sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

AS PALAVRAS CERTAS


O que dizer para alguém que nos diz que está com câncer? Para muitos, câncer é sinônimo de morte. Às vezes, isso é verdade. Mas não sempre.
 
De toda forma, o câncer é enfermidade que assusta. O enfermo, a família, os amigos, os colegas de trabalho. E é justamente, nesse momento, quando a pessoa que recebeu o diagnóstico está tentando administrar a questão, em sua mente, que os amigos, colegas, familiares, por vezes, dizem o que não devem.
 
Alguns começam a tentar descobrir a causa. Se é uma mulher a portadora da enfermidade, dizem que ela não amamentou, e por isso está com câncer no seio. Ou porque trabalhou demais. Ou até porque reprimiu a sua raiva.
 
Se for um fumante, não faltam os que, indelicados, passam a dar lições de moral.
 
Nem podia esperar outra coisa! Da forma que fumou a vida toda! Eu não falei? Eu não avisei?
 
Convenhamos que a pessoa já está colhendo os amargos frutos da sua atitude, portanto, não necessita de carga maior a lhe pesar sobre os ombros.
 
Existem algumas fórmulas dignas de abordar a questão, tanto quanto auxiliar a quem está padecendo cirurgia, radioterapia, quimioterapia, exames e mais exames e possivelmente pensa, sim, na possibilidade de morrer a breve tempo.
 
Assim, se souber por terceiros do diagnóstico de amigo ou conhecido, telefone logo. Oferte sua ajuda. Mas seja específico. Não diga simplesmente: se precisar, telefone ou já sabe, estou às ordens.
 
Ofereça-se para levar o amigo ao hospital. Ou para ficar com as suas crianças em sua casa, uma ou outra vez.
 
Vá ao mercado, à feira, faça as compras. Pergunte se não precisa de companhia, e a que horas.
 
Quem sabe possa segurar sua mão enquanto ele aguarda na sala de espera, por mais uma consulta?
 
Leve revistas alegres, descontraídas. Revistas que falem de viagens, mostrem lindas paisagens, ensinem decorar a casa, plantar flores. Tudo, enfim, que revele beleza, leveza.
 
Não aumente as dores do enfermo, contando as suas próprias dores e nem diga: se fosse eu, jamais suportaria isso.
 
Seja sempre o portador do bom ânimo. Ofereça-se para orarem juntos, lerem uma página edificante que robusteça o ânimo.
 
Fale a respeito de Deus, da esperança, do otimismo. Também da imortalidade, da vida que nunca acaba.
 
Lembre de comprar um presente. Não livros sobre a doença. Mas pequenos mimos que possam ser portadores de alegria ao doente.
 
Pode se oferecer para servir de contato entre ele e as demais pessoas que desejam saber notícias, evitando que tenha que repetir as mesmas coisas, a cada um que telefona.
 
Em resumo, pense nas necessidades da pessoa. Coloque-se no lugar dela. Se fosse você o enfermo, como gostaria de ser tratado? O que gostaria que lhe dissessem?
 
Pense que o doente é uma pessoa que tem sentimentos. E, normalmente, está em um estado de maior sensibilidade, fragilizada e desejosa de apoio.
 
* * *
 
Ante a enfermidade que atinge a uns e outros, não fique a indagar de causas. Pense em auxiliar.
 
Não se transforme em dono da vida do enfermo. Permita-lhe usufruir das pequenas coisas que ele deseja e o irão fazer feliz: um pequeno passeio, um banho de sol, um programa de TV, quiçá, aquela comida especial de que tanto gosta!
 
O amigo na enfermidade é sempre o que incentiva, alegra, sustenta e permanece fiel.
 
Redação do Momento Espírita, inspirado no texto Sem palavras, de Kate Carr, de seleções Reader’s digest, de junho/2003.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

O AMOR EXISTE SEMPRE


Há dias em que nos perguntamos, sinceramente: Será que o amor existe mesmo, ou será uma invenção daqueles que desejam que ele exista?
 
Será que o amor não passa de uma ilusão?
 
No entanto, quando lançamos o olhar um pouco além do nosso limitado círculo de visão, podemos perceber que uma força invencível rege a vida.
 
E é a essa força que podemos chamar amor.
 
Sim, o amor de Deus no qual o Universo inteiro está imerso.
 
Basta ter olhos de ver, que notaremos a ação do amor que, sem dúvida, existe sempre.
 
