quinta-feira, 16 de junho de 2011

O SIGNIFICADO DA PAZ

 

Em determinada passagem do evangelho, Jesus afirma:

“Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz; não vo-la dou como o mundo a dá”.

Evidencia-se que a paz do Cristo é muito diferente da paz do mundo.

Para entender o significado da paz do Cristo, torna-se necessário refletir sobre o que habitualmente se concebe por paz.

Os dicionários fornecem inúmeros significados para esse vocábulo.

Por exemplo, identificam-no com ausência de guerra, descanso e silêncio.

Ocorre que o descanso e o silêncio, por si sós, não significam necessariamente algo bom.

Em uma penitenciária, no meio da noite, pode haver descanso e silêncio absolutos.

Mas é difícil sustentar que as criaturas que lá se encontram sejam pacificadas.

Em um charco as águas são paradas e há silêncio nele e em torno dele.

Contudo, não se pode ignorar a podridão que ali jaz oculta.

Também é possível que algumas pessoas sejam conservadas inertes e em silêncio, por medo.

Determinada casa pode ser silenciosa e ordeira pelo pavor que o chefe da família inspira.

Entretanto, a submissão criada pela violência nada tem de desejável.

No âmbito internacional, ao término de uma guerra, freqüentemente são impostas duras condições aos países derrotados.

Ocorre que uma paz que esmaga os vencidos contém em si o gérmen de futuras violências.

Também não raro percebemos coisas erradas acontecendo, em prejuízo dos outros.

Mas podemos preferir silenciar, a título de preservar nossa paz.

Assim, a paz, na concepção mundana, muitas vezes envolve opressão, preguiça e conivência.

Não causa espanto que a paz do Cristo seja diferente da paz do mundo.

Pode-se afirmar que a paz do Cristo constitui decorrência lógica da vivência de seus ensinamentos.

Afinal, o mestre afirmou que não basta dizer Senhor! Senhor! Para entrar no reino dos céus.

É necessário efetivamente realizar a vontade do pai celestial.

Essa vontade encontra-se explícita nas palavras e nos exemplos de Jesus.

O céu a que se refere o Cristo não é um local determinado no espaço.

Trata-se de um estado de consciência (*) em harmonia com as leis divinas.

A paz do Cristo não se identifica com a inércia. É um sublime estado de consciência, feito de serenidade e harmonia. É um profundo silêncio interior, que não depende das ocorrências do mundo.

Essa paz somente pode ser desfrutada por quem ama o progresso e trabalha efetivamente no bem. Ela é muito trabalhosa e operante. Reflete o estado de quem pode observar com tranqüilidade os próprios atos. Só se sente assim quem cumpre seu dever. Não é um presente, mas uma conquista. O seu gozo pressupõe esforço em burilar o próprio caráter, em crescer em entendimento e compreensão.

Apenas se pacifica quem procura desenvolver seus talentos pelo estudo e o trabalho constantes, e utiliza seus talentos na criação de um mundo melhor.

A paz do Cristo está à disposição de todos. Mas só a desfruta quem pratica a lei de justiça, amor e caridade, estabelecida por Deus para a harmonia da criação.

Pense nisso!

Equipe de Redação do Momento Espírita.

JARDIM EM PERIGO

 

 

Quando você planta uma mudinha de flor, qual é a sua primeira preocupação?

Um bom jardineiro dirá que a primeira providência deve ser tomada antes do plantio, no preparo do terreno, escolha do tempo certo, etc.

Mas a nossa pergunta é para você, pessoa comum, que não tem habilidades de jardinagem.

Talvez, mesmo sem ser um profissional da área, você conheça algumas providências básicas para que a mudinha cresça e dê flores.

Uma delas é plantar em terra fértil. Outra é cuidar para que o sol não a queime, a água não a apodreça, as pragas não a comam, as ervas-daninhas não a sufoquem.

Certamente você não colocaria sobre a sua plantinha, algum veneno que pudesse matá-la, não é mesmo?

Pois bem, fazendo uma comparação com a mudinha de flor e uma criança, podemos seguir o mesmo raciocínio.

Se uma planta merece nosso cuidado, um filho merece muito mais.

Mas, infelizmente, alguns pais, que não derramariam na planta produto que a destruísse, permitem que seu filho faça uso de um veneno que está cada vez mais popular entre crianças e adolescentes: o álcool.

Alguns pais permitem, outros incentivam.

Se você visse alguém derramando alguma substância nociva sobre a frágil plantinha, certamente diria:

“Isso é loucura!”

No entanto, você vê um pai ou uma mãe dando bebida alcoólica à criança, e considera isso um fato normal.

Estranho paradoxo, esse!

Hoje os problemas decorrentes do uso de bebidas alcoólicas têm preocupado governantes e muitos têm envidado esforços para conter essa epidemia.

Afinal, esse é um problema que ameaça os valores econômicos, políticos e culturais da sociedade.

Acarretam gastos com tratamento médico, internação hospitalar; provocam o aumento dos índices de acidentes de trabalho, de trânsito, de violência urbana, mortes prematuras, entre outros.

É realmente uma catástrofe de grandes proporções, pois os prejuízos não ficam somente no campo da economia.

Os danos morais e espirituais são ainda maiores.

As perturbações da personalidade do usuário, as lesões afetivas causadas nos familiares, os afetos destruídos, as esperanças despedaçadas, os sonhos ceifados, a infelicidade...

E assim, esse imenso jardim que poderia ostentar flores belas e perfumadas, apresenta flores amareladas, sem perfume, sem viço, sem esperança, de breve aparição no solo terreno...

Os perigos advindos dessa substância nociva chamada álcool, espreitam em cada esquina...

Os malefícios desse veneno vão destruindo a criatura lentamente, qual parasita que lhe rouba as forças e lhe impõe cada vez mais necessidade de uso...

A ação devastadora dessa praga cruel é lenta, mas decisiva...

Você, que consegue perceber a gravidade do assunto, pense com carinho a respeito disso.

Passe a observar quanto descuido paira sobre a infância desprotegida...

Perceba quanta indiferença pesa sobre a juventude desorientada...

E você, jardineira ou jardineiro a quem Deus enviou essas almas para fazê-las florir e dar bons frutos, certamente responderá, um dia, sobre a tarefa que lhe foi confiada.

Pense nisso, e não perca nem mais um minuto, pois em um minuto a situação pode fugir totalmente do seu controle.

Você sabia?

Você sabia que o uso e o abuso de bebidas alcoólicas está cada vez mais cedo na vida de crianças entre 9 e 12 anos de idade?

Justamente numa faixa etária em que o ser está em formação, tanto física quanto psicológica.

Por essas e outras razões é que precisamos, com urgência e determinação, salvar esse jardim em perigo.

Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita.