quinta-feira, 31 de julho de 2014

NÃO ESQUEÇAS OS ENFERMOS


Filho do coração, não te esqueças dos enfermos, pois eles carecem de nossa assistência moral e espiritual e são nossos irmãos em Cristo, filhos do mesmo Pai Celestial. Se estão em processos de resgate, se sofrem por necessidade de evoluírem, qual de nós não tem as mesmas necessidades?
A misericórdia, que Jesus tanto usou para conosco, é um fato. Por que não nos lembramos do Divino Mestre e exercitamos a compaixão para com os sofredores?
O mundo encontra-se cheio de infortúnios e muitos deles são ocultos. É nosso dever descobri-los e fazer sorrir uma criança, um idoso ou mesmo um jovem cheio de problemas.
A Terra é, pois, um hospital, se assim podemos dizer. As enfermidades são inúmeras, mas a fonte de desequilíbrio é uma só: a falta de amor.
O amor cura as enfermidades do corpo e do Espírito, o amor é alegre, é proveitoso e solícito; o amor é caridoso e rico em todos os dons de que somos portadores. Basta aprendermos a amar, como Jesus nos ensinou a todos.
No mundo espiritual, onde nos encontramos, recebemos constantemente aulas de amor, cada vez mais sublimado, e isso nos faz muito bem ao coração.
Benfeitores espirituais descem do mais alto para nos ensinar, pela palavra e pelo exemplo, o valor desta grande virtude, nascida de Deus. Quem esquece os que sofrem é o pior dos enfermos.
Não é somente nos hospitais que existem sofredores; observa dentro da tua casa e nota, dentro do teu lar que eles  ali se encontram precisando da tua ajuda.
Mesmo tu, se não tens dor que te incomoda o físico, deves ter problemas morais e espirituais que, às vezes, são piores. Começa a curar a ti mesmo e passa para os que te acompanham, segue com paciência que a ajuda dos Céus não te faltará.
Analisa, no teu trabalho, quantos sofrem e, por vezes, ocultam seus sofrimentos. Descubra sem prejudicá-los e ajuda-os a carregarem a sua cruz na subida da vida. Sê uma flor de vida nas vidas dos outros.
Essa é a missão do cristão consciente dos seus deveres filmados na consciência. Se não sentiste ainda nenhuma dor, não te vanglories por essa bênção, pois o sofrimento pode estar a caminho, para o encontro contigo.
A dor é um verdadeiro anjo, pois ensina aos homens a caridade para com o próximo e não deixa esquecer os que padecem em todos os sentidos.
Não deixes passar desapercebidos em teu caminho os enfermos; faze alguma coisa em benefício deles. Se nada tiveres que lhes sirva de amparo físico, usa tua boca para ajudar espiritualmente, com Jesus.


(De “Flor de Vida”, de João Nunes Maia, pelo Espírito Scheilla)  

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Antes do berço


Antes do berço, quase sempre, conhece a alma humana, plenamente desperta, grande parte dos débitos que lhe induzem o coração a mergulhar nas forças do Plano Físico.
Muitas vezes, como o auxílio dos benfeitores que lhe endossam as novas experiências, contempla o quadro de provações em que testemunhará humildade e renúncia.
Muitos candidatos ao recomeço  aprendizagem na Terra, em semelhantes visões do limiar, tremem e choram, debatendo-se em clamoroso receio, acovardados à última hora, quando já não podem recuar nas decisões assumidas.
É então que o afeto dos pais lhes confere doce refúgio.
No clima nutriente do lar, aquietam as próprias ânsias, refazendo-se à luz do entendimento e da prece, para combate consigo mesmo na estrada redentora.
Entretanto, se pais e mães, nessa hora, surgem moralmente inabilitados, entre a indiferença e a discórdia, desajustes e enfermidades poderão sobrevir na grande passagem, porquanto o aborto e o desequilíbrio aparecerão, aflitivos, sobrecarregando o nascituro de pesados gravames que, em muitas ocasiões, só a morte inesperada conseguirá reprimir.
Pais amigos, guardai convosco, ante o berço terrestre, a oração e o carinho, a caridade e a paz, porque sois responsáveis, na luz da reencarnação, por aquele que volta, em nome do Senhor, a rogar-vos abrigo, a fim de burilar-se e servir, ofertando-vos ao mesmo tempo, as mais nobre oportunidades de salvação!...


