Certa feita, um
discípulo muito ansioso por conhecer a verdade, perguntou ao mestre
Confúcio:
Se o rei o
chamasse para governar o país, qual seria sua primeira
providência?
Aprender os
nomes de meus assessores, respondeu o
sábio.
Que bobagem! Essa é a
grande preocupação de um primeiro-ministro?
Um homem
nunca pode receber ajuda do que não conhece, afirmou o mestre.
Se ele não entender a natureza, não compreenderá Deus. Da mesma
maneira, se não sabe quem está do seu lado, não terá amigos. Sem
amigos, não pode estabelecer um plano.
Sem um plano, não
consegue dirigir ninguém. Sem direção, o país mergulha no escuro, e
nem os dançarinos sabem decidir com que pé devem dar o próximo
passo.
Então, uma
providência aparentemente banal, que é saber o nome de quem vai
estar ao nosso lado, pode fazer uma diferença
gigantesca.
O mal do nosso
tempo é que todo mundo quer consertar tudo de uma vez só, e ninguém
se lembra de que é preciso muita gente para fazer
isso.
* * *
O sábio Confúcio
estava certo. E, a cada dia que passa, vamos descobrindo o quanto
são importantes as pessoas que estão ao nosso lado, sejam como
amigos, colegas de trabalho, subalternos ou superiores.
Essa lição é válida
para todas as esferas, desde a ocupação profissional mais simples
que temos, até as grandes responsabilidades dos cargos políticos do
país.
No mundo da
tecnologia, dos avanços científicos constantes, das grandes
corporações, precisamos lembrar que os responsáveis por tudo isso
são pessoas, seres humanos que têm suas famílias, seus sonhos, suas
preocupações e, o mais importante, estão ofertando suas
habilidades ao mundo para que ele continue se
desenvolvendo.
O presidente de uma
grande empresa disse que seu maior capital desce as escadas
todos os dias às dezoito horas, demonstrando que tem plena
consciência do valor das pessoas em sua corporação, e que se não
fossem elas, não alcançaria o sucesso que alcançou.
Assim funciona em
todos os ambientes que frequentamos.
Saber o nome de quem
está trabalhando conosco é um início de respeito ao próximo, de
valorização do trabalho dos outros. É demonstrar interesse pela vida
alheia, buscando conhecê-la mais a fundo.
Seja qual for a
profissão que exerçamos, lembremo-nos sempre disso, pois ao
nosso lado estão vivendo seres humanos, almas como a nossa,
que buscam o mesmo que buscamos.
Fomos colocados em
sociedade para nos entender e nos ajudar mutuamente. Na
competição destrutiva retardamos nossa evolução moral, pois deixamos
de lado o amor ao próximo.
* * *
Segundo as leis
morais, detalhadas em O Livro dos
Espíritos, de Allan Kardec, nenhum homem tem as
faculdades completas.
É pela convivência
social que eles se completam uns aos outros, para assegurar seu
bem-estar e progredir.
Por isso,
tendo necessidade uns dos outros, são feitos para viver em sociedade
e não isolados.
Redação do Momento
Espírita, com base em palavras de Confúcio, A importância de
saber os nomes e nos itens 766
a 768 de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. FEB.
a 768 de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. FEB.