quinta-feira, 30 de setembro de 2010

NUNCA TE ARREPENDERÁS

 

Nunca te arrependerás de teres refreado a língua, quando pretendias dizer o que não convinha ou o que não era verdade.

De teres formado o melhor conceito sobre o proceder de outrem.

De não teres julgado com severidade os atos alheios, ignorando a real motivação de cada ser.

Nunca te arrependerás de teres perdoado àqueles que te fizeram mal.

De teres contribuído para obras destinadas à caridade e à promoção humana.

De teres cumprido pontualmente tuas promessas bem pensadas.

De seres fiel aos compromissos dignos e nobres a que te vinculastes.

Nunca te arrependerás de teres suportado com paciência as faltas alheias.

De teres ignorado as mentiras e as maledicências que te chegaram aos ouvidos, afastando-te dessa espécie de conversação.

De teres dirigido palavras bondosas aos desventurados e tristes.

De teres simpatizado com os oprimidos e de teres realizado algo de efetivo e bom em prol deles.

Nunca te arrependerás de teres pedido perdão pelas faltas cometidas.

De teres reparado o mal que causastes.

De teres pensado antes de falar.

De teres honrado a teus pais, agindo com gratidão por todo o bem que deles recebestes.

De teres sido cortês e honesto em tudo e com todos.

Nunca te arrependerás de teres ensinado algo de bom e de verdadeiro a uma criança.

De teres sido capaz de cativar um coração e de teres feito uma amizade verdadeira.

De teres oferecido pão a um faminto e consolo a um desesperado.

Nunca te arrependerás de renunciar ao equívoco e seguir pelo caminho correto, por mais árduo que este possa ser.

Nunca te arrependerás de seguir os exemplos de Jesus, porque o bem-estar causado pela certeza do dever cumprido supera qualquer sensação decorrente da satisfação de meras necessidades humanas.

 

* * *

 

Podes escolher os caminhos que vais seguir no curso de tua jornada na Terra.

Podes optar quais posturas assumirás diante das mais variadas circunstâncias da vida.

És o senhor de teus passos, o dono de teu futuro.

Não compete a mais ninguém as escolhas que afetarão a tua história.

Por mais que os atos de terceiros sejam capazes de te atingir, somente os teus próprios atos, as tuas reações é que definirão os rumos do teu destino.

Pensa nisso antes de agires.

Reflete com ponderação e sabedoria.

O arrependimento resulta de decisões equivocadas, tomadas sob a influência do egoísmo e da ira.

Motiva teus atos nos ensinamentos do Cristo.

Pensa sempre: “O que teria feito o Mestre Jesus se estivesse no meu lugar?” Eis um método bastante eficiente para saber quais atitudes são viáveis e quais trarão sofrimento, cedo ou tarde.

Fazer o bem sempre é motivo de satisfação e júbilo.

Não interessa ao homem de bem o reconhecimento pelo seu ato, tampouco gratidão e honrarias.

A consciência tranqüila e a certeza íntima de que se fez o melhor e o possível, deveria ser suficiente para apaziguar o coração humano.

Não te rendas aos equivocados hábitos da maioria, que cede ao mal e busca recompensas materiais em tudo que faz.

Segue sempre pelo caminho do bem, e nunca te arrependerás dessa escolha.

 

Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no livro Lendas do Céu e da Terra, de Malba Tahan, 22ª edição, Editora Record, p.  56, item denominado “Nunca te arrependerás”.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O AMOR É LEI DA VIDA

 

Você já se deu conta de que o amor é a lei maior que rege a vida?

Antes de pensar numa resposta negativa, reflita um pouco sobre as seguintes considerações:

Da batalha entre a chuva e o sol, surge o arco-iris, exibindo suas múltiplas cores, tornando a paisagem mais bela e mais poética.

É o amor sugerindo harmonia.

Sob o rumor da cascata, que jorra violenta sobre as rochas desalinhadas e pontiagudas, as andorinhas fazem seus ninhos e garantem revoadas em todos os verões.

É o amor orientando o instinto.

Sob a neve que se estende sobre planícies e montes gelados as sementes dormem, para explodir em flor aos primeiros beijos do sol da primavera.

É o amor acordando a vida.

O tempo, hábil conselheiro, traz o esquecimento das dores e cicatriza as feridas abertas pelos sofrimentos mais acerbos.

É o amor incentivando a vida.

Quando a doença corrói o corpo físico, causando desconforto de dor, e os órgãos já não têm forças para manter funcionando a máquina de carne, a morte, como hábil cirurgiã, liberta o espírito do fardo inútil.

É o amor renovando a vida.

Junto com a tempestade que rasga os céus com raios e trovões, chega a chuva generosa, fertilizando a terra e garantindo a boa safra.

É o amor propiciando a vida.

Sob a pesada pedra, a frágil semente germina e rasteja, contorna obstáculos, até encontrar a luz e florescer, vitoriosa.

É o amor orientando a vida.

Os séculos, quais anciães compassivos, se dobram sobre as memórias dos povos vencidos nas guerras promovidas pelo egoísmo, trazendo o bálsamo do esquecimento.

É o amor amenizando o ódio.

Na face do solo rachado, crestado pela seca implacável, surge pequeno olho d’água, dando notícias da vida que persiste, submersa, invencível.

É o amor alimentando a esperança.

Nos conflitos das guerras sangrentas e cruéis o homem transforma o mundo em que vive, criando tecnologia e fomentando o progresso.

É o amor promovendo o esclarecimento.

As marcas profundas esculpidas nas almas pelos holocaustos de toda ordem, forjam pérolas de luz nos corações sensíveis e os eleva acima das misérias humanas.

É o amor gerando o entendimento.

Quando um agente externo qualquer penetra o organismo humano, imediatamente um exército de células-soldados entra em combate para eliminar o intruso e garantir a saúde.

É o amor defendendo a vida.

O amor age em silêncio,

trabalha incansavelmente

para garantir a harmonia da vida.

Nada supera a sua potência.

Nada supera a sua ação.

O amor é a lei maior da vida,

e rege o micro e o macro cosmos,

sem alarde,

sem exibição.

* * *


Cada planeta que se movimenta no espaço é um orbe em evolução, gravitando na lei de amor.

Cada estrela que brilha no infinito, é um astro que conquistou a condição de mundo sublime, e está sustentado pela lei de amor...

Cada criança que renasce nos palcos terrenos, traz consigo um plano de felicidade, traçado pelas leis de amor...

O ser humano, que age e interage no meio em que vive, fomentando o progresso, está sob o amparo da lei de amor.

Cada anjo que habita os mundos sublimes é um Espírito de luz que conquistou o mais alto grau na universidade da vida, e hoje nos convida ao amor...

 

Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita

terça-feira, 28 de setembro de 2010

OS ESPÍRITAS E A ELEIÇÃO

Aylton Paiva

http://www.espirito.org.br/portal/artigos/correio-fraterno/os-espiritas-e-a-eleicao.html


"O Espiritismo não cria a renovação social: a madureza da humanidade é que fará dessa renovação uma necessidade. Pelo seu poder moralizador, por suas tendências progressistas, pela amplitude de vistas, pela generalidade das questões que abrange, o Espiritismo é mais apto do que qualquer outra doutrina para secundar o movimento de regeneração; por isso, é ele contemporâneo desse movimento. Surgiu na hora em que podia ser de utilidade, visto que também para ele os tempos são chegados". (in A Gênese, de Allan Kardec - ed. FEB).
Esclarecem os Espíritos, em O Livro dos Espíritos que o progresso moral decorre do progresso intelectual, porém nem sempre a ele se segue (Questão n.º 780).
Nós espíritas sabemos que temos um compromisso intransferível com a reforma íntima: "Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas más inclinações". (Cap. XVII, item 4, "in fine" de O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec). Mas, esse aperfeiçoamento pessoal deve refletir-se em nossa atuação consciente para transformar a sociedade em uma sociedade justa e amorosa, pois advertem os Espíritos: "Numa sociedade organizada segundo as leis do Cristo, ninguém deve morrer de fome" e adita Allan Kardec: "... Quando praticar (o homem) a Lei de Deus, terá uma ordem social fundada na justiça e na solidariedade e ele próprio será melhor". (Questão 930 de O Livro dos Espíritos).
Destaca-se, então, o compromisso do espírita com uma nova ordem social, fundada no Direito e no Amor. Obviamente, essa transformação dependerá da ação consciente dos bons e ao lado deles, os espíritas atuando com uma "consciência política", fundamentada nos princípios éticos das Leis Morais de O Livro dos Espíritos.
Portanto, não pode o espírita alienar-se da sociedade e não agir, com conhecimento e amor, nessa transformação, em importante momento histórico da civilização humana: "Aproxima-se o tempo e que se cumprirão as coisas anunciadas para a transformação da Humanidade". (O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XX, item 5º).
Observando a ousadia da maldade e a confusão entre bondade e omissão, Allan Kardec indagou aos Espíritos: "Porque, no mundo, tão amiúde, a influência dos maus sobrepuja a dos bons?
R - "Por fraqueza destes. Os maus são intrigantes, os bons são tímidos. Quando estes o quiserem, preponderarão". (Questão 932 de O Livro dos Espíritos - Ed. FEB).
A resposta é clara e precisa, não permite dúvidas àqueles que pretendem ser bons.
O mundo e, especificamente, a estrutura social brasileira, está precisando de transformações urgentes para coibir a ação dos maus que solapam os bons costumes, que semeiam a miséria, que se utilizam dos instrumentos da corrupção, da fraude e da mentira para atingirem seus objetivos egoísticos e antiéticos.
Momento significativo para a transformação da sociedade é a realização de eleições para os poderes Legislativo e Executivo. Em breve seremos chamados às urnas. O espírita precisa estar consciente da sua responsabilidade nesse momento, seja pleiteando cargos eletivos, seja simplesmente depositando o seu voto na urna.
O voto é uma procuração que se passa ao candidato para que, se eleito, ele aja em nosso nome a bem da coletividade. É a maior manifestação de amor ao povo. Não votar, anular o voto, omitir-se é apoiar as forças do mal, é permitir que maus sobrepujem os bons.
Para que o espírita tenha critérios de avaliação do candidato, compare a sua conduta como membro da família, na atividade profissional, seu interesse e envolvimento como a comunidade e os princípios contidos em O Livro dos Espíritos - 3a. Parte - Das Leis Morais, onde estão os conceitos sobre: o Bem e o Mal, a Sociedade, o Trabalho, o Progresso e a Igualdade, Justiça e Amor.
Porém, não se pode levar as questões político-partidárias para dentro do Centro ou Instituição Espírita.