Emmanuel - De “Família”, de Francisco Cândido Xavier – Espíritos diversos

sexta-feira, 18 de julho de 2014

O que será que viemos fazer aqui no planeta Terra ?


                    O que será que viemos fazer aqui no planeta Terra ?



              
Será que viemos para uma missão grandiosa ?
Ou será que viemos apenas para cumprir uma simples tarefa ?
 
Será que viemos para salvar vidas ?
Ou será que viemos para aliviar as dores das pessoas ?
 
Será que viemos auxiliar as pessoas que buscam justiça utilizando para isso as leis dos homens ?
Ou será que viemos apenas para cumprirmos ordens ?
 
Será que viemos para auxiliar as pessoas com uma conversa esclarecedora ?
Ou será que viemos apenas para zelar de idosos e adoentados ?
 
Ou será ainda mais simples, viemos apenas para sermos um bom pai ou uma boa mãe ?
 
Nós somos todos rotulados conforme o mundo em que vivemos.
Ocupamos os mais diversos papéis e as mais diversas funções na sociedade.
Mas afinal, será que os papéis que ocupamos na vida irão nos fazer pessoas melhores ou será a nossa conduta o meio pelo qual nos tornará seres mais evoluídos?
 
Que bom, se já conseguimos cumprir nossas obrigações com dedicação, responsabilidade e honestidade. Já é um bom início.
 
Mas como fica nossas questões interiores, nossos sentimentos ?
Afinal onde nos encontramos, estamos felizes com a situação que vivenciamos todos os dias ?
 
Será que nosso principal objetivo aqui na Terra não seria a busca pela nossa reforma íntima ?
 
Será que cada um dos papéis que ocupamos seja no contexto família, trabalho, religião, entre outros não seria apenas um gatilho para nos despertar e mostrar os fatores que devem ser melhorados enquanto estivermos aqui na Terra ?
 
Ou melhor ao vivenciarmos as mais diversas situações e experiências na vida, o que tem aflorado de nosso íntimo que devemos melhorar ?
 
Uma mágoa ? Um sentimento de raiva ? Sentimentos de tristeza, depressão ? Isolamento ou solidão talvez ?
 
Somos seres milenares que carregamos conosco tanto virtudes como inferioridades que devem ser ajustadas.
 
Corrigir más tendências.
Não seria esta a nossa principal função aqui na Terra ?


           André Luiz Zanoli


sexta-feira, 11 de julho de 2014

TUA MENSAGEM


Tua mensagem não se constitui apenas do discurso ou do título de cerimônia com que te apresentas no plano convencional; é a essência de tuas próprias ações, a exteriorizar-se de ti, alcançando os outros.
Sem que percebas, quando te diriges aos companheiros para simples opiniões, em torno  de sucessos triviais do cotidiano, estás colocando o teu modo de ser no que dizes; ao traçares ligeira frase, num bilhete aparentemente sem importância, derramas o conteúdo moral de teu coração naquilo que escreves; articulando referência determinada, posto que breve, apontas o rumo de tuas inclinações; em adquirindo isso ou aquilo, entremostras o próprio senso de escolha; elegendo distrações, patenteias por elas os interesses que te regem a vida íntima...
Reflete na mensagem que expedes, diariamente, na direção da comunidade.
As tuas ideias e comentários, atos e diretrizes voam de ti, ao encontro do próximo, à feição das sementes que são transportadas para longe das árvores que as produzem.
Cultivemos amor e justiça, compreensão e bondade, no campo do espírito.
Guarda a certeza de que tudo quanto sintas e penses, fales e realizes é substância real de tua mensagem às criaturas e é claramente pelo que fazes às criaturas que a lei de
causa e efeito, na Terra ou noutros mundos, te responde, em zelando por ti.



ESTUDE E VIVA/FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER E WALDO VIEIRA PELOS ESPÍRITOS EMMANUEL E ANDRÉ LUIZ

quinta-feira, 10 de julho de 2014

BALANÇO DE VIDA


Como anda você? Está sempre on-line, conectado às redes sociais, sabendo de quase tudo a respeito do que fazem seus amigos e os amigos dos seus amigos?
 
Sempre em dia com as fofocas, em tempo real?
 
Você é daqueles que não pode ficar desconectado em momento algum, pois teme perder a notícia mais recente?
 
Você tem centenas e centenas de amigos virtuais e se vangloria disso?
 
