terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Incentivo

 

Os Espíritos ensinam que a evolução humana se dá sob o influxo de um conjunto de Leis morais.

Elas versam sobre os mais diversos setores e constituem um roteiro de felicidade.

O Espírito que logra segui-las evolui em linha reta para Deus.

Já o que se permite violá-las e se torna um rebelde enfrenta incontáveis percalços em sua caminhada.

Essas Leis contam com sofisticados processos para conduzir os seres humanos.

Possuem atrativos, a fim de orientar por onde se deve seguir.

Por exemplo, a Lei de conservação, que envolve os cuidados que se deve ter com o próprio corpo.

O gozo dos bens terrenos, como o comer e o beber, é propositadamente saboroso.

Evidentemente, há o uso regular e o abuso.

Deve-se buscar o equilíbrio, com o qual se assegura uma vida terrena longa e produtiva.

O mesmo ocorre com a Lei de reprodução.

Por força dela, os Espíritos têm oportunidade de renascer em novos corpos na Terra.

O magnetismo sexual e o prazer nele envolvido garantem que a procriação seja constante.

Do mesmo modo, ocorre com a Lei de sociedade.

Os homens devem conviver, a fim de aprenderem uns com os outros e se auxiliarem mutuamente.

Da convivência, gradualmente surgem importantes virtudes, como a tolerância e a fraternidade.

O homem é um ser social por natureza.

Ou seja, ele sente necessidade de conviver.

Precisa se sentir refletido no olhar alheio, deseja receber toques físicos e emocionais.

Trata-se de uma poderosa necessidade humana, que não deve ser desconsiderada.

Um erro comum que os pais cometem é só prestar atenção quando os filhos causam ou enfrentam problemas.

Como estes necessitam ser notados, podem, até de forma inconsciente, começar a se tornar complicados.

À míngua de toques positivos, ao procederem de modo estranho, asseguram ao menos os negativos.

Ocorre que não apenas as crianças desejam ser notadas.

Os adultos também precisam de cuidados.

É comum cuidar-se de quem vai mal, de quem tem graves problemas e sucumbe.

Enquanto isso, quem, embora com dificuldades, persevera no bom caminho recebe reduzida atenção.

Raros se lembram de elogiar o homem de vida reta.

Quem trabalha, estuda e cuida dos seus deveres torna-se um anônimo inconsiderado.

Entretanto, todos necessitam de uma palavra de incentivo, de um gesto de apreciação.

É válido e imprescindível cuidar de quem se equivoca, de quem cai perante os problemas do mundo.

Mas não dá para esquecer de incentivar o esforço sincero da pessoa equilibrada.

Os que vivem honestamente, os que não possuem vícios, os que são fiéis aos seus compromissos são o esteio da sociedade.

Convém reparar neles e incentivá-los a que persistam.

Afinal, todos necessitam receber algum reconhecimento.

Pense nisso.

 

Redação do Momento Espírita.

ESCOLA DA VIDA

 

O pedagogo francês Allan Kardec afirmava que educar é a arte de formar caracteres. O conceito, embora sintético, traduz toda a complexidade da atividade de educar.

A ação de educar, no sentido amplo da palavra, que vai muito além do instruir, exige o esforço e a dedicação aplicados ao longo do tempo, em um processo contínuo e perseverante.

Será na observação e nos pequenos detalhes que a educação, que a formação do caráter se construirá. E o bom educador estará sempre atento aos passos do seu tutelado.

Porém, não é só na escola que nos educamos. E não são somente as crianças que precisam aprender algo.

Com cada um de nós se passa da mesma forma. Estamos todos no processo educativo, de aprendizado, para conhecer e entender as coisas de Deus, por toda a nossa vida.

Reencarnamos para, a cada experiência terrena, aprender um tanto mais, insculpindo em nossa intimidade o bem e a felicidade.

Mas, para isso, é necessário que passemos pelo processo do aprender, do educar-se.

Afinal, ninguém saberá ler sem o esforço inicial de conhecer o alfabeto, assim como ninguém será versado na matemática, sem o exercício contínuo de manipular os números.

Desta forma, as experiências na Terra sempre trazem consigo o convite ao aprendizado. E para que esse aprendizado aconteça é necessário que entendamos o que a vida nos propõe.

Algumas vezes, a doença desafiadora é o convite da vida para aprendermos a fé e a coragem.

Em outro momento, será a dificuldade financeira a nos ensinar a perseverança, a honestidade, a honradez.

Haverá momentos onde o parente difícil, o cônjuge exigente serão os caminhos que a vida oferecerá para o aprendizado da paciência, da humildade, da compreensão.

As discrepâncias sociais, o desequilíbrio econômico, que geram a miséria e a penúria, serão para nós o aprendizado da solidariedade e da generosidade.

A morte do ente querido, que retorna ao mundo espiritual apartando-se momentaneamente de nós, nos oferece a chance de aprendermos a resignação e a obediência frente aos desígnios da vida.

E as querelas e relacionamentos difíceis no trabalho e no ambiente familiar sempre oportunizarão o aprendizado da benevolência e do perdão.

Por isso, percebamos que a vida será sempre rica em oportunidades, qual uma escola a funcionar todos os dias, com os mais variados professores a nos oferecerem as lições necessárias.

E é Deus, como Pai amoroso, quem cuida do processo de aprendizado de cada um de nós, oferecendo-nos aquilo que melhor nos cabe, no momento mais adequado.

Assim, se as lições da vida baterem à nossa porta, algumas vezes desafiadoras, não temamos nem nos desesperemos.

Confiemos em Deus, o educador maior de todos nós, e apoiemo-nos Nele, através da oração, para que possamos melhor nos conduzir frente às lições.

Assim procedendo, os aprendizados se farão mais efetivos, e mais breves serão as estradas que nos levarão à felicidade e à paz daqueles que já conhecem e agem de acordo com as Leis de Deus.

 

Redação do Momento Espírita.