Arrebenta-se o átomo, desconcentrando a sua energia, e nasce o Cosmo.
 
Brilha a estrela, como gema policromada no velário do céu, e o Universo se incendeia.
 
Organiza-se a célula e exubera a vida.
 
Surge a semente, repositório de vida orgânica, e a floresta se instala.
 
Apresenta-se a flor como unidade de beleza, e multiplicam-se jardins.
 
Dobram-se os jardins, em homenagem à sensibilidade geral, e aromatiza-se todo o ambiente.
 
Goteja o pingo d´água e formam-se mananciais, deságuam rios e agiganta-se o mar.
 
Gesta a mulher, em cooperação com o Criador, e surge a Humanidade.
 
Brilha o intelecto, devidamente direcionado, e constitui-se a ciência.
 
Medita o cientista, querendo dar utilidade aos seus estudos, e elabora-se a técnica.
 
Multiplicam-se as técnicas e vive melhor o ser humano.
 
No ensejo do silêncio, que facilita o olhar para dentro de si mesmo, nasce a meditação.
 
Medita o ser sobre como ver o mundo, e a arte encontra nascedouro.
 
Desenvolve-se a arte, desentranhando a criatividade humana, e projetam-se ideias de Deus.
 
E Deus é todo o amor que existe.
 
E tudo quanto existe se nutre do amor, que é Deus, e nEle está imerso.
 
O amor existe sempre!
 
O zunzum dos insetos e o voo dos pássaros nos falam de amor.
 
A germinação da semente e a fecundação humana mostram-nos o amor.
 
O verme que fertiliza o solo e a fera que ruge na selva nos dão mostras de amor.
 
O sorriso da criança e o aconselhamento do velho são quadros do amor.
 
A disposição do jovem e a ponderação do adulto são obras do amor.
 
* * *
 
Em tudo vibra o amor... E o amor é Deus.
 
Busquemos, então, meditar sobre o que temos e o que não temos, sobre quem somos e sobre quem não somos, a respeito do que fazemos, e do que não fazemos, guardando a convicção de que sem a presença do amor naquilo que temos, no que fazemos e no que somos, estaremos imensamente pobres, profundamente carentes, desvitalizados.
 
Seja qual for a lida, a luta, a nossa atividade no mundo, vinculemos-nos ao amor, acatemos as suas sugestões e vibremos vitoriosos e felizes, plenos de vida, de candura, de harmonia, pois com o amor seguimos com Deus, agimos por Deus e em Deus, conscientemente, nos movimentamos.
 
Redação do Momento Espírita, com base em mensagem do Espírito Rosângela, psicografia de Raul Teixeira, na Sociedade Espírita Fraternidade,em Niterói, RJ, em 30.1.2002.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

A REFORMA SOCIAL


 
Certo dia, um jornalista recebeu a incumbência de escrever um artigo sobre a solução para os problemas do Mundo.
 
Teria que falar sobre as possibilidades de se estabelecer a paz mundial, de cessarem as guerras, enfim, sobre a união entre os povos.
 
No final do dia, adentrou o lar, brincou um pouco com os filhos e se dirigiu à máquina para digitar seu artigo.
 
Por várias vezes foi interrompido pelas crianças, que desejavam um pouco mais da sua atenção.
 
Para resolver a situação, sem prejuízos para ambas as partes, decidiu dar algo com que seus filhos pudessem se distrair enquanto ele trabalhava.
 
O acordo foi feito. O jornalista entregou um quebra-cabeça às crianças e lhes disse que assim que elas terminassem de montá-lo, brincaria com elas.
 
É claro que o que ele queria era tempo para redigir seu artigo, pois o quebra-cabeça do Mapa-Mundi tinha 500 peças.
 
Voltou a concentrar-se. Entregou-se ao trabalho. Mas sua tranqüilidade não durou muito.
 
Em tempo recorde, as crianças adentraram o seu escritório, em tremenda algazarra:
 
Terminamos, papai! Disseram alegres.
 
O jornalista não podia crer. A tarefa teria que durar muitas horas, no entanto, elas a concluíram em pouco mais de meia.
 
Inquieto com o fato, perguntou-lhes como haviam conseguido montar o Mapa-Mundi em tão pouco tempo.
 
