segunda-feira, 7 de setembro de 2009

EGOÍSMO

 

O egoísmo é a fonte da maioria absoluta dos males que assolam a humanidade.

A exagerada preocupação com os próprios interesses faz com que qualquer coisa que os contrarie tome desmedida importância.

Essa forma equivocada e rasteira de perceber a vida a todos prejudica.

Primeiro, tira a paz do próprio egoísta, que se angustia em suas tentativas de submeter o mundo aos seus interesses.

Segundo, causa danos à sociedade, que não pode ser harmônica enquanto seus integrantes se digladiam.

Já a solidariedade e a preocupação com o bem-estar coletivo disseminam a felicidade.

Tome-se como exemplo a questão da segurança.

Os habitantes das grandes cidades vivem em estado de alerta, com medo de serem molestados.

Quem pode contrata serviço de vigilância para sua residência.

Há preocupação constante com os filhos e os parentes em geral.

Teme-se um assalto, um seqüestro relâmpago, um golpe de qualquer ordem.

Tal situação é típica de uma sociedade egoísta.

Se a preocupação com os próprios interesses fosse menor, poderiam ser encontradas formas de resolver o problema.

Mas para isso o objetivo das criaturas não poderia ser fazer crescer a qualquer custo o próprio patrimônio.

É bom e natural que os homens se preocupem em conquistar bens que lhes garantam uma vida digna, e fomentem o progresso.

Mas quando a busca das coisas materiais é exacerbada, ela causa grandes problemas.

Numa sociedade em que a grande maioria está despreocupada com o bem-estar coletivo, as disparidades crescem.

É impossível que todos conquistem exatamente o mesmo nível de conforto.

Os homens são diferentes em talentos e habilidades.

Mas é necessário assegurar condições para que todos conquistem o mínimo indispensável a um viver digno.

Quando o homem consegue ver o próximo como um semelhante, torna-se solidário.

A dor do outro dói tanto quanto a sua.

A miséria e o desemprego na casa do vizinho são tão trágicos como se fossem na sua residência.

Imagine como seria bom viver em uma sociedade segura.

Sair tranqüilo na rua, mesmo à noite.

Mandar seus filhos para a escola, certo de que ninguém os molestaria.

Está nas mãos de todos adotar as providências iniciais para uma reforma social.

Essa reforma principia pela modificação do próprio comportamento.

A transformação íntima é uma dura batalha.

É mais fácil vencer os outros do que a si mesmo.

Mas não há equívocos no universo, que é regido pela sabedoria divina.

Cada qual vive no meio que lhe é mais adequado.

Se você deseja viver em paz, comece a burilar o seu interior.

Preste atenção em todas as suas atitudes que revelam egoísmo.

Esse egoísmo pode ser pessoal, familiar ou de classe.

Analise o que você deseja para você, para sua família ou para sua classe profissional.

Há como estender tais vantagens para os outros?

O custo de suas regalias não é excessivamente alto para os semelhantes?

Certamente vale a pena moderar um pouco os próprios anseios, em prol de uma vida harmoniosa.

De nada adianta enriquecer causando o empobrecimento alheio.

Não é possível viver em paz em meio à miséria e à dor dos semelhantes.

A genuína felicidade surge quando se aprende a compartilhar.

Quem experimenta a ventura da solidariedade jamais volta atrás.


Equipe de Redação do Momento Espírita.

Gentilezas diárias

 

A vida é repleta de pequenas gentilezas, tão sutis quanto marcantes no nosso cotidiano.

O jardim florido oferece um colorido para a paisagem, o sol empresta suas cores para o céu antes de se pôr, a borboleta ensina suavidade e leveza para quem acompanha seu voo.

A gentileza tem essa característica: sutil mas marcante, silenciosa e ao mesmo tempo eloquente, discreta e contundente.

O portador da gentileza o faz pelo prazer de colorir a vida do próximo com suavidade, para perfumar o caminho alheio com brisa suave que refresca a alma.

A gentileza tem o poder de roubar sorrisos, quebrar cenhos carregados ou aliviar o peso de ombros cansados pelas fainas diárias.

E ela se faz silenciosa, algumas vezes tímida, inesperada na maioria das vezes, surpreendendo quem a recebe.

A gentileza não se pede, muito menos se exige... É presente de almas nobres, presenteando outras almas, pelo simples prazer de fazer o dia do outro um pouco mais leve.

Você já experimentou o prazer de ser gentil? Experimente oferecer o seu bom dia a quem encontrar no ponto de ônibus, no elevador ou no caixa do supermercado.

Mas não o faça com as palavras saindo da boca quase que por obrigação. Deseje de sua alma, com olhos iluminados e o sorriso de quem deseja realmente um dia bom, para quem compartilha alguns minutos de sua vida.

A gentileza é capaz de retribuir com nobreza quando alguém fura a fila no supermercado ou no banco, com a sabedoria de que alguns breves minutos não farão diferença na sua vida.

Esquecemos que alguns segundos no trânsito, oferecendo a passagem para outro carro, ou permitindo ao pedestre terminar de atravessar a rua não nos fará diferença, mas facilitará muito a vida do outro.

E algumas vezes, dentro do lar, a convivência nos faz esquecer que ser gentil tempera as relações e adoça o caminhar.

E nada disso somos obrigados a fazer, mas quando fazemos, toda a diferença se faz sentir...

A gentileza se faz presente quando conseguimos esquecer de nós mesmos por um instante para lembrar do próximo. Quando abrimos mão de nós em favor do outro, por um pequeno momento, a gentileza encontra oportunidade de agir.

Ninguém focado em si mesmo, mergulhado no seu egoísmo, encontra oportunidade de ser gentil. Porque, para ser gentil, é fundamental olhar para o próximo, se colocar no lugar do próximo, e se sensibilizar com a possibilidade de amenizar a vida do nosso próximo.

Se não é seu hábito, exercite a capacidade de olhar para o próximo com o olhar da gentileza. Ofereça à vida esses pequenos presentes, espalhando aqui e acolá a suavidade de ser gentil.

E quando você menos esperar, irá descobrir que semear flores ao caminhar, irá fazer você, mais cedo ou mais tarde, caminhar por estradas floridas e perfumadas pela gentileza que a própria vida irá lhe oferecer.


Redação do Momento Espírita.