Vote consciente. Vote com amor!


(Publicado no Correio Fraterno do ABC Nº 357 de Outubro de 2000)

A honra

 

Conta-se que um promotor público, nomeado para uma cidade interiorana do Sul do Brasil, ali chegou jovem e entusiasta.

Conhecedor da lei, amante da ordem e do direito, se propôs a realizar o melhor, naquela localidade.

Um dos primeiros casos que lhe chegou às mãos foi o de um homem que, em plena praça, à vista de vários cidadãos, descarregara todas as balas do seu revólver em sua esposa.

Fora um crime bárbaro, cruel, presenciado por muitos. O jovem promotor estudou o caso e, com tranquilidade, se propôs a fazer a acusação daquele réu.

Para ele, não havia dúvidas. Tratava-se de um crime bárbaro. O homem, tomado de ciúmes, pois descobrira que a esposa o traíra, a matara de forma fria, premeditada.

Havia muitas testemunhas. O fato era notório. Não havia erro. Aquele homem seria condenado.

Contudo, no transcurso do processo, foi se tomando de surpresa o promotor.

O advogado do réu apresentou sua defesa baseado em que ele não deveria ser julgado culpado pois, afinal, fora brutalmente ofendido em sua honra.

A surpresa foi maior ainda quando o júri chegou ao veredito de inocente. Entenderam os jurados daquela cidade que o homem traído mais não fizera do que lavar a sua honra. E honra se lava com sangue.

Não se tratava de uma questão de direito, de certo e de errado, mas de como aquela gente entendia que tudo deveria ser resolvido.

E, no caso, somente a morte poderia lavar a honra daquele cidadão.

 

*   *   *

 

Em várias localidades, em nosso país e no mundo, muitos ainda acreditam que a honra se lava com sangue.

Quando ouvimos relatos de fatos semelhantes, aqui e ali, tentando justificar atos de violência, ficamos chocados.

Compete-nos refletir e pesar nossos valores.

Recordamos que, certa feita, Moandas Gandhi, o líder pacifista da Índia, foi esbofeteado em pleno rosto.

O golpe fora tão rude que ele caíra. Levantou-se, limpou a poeira da roupa e, sereno, continuou o seu caminho.

Uma jornalista londrina teve oportunidade de lhe perguntar:

Senhor, o senhor não vai revidar?

Por que deveria? – Perguntou, tranquilo.

Mas, senhor, ele lhe esbofeteou a face. Feriu a sua honra.

Gandhi a olhou, profundamente, nos olhos e respondeu:

Minha jovem, minha honra não está no rosto.

Sim, sua honra como a de todos nós, não está no rosto. A honra está na alma e essa ninguém a pode remover, senão nós mesmos.

Manchamos nossa honra de filhos de Deus quando nos permitimos revidar agressões, descer ao nível do agressor.

Dilapidamos nossa honra quando nos permitimos compactuar com a mentira, com a corrupção, com o crime de qualquer nível.

Pensemos nisso e nos mantenhamos no bem, no caminho do reto dever, mesmo que as circunstâncias pareçam contra nós.

Recordemos a exortação do Divino Pastor: Quem perseverar até o fim, este será salvo!

Perseveremos no bem, conservando a honra inigualável de filhos de Deus.

 

 

Redação do Momento Espírita, com base em fato narrado

por Sandra Della Pola, em palestra proferida no Teatro da

Federação Espírita do Paraná, no dia 11 de julho de 2010.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

SEGREDOS DOS HOMENS QUE MUDARAM A HISTÓRIA

 

No livro intitulado “Nunca desista de seus sonhos”, o autor Augusto Cury tece interessantes considerações a respeito da capacidade humana de alterar o curso da própria história.

Diz ele, em resumo, que a maior genialidade não é aquela que vem da carga genética, nem a que é produzida pela cultura acadêmica.

Mas sim, aquela que é construída nos vales dos medos, nos desertos das dificuldades, nos invernos da existência, no mercado dos desafios.

Muitos sonhadores desenvolveram áreas nobres da sua inteligência, atravessando turbulências aparentemente insuperáveis.

Suportaram pressões que poucos agüentam.

Viveram dias ansiosos, sentiram-se pequenos diante dos obstáculos.

Alguns foram chamados de loucos, outros, de tolos.

Zombaram de alguns, outros foram discriminados.

Tinham todos os motivos para desistir de seus sonhos, mas não desistiram.

Quais foram seus segredos?

Eles fizeram da vida uma aventura.

Não foram aprisionados pela rotina.

Embora não seja possível escapar da rotina, esses sonhadores passaram parte de suas vidas criando, inventando, descobrindo.

Tiveram uma visão panorâmica da existência mesmo em tempo nublado.

Foram empreendedores, estrategistas, persuasivos, amigos do otimismo.

Foram sociáveis, observadores, analíticos e críticos.

Fizeram escolhas, traçaram metas e as executaram com paciência.

Segundo o filósofo Kant, “a paciência é amarga, mas seus frutos são doces.” A paciência é o diamante da personalidade.

Muitos discorrem sobre ela, mas são poucos os que a conquistam e colhem seus frutos.

Para Plutarco, “a paciência tem mais poder do que a força”.

Não se pode medir um ser humano pelo seu poder político e financeiro.

Ele pode ser avaliado pela grandeza de seus sonhos e pela paciência em executá-los.

No entanto, a paciência é um dos remos que impulsiona o barco dos sonhos.

O outro remo é a coragem.

É necessário ter-se coragem para correr riscos e superar os obstáculos.

Aqueles que têm medo jamais navegam em mares desconhecidos.

E por isso mesmo nunca serão capazes de conquistar outros continentes.

Os homens que transformaram seus sonhos em realidade aprenderam a ser líderes de si mesmos para depois liderar o mundo que os cercava.

Tinham uma ambição positiva, queriam transformar a sociedade em que estavam inseridos.

Foram dominados por um desejo de serem úteis para os outros.

É possível destruir o sonho de um ser humano quando ele sonha para si, mas é impossível destruir seu sonho quando ele sonha para os outros.

Os ditadores jamais conseguiram destruir os sonhos daqueles que sonharam com a liberdade do seu povo.

Morrem os ditadores, enferrujam-se as armas, mas não se pode destruir os sonhos de quem ama ser livre.

 

* * *

 

O esforço em direção ao ideal traçado é ônus intransferível de cada ser.

Paciência e coragem servem de ferramentas poderosas na realização de sonhos.

No entanto, acima de tudo isso há a vontade soberana e poderosa, capaz de justificar o início de qualquer projeto, bem como de motivar-nos a seguir em frente.

Pensemos nisso.

 

Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no livro Nunca desista de seus sonhos, de Augusto Cury, Ed. Sextante, 2004, pp.  18/19, item intitulado “Os segredos dos que mudaram a história”.

sábado, 25 de setembro de 2010

VOCÊ É O QUE DESEJA SER

 

João era um importante empresário. Morava em um apartamento de cobertura, na zona nobre da cidade.

Ao sair pela manhã, deu um longo beijo em sua amada, fez sua oração matinal de agradecimento a Deus pela sua vida, seu trabalho e suas realizações.

Tomou café com a esposa e os filhos e os deixou no colégio. Dirigiu-se a uma das suas empresas.

Cumprimentou todos os funcionários com um sorriso. Ele tinha inúmeros contratos para assinar, decisões a tomar, reuniões com vários departamentos, contatos com fornecedores e clientes.

Por isso, a primeira coisa que falou para sua secretária, foi:

“Calma, vamos fazer uma coisa de cada vez, sem stress.”

Ao chegar a hora do almoço, foi curtir a família. À tarde, soube que o faturamento do mês superara os objetivos e mandou anunciar a todos os funcionários uma gratificação salarial, no mês seguinte.

Conseguiu resolver tudo, apesar da agenda cheia. Graças a sua calma, seu otimismo.

Como era sexta-feira, João foi ao supermercado, voltou para casa, saiu com a família para jantar.

Depois, foi dar uma palestra para estudantes, sobre motivação.

Enquanto isso, Mário em um bairro pobre de outra capital, como fazia todas as sextas-feiras, foi ao bar jogar e beber.

Estava desempregado e naquele dia recusara uma vaga como auxiliar de mecânico, por não gostar do tipo de trabalho.

Mário não tinha filhos, nem esposa. A terceira companheira partira, cansada de ser espancada e viver com um inútil.

Ele morava de favor, num quarto muito sujo, em um porão. Naquele dia, bebeu, criou confusão, foi expulso do bar e o mecânico que lhe havia oferecido a vaga em sua oficina, o encontrou estirado na calçada.

Levou-o para casa e depois de passado o efeito da bebedeira, lhe perguntou por que ele era assim:

“Sou um desgraçado”, falou. “Meu pai era assim. Bebia, batia em minha mãe. Eu tinha um irmão gêmeo que, como eu, saiu de casa depois que nossa mãe morreu.  Ele se chamava João. Nunca mais o vi. Deve estar vivendo desta mesma forma.”

Na outra capital, João terminou a palestra e foi entrevistado por um dos alunos:

“Por favor, diga-nos, o que fez com que o senhor se tornasse um grande empresário e um grande ser humano?”

Emocionado, João respondeu:

“Devo tudo à minha família. Meu pai foi um péssimo exemplo. Ele bebia, batia em minha mãe, não parava em emprego algum. Quando minha mãe morreu, saí de casa, decidido que não seria aquela vida que queria para mim e minha futura família. Tinha um irmão gêmeo, Mário, que também saiu de casa no mesmo dia. Nunca mais o vi. Deve estar vivendo desta mesma forma.”

 

* * *

 

O que aconteceu com você até agora, não é o que vai definir o seu futuro, e sim a maneira como você vai reagir a tudo que lhe aconteceu.

Não lamente o seu passado. Construa você mesmo o seu presente e o seu futuro.

Aprenda com seus erros e com os erros dos outros.

O que aconteceu é o que menos importa. Já passou.

O que realmente importa é o que você vai fazer com o que vai acontecer.

E esta é uma decisão somente sua. Você decide o seu dia de amanhã. De tristeza ou de felicidade. De coisas positivas ou de amargura, sem esperança.