As crianças responderam satisfeitas:
 
Nós não montamos o Mapa-Mundi, papai. No verso do quebra-cabeça há a figura de um homem.  Nós achamos mais fácil montar o homem ao invés de montar o Mundo.
 
Naquele mesmo instante, o jornalista que não conseguira, ainda, escrever de forma satisfatória seu artigo, encontrou inspiração para concluí-lo.
 
A idéia lhe foi dada pelos filhos: para resolver os problemas do Mundo, é preciso reconstruir o indivíduo.

A situação externa de cada nação reflete a situação interna de cada cidadão.
 
Não se pode construir uma sociedade justa se não houver homens justos.
 
Pense nisso!
 
A paz social, nacional e internacional depende da paz individual.
 
Enquanto o homem não fizer as pazes consigo mesmo não pode ter paz com os outros.
 
Todo e qualquer tratado de paz no mundo político­-social acabará irremediavelmente numa guerra quente, nos campos de batalha, ou então numa guerra fria nos parlamentos.
 
As leis cósmicas são de uma lógica incontestável: nada há no mundo social que antes não tenha havido no mundo individual.
 

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 7 do livro Sabedoria das parábolas, de Huberto Rohden, ed. Martin Claret.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

A COMPAIXÃO INDISPENSÁVEL


A busca pelo bem-estar é inerente à natureza humana.
 
O desejo do homem de livrar-se do sofrimento propiciou notáveis descobertas em todos os setores do conhecimento.
 
Analgésicos e anestésicos podem ser citados como conquistas humanas na procura de bem-estar.
 
Ar condicionado, colchões ortopédicos e mesmo a singela água encanada também compõem o espectro de invenções destinadas a tornar a vida confortável.
 
Na busca de conforto e tranquilidade, um dia o homem voltará sua atenção para os problemas morais que a sociedade enfrenta.
 
Então compreenderá que o egoísmo é a causa de todas as desgraças sociais.
 
Ele é que permite a um homem investir sobre o patrimônio, a honra e a vida de outro, qual uma fera selvagem.
 
O egoísmo é a matriz de todos os vícios.
 
Quando ele for combatido, todos os seus desdobramentos, como vaidade, ganância, maledicência e corrupção, perderão a força.
 
A disseminação das idéias espíritas é um poderoso elemento de combate ao egoísmo.
 
O Espiritismo deixa claro que todo vício gera dor e que a Lei de Causa e Efeito rege a vida.
 
Todo mal feito ao semelhante é uma semeadura de dor no próprio caminho.
 
Quem quer ser feliz deve tratar o próximo com todo o respeito e generosidade com que desejaria ser tratado.
 
A vinculação da própria felicidade à felicidade que se proporciona torna evidente o quanto é tolo ser egoísta.
 
Ao buscar seu interesse, em detrimento ao do próximo, o egoísta apenas se candidata a vivenciar grandes dores.
 
Ao se conscientizar da inexorabilidade da Lei de Causa e Efeito, a Humanidade reverá seus valores e prioridades.
 
Entretanto, é preciso reconhecer que uma idéia nem sempre é fácil de ser posta em prática.
 
Provavelmente você já se conscientizou de que a Justiça Divina é infalível.
 
Mas ainda titubeia em sua caminhada e por vezes comete leviandades em prejuízo do próximo.
 
Uma boa tática de renovação moral é parar de apenas pensar e começar a sentir.
 
Raciocinar é necessário, mas amar é imprescindível.
 
O melhor caminho para o genuíno amor fraterno é a compaixão.
 
Compaixão é a tristeza que se sente com a infelicidade alheia.
 
Mas também é o desejo de livrar o próximo do sofrimento.
 
Para desenvolver esse nobre sentimento, deixe de fugir ao espetáculo das misérias humanas.
 
Permita-se conviver com os doentes e os viciados do corpo e da alma, conforme fez o Cristo.
 
Faça-se companheiro e amigo de idosos e enfermos.
 
Visite asilos, orfanatos, hospitais e presídios.
 
A título de preservar sua paz, não cultive a indiferença.
 
Deixe que seu coração se enterneça com a dor alheia.
 
A compaixão impede que um homem siga satisfeito em meio à tragédia que devasta a vida do outro.
 
Ela possui um certo encanto melancólico, pois nasce ao lado da dor e da desolação.
 
Contudo, constitui a mais eficiente forma de cura das ilusões e paixões humanas.
 
