quarta-feira, 28 de agosto de 2013

EMOÇÃO E INSTINTO



A preponderância do lado emocional em nossas ações, em detrimento da razão pode nos levar a vivenciar dissabores terríveis.
É certo que diante de algumas situações, respondemos instantaneamente às circunstancias que nos cercam. Dominar as emoções é muito difícil. Entretanto, nossa trajetória evolutiva demonstra que da idade da pedra lascada para os dias atuais já realizamos algum progresso.
Na idade da pedra lascada os instintos, principalmente o de sobrevivência e reprodução, eram preponderantes, a palavra articulada ainda não fora desenvolvida. Comunicavamo-nos através de sons indecifráveis. Uma das formas rudimentares de comunicação era a pintura rupestre, eramos nômades.
Já no período mesolítico o homem deu passos importante para o seu progresso, o domínio do fogo e a domesticação de animais foram fundamentais para a evolução humana.
Na idade da pedra polida a criação de animais e o desenvolvimento da agricultura, deram-lhe o impulso necessário para a sedentarização, ou seja, o homem fixou moradia e com isso, as primeiras comunidades surgiram.
Iniciamos nesse período a vida em sociedade.
Citamos essas épocas, pois embora para muitos não pareça, o homem vem progredindo, a muito custo luta por desenvolver os sentimentos nobres.
Na idade da pedra lascada, o instinto era preponderante.
Nas idades subsequentes observamos a criatura humana desenvolvendo seu lado inteligente, burilando suas emoções sempre através do sofrimento.
Embora a violência esteja exacerbada nos dias atuais, não é  em todos os países que ela acontece da maneira que acontece no nosso. É preciso analisar cada sociedade, pois ela é o reflexo de cada um de seus habitantes, de seus valores culturais e morais.
Somos a sociedade, e é preciso que façamos a nossa parte para a reforma da humanidade. Na hora em que a vida nos apresentar os desafios gerados pela vida moderna, é importante que dominemos as emoções e o instinto de reação.
Não existe receita magica, a luta é de cada um, é um caminho que devemos percorrer intimamente; vencendo a nós próprios, quando formos desafiados pelas circunstancias da vida.
Algumas emoções e reação instintiva muitas vezes nos impedem de discernir. Certas pessoas sempre têm um discurso apocalíptico, afirmando que o mundo esta acabando; discordamos frontalmente, pois o mundo já acabou, para aqueles que não têm coragem de iniciar dentro de si mesmos a construção de um mundo melhor.
Na hora da reação é melhor pensar: “Sou eu que estou agindo? Ou estou reagindo às ações alheias?”
Emocionar-se sim, discernimento sempre.


Algemas Invisíveis – Adeilson Salles – Editora CEA