terça-feira, 16 de abril de 2013

MEDIANTE ESFORÇO



A siderurgia transforma a estrutura dos metais e os trabalha para finalidades compatíveis com programas antes estabelecidos.
 
Artistas alteram as formas de pedras, do bronze, do cobre, do ouro, da prata e lhes transmitem vida, lhes arrancando das entranhas, sob inspiração e esforço, a beleza e a utilidade para enriquecimento da sociedade.
 
Débil raiz cravada na frincha de uma rocha, obedecendo ao finalismo da sua existência, fende a pedra rude e sustenta a planta que sobre ela se desenvolve.
 
* * *
 
A vida responde de acordo com a ação desencadeada.
 
O violento tropeça com a truculência a cada passo.
 
A paciência encontra a harmonia quando persiste.
 
O sanguinário torna-se vítima da própria impetuosidade.
 
O pacifista adquire tranquilidade enquanto defende os ideais que o dominam.
 
O intrigante padece da neurose do medo.
 
A lealdade produz confiança.
 
A irritabilidade leva às ulcerações gástricas, duodenais e ao desequilíbrio da emoção.
 
A concórdia gera harmonia em toda pessoa e lugar.
 
O mal é sombra pelo caminho de quem lhe sofre a ação.
 
O bem é luz irradiante a produzir alegria.
 
Allan Kardec, em sua obra O céu e o inferno, ao abordar o tema Código penal da vida futura, afirma:
 
O Espírito sofre, quer no mundo corporal, quer no espiritual, a consequência das suas imperfeições.
 
As misérias, as vicissitudes padecidas na vida corpórea, são oriundas das nossas imperfeições, são expiações de faltas cometidas na presente ou em precedentes existências.
 
O sofrimento é inerente à imperfeição.
 
Toda imperfeição, assim como toda falta dela promanada, traz consigo o próprio castigo nas consequências naturais e inevitáveis:
 
Assim, a moléstia pune os excessos e da ociosidade nasce o tédio, sem que haja mister de uma condenação especial para cada falta ou indivíduo.
 
Da parte do bem que se faz, podemos aplicar o mesmo raciocínio: toda virtude traz consigo sua felicidade própria.
 
Quando cumprimos as leis Divinas - inscritas na consciência - recebemos por consequência imediata a harmonia, o refazimento e a paz íntima.
 
É Deus dentro de nós afirmando diariamente que os caminhos do amor são os mais seguros, e os únicos que nos levam à anelada felicidade plena e aos braços do Criador.
 
* * *
 
Que nos possamos moldar ao programa do dever de crescer para Deus, domando as más inclinações.
 
A princípio, essa atitude deve ser concentrada nas imperfeições de pequena monta.
 
Esse exercício, feito com disciplina e seriedade, já é caminho para a vitória sobre as paixões mórbidas que procedem do passado delituoso.
 
O alvo permanente deve ser nos libertarmos delas.
 
O homem torna-se o que se trabalha.
 
Não há milagre de transformação moral, em quem não se exercitou nas realizações humanas para a própria sublimação pessoal.
 
Pensemos nisso.
 
Redação do Momento Espírita, com base no cap.7, do livro O Céu e o Inferno, de Allan Kardec, ed. Feb e no cap. 14, do livroAlegria de Viver, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.