A compaixão desperta as fibras mais íntimas da alma e a prepara para as experiências sublimes do devotamento e da caridade.
 
Não receie sofrer ao se tornar compassivo.
 
Ao avançar nesse caminho, você logo se tomará do ideal de aliviar a dor do semelhante e começará a agir.
 
Então, a tristeza inicial se converterá no júbilo de quem amorosamente socorre e ampara os desprotegidos do Mundo.
 
A alegria de ser útil e bondoso iluminará sua vida e o acompanhará pela eternidade.
 
Pense nisso.
 

Redação do Momento Espírita.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

SEMPRE RESTA ALGUMA COISA PARA AMAR


A peça de teatro intitulada “Raisin in the sun”, de Lorraine Hansberry, traz um trecho realmente admirável, que convida o público a refletir sobre os valores que guardam suas almas.

Na peça, uma família afro-americana recebe dez mil dólares provenientes do seguro de vida do pai.

A dona da casa vê no dinheiro a oportunidade de deixar o gueto onde vivia no Harlem, e mudar-se para uma casa no campo, enfeitada com jardineiras.

A filha, uma moça muito inteligente, vê no dinheiro a oportunidade de realizar seu sonho de estudar medicina.

O filho mais velho, contudo, apresenta um argumento difícil de ser ignorado. Quer o dinheiro para que ele e um amigo iniciem um negócio, juntos.

Diz à família que, com o dinheiro, ele poderá trabalhar por conta própria e facilitar a vida de todos. Promete que, se puder lançar mão do dinheiro, proporcionará à família todos os confortos que a vida lhes negou.

Mesmo contra a vontade, a mãe cede aos apelos do filho. Ela tem de admitir que as oportunidades nunca foram tão boas para ele, e que ele merece a vida boa que esse dinheiro pode lhe oferecer.

No entanto o tal “amigo” foge da cidade com o dinheiro. Desolado, o filho é forçado a voltar para casa e dizer à família que suas esperanças para o futuro lhe foram roubadas e que seus sonhos de uma vida melhor foram desfeitos.

A irmã atira-lhe no rosto toda sorte de insultos. Qualifica-o com as palavras mais grosseiras que se possa imaginar. Seu desprezo em relação ao irmão não tem limites.

Quando ela pára um pouco para respirar, a mãe a interrompe e diz:
 
- Pensei que tivesse ensinado você a amar seu irmão.

A filha então responde:
 
- Amar meu irmão? Não restou nada nele para eu amar.

E a mãe diz:
 
"- Sempre sobra alguma coisa para amar. E, se você não aprendeu isso, não aprendeu nada. Você chorou por ele hoje?
 
Não estou perguntando se você chorou por causa de si mesma e de nossa família, por termos perdido todo aquele dinheiro. Estou perguntando se chorou por ele: por aquilo que ele sofreu e pelas conseqüências que terá de enfrentar.
 
Filha, quando você acha que é tempo de amar alguém com mais intensidade? No momento em que faz coisas boas e facilita a vida de todos?

Bem, então você ainda não aprendeu nada, porque esse não é o verdadeiro momento para amar. Devemos amar quando a pessoa está se sentindo humilhada e não consegue acreditar em si mesma, porque o mundo a castigou demais.

Se julgar alguém, faça-o da forma certa, filha, da forma certa. Tenha a certeza de que você levou em conta os revezes que ele sofreu antes de chegar ao ponto em que está agora.

Essa é a graça misericordiosa! É o amor ofertado quando não se fez nada para merecê-lo. É o perdão concedido quando não se fez nada para conquista-lo.

É a dádiva que flui como as águas refrescantes de um riacho para extinguir as labaredas provocadas por palavras de condenação carregadas de ira.

O amor que o pai nos oferece é muito mais abundante e generoso. A misericórdia de Deus é muito mais grandiosa e sábia. "

Pense nisso

Pense com o coração no que esta lição nos traz, e reflita sobre o seu amar, sobre as condições que você impõe ao outro para que o ame, e descubra a oportunidade de amar de verdade.

Por mais que as pessoas, com suas imperfeições, tragam-nos mágoa, desapontamento ou desilusão, lembremos de que:
 
Sempre resta alguma coisa para amar.
 

Equipe de Redação do Momento Espírita, a partir do capítulo “Sempre resta alguma coisa para amar”, da obra “Histórias para o coração” – organizado por Alice Gray. 

domingo, 26 de janeiro de 2014

A FACE DE DEUS


 
Havia um pequeno menino que queria se encontrar com Deus.

