A preponderância do
lado emocional em nossas ações, em detrimento da razão pode nos levar a
vivenciar dissabores terríveis.
É certo que diante de
algumas situações, respondemos instantaneamente às circunstancias que nos
cercam. Dominar as emoções é muito difícil. Entretanto, nossa trajetória
evolutiva demonstra que da idade da pedra lascada para os dias atuais já
realizamos algum progresso.
Na idade da pedra
lascada os instintos, principalmente o de sobrevivência e reprodução, eram
preponderantes, a palavra articulada ainda não fora desenvolvida.
Comunicavamo-nos através de sons indecifráveis. Uma das formas rudimentares de
comunicação era a pintura rupestre, eramos nômades.
Já no período
mesolítico o homem deu passos importante para o seu progresso, o domínio do
fogo e a domesticação de animais foram fundamentais para a evolução humana.
Na idade da pedra
polida a criação de animais e o desenvolvimento da agricultura, deram-lhe o impulso
necessário para a sedentarização, ou seja, o homem fixou moradia e com isso, as
primeiras comunidades surgiram.
Iniciamos nesse
período a vida em sociedade.
Citamos essas épocas,
pois embora para muitos não pareça, o homem vem progredindo, a muito custo luta
por desenvolver os sentimentos nobres.
Na idade da pedra
lascada, o instinto era preponderante.
Nas idades
subsequentes observamos a criatura humana desenvolvendo seu lado inteligente,
burilando suas emoções sempre através do sofrimento.
Embora a violência
esteja exacerbada nos dias atuais, não é
em todos os países que ela acontece da maneira que acontece no nosso. É
preciso analisar cada sociedade, pois ela é o reflexo de cada um de seus
habitantes, de seus valores culturais e morais.
Somos a sociedade, e
é preciso que façamos a nossa parte para a reforma da humanidade. Na hora em
que a vida nos apresentar os desafios gerados pela vida moderna, é importante
que dominemos as emoções e o instinto de reação.
Não existe receita
magica, a luta é de cada um, é um caminho que devemos percorrer intimamente;
vencendo a nós próprios, quando formos desafiados pelas circunstancias da vida.
Algumas emoções e
reação instintiva muitas vezes nos impedem de discernir. Certas pessoas sempre
têm um discurso apocalíptico, afirmando que o mundo esta acabando; discordamos
frontalmente, pois o mundo já acabou, para aqueles que não têm coragem de
iniciar dentro de si mesmos a construção de um mundo melhor.
Na hora da reação é
melhor pensar: “Sou eu que estou agindo? Ou estou reagindo às ações alheias?”
Emocionar-se sim,
discernimento sempre.
Algemas
Invisíveis – Adeilson Salles – Editora CEA