Entre esses, é possível que se encontrem pessoas que jamais viu, nem tem bem clara a ideia de onde vivem, o que verdadeiramente apreciam.
 
Também, com certeza, amigos de muito tempo.
 
Responda agora: há quanto tempo vocês não se encontram pessoalmente?
 
Entretanto, o contato pessoal é muito importante, pois nada substitui o calor de um abraço, um olhar profundo de olhos nos olhos.
 
Assim, não deixe escapar a chance de sentir o calor de um aperto de mão, a agradável sensação de ouvir o coração do amigo batendo apressado, ante a emoção do reencontro.
 
Aproveite esses momentos, promova-os e viva-os em totalidade.
 
E, quando sair de casa, aproveite para observar o seu entorno. Deixe o aparelho eletrônico no bolso ou na bolsa.
 
Você está habituado a receber diariamente, via virtual, dezenas de imagens espetaculares, de lugares paradisíacos e com elas se extasia.
 
No entanto, você deixa de apreciar o jardim da sua casa, os canteiros da rua por onde transita.
 
Percebeu que uma rosa amarela desabrochou e derrama pétalas coloridas, atapetando o chão?
 
Notou que o vento da noite arrancou as folhas dos arbustos e preparou um delicado ninho de fofura sobre a grama?
 
Deu-se conta de que a árvore balança seus ramos, em saudação a você, que passa?
 
Sentiu como a ramagem exala delicado e característico perfume, em resposta ao fustigar da chuva da madrugada?
 
Se você está com amigos, desligue o celular, esqueça o Ipad, fique off-line.
 
E conecte-se, fique on-line com quem está com você. Olhos nos olhos, converse, ouça.
 
Já se disse que a voz humana é o mais excelente instrumento musical que existe sobre a Terra. Sirva-se dele como quem dedilha as cordas ou acaricia um teclado.
 
Ouça e grave, na acústica da alma, a voz dos seus amigos, cada qual com seu timbre particular.
 
Ouça o que dizem. Eles poderão narrar detalhes da viagem fantástica, que realizaram há pouco e você compartilhará do seu entusiasmo.
 
Ou, quem sabe, lhes ouvirá o relato das dores que os abraçam e lhes poderá enxugar algumas lágrimas.
 
Um dia, quando a solidão o envolver, você poderá fechar os olhos, acionar as lembranças e ouvir o cristalino som do riso ou o balbuciar de um soluço.
 
Isso é viver, conviver.
 
Pense nisso. Analise. E ponha em prática, hoje ainda. Telefone. (Não mande um torpedo nem digite uma mensagem). Telefone e combine uma saída com seus amigos, com seus primos, sobrinhos.
 
Delicie-se com os sorrisos, com a companhia. Depois, repita isso várias outras vezes, plenificando-se de felicidades, sentindo a irresistível vontade de reprisar as mesmas e salutares emoções, que alimentam a alma e alegram as horas.
 
Redação do Momento Espírita.

terça-feira, 8 de julho de 2014

MATERIALISTAS OU ESPIRITUALISTAS


Materialismo, na definição do dicionário, é a doutrina que vê na matéria a realidade fundamental de todo o Universo.
 
Assim, para o materialista, nada na vida pode ser explicado a não ser a partir do prisma da vida material.
 
Para a doutrina materialista não há fundamentos na crença em Deus ou na imortalidade da alma, uma vez que a matéria deve explicar todos os fenômenos da vida.
 
Apenas afirma que a vida se encerra quando os fenômenos fisiológicos do corpo cessam.
 
Para os espiritualistas, em contrapartida, a vida explica-se a partir da crença em Deus e da existência da alma, assim como na sua sobrevivência após a morte.
 
O espiritualismo, em um sentido amplo, é a base de todas as religiões e da própria religiosidade.
 
Afinal, de uma forma ou de outra, todas as religiões e todas as doutrinas espiritualistas buscam a explicação da vida, na certeza da sua continuidade, após a morte do corpo físico.
 
E são inúmeros os países onde o espiritualismo é a crença majoritária de sua população.
 
Porém, por coerência, se nos dizemos espiritualistas, se cremos que a vida continua após o corpo físico concluir sua tarefa, há que se agir em conformidade com essa crença.
 
É necessário sermos espiritualistas quando a morte chega nos privando da convivência diária e nos apartando fisicamente de um ente querido.
 
Somos muitos os que nos desesperamos, como se tudo acabasse e nunca mais fôssemos nos encontrar.
 
Quantos, ao deparar-nos com a morte do nosso amor, nos revoltamos contra Deus ou questionamos seus desígnios?
 
Seria mais coerente apenas chorar de saudades, na certeza de que a vida não acaba e que o amor vence as distâncias e o tempo.
 
É necessário sermos espiritualistas quando tomamos nossas decisões profissionais, mantendo valores e dignidade e não nos vendendo por um tanto a mais de moedas.
 
Afinal, de que vale ter o bolso cheio e a consciência em conflito?
 
Logo mais, retornaremos à pátria espiritual. E nesse momento, a conta bancária aqui permanecerá, embora nossa consciência nos acompanhe aonde formos.
 
É necessário sermos espiritualistas ao educarmos nossos filhos, mostrando-lhes que o grande objetivo da vida é construirmos nossa felicidade, e não o possuirmos muito, o que, em grande parte das vezes, pouco significa.
 
Dessa forma, ao nos dizermos espiritualistas, tendo ou não uma religião, necessário se faz que sejamos também coerentes com nossas crenças.
 
Ser espiritualista é muito mais do que ter uma religião, seguir um credo ou repetir as externalidades dos cultos.
 
Na verdade, não ser materialista é ter a crença profunda, capaz de refletir em nossos valores e atos, de que sabemos plenamente que a vida em abundância não é esta que vemos, mas aquela que nos aguarda logo mais, após esta rápida passagem pelo planeta.
 
* * *
 
Pensemos: declarando-nos ou considerando-nos espiritualistas, estamos agindo de maneira diversa dos materialistas?
 
Quantas vezes, em nosso cotidiano, não estamos nos posicionando como quem não tem convicção da imortalidade do Espírito?
 
Pensemos a respeito e sigamos no mundo com a certeza de que a vida verdadeira se encontra para além da aduana da morte.
 
Redação do Momento Espírita.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

CONFIANÇA


A confiança nas próprias forças enche o homem de coragem e disposição para lutar.
 
Quem não acredita em si mesmo assume uma postura derrotista.
 
Antes mesmo de tentar, já admite a derrota.
 
Todo empreendimento pressupõe planejamento, estratégia e trabalho a ser realizado.
 
Mas a confiança da possibilidade da vitória é imprescindível para que ela ocorra.
 
Alguns percalços sempre surgem na realização de uma obra de vulto.
 
O pessimista vê neles uma confirmação de sua incompetência.
 
O otimista procura aprender com o malogro, faz ajustes na rota, mas persiste no propósito.
 
A confiança não é necessária apenas em relação a aspectos materiais da existência humana.
 
Ela também é imprescindível em questões morais e espirituais.
 
Muitas pessoas não se dedicam ao burilamento de seu caráter porque acham isso impossível.
 
Acreditam que seus vícios são herança genética e se conformam com eles.
 
Assumem que a gula, o egoísmo, a preguiça e a maledicência são características suas.
 
Imaginam que defeitos morais são imutáveis como a cor dos olhos e a altura.
 
Entretanto, estão errados.
 
O corpo não dá defeitos e virtudes a ninguém.
 
Se fosse assim, a santidade seria apenas um acidente da natureza e não representaria nenhum mérito.
 
Do mesmo modo, a crueldade e a violência seriam mera decorrência da organização física.
 
O Espiritismo ensina que todos os Espíritos são anjos em potencial.
 
Possuem em germe todas as virtudes, mas cada um deve trabalhar para desenvolver seus talentos e habilidades.
 
A transição da ignorância para a angelitude constitui um caminho muito longo.
 
Ele pressupõe inumeráveis encarnações para completar-se.
 
No processo evolutivo, o Espírito, às vezes, erra e, às vezes, acerta.
 
Gradualmente, vai ganhando lucidez e tornando-se mais assertivo.
 
Sempre é necessário reparar os estragos causados nas experiências infelizes.
 
Entretanto, a cada nova experiência o Espírito acumula aprendizado e amplia as possibilidades de agir corretamente.
 
Habilidades intelectuais e artísticas, virtudes e afinidades constituem a herança do que se viveu.
 
Mas também velhos hábitos equivocados deixam sua marca.
 
Assim, as tendências atuais, boas ou más, são o resultado de experiências do passado.
 
Se um homem é violento, a violência não decorre de seu físico, mas de seu Espírito.
 
Um Espírito pacífico e equilibrado não será violento, mesmo se animar um corpo de aparência extremamente rude.
 
