segunda-feira, 20 de junho de 2011

Lágrimas: palavras da alma

 

Muitas vezes, na vida, vivenciamos situações em que a emoção é tamanha que nos faltam palavras para expressar nossos sentimentos.

Podemos considerar as lágrimas como as palavras de nossa alma.

Através delas, somos capazes de demonstrar incontáveis sentimentos.

As lágrimas, na maioria das situações, escorrem de nossos olhos sem que tenhamos controle sobre elas.

Em alguns momentos, elas contam histórias de dores, mas também têm na sua essência, algo de belo.

Quando elevamos o pensamento, sintonizando com a Espiritualidade maior, seja com nosso anjo protetor, com o amado amigo Jesus ou com Deus, sentimos os olhos marejados.

Observando a natureza, temos a oportunidade de presenciar alguns espetáculos que ela nos oferece. Emocionamo-nos percebendo a grandeza e a perfeição Divina na presença de um pôr-do-sol, de uma queda d’água ou de um arco-íris.

Diante do nascimento de uma criança, somente as lágrimas são capazes de traduzir e qualificar a magnitude desse instante Divino.

Quando estamos sensíveis, por vezes carentes de alguma manifestação de afeto, um simples aperto de mão ou um afago carregado de amor é suficiente para provocar nossas lágrimas.

Quando deixamos que o som de uma música elevada alcance nosso coração, somos capazes de chorar de emoção, pois sentimos a alma tocada e acariciada por aquela doce e vibrante melodia.

Tanto a dor emocional quanto a dor física nos chegam sem pedir licença, ocupando espaço considerável em nossa alma e em nosso corpo.

Lágrimas são derramadas pela dor da partida de um ente querido, pela dor da ausência e da saudade, pela dor do erro cometido e do arrependimento.

Ao constatarmos a dor do próximo, lágrimas jorram de nossos olhos. Deparamo-nos com tantas carências, tantas necessidades não atendidas, enfermidades, privações e abandono.

* * *

Cada lágrima derramada tem seu significado. Seja ela vertida pela dor ou pela alegria, nos diz que somos seres movidos pela emoção, capazes de exteriorizar os nossos sentimentos.

Demonstra que nos sensibilizamos em momentos simples e efêmeros, indicando que estamos sintonizados com o que há de belo na vida.

E, quando as lágrimas derramadas forem de dor, façamos com que o motivo que nos comove seja também o mesmo motivo que nos move.

Que o movimento seja no sentido da modificação íntima. Que seja impulso para olhar a vida sobre um novo ângulo, para trabalhar em nós mesmos a resignação, a paciência, a esperança, a fé e a confiança em Deus.

Redação do Momento Espírita.

O pequeno e o grande

 

Não é raro que as pessoas comuns manifestem sua inveja, quando a imprensa escrita apresenta fatos da vida de artistas, reis, esportistas famosos.

Invejam a sua riqueza. Sobretudo a sua fama. As pessoas comuns andam todos os dias pelas ruas e não se tornam notícia por terem ido a uma exposição, ao supermercado, à praia.

Não são vistas. Afinal, são tantas as pessoas comuns e, normalmente, umas não olham para as outras.

E isso nos recorda de uma comparação entre o mar, imenso, que joga suas ondas com barulho estrondoso nas pedras e recifes e os rios tranquilos.

É no mar que viajam os grandes transatlânticos, os iates luxuosos e as lanchas velozes, levando pessoas que nos parecem sempre muito felizes.

É o mar que abriga no seu seio tesouros inimagináveis da fauna, da flora e riquezas humanas, resultantes dos naufrágios, de grandes tragédias.

Quando se quer dar um exemplo de algo poderoso, enorme, o mar é o escolhido. Com sua grandeza e perigos, ele assusta muita gente.

Os rios, por sua vez, são calmos. Nascem de pequeninas gotas prisioneiras de vales e montanhas que, aos poucos, vão se libertando e se juntando, formando filetes.

Vão descendo calmas por entre pedras, escolhendo caminhos entre encostas, engrossando e tomando a forma dos rios generosos.

Por serem águas claras e boas, servem para dessedentar o viajante cansado. São a alegria dos pescadores que, em suas águas, se divertem a pescar, sem maiores aventuras.

As crianças barulhentas vão nelas lançar seus barcos de brinquedo.

Os pássaros brincam em suas margens e saciam sua sede. Homens inteligentes as canalizam, de forma que sirvam a muitos outros, em suas casas, no conforto dos seus lares.

Quando as pessoas desejam ouvir os sons graves, buscam o mar. Quando desejam paz, buscam os rios porque sua música é mais suave, delicada.

Os mares e os rios nos dizem que cada um tem seu valor e sua importância.

Se todas as águas fossem salgadas como a dos oceanos e mares, o homem padeceria a sede.

Se não houvesse a tepidez das águas salgadas talvez não existisse a vida na Terra, pois que tudo ali se iniciou.

Mar e rio, oceano e águas tranquilas. Ricos, famosos e pessoas comuns. Todos são importantes no concerto da vida. Cada qual, onde está, com suas condições, tem sua missão, suas dores e alegrias e, sobretudo, a sua responsabilidade.

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Você já pensou que a maravilha na Terra está justamente na diversidade das oportunidades que ela apresenta?

Cada qual, onde se encontre, com o que tenha, pode cooperar para a harmonia da vida.

Quando você passeia pelas ruas bem cuidadas da cidade, deve isso a homens e mulheres comuns que realizam a sua limpeza, podam as árvores e plantam flores nos canteiros.

Quando você admira leis sábias e justas, reverencia os legisladores.

Quando se delicia com uma música, agradece aos compositores.

Todos somos importantes e a Terra se tornaria um caos se todos desejassem ser iguais e fazer as mesmas coisas.

Pensemos nisso e valorizemos o que somos e o que fazemos.

Redação do Momento Espírita.