Possivelmente não terás pensado ainda no
verbo formoso e grave a que todos somos chamados: criar para o progresso.
O Criador, ao dotar-nos de razão, a nós,
criaturas, conferiu-nos o poder de imaginar, promover, originar, produzir.
Referimo-nos, frequentemente, à lei de
causa e efeito. Sabemos que ela funciona em termos de exatidão. Utilizamo-la,
quase sempre, tão-só para justificar sofrimentos, esquecendo-lhe a
possibilidade de estabelecer alegrias.
Causamos isso ou aquilo, geramos
acontecimentos determinados. Experimentemos essa força que nos é peculiar, na
formação de circunstâncias favoráveis aos homens.
Antes do comboio a vapor, a eletricidade
já existia. Os transportes arrastavam-se pela tração, mas foi preciso que
alguém desejasse criar na Terra a locomotiva, que se converteu a pouco e pouco
no trem elétrico, a fim de que a Civilização aprimorasse os sistemas de
condução que prosseguem para mais altas expressões evolutivas.
O firmamento era vasculhado pelos olhos
humanos há milênios, mas foi necessário que um astrônomo levantasse lentes,
para que os povos recolhessem as preciosas informações do Universo, que já
havia antes deles.
O princípio é idêntico para a vida
moral.
Precisamos hoje e em toda parte dos
criadores de harmonia doméstica e social, dos desenhistas de pensamentos
certos, dos escultores de boas obras.
O tempo nos ensinará a entender a
necessidade básica de se criarem condições para o entendimento mútuo, como já
se estabeleceram normas para o trânsito fácil do automóvel.
Inventa em tua existência soluções de
conforto, suscita motivos de paz, traça diretrizes de melhoria, faze o que
ainda não foi aproveitado na realização da riqueza íntima de todos.
Provavelmente, estamos na atualidade em
estágio obscuro de lições, sob a situação imperiosa de ações passadas. Mas não
nos será correto esquecer que somos Inteligências com raciocínio claro e que,
se antigamente nos foi possível colocar em ação as causas que neste momento e
neste local nos infelicitam, retemos conosco a sublime faculdade de idear,
planejar e construir.
Ajamos na construtividade de Jesus,
sejamos semeadores de esperança.
André Luiz (Waldo
Vieira) - De “Estude e Viva”, de Francisco Cândido Xavier e Waldo
Vieira, pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz