Jesus era possuidor de paciência e compreensão inigualáveis.
Ouvia as questões mais simples com atenção e, em cada oportunidade, deixava lições profundas, completas, que poderiam ser entendidas naquele momento, bem como servirem aos séculos vindouros.
Certa feita escutou os discípulos discutindo entre eles, sobre qual seria o maior, o mais amado, o de importância mais significativa.
Todos reconhecemos que João é distinguido pelo vosso amor; Pedro é merecedor da mais expressiva confiança; Judas guarda as moedas e se encarrega do controle das nossas modestas finanças... E os demais?
Que somos e que papel desempenhamos no grupo? Afinal, qual de nós é o maior?
Certamente se sentiram constrangidos pela disputa, mas como ela aconteceu, era justo serem honestos, libertando-se das dúvidas.
Jesus envolveu-os na luz da compaixão, e com a sabedoria habitual, respondeu-lhes:
O grão de mostarda, menor e mais insignificante que qualquer outra semente, reverdece com o mesmo tom o solo abençoado pelo trigo vigoroso.
O fruto do carvalho desenvolve a árvore grandiosa que nela jaz, assim como o pólen, quase invisível de todas as flores, se encarrega de transmitir beleza e perpetuar a espécie em outras plantas.
Todos são importantes na paisagem terrestre.
O grão de areia se anula ante outro para construir a praia imensa, que recebe o carinhoso movimento das ondas arrebentando-se no seu leito reluzente.
Tudo é importante diante de meu Pai, não pela grandeza, mas pelo significado de que cada coisa se reveste para a utilidade da vida.
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