Assim, é importante assumir a integral responsabilidade pelo que se é.
 
Quaisquer que sejam suas características, você se construiu assim.
 
Mas está inteiramente em suas mãos modificar-se.
 
Seu destino é a angelitude.
 
Todas as virtudes dos anjos encontram-se latentes em você.
 
Compenetre-se dessa verdade e assuma que se tornar alguém  maravilhoso depende apenas de sua vontade, de seu esforço.
 
Certamente não é fácil romper com velhos hábitos.
 
Calar a maledicência, cessar o julgamento leviano do próximo, domar a gula, disciplinar a sexualidade, tudo isso exige uma boa dose de esforço.
 
O mesmo se dá com o desenvolvimento da compaixão, do gosto por leituras sérias e por conversas construtivas.
 
Entretanto, é possível.
 
Você foi criado para ser um anjo pleno de amor e sabedoria.
 
Tenha confiança em seu luminoso destino e lute bravamente para atingi-lo.
 
Só depende de você.
 
Redação do Momento Espírita.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

PATRIOTISMO


Patriotismo é definido como o amor à pátria, qualidade de patriota, que é a pessoa que ama a pátria e procura servi-la.
 
Quase sempre, quando o vocábulo é dito, se pensa nos heróis, que deram a sua vida em campos de batalha. Na história dos países, são recordados aqueles que lutaram pela liberdade, os que deram o sangue por direitos dos cidadãos, os que defenderam a honra da pátria, em grandes feitos.
 
A História lhes registra os nomes e apregoa os atos. Os considerados grandes patriotas têm seus nomes assinalados no panteão dos heróis.
 
Recordamos que o grande compositor Giuseppe Verdi, que viveu os dias de uma Itália oprimida, se serviu da sua música para insuflar o veio patriótico em um povo que parecia adormecido.
 
Sua ópera Nabuco, que narrava a escravidão do povo judeu e sua libertação, levantou os brios nacionais de tal forma, com o extraordinário Vá pensiero, que esse passou a ser cantado pelo povo como símbolo de uma liberdade a ser buscada.
 
Verdi, mesmo sob a censura severa que sofreu, continuou, servindo-se da sua arte, a gritar pela liberdade, a lembrar aos seus irmãos a riqueza e a honra de ser livre.
 
A ópera A Batalha de Legnano lembrou aos italianos a que fora travada contra os germanos do norte, em 1176; Os lombardos na Primeira Cruzada surgiu como incentivo à luta contra a ocupação dos austríacos, em toda a parte lombarda da Itália.
 
A ópera Joana d’Arc lembrava aos italianos a luta dos franceses contra a ocupação inglesa no século XV.
 
O compositor e maestro, em 1861, foi eleito deputado de uma Itália que ressurgia, unificada, no cenário político europeu.
 
Contudo, pensamos: e cada um de nós, cidadão comum, sem grandes dotes artísticos, ou de oratória, sem uma luta armada para demonstrar o seu brio, como pode manifestar seu patriotismo?
 
Recordamos que, se os grandes heróis promovem os grandes feitos, são os cidadãos, a cada dia, que mantêm a nação.
 
Quando uma mulher gera um filho, contribui para o engrandecimento do país; quando os pais educam suas crianças, estão fornecendo matéria prima burilada para os alicerces da nação.
 
Patriotas podemos e devemos ser, a cada dia, todos os dias. Cumprindo os deveres ditados pela Constituição Federal, sendo homens e mulheres honestos, corretos e fraternos.
 
Quando mantemos a limpeza da calçada em frente à nossa residência, quando auxiliamos a preservar a grama dos jardins públicos, quando não colhemos nenhuma flor dos vasos que embelezam as ruas, estamos sendo patriotas.
 
Estamos servindo ao nosso país. Quando, com nossa ação diária, de trabalhador consciente, nos dispomos a ganhar o pão honrado de cada dia, somos patriotas.
 
Estamos contribuindo para a massa nacional de homens conscientes e honestos.
 
Quando colaboramos nas campanhas de reciclagem do lixo, de economia d’água e energia elétrica; quando respeitamos as leis e pagamos impostos; quando elegemos nossos representantes de forma consciente, somos patriotas.
 
E podemos, com orgulho, olhar para o Pavilhão Nacional e cantar com todo vigor: Salve, lindo pendão da esperança; salve, símbolo augusto da paz...
 
Redação do Momento Espírita.