Pense nisso! Mas pense agora!

 

Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em texto de autoria ignorada.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

O PESO DOS VÍCIOS

 

A sociedade é, em essência, heterogênea.

As pessoas possuem valores e personalidades os mais variados.

Justamente por isso a vida é repleta de embates.

Não é muito simples a vivência harmônica entre seres com visões distintas do mundo.

O convívio pacífico com o diferente pressupõe maturidade espiritual.

Essa maturidade revela-se das mais diferentes e inusitadas formas.

Ela é demonstrada por quem silencia em face de uma ofensa.

Afinal, o ofensor muitas vezes acredita estar agindo de modo correto.

A maturidade também se faz presente quando uma pessoa releva os equívocos de outra.

Em suma, a maturidade espiritual de alguém evidencia-se pelo seu nível de tolerância e compaixão.

O convívio forçado com criaturas de diferentes hábitos possui o condão de desenvolver essas virtudes.

Como é cansativo viver em estado de beligerância, as pessoas gradualmente vão aprendendo a ceder, em nome da própria paz.

Por ser a terra uma escola, somos naturalmente colocados no ambiente mais propício para corrigirmos nossas deficiências.

Do mesmo modo, as lições que nela recebemos guardam relação com nossa necessidade de aprendizado.

Assim, quanto mais defeitos tivermos, tanto mais dificuldades enfrentaremos.

Na verdade, todo vício sempre carrega consigo o sofrimento.

Tome-se por exemplo o orgulho.

Em face da mesma situação vexatória, alguém humilde não experimenta qualquer desconforto, ao passo que um orgulhoso sofre grande tortura moral.

Conclui-se que, quanto maior o orgulho, maior será a ofensa.

E quanto maior a ofensa, maior será o sofrimento.

O mesmo ocorre com a vaidade.

A criatura vaidosa acredita que o mundo lhe deve deferências.

Ela espera ser distinguida em todos os setores de sua vida.

Como isso nem sempre se dá, sofre intensamente com o que considera uma injustiça.

Caso fosse mais simples e despretenciosa, não experimentaria esse desconforto.

As fissuras morais tornam o viver muito pesado.

Perceba-se a energia que o vaidoso e o orgulhoso desperdiçam cuidando para que a própria importância não passe despercebida aos demais.

A simples pretensão desmedida dessa importância já infelicita a criatura e é um peso a ser suportado.

Imagine-se o quanto inevitavelmente sofre alguém muito vaidoso ou orgulhoso.

Isso ocorre com todos os vícios e paixões.

A ganância constitui uma tortura que dificulta o desfrute do que já se possui e muitas vezes é suficiente.

O ciúme também torna a vida penosa, por fomentar a desconfiança e a discórdia.

Repetindo, todo vício carrega consigo o sofrimento.

Como os homens desejam a felicidade, gradualmente eles despertam para a necessidade de burilarem a si mesmos.

Reflita sobre isso e assuma a responsabilidade por seu bem-estar.

Analise o quanto você sofre gratuitamente, em suas relações.

Pense que as circunstâncias que o rodeiam destinam-se a torná-lo melhor. Conscientize-se dessa realidade e torne-se tolerante com os diferentes.

Desenvolva retidão, pureza e simplicidade e a vida lhe será bem mais fácil.

 

Equipe de Redação do Momento Espírita

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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

JARDIM EM PERIGO

 

Quando você planta uma mudinha de flor, qual é a sua primeira preocupação?

Um bom jardineiro dirá que a primeira providência deve ser tomada antes do plantio, no preparo do terreno, escolha do tempo certo, etc.

Mas a nossa pergunta é para você, pessoa comum, que não tem habilidades de jardinagem.

Talvez, mesmo sem ser um profissional da área, você conheça algumas providências básicas para que a mudinha cresça e dê flores.

Uma delas é plantar em terra fértil. Outra é cuidar para que o sol não a queime, a água não a apodreça, as pragas não a comam, as ervas-daninhas não a sufoquem.

Certamente você não colocaria sobre a sua plantinha, algum veneno que pudesse matá-la, não é mesmo?

Pois bem, fazendo uma comparação com a mudinha de flor e uma criança, podemos seguir o mesmo raciocínio.

Se uma planta merece nosso cuidado, um filho merece muito mais.

Mas, infelizmente, alguns pais, que não derramariam na planta produto que a destruísse, permitem que seu filho faça uso de um veneno que está cada vez mais popular entre crianças e adolescentes: o álcool.

Alguns pais permitem, outros incentivam.

Se você visse alguém derramando alguma substância nociva sobre a frágil plantinha, certamente diria:

“Isso é loucura!”

No entanto, você vê um pai ou uma mãe dando bebida alcoólica à criança, e considera isso um fato normal.

Estranho paradoxo, esse!

Hoje os problemas decorrentes do uso de bebidas alcoólicas têm preocupado governantes e muitos têm envidado esforços para conter essa epidemia.

Afinal, esse é um problema que ameaça os valores econômicos, políticos e culturais da sociedade.

Acarretam gastos com tratamento médico, internação hospitalar; provocam o aumento dos índices de acidentes de trabalho, de trânsito, de violência urbana, mortes prematuras, entre outros.

É realmente uma catástrofe de grandes proporções, pois os prejuízos não ficam somente no campo da economia.

Os danos morais e espirituais são ainda maiores.

As perturbações da personalidade do usuário, as lesões afetivas causadas nos familiares, os afetos destruídos, as esperanças despedaçadas, os sonhos ceifados, a infelicidade...

E assim, esse imenso jardim que poderia ostentar flores belas e perfumadas, apresenta flores amareladas, sem perfume, sem viço, sem esperança, de breve aparição no solo terreno...

Os perigos advindos dessa substância nociva chamada álcool, espreitam em cada esquina...

Os malefícios desse veneno vão destruindo a criatura lentamente, qual parasita que lhe rouba as forças e lhe impõe cada vez mais necessidade de uso...

A ação devastadora dessa praga cruel é lenta, mas decisiva...

Você, que consegue perceber a gravidade do assunto, pense com carinho a respeito disso.

Passe a observar quanto descuido paira sobre a infância desprotegida...

Perceba quanta indiferença pesa sobre a juventude desorientada...

E você, jardineira ou jardineiro a quem Deus enviou essas almas para fazê-las florir e dar bons frutos, certamente responderá, um dia, sobre a tarefa que lhe foi confiada.

 

Pense nisso, e não perca nem mais um minuto, pois em um minuto a situação pode fugir totalmente do seu controle.

 

 

Você sabia?

Você sabia que o uso e o abuso de bebidas alcoólicas está cada vez mais cedo na vida de crianças entre 9 e 12 anos de idade?

Justamente numa faixa etária em que o ser está em formação, tanto física quanto psicológica.

Por essas e outras razões é que precisamos, com urgência e determinação, salvar esse jardim em perigo.

 

Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

RESIGNAÇÃO NA ADVERSIDADE

 

O sofrimento é uma ocorrência comum em nosso mundo.

Em todas as condições, em todas as idades, sob todos os climas, o homem tem padecido, a humanidade tem derramado lágrimas.

Apesar dos progressos sociais, milhões de seres gravitam ainda sob o jugo da dor.

Por vezes é a miséria provocando intensas agonias.

Em outras, é a enfermidade arrastando os seres para os vales do sofrimento e da angústia.

Nem mesmo as classes mais abastadas têm sido isentas desses males.

Até nos ambientes onde reina a abundância, um sentimento de desânimo, uma vaga tristeza, às vezes se apodera das almas.

A dor, sob suas múltiplas formas, é o remédio supremo para as imperfeições, para as enfermidades da alma.

No estágio evolutivo em que nos encontramos, sem ela não é possível o aprimoramento.

Assim como as moléstias orgânicas são muitas vezes resultantes dos nossos excessos, assim também as provas morais que nos atingem são conseqüências de nossas faltas passadas.

Cedo ou tarde o resultado desses equívocos recairão sobre nós.

É a lei de justiça agindo no curso de nossas existências.

Saibamos aceitar os seus efeitos como se fossem remédios amargos, operações dolorosas, capazes de restituir nossa saúde.

Embora nos sintamos entristecidos pelos desgostos, devemos sempre suportá-los com paciência.

O lavrador rasga o seio da terra para daí fazer brotar o campo dourado.

Assim também é a nossa alma, depois de desbastada também se tornará exuberante em frutos morais.

Pela ação da dor abandonamos os vícios e as más paixões.

A adversidade é uma grande escola, um campo fértil em transformações.

A ignorância das leis universais é que nos faz ter aversão aos nossos males.

Se compreendêssemos o quanto esses males são necessários ao nosso adiantamento, eles não nos pareceriam mais um fardo.

Em nossa cegueira, estamos quase sempre prontos a amaldiçoar as nossas vidas.

Mas, quando formos capazes de discernir o verdadeiro motivo de nossas existências, compreenderemos que todas elas são preciosas.

A dor é capaz de abrandar o nosso coração, avivando os fogos da nossa alma.

É o cinzel que lhe dá proporções harmônicas, que lhe apura os contornos e a faz resplandecer em sua perfeita beleza.

 

Pense nisso!

 

Vivemos em um mundo de provas e expiações.

Nele a dor reina soberana, em virtude do mal ainda sobrepujar o bem.

Embora conscientes dessa inegável condição, é nosso dever lutar contra a adversidade.

Sofrer sem reagir aos males da vida seria uma covardia.

Porém, quando os nossos esforços se tornam supérfluos, quando tudo se mostra inevitável, chega então o momento de apelarmos para a resignação.

Revoltarmo-nos contra a lei moral seria tão insensato como querermos resistir à lei da gravidade.

O espírito sensato encontra na provação os meios de fortificar suas qualidades.

A alma corajosa aceita os males do destino, mas, pelo pensamento, eleva-se acima deles e daí faz uma escala para atingir a virtude.

 

Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no livro Depois da Morte, de Léon Denis, parte quinta, capítulo L, FEB, 20ª edição.

domingo, 19 de setembro de 2010

COMO ESTAMOS PENSANDO?

O sentimento de amor cristão pode impulsionar o correto pensamento, sem os quais adoecemos pela insuficiência de equilíbrio íntimo, imprimindo no corpo físico as distonias e as variadas patologias que lhe são conseqüentes.