Ele sabia que tinha um longo caminho pela frente, portanto ele encheu sua mochila com pastéis e guaraná, e começou sua caminhada.

Quando ele andou umas 3 quadras, encontrou um velhinho sentado em um banco da praça olhando os pássaros.

O menino sentou-se junto dele , abriu sua mochila , e ia tomar um gole de guaraná, quando olhou o velhinho e viu que ele estava com fome, então ofereceu-lhe um pastel.

O velhinho muito agradecido aceitou e sorriu ao menino.

Seu sorriso era tão incrível que o menino quis ver de novo, então ele ofereceu-lhe seu guaraná.

Mais uma vez o velhinho sorriu ao menino.

O menino estava muito feliz!

Ficaram sentados ali sorrindo, comendo pastel e bebendo guaraná pelo resto da tarde sem falarem um ao outro.

Quando começou a escurecer o menino estava cansado e resolveu voltar para casa, mas antes de sair ele se voltou e deu um grande abraço no velhinho.

O velhinho deu-lhe o maior sorriso que o menino já havia recebido.

Quando o menino entrou em casa, sua mãe surpresa perguntou ao ver a felicidade estampada em sua face!

"O que você fez hoje que te deixou tão feliz?

Ele respondeu.

"Passei a tarde com Deus" e acrescentou "Você sabe, ele tem o mais lindo sorriso que eu jamais vi"

Enquanto isso, o velhinho chegou em casa radiante, e seu filho perguntou:

"Por onde você esteve que te deixou tão feliz?"

Ele respondeu:

"Comi pasteis e tomei guaraná no parque com Deus".

Antes que seu filho pudesse dizer algo ele falou:

"Você sabe que ele é bem mais jovem do que eu pensava?"
 
* * *
 
Nunca subestime a força de um sorriso, o poder de uma palavra, de um ouvido para ouvir, um honesto elogio, ou até um ato de carinho.
 
Tudo isso tem o potencial de fazer virar uma vida.
 
Muitas vezes, por medo de nos "diminuir" deixamos de crescer, por medo de chorar, deixamos de sorrir!!!
 
A face de Deus está em todas as pessoas e coisas se forem vistas por nós com os olhos do amor e do coração.
 

 

sábado, 25 de janeiro de 2014

A PARÁBOLA DA ROSA


Certa vez, um homem plantou uma roseira e passou a regá-la constantemente.
 
Assim que ela soltou seu primeiro botão que em breve desabrocharia, o homem notou espinhos sobre o talo e pensou consigo mesmo:
 
"Como pode uma flor tão bela vir de uma planta rodeada de espinhos?"
 
Entristecido com o fato, ele se recusou a regar a roseira e, antes mesmo de estar pronta para desabrochar a rosa morreu. 
 
Isso acontece com muitos de nós com relação à nossa semeadura.
 
Plantamos um sonho e, quando surgem as primeiras dificuldades, abandonamos a lavoura.
 
Fazemos planos de felicidade, desejamos colher flores perfumadas e, quando percebemos os desafios que se apresentam, logo desistimos e o nosso sonho não se realiza.
 
Os espinhos são exatamente os desafios que se apresentam para que possamos superá-los.
 
Se encontramos pedras no caminho é para que aprendamos a retirá-las e, dessa forma, nossos músculos se tornem mais fortes.
 
Não há como chegar ao topo da montanha sem passar pelos obstáculos naturais da caminhada. E o mérito está justamente na superação desses obstáculos.
 
O que geralmente ocorre é que não prestamos muita atenção na forma de realizar nossos objetivos e, por isso, desistimos com facilidade e até justificamos o fracasso lançando a culpa em alguém ou em alguma coisa.
 
O importante é que tenhamos sempre em mente que se desejamos colher flores, temos que preparar o solo, selecionar cuidadosamente as sementes, plantá-las, regá-las sistematicamente e, só depois, colher.
 
Se esperamos colher antes do tempo necessário, então a decepção surgirá.
 
Se temos um projeto de felicidade, é preciso investir nele. E considerar também a possibilidade de mudanças na estratégia.
 
Se, por exemplo, desejamos um emprego estável, duradouro, e não estamos conseguindo, talvez tenhamos que rever a nossa competência e nossa disposição de aprender.
 
