Nossa
sociedade cada vez mais nos dá a chance de encontrarmos,
conversarmos e nos conectarmos com quem quer que seja.
As redes
sociais, os e-mails, as páginas eletrônicas nos permitem reencontrar
velhos colegas de escola, amizades perdidas na poeira do tempo,
realimentando sentimentos e lembranças guardadas na memória e no
coração.
E podemos
nos conectar com aqueles que nem conhecemos, ou com aqueles que só
conheceremos eletronicamente, à distância, pela tela do computador,
do telefone, do tablet.
Vivemos em
uma sociedade onde a comunicação, o contato, as mensagens são
trocadas intensa e constantemente.
Assim,
raros são os momentos em que estamos sozinhos. E o medo de estarmos
sozinhos nos faz cada vez mais mergulhar nas comunicações, nos
contatos, não poucas vezes vazios e sem significados
reais.
E o medo da
solidão nasce muitas vezes do medo de encontrarmos a nós mesmos,
nossa essência. Como se isso não fosse necessário e
inevitável.
Assim,
fugimos de nós mesmos, mergulhando nos barulhos do mundo.
Afastamo-nos de nós mesmos buscando respostas que, ao final, só
poderão ser encontradas em nossa intimidade.
Por isso se
faz necessário que busquemos a nós mesmos, de tempos em
tempos.
Buscar a
solidão para encontrarmo-nos conosco, em um reencontro com a própria
alma, de maneira tranquila e serena, sabendo que guardamos em nossa
intimidade a chave para nossa felicidade.
Será nesses
momentos de introspecção que conseguiremos analisar nossas atitudes,
nossos valores e sentimentos.
Quando
fazemos silêncio exterior, damos vazão ao mundo interno, intenso e
palpitante e que, muitas vezes, relegamos ao
esquecimento.
Nessas
horas, teremos a oportunidade de entender nossas reações, repensar
nossos atos, ponderar valores e atitudes para os próximos
embates.
Somente
assim, ao permitirmos esse encontro conosco mesmos, conseguiremos
alçar a patamares mais maduros e tranquilos em nosso mundo
emocional.
Dessa
forma, a solidão será oportuna companheira a ser buscada, para que
possamos nos encontrar e conhecer.
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Permitamo-nos, assim, com regularidade, evadirmo-nos do
mundo, buscando momentos de solidão, onde teremos apenas a nós
mesmos para conversar.
Aproveitemo-los para rever, repensar ações, horas de
dificuldade e apreensão.
Serão esses
espaços de solidão que nos permitirão reavaliar atitudes para, nas
próximas experiências, evitar que venhamos a repetir os mesmos
erros, em idênticas situações.
Sem nos
permitirmos esse encontro interior, continuaremos a ser aqueles que
tropeçamos em nós mesmos, sem saber porquê, nem como, tentando achar
algum culpado, quando, na verdade, somos apenas nós a andar, sem
rumo e sem autoconhecimento.
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A sós,
todos os dias, alguns momentos para reflexionar a respeito do que
fazemos, como fazemos nos permitirá o autoconhecimento. E essa é a
chave do progresso individual.
Pensemos nisso.
Redação do
Momento Espírita.