 

Os pensamentos negativos operam em nosso estado íntimo determinada perturbação, instaurando desarmonias de grandes proporções nos centros da alma e provocando lesões funcionais variadas. Deste modo, estabelecem fulcros mórbidos de natureza singular no arcabouço físico, impondo às células a desarmonia pela qual se vulnerabilizam os recursos de defesa, sedimentando-se campo fértil à proliferação de bactérias patogênicas nos tecidos menos propensos à defesa.

Quaisquer enfermidades surgem como efeitos, residindo a causa no desequilíbrio dos reflexos da vida interior, uma vez que os sintomas mentais depressivos influenciam as células fisiológicas.

Óbvio que no desleixo da nutrição o corpo paga pesados tributos de sofrimento, posto que possibilita a infestação de grande quantidade de microorganismos patogênicos que, em se instalando nas células orgânicas, podem induzir às moléstias infecciosas de múltiplos caracteres. Porém, não é somente dessa forma que se originam os processos patológicos multiformes.

Nossas emoções mais profundas, quaisquer que sejam, geram também agudas enfermidades.

Os reflexos dos sentimentos e pensamentos menos dignos que alimentamos se voltam sobre nós mesmos, depois de transformados em ondas mentais, tumultuando nossas funções neurológicas, e esses reflexos inconseqüentes, derramando- se sobre o tecido cortical, gestam alucinações que podem variar do medo manifesto ao estado neurótico, situação em que os obsessores nos atingem com sugestões destruidoras, diretas ou indiretas, conduzindo- nos a deploráveis fenômenos de descontrole psicoemocional.

Mister é não esquecer jamais que apenas o sentimento de amor cristão pode impulsionar o correto pensamento, sem os quais adoecemos pela insuficiência de equilíbrio íntimo, imprimindo no corpo físico as distonias e as variadas patologias que lhe são conseqüentes.

Jorge Hessen


Extraído da Revista "Reformador", edição de novembro 2005, órgão de divulgação da FEB - Federação Espírita Brasileira - www.febnet.org.br

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

BRINDANDO NA TAÇA DA ESPERANÇA

Cada manhã que nasce é um teste para nossa perseverança e vontade.
Persistir nos velhos projetos, sonhar com os novos, superar obstáculos, conviver com pessoas de idéias e opiniões diferentes, viver fases de alegria em que tudo parece dar certo e viver fases difíceis em que tudo parece dar errado...
Na balança dos dias tristes e dos dias felizes, veremos que pesam mais os dias alegres.

Para os dias melancólicos contemos com a taça da ESPERANÇA...
Ninguém está imune de experiências que exigem persistência e coragem.
Se encontrarmos alguém que diga não ter nenhum problema, tenhamos compaixão desse alguém, pois com certeza vive alienado do mundo.
Obstáculos são amigos quando sabemos aprender com eles...

Por isso, naqueles dias em que o céu parece estar mais nublado, em que a tempestade nos assusta com seus trovões e raios, brindemos na taça da esperança, pedindo a Deus forças para aguardar o fim do temporal...
Aguardemos firmes e fortes, pois inexoravelmente o sol brilhará...

(Da obra "Reflexões para a Paz", de Joamar Zanolini Nazareth)

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

APELO DA ESPERANÇA

Minha querida amiga,
Hoje, estou escrevendo especialmente para você. Tenho acompanhado os seus últimos dias, e muito tem me preocupado a tristeza e a surda revolta que encontrei em seu olhar.
Não me passaram desapercebidas as suas preocupações e medos e, apesar de ter-me colocado ao seu lado, abrindo os meus braços para confortá-la, você passou ao largo, sem abrir o seu coração ao meu.
Por isso estou aqui, insistindo com você! Não desista!
A notícia da gestação inesperada surpreendeu-a com violência e você olha ao seu redor sem encontrar um caminho seguro para seguir.
Aquele que compartilhou com você as horas mornas dos prazeres fáceis, talvez, não queira saber mais da sua companhia e, muito menos ainda, do fruto do instante que já é passado.
Sua família talvez não queira saber dos seus problemas e, como de outras vezes, apenas lhe virará as costas, dizendo que plantou e agora faz a colheita.
Mas, amiga querida, o que cresce em seu íntimo não é um problema: - é seu filho!
Uma alma cara ao seu coração, um amor que volta aos seus braços para acompanhar-lhe os dias que ainda estão para serem vividos.
Não aborte! Não mate a felicidade que bate às portas de sua alma, pedindo-lhe pouso seguro!
Pela sua mente passam imagens de todos os prazeres que terá que abandonar em nome de uma condição indesejada: as festas, os encontros, a liberdade de ir e vir como queria e com quem queria...
Pensa em seu corpo... Em vê-lo deformado, em perder a forma cobiçada, no desconforto, na dor, no parto.
Pensa nas despesas... nos gastos...
Mas eu sei!... eu sei de você! Sei que traz tantas coisas guardadas dentro do coração, tantos sonhos que não compartilha com ninguém, tanta douçura que não expressa...
Amiga, eu a conheço! Sei que tem fome de amor, desse amor profundo e sem jaça que procurou nos braços de tantos que não a compreenderam e que muitas vezes, desprezam o seu valor.
Aquele que retorna pelo seu ventre também sabe, por isso, escolheu-a para chamá-la pelo mais sublime nome humano que já pousou nos lábios dos seres que habitam essa Terra: mãe!
Reconheço que não terá dias fáceis, que alguns serão de noites sem estrelas.
Prometo, contudo, estar ao seu lado e ao lado de seu filho, observando, alegre, seu ventre crescer, pleno de vida!
E digo mais: não contará apenas com a minha presença, mas, com a presença de muitos que a amam e que velam pela sua paz e pela paz de seu filho!
Não desista de ser feliz! Não aborte seu sonho! Não mate seu filho, para o seu próprio bem!
Com todo o carinho de meu coração.
Sua amiga e companheira eterna:

A esperança.

Redação do Momento Espírita

terça-feira, 14 de setembro de 2010

DEUS NÃO DESISTE

Você já se deu conta de que Deus nunca desiste?
Se ainda não havia percebido, observe o mundo ao seu redor.
Se você amanhece triste, Deus lhe oferece o canto dos pássaros, antes mesmo do amanhecer, pois seu canto sonoro se faz ouvir quando a noite ainda não se despediu por completo.
Se você se sente só no mundo, Deus lhe acena com inúmeras oportunidades de conhecer pessoas e fazer novas amizades, desfazendo essa sensação de abandono.
Deus nunca desiste...
Para aqueles que não gostam dos dias chuvosos, o criador enfeita as folhas verdes com pequenas gotas brilhantes, como querendo mostrar que a chuva tem seus encantos e belezas.
Para quem não gosta dos dias quentes, Deus oferece o espetáculo dos insetos alados, em graciosa  dança, a dizer que o verão tem sua graça.
Deus nunca desiste...
Aos seus filhos que não apreciam os dias frios do inverno, Deus mostra as noites mais limpas e cravejadas de estrelas e os dias de céu mais azul, de todas as estações.
Deus nunca desiste...
Se você ainda hão havia percebido essa realidade, comece a olhar ao seu redor. Há muitos motivos para você acreditar que o criador está sempre fazendo o máximo para que você perceba seu empenho.
Só no dia de hoje, quantas mostras da ação de Deus não se podem contemplar?!
Se, para você, o dia parece inútil, as situações sem graça e os problemas sem possibilidade de solução, pare e observe melhor.
Você notará uma árvore lhe oferecendo sombra, uma flor lhe dando perfume, um pássaro cantando para você, uma borboleta lhe convidando a bailar..., porque Deus nunca desiste.
Ainda que a morte se apresente como vencedora da vida...
Mesmo que se diga o ponto final da relação de amor que nos une a outros seres...
Ainda que se proclame devastadora de sentimentos e capaz de aniquilar sonhos...
Não se deixe levar por essa farsante cruel...
Porque do outro lado do túmulo a morte será desmascarada, porque Deus nunca desiste... e a vida segue estuante.
O Criador tem planos de felicidade para você...
E jamais desistirá, enquanto você não tomar posse dessa herança que lhe foi destinada.
Essa herança está depositada no íntimo de cada um de nós, e mesmo que os milênios se escoem, que nos pareça que jamais a conquistaremos, um dia a felicidade será realidade...
Deus nunca desiste...
Ainda que no dia de hoje você não tenha nenhuma conquista significante, que a tristeza lhe ronde as horas, que a alegria pareça distante e a esperança esteja de férias... Deus não desiste.
Quando o hoje partir e nada mais restar de suas horas, Deus lhe acenará com um novo dia, e novas oportunidades surgirão para que você dê mais um passo na direção da felicidade efetiva.
E se esta existência não for suficiente para você atingir a felicidade suprema, ainda assim Deus não desistirá...
Uma nova oportunidade irá surgir... uma nova existência lhe será oferecida... E novamente teremos a prova de que Deus não desiste.
E se Deus não desiste é porque ele ama cada filho seu...
E se assim é, porque você, que é herdeiro desse pai amoroso e bom, irá desistir?
Pense nisso e observe os acenos divinos em cada convite da vida para que você jamais deixe de caminhar na direção da luz.

...Porque Deus, Deus nunca desiste.

Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O PODER DA DETERMINAÇÃO

 

O garoto era o encarregado de chegar mais cedo, todos os dias, e acender o carvão no antiquado fogão, a fim de aquecer a sala antes da chegada da professora e dos colegas.

Era uma escola rural e todos os dias, o menino atendia à sua obrigação.

Certa manhã, quando chegaram a professora e os meninos, a escola estava em chamas.  O garoto foi retirado, inconsciente do prédio.  Mais morto do que vivo.

Toda a parte inferior de seu corpo estava tomada por queimaduras sérias.

De sua cama, pôde ouvir o médico dizendo para sua mãe que ele não tinha chances de viver.  Segundo o médico, morrer seria uma bênção para o pequeno, pois o fogo tinha arrasado toda a parte inferior do seu corpo.

Mas o corajoso menino decidiu que iria viver. Tanto lutou que sobreviveu.

Então, outra vez, ele ouviu o mesmo médico dizendo para sua mãe que ele estava condenado a viver como um inválido. Seus membros inferiores estavam inutilizados.

De novo, o garoto tomou uma decisão: ele voltaria a andar, não importa o que custasse.

Infelizmente, da cintura para baixo, ele não tinha controle motor. As suas pernas finas estavam ali penduradas, mas inúteis.

