As almas, no fundo, são semelhantes às
plantas no campo imenso da vida.
Reparo, desse modo, o que produzes.
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Corações isolados na sensibilidade
egoística, receando dissabores no relacionamento com o próximo, parecem cardos
amargosos na terra seca.
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Verbos maledicentes que encontram motivo
para a crítica destruidora, nos menores acontecimentos de cada dia, simbolizam
a urtiga brava, sempre disposta a ferir.
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Inteligências ruidosas na reiterada
exposição de nobres ideais que nunca realizam, lembram arbustos ricos de
folhagem, que jamais se confiam à frutescência.
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Companheiros ociosos
e entendiados da luta humana, em fuga das elevadas obrigações que o mundo lhes
assinala oferecem pontos de contato com o cipó absorvente que, enlaçado a
outras plantas, lhes suga a vitalidade e lhes furta a existência.
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Almas em sofrimento constante que sabem
cultivar a fé e a esperança, ofertando a quem passa os melhores testemunhos de
amor e coragem são roseiras abençoadas, produzindo flores de paz e alegria,
sobre os espinheiros terrestres.
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Espíritos generosos e amigos, que buscam
a intimidade com a luz da compreensão e do serviço, apresentam similaridade com
as copas opulentas, sempre habilitadas a socorrer quem lhe procura o regaço
acolhedor, com a sombra refrigerante ou com o fruto nutriente.
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Irmãos prestimosos parecem valiosas
plantas medicinais, cuja essência consegue curar inquietações e feridas.
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Espíritos benevolentes e sábios, no
apoio incessante à Humanidade, surgem por troncos veneráveis, de que o homem
retira a madeira de lei, para o lar que lhe serve de berço e templo, escola e
moradia.
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Observa o que fazes.
Por tuas demonstrações e exemplos no
recanto em que o Senhor te situou, o mundo conhecer-te-á, de perto, e abençoará
ou corrigirá tua vida.
(De “Indulgência”, de
Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)