quinta-feira, 2 de abril de 2009

Entendimento do “PAI NOSSO”

Muitas vezes não conseguimos entender por que Jesus nos ensinara a pedir, na oração que denominamos de “Pai Nosso”, que fosse feita a vontade de Deus – e não a nossa vontade.

Quando nos submetemos à vontade Dele, estamos seguros de que as coisas correrão pelos caminhos menos amargo menos infeliz, menos sofrido que existe.

No entanto, quando nos colocamos a “corrigir” as coisas segundo a nossa compreensão do que seja certo ou adequado, geralmente passamos a piorar todos os efeitos que teremos de recolher de nossos atos, criando maiores dores e mais compromissos com os novos erros que cometemos.

Nossos caprichos são quase vendas nos olhos que toldam a nossa compreensão das essências e fazem parecer mais corretas certas situações mentirosas que se afiguram mais agradáveis.

A felicidade do vizinho, os bens materiais dos nossos amigos, as alegrias aparentes dos que convivem conosco como nossos parentes, as vantagens que são nossos chefes, os prazeres dos que mandam em nós, tudo isso são enganos ou engodos nos quais caímos por nossas ambições, nossa rebeldia, como peixe, inconseqüente porque despreparado para escolher que, guiado pelo estômago, não percebe que por detrás da isca está o anzol que vai nos fisgar.

No entanto, diferente do peixe, já temos capacidade desenvolvida para analisar, para avaliar as opções, para perceber certas armadilhas e para escolher melhor, compreendendo as nossas necessidades.

Afinal já estamos qualificados não mais apenas como animais, mas sim, como animais racionais, o que nos capacita ou deveria capacitar para agir de um modo muito diferente ou com uma lucidez muito maior do que aquela que caracteriza a vida dos bichos do mundo.