Quando recebeu alta do hospital, sua mãe o levou para casa. Todos os dias massageava as suas pernas. Mas ele não sentia nada.

Nem sensação, nem controle, nada. Contudo, não desistia. Ele queria voltar a andar.

Certo dia, a mãe o colocou na cadeira de rodas, e o levou para o quintal, para tomar sol.

Ele ficou ali, olhando a cerca, a poucos metros. Então, se jogou no chão e se arrastou pela grama, até a cerca.

Com esforço imenso agarrou-se à cerca e se levantou. Começou a se arrastar, estaca após estaca, ao redor do quintal. Estava decidido a andar. Fez isso em todos os outros dias, até ter aplainado um caminho junto à cerca. Ele queria andar. E andaria. Daria vida outra vez àquelas pernas. Por fim, depois de massagens diárias e muita determinação, ele conseguiu a habilidade de ficar de pé, depois dar uns passos, embora vacilantes. Finalmente, caminhar. Depois, correr.

Começou andando até a escola. Depois, decidiu que chegaria correndo. Pelo simples prazer de correr.

Muitos anos depois, na faculdade, ele entrou para a equipe de atletismo.

Mais tarde, esse jovem que ninguém esperava que sobrevivesse, que diziam jamais voltaria a andar, muito menos correr, bateu o recorde mundial de velocidade em uma corrida de uma milha, no Madison Square Garden.

Seu nome: Glenn Cunningham.

 

* * *

 

Determinação tem a ver com vontade. E vontade acionada é certeza de objetivo alcançado.

Para isso, no entanto, se fazem necessários alguns fatores como o real desejo de querer, a persistência na execução do programa que seja estabelecido e o objetivo a alcançar.

Desta forma, se seu objetivo é nobre, persiga-o sem cansaço, guardando a certeza de que o haverá de atingir, em algum momento.

Importante: esqueça frases como não posso. Ou não tenho grande força de vontade quanto gostaria.

Trata-se de querer, trabalhar pela conquista, perseverando até o fim.

 

Texto da Redação do Momento Espírita com base no cap. O poder da determinação, de Burt Dubin, do livro Histórias para aquecer o coração - Edição de Ouro, de Jack Canfield e Mark Victor Hansen, ed.  Sextante e do cap.  4 do livro O despertar do espírito, do Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed.  Leal.

 

sábado, 11 de setembro de 2010

UM TERRÍVEL MAL

Desde que a bebida alcoólica foi descoberta, o beber passou a ser um ato facilmente assimilável pelos jovens adolescentes e futuros adultos.
Em torno do ato de beber criou-se uma aura de magia, como se ele fosse a resposta para os problemas existenciais.
Na mitologia, Baco, considerado o deus do vinho, dizia que quem bebesse aquele líquido sagrado ficaria possuído por poderes divinos.
Surgiram festas de orgia chamadas bacanais, regadas a muito álcool e com elas, a violência. Hoje, a ação do álcool influencia milhares de pessoas.
Algumas dizem beber para se divertirem, relaxarem, outras para adquirirem coragem. Todas se matando lentamente.
O álcool provoca, em alguns, relaxamento, agressividade, descontrole emocional, em outros, alegria desmedida e desinibição.
O seu uso contínuo provoca a dependência física e é reconhecido pela organização mundial de saúde como uma doença.
No Brasil as estatísticas apontam aproximadamente quinze milhões de dependentes do álcool. Uns dependentes leves, pessoas que bebem quase todos os dias até três doses.
Outros, dependentes moderados, os que bebem diariamente até três doses e nos finais de semana bebem de forma exagerada. Finalmente, os dependentes graves, que bebem sempre. São os que apresentam uma série de transtornos se a bebida lhes faltar, desde tremores até ansiedade.
Em nosso país, o alcoolismo é um dos maiores problemas de saúde pública.
Preocupados com os números crescentes de alcoólatras, os conselhos comunitários de segurança estabeleceram algumas regras que definem como os pais criam um alcoólatra infantil:
Comece na infância a molhar a chupeta no copo de cerveja e dar ao seu filho. Ache graça nas caretas que ele fizer.
Quando ele quiser mais bebida alcoólica, continue dando.
Nunca lhe dê orientação. Não pode, pois faz mal.
Quando ele estiver bebendo, apoie, ache graça.
Beba sempre com ele.
Dê-lhe dinheiro para beber com os amigos.
Satisfaça todos os seus desejos, principalmente o que diz respeito a bebidas caras.
Quando ele estiver caindo de bêbado, dê apoio total...
Quando se meter em alguma encrenca, dê esta desculpa: nunca consegui dominá-lo.
Depois de seguir todas essas regras, prepare-se para uma vida de desgosto. É o seu merecimento justo por você ter conseguido formar mais um alcoólatra para o mundo.

* * *


Cuidemos da nossa saúde e da dos nossos filhos. Aprendamos e ensinemos a não desperdiçar as bênçãos do corpo.
O corpo físico é um bendito talento que deve ser bem utilizado a fim de que possamos subir os degraus da evolução que perseguimos.
Respeitemos esse talento bendito que o Criador nos ofertou na terra.
Vivamos o nosso dia-a-dia com a visão de que somos os grandes responsáveis pelo estado geral de doença ou de saúde do nosso corpo físico.

Redação do Momento Espírita com base no cap. 29 do livro Para uso diário, pelo Espírito Joanes, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

ANSIEDADE

"(...) a ansiedade precede sempre a ação de cair (...)" 1
Ao ingressar o Princípio Inteligente no reino animal, está ele altamente enriquecido e apresenta registros das experiências vividas arquivadas nas formas do instinto que se refletem nas atitudes sem raciocínio uma vez que não sofreram ainda nenhum burilamento sob os eflúvios do raciocínio, do amor integral, características estas dos estágios mais avançados do ser.
Esse Princípio Inteligente, ao alcançar o reino hominal, mostrará estados emocionais angustiantes, vazio ainda de objetivos racionais, conscientes, planejamento, comparações, processos mentais mais elaborados que lhe permitiriam optar com maior aproximação da realidade.
Tal situação não trabalhada no decorrer das existências permanecem, somando-se a inúmeros outros conflitos não enfrentados e podem alcançar a zona consciente sob forma patológica.
"(...) as ansiedades armam muitos crimes e jamais edificam algo de útil na Terra (...)" 1
Desse modo, uma exteriorização que em pequeno grau representaria impulso evolutivo, passa a exteriorizar sintomas de receios, vendo em relação a tudo insucessos e dores, atemorizando-se, recuando diante da vida, sintomas esses que normalmente se prendem a causas psicológicas inconscientes, nas quais os impulsos se apresentam impetuosos, sem equilíbrio, desordenados.
Isso caracteriza o quanto o homem é carente de construções psicológicas sadias, constatação que leva a que se entenda porque o dinamismo espiritual reage de forma violenta, intranqüilizando o ser.
"(...) Invariavelmente, o homem precipitado conta com todas as probabilidades contra si (...)"1
No atual momento, a ansiedade se exterioriza carregada das mais variadas nuances, representada por um estado de tensão, aflições incontroláveis a se revelar como angústia, inquietude, insegurança, que levam o indivíduo a ter medo, manter-se apreensivo, como que aguardando irreversível infelicidade, reações essas que atingindo um ponto máximo, desembocam no pânico.
Os sintomas aparecem de maneira sutil, inexplicável. A insegurança vai se assenhoreando do mundo mental, em ângulo pessimista arrasador e que podem exteriorizar-se no corpo físico nas cefaléias, dificuldade para respirar, modificação da pressão arterial, suores, tremores, contrações musculares, enfim, sinais complexos, variáveis em cada indivíduo com tendência a fixar-se em algum órgão ou região do organismo.
Traduz-se ainda em agitação, dificuldade do sono, falta de ar, sensação de aperto e desconforto psicológico intenso, sentimento de culpa sem causa aparente, no qual o indivíduo questiona-se sem encontrar respostas. Apavorando-se, descrê de si, recua e sofre.
Tomar medicação de forma incontrolada e aleatória, é agir de modo irresponsável, sem lógica de profundidade. É necessário sim que, com o auxílio e acompanhamento especializado, se avalie o processo ansioso, os sintomas, as possíveis origens internas ou externas.
A medicação, se houver necessidade, só sob critério especializado, será útil, mas não será completa se o paciente não abrigar em si vontade de reencontrar-se, renovando hábitos a serem elaborados no Bem, nos valores maiores da Vida, nas certezas e confiança daquele que luta para superar-se. Empreender, portanto, realizações dentro de possibilidades pessoais nos fatores sócio-econômicos que lhe são possíveis, consciente, que na ação de distender limites, cada um convive com o programa que necessita e que a existência oferece a cada um a medida exata, para que na ação consciente se viva em paz.
"(...) se o homem nascesse para andar ansioso, seria dizer que veio ao mundo, não na categoria de trabalhador em tarefa santificante, mas por desesperado sem remissão (...)" (1)
Pelo estudado, percebemos haver reações ansiosas de fundo espiritual e que ao despertar na zona consciente, constituem-se com características de difícil remoção, uma vez que refletem bagagem negativa a aguardar respostas, trabalhos construtivos a serem dinamizados pelo próprio ser, na reconstrução íntima.
Reações ansiosas superficiais, situações dessa atual existência, configurar-se-iam como de mais fácil remoção, uma vez que seriam as respostas emocionais diante dos fatos cotidianos causados pela sobrecarga dos conflitos econômicos ou sócio-familiares.
Desperto, surgida a situação sendo ela trabalhada, não é absorvida pelo psiquismo de profundidade, não se implantando na alma sinais negativos devido a reação da estruturação dos novos valores.
Por não haver esse despertamento para trabalhar cada situação, de posicionar conscientemente diante dos desafios do existir, o processo ansioso passa a fazer parte da estrutura dinâmica do Espírito como condição inerente, em tonalidades mais ou menos agravadas.
"(...) Opondo-se as inquietações angustiosas, falam as lições de paciência da Natureza, em todos os setores do caminho humano (...)" (1)
Ressalte-se que, ansiedade em pequeno grau, configurando-se como anseio, desejo, aspiração, planejamentos em sonhos e metas a alcançar, é necessária ao impulso das realizações. Responde por fator construtivo com reflexos dinâmicos no desempenho individual.
Há, portanto, que se estar atento, consciente para identificar de que modo se apresenta, de onde provém, porque se está ansioso: a origem é de estruturas espirituais inconscientes, isto é, não identifico causa real imediata próxima ou passada ou é fruto dos fatores de superfície, fruto dos atritos normais do dia-a-dia.
Estar atento às variantes de uma profunda tristeza, tédio, inibição ao entusiasmo, exaltação repentina à alegria, variações, alternâncias bruscas inconstância na forma de sentir e ser, lembrando que agora, na faixa hominal em que vige plenamente a responsabilidade, cada qual passa a ser o artífice, o construtor do próprio destino, libertando-se ou não. Os desafios existem para isso, com essa função.

Bibliografia:

1. XAVIER, Francisco C. – pelo Espírito Emmanuel – Pão Nosso – FEB – Rio de Janeiro – RJ – 6ª ed. 1979 – lição 8 – pág. 27-28.

Subsídios:

ANDRÉA, Jorge – Dinâmica PSI – F.V. Lorenz Editora Petrópolis – RJ – 2ª ed. 1990 – pág. 112.

Leda Marques Bighetti de Ribeirão Preto, SP

http://br.geocities.com/luz_espirita/Ansiedade.doc

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

UMA QUESTÃO DE ATITUDE

A diferença entre os países pobres e os ricos não é a idade do país. Isto pode ser demonstrado por países como Índia e Egito, que tem mais de 2000 anos e são pobres.
Por outro lado, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, que há 150 anos eram inexpressivos, hoje são países desenvolvidos e ricos.
A diferença entre países pobres e ricos também não reside nos recursos naturais disponíveis.
O Japão possui um território limitado, 80% montanhoso, inadequado para a agricultura e a criação de gado. Mas é a segunda economia mundial.
O país é como uma imensa fábrica flutuante, importando matéria–prima do mundo todo e exportando produtos manufaturados.
Outro exemplo é a Suíça, que não planta cacau mas tem o melhor chocolate do mundo.
Em seu pequeno território, cria animais e cultiva o solo durante apenas quatro meses no ano. Não obstante, fabrica laticínios da melhor qualidade.
É um país pequeno que passa uma imagem de segurança, ordem e trabalho, o que o transformou no caixa forte do mundo.
Executivos de países ricos que se relacionam com seus pares de países pobres mostram que não há diferença intelectual significativa.
A raça ou a cor da pele, também não são importantes: imigrantes rotulados de preguiçosos em seus países de origem são a força produtiva de países europeus ricos.
Qual será então a diferença?
A diferença é a atitude das pessoas, moldada ao longo dos anos pela educação e pela cultura.
Ao analisarmos a conduta das pessoas nos países ricos e desenvolvidos, constatamos que a grande maioria segue os seguintes princípios de vida:
A ética, como princípio básico. A integridade. A responsabilidade. O respeito às leis e regulamentos. O respeito pelo direito dos demais cidadãos. O amor ao trabalho. O esforço pela poupança e pelo investimento. O desejo de superação. A pontualidade.
Nos países pobres, apenas uma minoria segue esses princípios básicos em sua vida diária.
Não somos pobres porque nos faltam recursos naturais ou porque a natureza foi cruel conosco.
Somos pobres porque nos falta atitude. Falta-nos vontade para cumprir e ensinar esses princípios de funcionamento das sociedades ricas e desenvolvidas.
Está em nossas mãos tornar o nosso país um lugar melhor para viver.
Deus já nos deu um clima tropical, belezas naturais em abundância, um solo rico e uma imensa criatividade.
Basta somente que acionemos os nossos esforços para colocar em prática os itens relacionados.
Por isso, comece cumprindo todos os seus deveres, com pontualidade e zelo.
Trabalhe com entusiasmo, vencendo as horas.
Conheça e respeite as leis, não as utilizando para usufruir vantagens pessoais.
Cuide do patrimônio público, consciente de que o que mantém o município, o estado e o país somos nós.
Quando se destroem ônibus, quando se picham monumentos públicos, quando se roubam livros nas bibliotecas públicas, lembremos que somos nós que pagamos a conta.
São os nossos impostos que mantêm a cidade limpa, as praças em condições de serem usufruídas pelos nossos filhos, as escolas e os hospitais funcionando.
Também não esqueçamos que os homens públicos, do vereador de nossa cidade ao presidente da república estão a nosso serviço.
Contudo, e muito importante, lembremos que somos exatamente nós os que devemos ter olhos e ouvidos atentos à administração pública, cobrando resultados, sim, mas colaborando, eficazmente. Porque ninguém consegue fazer nada sozinho.
Mas, uma nação unida vence a fome, a guerra, as condições adversas.
Nós precisamos vencer o descaso e investir na educação individual, objetivando um cidadão consciente e atuante. E a educação inicia, em princípio, em nós mesmos.

É assim que  o Brasil será melhor: quando nós quisermos! 

Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em texto de autor ignorado.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

QUANDO A BONDADE SE EXPRESSA

O rapaz estava desempregado. Fora despejado e dormia no carro. Carro, aliás, que ele não tinha, sequer, dinheiro para colocar combustível.
Chegou o dia em que estava com fome. Sem dinheiro para comprar alguma coisa, desesperou-se.
Noite fria, estômago reclamando, entrou numa lanchonete. Como não sabia quando seria sua próxima refeição, comeu a mais não poder.
Quando chegou a hora de pagar, fingiu que tinha perdido sua carteira.
Fez um barulho enorme e começou a procurá-la por todo lugar. Virou a lanchonete de cabeça para baixo.
De trás do balcão o cozinheiro, que era também o dono do lugar, saiu e foi até onde estava o rapaz.
Abaixou-se, fingindo que apanhava alguma coisa do chão, e entregou ao moço cem reais, dizendo-lhe:
“Acho que você deixou cair quando entrou.”
O rapaz ficou mais confuso ainda, mas pagou a conta e saiu rapidinho.
“E se o dono do dinheiro aparecer?” – ele se perguntava, andando pela rua.
Até que se deu conta que, na verdade, o dono da lanchonete fingira achar o dinheiro.
Colocou gasolina no carro e rodou para outra cidade. Enquanto dirigia, agradecia a Deus o gesto daquele piedoso desconhecido.
E prometeu que, se sua vida viesse a melhorar, faria aos outros o que aquele homem fizera por ele.
O tempo passou. Ele teve fracassos, reveses. Até que, afinal, as dores da pobreza passaram.
Foi então que decidiu que era hora de honrar a promessa e cumprir o voto feito naquela noite escura de inverno.
Pelos anos seguintes, ele iniciou sua jornada de doações. Queria dar, mas não queria que as pessoas o agradecessem.
Começou a identificar pessoas realmente necessitadas. Assim, a família de um garoto de 14 anos, que sofria de leucemia, encontrou uma boa soma de dinheiro em sua caixa de correio.
Uma viúva, com sete crianças e dois netos, foi surpreendida com várias notas, colocadas embaixo de sua porta.
Um jovem que precisava de um transplante de pulmão respirou aliviado, quando em sua conta apareceu a expressiva soma que precisava para a cirurgia.
Ele pagou aluguel, prestações de carro, contas de mercado, sempre sem aviso e sem ficar por perto para elogios.
A sua alegria era a expressão no rosto das pessoas beneficiadas.
Agora só faltava agradecer a quem o socorreu, quando precisou.
Procurou pelo dono da lanchonete, durante quase um ano. O local conhecido estava fechado.
Arranjou um encontro, dizendo-se historiador e que desejava fazer uma matéria sobre pessoas antigas daquela localidade.
Chegou carregado de presentes, além de avultada quantia em dinheiro. Ao se deparar com o seu benfeitor de outrora, disse-lhe:
“Eu sou aquele sujeito que você ajudou, 29 anos atrás. Você mudou a minha vida, naquela noite.”
O ex-dono da lanchonete, agora aposentado, com 81 anos de idade, chorou, tamanha emoção, ao lado da sua esposa, agora gravemente doente, lutando contra um câncer e o mal de Alzheimer.
Por causa da situação, estava atolado em contas hospitalares. O dinheiro fora mandado por Deus.
Para o antigo beneficiado era um simples gesto de gratidão. Para aquele idoso o dinheiro era o acenar de um novo tempo, sem provações.

* * *


Fomos criados para amar.
E importar-se com os outros é caminho para a felicidade.
Assim, sempre que possível espalhe bondade ao seu redor. O mundo em que vivemos depende dela.

Equipe de Redação do Momento Espírita com base no cap. O princípio do altruísmo, do livro Muito além da coragem, de Chris Benghue, ed. Butterfly.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

CARGA INÚTIL

Certo dia, um professor atento ao comportamento dos seus alunos observou que poderia ajudá-los a resolver alguns problemas de cunho íntimo, e propôs uma atividade.
Pediu a todos que levassem uma sacola e algumas pedras, de vários tamanhos e formas para a próxima aula.
No dia seguinte, orientou que cada um escolhesse uma pedra e escrevesse nela o nome de cada pessoa de quem sentiam mágoa, inveja, rancor, ou ciúme. A pedra deveria ser escolhida conforme o tamanho do sentimento.
Depois que todos haviam terminado a tarefa, o professor pediu que colocassem as pedras na sacola e a carregassem junto ao corpo para todos os lugares onde fossem, dia e noite.
Se alguma pessoa viesse a lhes causar sofrimento ainda intenso, eles poderiam substituir a pedra por uma maior. E se uma nova pessoa os magoasse, deveriam escolher uma nova pedra, escrever o nome dela e colocar na sacola.
E quem resolvesse o problema com algumas das pessoas cujos nomes haviam escrito nas pedras, poderiam retirar a pedra e lançá-la fora.
Assim foi feito. Algumas sacolas ficaram cheias e pesadas, mas ninguém reclamou.
Naturalmente, com o passar dos dias, o conteúdo das sacolas aumentou em vez de diminuir.
O incômodo de carregar aquele peso se tornava cada vez mais evidente.
Com o passar dos dias os alunos começaram a mostrar descontentamento. Afinal de contas, estavam sendo privados de muitos movimentos, pois as pedras pesavam, e alguns ferimentos surgiram, provocados pelas saliências de algumas pedras.
Para não esquecer a sacola em nenhum lugar, os alunos deixavam de prestar atenção em outras coisas que eram importantes para eles.
Passado algum tempo, os alunos pediram uma reunião com o professor e falaram que não dava mais para continuar a experiência, pois estavam cansados de carregar aquele peso morto, e alguns ferimentos incomodavam.
O professor, que já aguardava pelo momento, falou-lhes com sabedoria: essa experiência foi criada para lhes mostrar o tamanho do peso espiritual que a mágoa, a inveja, o rancor ou o ciúme, ocasionam.
Quem mantém esses sentimentos no coração, perde precioso tempo na vida, deixa de prestar atenção em fatos importantes, além de provocar enfermidades como conseqüência.
Esse é o preço que se paga todos os dias para manter a dor e os sentimentos negativos que desejamos guardar conosco.
Agora a escolha é sua. Vocês têm duas opções: jogam fora as pedras ou continuam a mantê-las diariamente, desperdiçando forças para carregá-las.
Se vocês optarem pela paz íntima terão que se livrar desses sentimentos negativos.
Um a um, os alunos foram se desfazendo das pesadas sacolas, e todos foram unânimes em admitir que estavam se sentindo mais leves, em todos os sentidos.
A proposta era de deixar com as pedras os ressentimentos que cada uma delas representava. E isso dava a cada um a sensação de alívio.
Por fim todos se abraçaram e confessaram que naquele gesto simples descobriram que não vale a pena perder tempo e saúde carregando um fardo inútil e prejudicial. 

