terça-feira, 3 de maio de 2011

COMPROMISSO COM A CONSCIÊNCIA

 

Você certamente já leu ou ouviu, algum dia, a notícia de roubo, incêndio, naufrágio ou explosão de algum bem móvel ou imóvel que pertencia a alguém, não é mesmo?

No entanto, ninguém jamais ouviu ou leu uma manchete com os dizeres:

“Foi roubada a coragem desta ou daquela pessoa”, “Foi extraviada grande porção de otimismo.Quem a encontrar favor devolver no endereço citado”.

Ou então, “Incêndio consumiu toda a fidelidade de fulano” ou “Naufragou a honestidade de beltrano.”

Enfim, nunca se ouve falar que as virtudes de alguém tenham sofrido assaltos ou outro dano qualquer.

Todavia, isso acontece diariamente quando as negociatas indignas põem por terra a honestidade e a honradez deste ou daquele cidadão, que sucumbe ante grandes quantias em dinheiro ou favorecimentos de toda ordem.

No entanto, as virtudes que se deixam arrastar por interesses próprios, não são virtudes efetivas, são ensaios de virtudes.

Quem verdadeiramente conquista uma virtude, jamais a perde.

Contou-nos um amigo, jovem advogado que labora num órgão público que, em certa ocasião, estava com uma pilha de processos sobre a mesa, quando seu superior entrou na sala, tomou dois daqueles processos e pôs de lado, dizendo-lhe:

“Quero que você arquive estes processos.”

O advogado perguntou por que razão deveria arquivá-los, e o diretor respondeu simplesmente: “Porque os acusados são meus amigos e me pediram esse favor”.

O moço, que tinha compromisso sério com a própria consciência, fez com que os processos seguissem seu curso, sem interferir.

Tempos depois, os acusados tiveram que arcar com as custas do processo e indenizar vários cidadãos, aos quais haviam prejudicado de alguma forma.

Quando questionado por seu superior sobre o ocorrido, o advogado argumentou que o fato de os acusados serem seus amigos, não era suficiente para isentá-los da responsabilidade de seus atos.

Se o jovem advogado não tivesse firmeza de caráter, poderia ter dado ocasião a que fosse registrado em sua ficha espiritual a seguinte anotação:

“Este Espírito sofreu, em tal data, um assalto da corrupção e da prepotência e teve seus bens mais preciosos, que são a fidelidade e a honestidade, roubados.”

Felizmente isso não aconteceu.

* * *

Toda vez que permitimos que nosso patrimônio ético-moral seja comprado ou roubado, ficamos mais pobres espiritualmente.

Quando aplaudimos a corrupção e a ganância dos outros, somos coniventes com essas misérias morais, e empobrecemos.

Pense nisso, e considere que vale a pena preservar esse bem tão valioso que é o seu patrimônio moral.

Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em fato real.

AJA ENQUANTO É TEMPO

 

Os homens são os artífices de seu destino.

Essa verdade é constatada mediante singela observação do mundo que o cerca.

O aluno estudioso tira boas notas, passa por média e não se angustia com exames e repetências.

Já o estudante preguiçoso está sempre envolto com notas baixas e reprovações.

O profissional competente costuma ter mais clientes do que consegue atender.

Vagas que exigem maiores qualificações permanecem abertas por longos períodos, embora haja muitos desempregados.

Sem dúvida, ninguém está livre de percalços.

Uma pessoa inteligente e preparada pode ser surpreendida com desemprego ou momentos profissionais difíceis.

Mas as crises são mais freqüentes para aquele que não tem formação sólida e fama de profissional competente.

Assim, quem opta por assistir novelas em vez de estudar não pode reclamar se o sucesso não bater em sua porta.

Mesmo no âmbito das relações pessoais, cada um vive as conseqüências de seus atos.

Alguém prudente no falar jamais se envolve nos transtornos que a maledicência provoca.

Contudo, o tagarela sempre corre o risco de amealhar inimizades.

A pessoa generosa suscita simpatias por onde passa.

Quando necessita de ajuda, muitas mãos se movimentam em seu favor.

Mas a criatura mesquinha e implacável está sujeita a ficar desamparada, pela antipatia que seu agir provoca.

Não é difícil verificar a Lei de causa e efeito atuando.

Comportamento digno e sensato traz tranqüilidade e boa reputação.

Desonestidade, preguiça e leviandade causam infinitos transtornos.

Certamente há eventos que superam qualquer expectativa e semeiam dores na vida de pessoas honradas e previdentes.

Mas aí em geral se tem o efeito de causas remotas.

As grandes dores que nada pode evitar e não são causadas pelo agir atual refletem o acertamento de antigos equívocos.

A Justiça Divina reina soberana no Universo.

Ela propicia liberdade para os Espíritos viverem conforme seus gostos e opções.

Mas cada qual é estritamente responsável pelo que faz.

Muitas vezes, a conseqüência do agir equivocado não se produz rapidamente e nem na mesma existência.

A Lei Divina não se engana e nunca perde o endereço de quem a ofendeu.

Mas ela não se mostra apenas como justiça, mas também como misericórdia.

Por isso dá tempo para o calceta adquirir forças para os resgates necessários.

E principalmente aguarda que ele se resolva a quitar os equívocos do passado com a moeda boa do amor.

Como afirmou o apóstolo Pedro, o amor (a caridade) cobre a multidão de pecados.

Não é preciso sofrer para recompor o passado de erros.

Mas é imperioso resgatar todo o mal feito.

Ciente dessa realidade e de seu viver milenar, dedique-se a fazer o bem.

Viva de forma honrada.

Trabalhe, estude, amealhe recursos intelectuais e morais.

Seja um bom exemplo para todos que convivem com você.

Mas vá um pouco além disso.

Dedique-se a uma causa, ampare os necessitados, eduque os ignorantes.

Em seu passado espiritual há certamente muitos erros.

Antes que o resultado deles o atinja, gere causas de felicidade ao agir de modo altruísta.

Aja enquanto é tempo.

A rigor, o bem é sempre possível, agora ou mais tarde.

Mas é uma tolice aguardar a dor cobrar a conta que o amor pode pagar.

Pense nisso.

Redação do Momento Espírita