Não adianta jogar a culpa nos governantes nem na sociedade, é preciso, antes de tudo, fazer uma avaliação das nossas possibilidades pessoais.
 
Se desejamos uma relação afetiva duradoura, estável, tranqüila, e não conseguimos, talvez seja preciso analisar ou reavaliar nossa forma de amar.
 
Quando os espinhos de uma relação aparecem, é hora de pensar numa estratégia diferente, ao invés de culpar homens e mulheres ou a agitação da vida moderna, ou simplesmente deixar a rosa do afeto morrer de sede.
 
Há pessoas que, como o homem que deixou a roseira morrer, deixam seus sonhos agonizarem por falta de cuidados ou diminuem o seu tamanho. Vão se contentando com pouco na esperança de sofrer menos.
 
Mas o ideal é estabelecer um objetivo e investir esforços para concretizá-lo.
 
Se no percurso aparecer alguns espinhos, é que estamos sendo desafiados a superar, e jamais a desistir. 
 
* * * 
 
Quem deseja aspirar o perfume das rosas, terá que aprender a lidar com os espinhos.
 
Quem quer trilhar por estradas limpas, terá que se curvar para retirar as pedras e outros obstáculos que surjam pela frente.
 
Quem pretende saborear a doçura do mel, precisa superar eventuais ferroadas das fabricantes, as abelhas.
 
Por tudo isso, não deixe que nenhum obstáculo impeça a sua marcha para a conquista de dias melhores.
 
Equipe Momento Espírita

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

DO JEITO QUE VOCÊ É


Mark Tucker produz e apresenta projetos em multimídia pelos Estados Unidos da América.
 
Certa noite, após uma apresentação, foi procurado por uma mulher, que lhe disse: Você deveria tocar a música de meu filho no seu programa.
 
Mark, então, desfiou o rosário de sempre: O rapaz devia mandar uma fita para demonstração.
 
Não precisava ser uma gravação profissional, bastaria uma gravação caseira, alguns acordes de guitarra para ele ter uma ideia do tipo de música que ele fazia.
 
Depois que Mark explicou todo o processo, a mulher olhou-o, sorrindo, e disse: Bem, meu filho é Billy Joel.
 
Assim que se recuperou do susto, Mark rapidamente lhe assegurou que seu filho, o famoso compositor Billy Joel, não precisaria enviar uma fita!
 
A mulher insistia que ele deveria tocar uma música específica que o filho escrevera. Ela sentia que, naquela canção, havia uma mensagem positiva sobre autoconfiança, que se encaixava perfeitamente no trabalho de Mark.
 
E ela começou a descrever como as sementes da letra da canção haviam sido plantadas desde a infância do compositor.
 
Quando era criança, Billy dizia, com frequência, que queria ser outra pessoa, alguém diferente de quem era.
 
Ficava aborrecido por ser mais baixo do que os outros meninos. Era comum vir da escola ou de um jogo reclamando por não se sentir competente. Ele dizia como gostaria de ser só um pouquinho mais alto...
 
Para sua mãe, naturalmente, o filho era perfeito. Assim, toda vez que ele exprimia um sentimento negativo sobre si mesmo, ela afirmava: Não se preocupe, isso não tem a menor importância. Você não precisa ser outra pessoa, porque você é perfeito. Somos todos únicos e diferentes uns dos outros. E você também há de ter algo maravilhoso para dividir com o mundo. Amo você exatamente como você é.
 
Essas palavras de uma mãe que amava seu filho exatamente como ele era, ficaram gravadas no coração do menino e permitiram que seu talento desabrochasse.
 
Pois Billy Joel cresceu e descobriu sua vocação para fazer músicas, que se tornaram conhecidas em todo o mundo. E milhões de pessoas ouvem com o coração as palavras inspiradas, por sua mãe, na música vencedora do primeiro Grammy:
 
Não mude só para tentar me agradar... Amo você do jeito que você é.
 
* * *
 
A mudança é parte importantíssima para a evolução humana. Mas, ao mesmo tempo em que devemos nos esforçar a cada dia para sermos melhores do que antes fomos, precisamos também aprender a nos amar do jeito que somos hoje.
 
Não é um sentimento de acomodação, e sim de respeito à natureza humana, que se modifica aos poucos.
 
Somos extremamente diferentes uns dos outros. Cada um tem uma história única, com muitas experiências vividas através dos tempos.
 