* * *

 
Seja qual for a dificuldade que te impulsione à mágoa, reage, mediante a renovação de propósitos, não valorizando ofensas nem considerando ofensores.

Equipe de Redação do Momento Espírita, adaptação de história de autoria desconhecida e pensamento do livro Repositório de Sabedoria, verbete: Mágoa.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

BRASIL DE TODOS NÓS

Há de chegar um tempo em que o Brasil de todos nós será um país de paz.
Um país onde não haja a miséria de recursos amoedados, nem a ignorância das letras.
Onde todos trabalhem e haja trabalho para todos. Os que não necessitem dos valores salariais, trabalhem pelo bem geral, em voluntariado de amor.
Há de chegar um tempo em que derrubaremos os muros dos quintais, não mais cultivando o medo. E abraçaremos o vizinho como um irmão.
Um tempo onde as crianças voltem a correr pelos parques, nos dias de sol. Crianças que possam ir e vir das escolas, sozinhas ou em grupos, enchendo as ruas de risos, corridas, alegria.
Ah, Brasil, como te desejo grande! Maior do que teu território. Um Brasil sem fronteiras internas, onde os filhos do Norte e os do Sul falem a mesma linguagem, a do bem.
Onde os sotaques, os regionalismos sejam preservados, como essa diversidade sadia, característica do grande mundo de Deus.
Mas onde o idioma único seja o da fraternidade. Irmãos do Leste e do Oeste trabalhando pela mesma grandeza da nação.
Haverá de chegar um tempo, que pode ser já, se você e eu começarmos hoje a estender a mão ao vizinho e o saudar com um Bom dia, amigo!
Um tempo em que os estádios ficarão lotados com pessoas cujo objetivo é assistir um bom jogo de futebol. Um jogo onde o importante não será quem leve a taça, mas aquele que demonstre a mais apurada técnica, a melhor habilidade e a mais fina ética.
Um tempo em que as salas de teatro se abram para todos, crianças, jovens, adultos, idosos para assistir o drama e a tragédia em elaboradas peças. Assistir o cômico, rindo com prazer.
Também para ouvir a música dos imortais, o cancioneiro popular, as baladas do coração.
Haverá de chegar um tempo em que música também se ouvirá nas praças, nos parques, nas estações de trem, nos terminais de ônibus.
Então, em vez de ansiedade e preocupação, a alma se extasiará com a harmonia das notas, em escalas crescentes e decrescentes, com as melodias compostas com a mais delicada sensibilidade.
Quisera que esse dia chegasse logo para não mais ver lágrimas de mães pranteando filhos prisioneiros, mas sim deixando escorrer o pranto da emoção pelas conquistas dos seus rebentos.
Quisera que esse dia chegasse logo para ver mais sorrisos e menos dores; mais justiça e menos demagogia.
Quisera que esse dia chegasse logo para, no Dia da Pátria, contemplar com emoção o pavilhão nacional tremular ao vento, mostrando suas cores, com especial destaque para o branco da paz.
E, então, cantar o Hino Pátrio com todo vigor:

Terra adorada, entre outras mil,
És tu, Brasil, ó pátria amada!
Dos filhos deste solo, és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!

Redação do Momento Espírita.

domingo, 5 de setembro de 2010

A FOME MAIOR

Uma grande mobilização existe em nosso país, e no mundo, com o intuito de acabar com a fome.
Fala-se a todo momento em fome zero. Todos se mobilizam no ideal de saciar a fome dos corpos. Ação mais do que justa.
O assunto, contudo, não é novo. O problema da fome sempre rondou a humanidade, em épocas variadas.
Na obra Plenitud, de autoria de Amado Nervo, existe um capítulo intitulado “Todos têm fome” e que comenta, mais ou menos o seguinte: “neste orbe, todos têm fome: fome de pão, fome de luz, fome de paz, fome de amor.
Este é o mundo dos famintos. A fome de pão, melodramática e ruidosa, é a que mais comove, porém não é a mais digna de comiseração.
Existe a fome de amor. Muitos desejam ser amados, ter alguém que os queira e passam pela vida sem ninguém que lhes conceda uma migalha de carinho.
Há os famintos de luz. Espíritos que anseiam por conhecimentos e não conseguem ter a sua fome atendida.
Finalmente, a fome de paz que atormenta a quantos trazem os pés e o coração a sangrar.”
Muita sabedoria encerra  esta página. A fome do corpo é uma só. Mas a fome do espírito apresenta várias faces, cada uma de efeitos mais alarmantes.
A fome de pão atinge somente o indivíduo. Não contamina a terceiros. As outras espécies de fome generalizam suas conseqüências e comprometem a coletividade.
A fome de amor, de luz e de paz fomenta muitas tragédias.
Quem não se sente amado, quem não tem luz e nem paz é a criatura que se torna manchete como promotora de crimes terríveis.
O crime, nos seus aspectos mais variados, resulta de uma falha moral, de um nível baixo de espiritualidade, de um desequilíbrio psíquico.
A grande solução está na educação convenientemente compreendida e ministrada. Educação que se volta para o ser espiritual.
Desta forma, a humanidade encontrará a sua solução na educação.
Educar a criança é semear o bom grão. É preparar uma nova sociedade. É criar um mundo novo onde habitará a justiça.
Um mundo onde reinará a solidariedade, garantindo o pão para todos.
Um mundo de fraternidade que a todos oferecerá ensejo de revelar suas capacidades.
É tempo de investir na transformação do indivíduo. É tempo de deixar de permanecer alheios ao processo cuja eficácia é indiscutível na melhoria individual e social: a educação.
Cabe-nos, assim, o engajamento nessa luta contra a fome.
Voltemos nossa atenção para a escola. Eduquemos a criança no lar, desde pequena.
Naturalmente, é um projeto à longo prazo. Trata-se do preparo e cultivo do solo que, após os devidos cuidados, produzirá frutos de acordo com a sementeira feita.

Pense nisso!
Para atender a fome do corpo, basta um pedaço de pão.
Para atender a fome generalizada do ser humano, necessária se faz a luz da razão, que espanca as sombras de quem avança em sofrimento ou limitação.
E educação é o desenvolvimento harmônico de todas as faculdades do espírito, para que este se torne luz, adquira paz e exercite o amor.

 

Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no cap. 25 do livro O Mestre na Educação, de autoria de Pedro de Camargo, Ed. FEB.

sábado, 4 de setembro de 2010

A PARÁBOLA DA ROSA

Certa vez, um homem plantou uma roseira e passou a regá-la constantemente.
Assim que ela soltou seu primeiro botão que em breve desabrocharia, o homem notou espinhos sobre o talo e pensou consigo mesmo:
"Como pode uma flor tão bela vir de uma planta rodeada de espinhos?"
Entristecido com o fato, ele se recusou a regar a roseira e, antes mesmo de estar pronta para desabrochar a rosa morreu. 
Isso acontece com muitos de nós com relação à nossa semeadura.
Plantamos um sonho e, quando surgem as primeiras dificuldades, abandonamos a lavoura.
Fazemos planos de felicidade, desejamos colher flores perfumadas e, quando percebemos os desafios que se apresentam, logo desistimos e o nosso sonho não se realiza.
Os espinhos são exatamente os desafios que se apresentam para que possamos superá-los.
Se encontramos pedras no caminho é para que aprendamos a retirá-las e, dessa forma, nossos músculos se tornem mais fortes.
Não há como chegar ao topo da montanha sem passar pelos obstáculos naturais da caminhada. E o mérito está justamente na superação desses obstáculos.
O que geralmente ocorre é que não prestamos muita atenção na forma de realizar nossos objetivos e, por isso, desistimos com facilidade e até justificamos o fracasso lançando a culpa em alguém ou em alguma coisa.
O importante é que tenhamos sempre em mente que se desejamos colher flores, temos que preparar o solo, selecionar cuidadosamente as sementes, plantá-las, regá-las sistematicamente e, só depois, colher.
Se esperamos colher antes do tempo necessário, então a decepção surgirá.
Se temos um projeto de felicidade, é preciso investir nele. E considerar também a possibilidade de mudanças na estratégia.
Se, por exemplo, desejamos um emprego estável, duradouro, e não estamos conseguindo, talvez tenhamos que rever a nossa competência e nossa disposição de aprender.
Não adianta jogar a culpa nos governantes nem na sociedade, é preciso, antes de tudo, fazer uma avaliação das nossas possibilidades pessoais.
Se desejamos uma relação afetiva duradoura, estável, tranqüila, e não conseguimos, talvez seja preciso analisar ou reavaliar nossa forma de amar.
Quando os espinhos de uma relação aparecem, é hora de pensar numa estratégia diferente, ao invés de culpar homens e mulheres ou a agitação da vida moderna, ou simplesmente deixar a rosa do afeto morrer de sede.
Há pessoas que, como o homem que deixou a roseira morrer, deixam seus sonhos agonizarem por falta de cuidados ou diminuem o seu tamanho. Vão se contentando com pouco na esperança de sofrer menos.
Mas o ideal é estabelecer um objetivo e investir esforços para concretizá-lo.
Se no percurso aparecer alguns espinhos, é que estamos sendo desafiados a superar, e jamais a desistir. 

