da maioria de nós. Há muito mais pessoas fazendo o bem do que prejudicando.
 
Assim, ao olharmos nossa sociedade, lembremos que não estamos sós nem somos minoria aqueles que fazemos o bem, que somos honestos e idealistas.
 
Apenas somos, aparentemente, transparentes uns para os outros.
 
Não nos vemos, porém, estamos todos agindo para que os dias, um após o outro, tornem-se melhores e mais felizes.
 
Dessa forma, não devemos jamais desistir do nosso ideal.
 
Ao nos imaginarmos sozinhos, basta que olhemos para o lado, e logo perceberemos que somos uma grande maioria, uma multidão mesmo aqueles que semeamos o bem, a justiça e a paz nas estradas da vida.
 
Redação do Momento Espírita.

CORAGEM PARA MUDAR

Muitos dos conflitos que afligem o ser humano decorrem dos padrões de comportamento que ele próprio adota em sua jornada terrestre.
 
É comum que se copiem modelos do mundo, que entusiasmam por pouco tempo, sem que se analisem as conseqüências que esses modos comportamentais podem acarretar.
 
Não se tem dado a devida importância ao crescimento e ao progresso individual dos seres.
 
Alguns crêem que os próprios equívocos são menores do que os erros dos outros.
 
Outros supõem que, embora o tempo passe para todos, não passará do mesmo modo para eles.
 
Iludem-se no sentido de que a severidade das leis da consciência atingirá somente os outros.
 
Embriagados pelo orgulho e pelo egoísmo deixam-se levar pelos desvarios da multidão sem refletir a respeito do que é necessário realmente buscar-se.
 
É chegado o momento em que nós, espíritos em estágio de progresso na Terra, devemos procurar superar, de forma verdadeira, o disfarçado egoísmo, em busca da inadiável renovação.
 
Provocados pela perversidade que campeia, ajamos em silêncio, por meio da oração que nos resguarda a tranqüilidade.
 
Gastemos nossas energias excedentes na atividade fraternal e voltada à verdadeira caridade.
 
Cultivemos a paciência e aguardemos a benção do tempo que tudo vence.
 
Prossigamos no compromisso abraçado, sem desânimo, sem vãs ilusões, confiando sempre no valor do bem. 
 
É muito fácil desistir do esforço nobre, comprazer-se por um momento, tornar-se igual aos demais, nas suas manifestações inferiores.
 
Todavia, os estímulos e gozos de hoje, no campo das paixões desgovernadas, caracterizam-se pelo sabor dos temperos que se convertem em ácido e fel, passados os primeiros momentos.
 
Aprendamos a controlar nossas más inclinações e lograremos vencer se perseverarmos no bom combate.
 
Convertamos sombras em luz.
 
Modifiquemos hábitos danosos, em qualquer área da existência, começando por aqueles que pareçam mais fáceis de serem derrotados.
 
Sempre que surgir a oportunidade, façamos o bem, por mais insignificante que nosso ato possa parecer.
 
Geremos o momento útil e aproveitemo-lo.
 
Não nos cabe aguardar pelas realizações grandiosas, e tampouco podemos esperar glorificação pelos nossos acertos.
 
O maior reconhecimento que se pode ter por fazer o que é certo é a consciência tranqüila.
 
Toda ascensão exige esforço, adaptação e sacrifício, enquanto toda queda resulta em prejuízo, desencanto e recomeço.
 
Trabalhemos nossa própria intimidade, vencendo limites e obstáculos impostos, muitas vezes, por nó mesmos.
 
Valorizemos nossas conquistas, sem nos deixarmos embevecer e iludir por essas vitórias.
 
Há muitas paisagens, ainda, a percorrer e muitos caminhos a trilhar.
 
Somente a reforma íntima nos concederá a paz e a felicidade que almejamos.
 
A mudança para melhor é urgente, mas compete a cada um de nós, corajosa e individualmente, decidir a partir de quando e como ela se dará. 
 
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no capítulo 10 do livro Revelações da luz de Raul Teixeira, pelo Espírito Camilo, e capítulo 11 do livro Vigilância, de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis.