sábado, 17 de maio de 2014

O AMOR SOBREVIVE À MORTE?


Para aqueles que se amam verdadeiramente, e que conseguem superar o tempo vivendo um amor completo, mantendo um relacionamento com base sólida, cimentada em muito amor e carinho, sempre preocupa a possibilidade de uma separação causada pela partida de um deles.
 
Como o remanescente sobreviverá ao trauma dessa separação inevitável, é algo que somente o fato em si poderá determinar.
 
É preciso muita força de vontade para não se entregar ao desespero. É preciso muita vontade de viver para superar esse trauma. Nem todos têm essa força. Nem todos conseguem superar  essa dor.
 
Para quem está de fora, é muito simples falar na vontade de Deus, e que o destino quis assim.
 
Mas sua cabeça dá um nó. Seu coração parece querer pular fora do peito. Sua alma chora noites seguidas.
 
Mas a vida continua, e é preciso começar a imaginar que quem partiu não gostaria de ver seu parceiro entregar-se à dor. É preciso pensar que o amor não morreu, e que em algum lugar poderá estar observando, e se entristecendo com sua incapacidade de reagir.
 
Há que ir até o fundo da alma, a retirar aquele restinho de vida que lá está, e faze-la aflorar.
 
E assim, continuar vivendo, e mesmo tentar refazer a vida ao lado de outro amor, sem tentar considerar o novo amor como substituto do que partiu, mas sim, como um novo amor, para começar uma nova vida.
 
É essa a Lei da Vida, a Lei de Deus.
Marcial Salaverry