* * * 

Quem deseja aspirar o perfume das rosas, terá que aprender a lidar com os espinhos.
Quem quer trilhar por estradas limpas, terá que se curvar para retirar as pedras e outros obstáculos que surjam pela frente.
Quem pretende saborear a doçura do mel, precisa superar eventuais ferroadas das fabricantes, as abelhas.
Por tudo isso, não deixe que nenhum obstáculo impeça a sua marcha para a conquista de dias melhores.

Equipe Momento Espírita

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Veículo poderoso

Veículo poderoso é a palavra que reflete, de forma segura, o nível moral em que nos encontramos.
Com a palavra se propagam as boas obras e se acende a esperança. Pode-se fortalecer a fé vacilante e sustentar-se a paz. Também serve para alimentar o vício e a delinquência.
Falando, o professor eleva a mente dos seus aprendizes às culminâncias do saber. Usando do verbo, o malfeitor arroja muitos para o fosso do crime.
Conversando, a mãe educa o filho, apontando-lhe os caminhos da honra e do dever.
Usando da palavra, maus líderes conduzem os povos às guerras cruentas, permitindo que a boca escancarada da morte ceife vidas preciosas.
Bons governantes, preocupados com os seus comandados, sua responsabilidade, elaboram discursos de paz e se esforçam por concedê-la.
Jesus falou e o Evangelho surgiu como a Boa Nova que todos aguardavam, sofridos e desalentados.
Antes Dele, a fim de preparar os caminhos, uma voz se ergueu desde o deserto até as margens do rio Jordão, pregando um novo tempo.
Um tempo em que as veredas do Senhor seriam aplainadas e os homens poderiam ouvir o doce cântico de um Rabi.
Nas tardes quentes, nas noites amenas, Jesus serviu-Se da palavra para ensinar as verdades do Pai que está nos céus, para manifestar a Sua vontade generosa e curar enfermos.
Com Seu verbo, salvou da morte por apedrejamento uma mulher que se equivocara, esquecendo dos seus deveres de esposa. E a outra ofereceu a água viva que mata a sede de saber espiritual.
Serviu-Se da palavra e pediu perdão ao Pai para os que O crucificaram e com a palavra da fé entregou-Se a Deus.
O apóstolo Paulo, pela palavra consciente e esclarecedora, levou as boas novas do Reino de Deus a muitos lugares.
De tal forma deixava-se inflamar pela inspiração dos céus, que seu verbo convertia multidões. Tão bem se expressava e com tal fervor que chegaram a confundi-lo com o próprio Deus.
Gandhi serviu-se da palavra para convidar a todos os seus irmãos da Índia a se unirem pelo mesmo ideal. Martin Luther King Jr. discursou em nome da paz, desejando que brancos e negros se sentissem irmãos.
Quando a guerra civil devastava o solo americano, o Presidente Lincoln usou da palavra de bom ânimo para levantar a moral dos soldados abatidos pelas derrotas e pelo abandono que acreditavam sofrer.
O verbo é sempre a manifestação da inteligência sadia ou enferma. É a base da escrita.
E, toda vez que utilizamos a palavra, semeamos bênçãos ou espalhamos tempestades.
Desse modo, ainda que trevas e espinheiros se alonguem junto a nós, governemos a emoção, e pronunciemos sempre a palavra que instrua ou console, que ajude ou santifique.
Mesmo que a provocação do mal nos convide à desordem, a condenar e a ferir, abençoemos a vida, onde estivermos.
Aprendamos a calar toda frase que destrua porque toda palavra que agride é moeda falsa no tesouro do coração.

*   *   *


Existem três coisas que não têm volta: a flecha lançada, a palavra falada e a oportunidade perdida. Uma vez que a palavra é pronunciada, não há maneira de fazer com que ela retorne.
Lembremo-nos de que uma vez dita a palavra, ela foge ao nosso controle.
Pensemos bem antes de falar, porque mesmo que não possamos fazer com que a palavra volte, teremos que responder por ela.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. Palavra,

do livro Seara dos médiuns, pelo Espírito Emmanuel, psicografia

de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb e no cap. 14, do livro

A carta de Tiago, de L. Palhano Jr., ed. Fráter.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

A PAZ COMEÇA EM NOSSA INTIMIDADE

 

A senhora Ann Grace, moradora de uma pequena cidade Norte Americana conta que durante muitos anos costumava ver os meninos da vizinhança a brincar de soldado e bandido. Brincar de guerra, como muitos garotos costumam fazer nos dias de hoje.

Ela teve a oportunidade de ver aquela geração crescer e ir para a Guerra. E as vozes e gritos de comando, que antes eram de brincadeira, tornaram-se para eles uma sangrenta realidade. Agora o "você está ferido! Renda-se!" Era para valer.

Mas, certo dia, quando alguns garotos invadiram o seu jardim, perseguindo outros, com suas metralhadoras de imitação, a Sra. Ann Grace, já com 68 anos de idade, chamou-os para junto de si.

E quando todos os meninos se reuniram ao seu redor, ela lhes falou da guerra, dos armamentos, da loucura de derramar sangue humano.

Exaltou, depois, a paz e suas excelentes vantagens. Convenceu-os, por fim, a abandonar as armas de brinquedo e se servirem dos instrumentos esportivos e bolas que ela havia comprado para eles.

No dia seguinte fizeram uma proclamação, assinada pela Sra. Ann e todos os garotos seus conhecidos. O documento dizia o seguinte:

"A paz começa em nossa rua. O mundo em que vivemos seria bem melhor sem armas e com mais justiça e amor."

E o pequeno pacto foi concluído por meio de uma fogueira feita com as armas e munições de brincadeira.

Contemplando, com satisfação, o seu grupo de ex-soldados e bandidos, a veneranda senhora exclamou mais uma vez:

"A paz começa em nossa rua."

Parafraseando a Sra. Ann Grace, diríamos que a paz começa em nossa intimidade. Somente depois ela invade o lar, sai para as ruas, se espalha pela cidade e ganha o mundo.

A própria Sra. Grace foi um exemplo disso. Se ela não tivesse sentido na alma a necessidade da paz, não teria proposto o desarmamento aos garotos.

Nos dias atuais, se todos os adultos tomassem uma sábia decisão como a da Sra. Grace, certamente o futuro da humanidade mudaria o seu rumo.

Mas, para isso, é preciso entender que é loucura derramar sangue humano e compreender as excelentes vantagens de se viver em paz.

E essa paz não é apenas a ausência de guerras, mas a paz no seu mais abrangente sentido.

 

* * *

 

Em nome da paz "espalhe amor onde quer que você vá".

Primeiro de tudo em seu próprio lar, aos seus filhos e demais familiares.

Depois, ao seu vizinho de porta e aos outros moradores da sua rua.

Não deixe ninguém vir a você sem partir melhor ou mais feliz com a paz que você lhe emprestou.

Seja a expressão viva da bondade de Deus: bondade em sua face, em seus olhos, em seu sorriso, bondade em seu caloroso cumprimento.

Essa é uma ótima receita para se conquistar a paz efetiva.

 

 

Equipe de Redação do Momento Espírita, história adaptada da revista Seleções do Reader's Digest, de março/1947 e de conselhos da Madre Tereza de Calcutá.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A primeira pedra

Reflitamos sobre este costume humano de apontar faltas, defeitos, problemas, no outro.
Julgamos sempre.
Na maioria das vezes, ainda, com uma severidade desproporcional – dessa que não desejaríamos para conosco de forma alguma.
Somos demasiadamente cruéis em nossos julgares, pois raramente analisamos a situação com cuidado. Raramente consideramos atenuantes e quase nunca somos imparciais.
Recordamos os acusadores da mulher adúltera, na conhecida passagem evangélica.
O julgamento foi sumário. A lei humana, na pobreza de achar que a punição pela morte seria a solução, condenou aquela mulher ao apedrejamento em praça pública.
Assim, achamo-nos no direito de apedrejar.
Enchemo-nos de razão e raiva, carregamos as mãos das melhores pedras, e apontamos para o criminoso.
Mas, quem de nós não está criminoso? – Poderíamos inquirir, inspirados pela pergunta feita por Jesus naquela feita.
Dizemos não está ao invés de não é, pelo simples fato de que ninguém está fadado ao mal, ninguém foi feito criminoso. É um estado temporário no erro.
Quem de nós não está criminoso?
Esta proposta – que é de Jesus - não isenta a pessoa de assumir a responsabilidade sobre seus atos.
Ela apenas ajuda a controlar nossa crueldade, num primeiro momento, e depois, auxilia no reconhecimento de nossas próprias falhas.
A lição do Atire a primeira pedra aquele que não se encontra em pecado é um exercício de tolerância e de autoconhecimento também.
Evita-se a condenação cruel, intolerante, e, logo após, se promove uma reflexão íntima, buscando cada um as suas próprias dificuldades a vencer.
Todos estamos inseridos neste processo de erros e acertos. Todos fazemos parte dos mecanismos da Lei de Progresso que nos impulsiona para frente.
Perdoar, compreender os erros alheios, não é promover a impunidade – de maneira nenhuma. A Lei Divina sempre irá cobrar Seus devedores.
Tolerar significa estender as mãos de amor a quem precisa de amparo, de orientação.

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Quando nos detemos nos defeitos e faltas dos outros, o espelho de nossa mente reflete-os, de imediato, como que absorvendo as imagens deprimentes de que se constituem.
Põe-se nossa imaginação a digerir essa espécie de alimento, que mais tarde se incorpora aos tecidos sutis de nossa alma.
Com o decurso do tempo nossa alma não raro passa a exprimir, pelo seu veículo de manifestação, o que assimilara, fazendo-o, seja pelo corpo carnal, entre os homens, seja pelo corpo espiritual de que nos servimos, depois da morte.
É por essa razão que geralmente os censores do procedimento alheio acabam praticando as mesmas ações que condenam no próximo.
Interessados em descer às minúcias do mal, absorvem-lhe inconscientemente as emanações, surpreendendo-se, um dia, dominados pelas forças que o representam.
Estejamos, assim procurando incessantemente o bem, ajudando, aprendendo, servindo, desculpando e amando, porque, nessa atitude, refletiremos os cultivadores da luz...

Redação do Momento Espírita com base no cap. 8 do

livro Pensamento e vida, pelo Espírito Emmanuel,

psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.