É por essa razão que somos singulares, que temos potencialidades tão diversas.
 
No arco-íris, ninguém poderá, jamais, afirmar qual das cores é a mais bela, pois elas são simplesmente diferentes, e são essas diferenças que fazem a grande beleza desse fenômeno natural.
 
Assim é também o Espírito em sua marcha evolutiva. Seguimos caminhos diversos para alcançar o mesmo fim: a perfeição.
 
Redação do Momento Espírita, com base no cap. Do jeito que você é, de Jennifer Read Hawthorne, do livro
Histórias para aquecer o coração, v. 2, de Jack Canfield, Mark Victor Hansen e Heather McNamara, ed. Sextante.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

AUTONOMIA NAS AÇÕES


Conta o colunista Sydney Harris que certo dia acompanhou um amigo até à banca de jornais onde este costumava comprar o seu exemplar diariamente.
 
Ao se aproximarem do balcão, seu amigo cumprimentou amavelmente o jornaleiro e como retorno recebeu um tratamento rude e grosseiro.
 
O amigo de Sydney pegou o jornal, que foi jogado em sua direção, sorriu, agradeceu e desejou um bom final de semana ao jornaleiro.
 
Quando ambos caminhavam pela rua, o escritor perguntou ao seu amigo:
 
- Ele sempre o trata assim, com tanta grosseria?
 
- Sim, respondeu o amigo, infelizmente é sempre assim.
 
- E você é sempre tão polido e amigável com ele? Perguntou Sydney novamente.
 
- Sim, eu sou, respondeu prontamente seu amigo.
 
- E por que você é educado, se ele é tão grosseiro e inamistoso com você?
 
- Ora, respondeu o homem, por que não quero que ele decida como eu devo ser.
 
* * *
 
E você, como costuma se comportar diante de pessoas rudes e deseducadas?
 
Importante questão esta, que nos oferece oportunidade de refletir sobre a nossa maneira de ser, nas mais variadas situações do dia-a-dia.
 
É comum que as pessoas justifiquem suas ações grosseiras com o comportamento dos outros, mas essa é uma atitude bastante imatura e incoerente.
 
Primeiro, porque, se reprovamos nos outros a falta de educação, devemos ter o bom senso de agir de forma diferente, ou, então, somos iguais, e de nada temos que reclamar.
 
E se já temos a autonomia para nos comportar educadamente, sem nos fazer espelho de pessoas mal-humoradas deveremos ter, igualmente, a grandeza de alma para desculpar e exemplificar a forma correta de tratar os outros.
 
Se o nosso comportamento, a nossa educação, dependem da forma com que somos tratados, então não temos autonomia, independência, liberdade intelectual nem moral para nos conduzir por nós mesmos.
 
Quando agimos com cortesia e amabilidade diante de pessoas agressivas ou deseducadas, como fez o rapaz com o jornaleiro, estaremos fazendo a nossa parte para a construção de uma sociedade mais harmoniosa e mais feliz.
 
O que geralmente acontece, é que costumamos refletir os atos das pessoas com as quais vivemos, sem nos dar conta de que acabamos fazendo exatamente o que tanto criticamos nos outros.
 
Se as pessoas nos tratam com aspereza, com grosseria ou falta de educação, estão nos dando o que têm para oferecer.
 
Mas nós não precisamos agir da mesma forma, se temos outra face da realidade para mostrar.
 
Assim, lembremos sempre que, quando uma pessoa nos ofende ou maltrata, o problema é dela, mas quando nós é que ofendemos ou maltratamos, o problema é nosso.
 
Por isso, é sempre recomendável uma ação coerente avalizada pelo bom senso, ao invés de uma reação impensada que poderá trazer consigo grande soma de dissabores. 
 
Pense nisso! 
 
Não deixe que as más atitudes dos outros definam seu estado d’alma.
 
Se lhe oferecem grosseria, faça diferente: seja cortês.
 
Se lhe tratam com aspereza, responda com amabilidade.
 
Se lhe dão indiferença, doe atenção.
 
Se lhe ofertam mau-humor, retribua com gentileza.
 
Se lhe tratam com rancor, responda com o perdão.
 
Se lhe presenteiam com o ódio, anule-o com o amor.
 
Agindo assim, você será realmente grande, pois quanto mais alguém se aproxima da perfeição, menos a exige dos outros.  
 

Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em história de John Powell.