Quando a ilusão nos traz desenganos, não
nos é lícito lançar sobre os outros a responsabilidade integral do fracasso de
nossa expectativa.
No fundo, somos enganados por nossa
superestimação acerca de criaturas e circunstâncias.
Se a tentação nos pega desprevenidos,
levando-nos ao remorso, e à aflição, não atribuamos a outrem a culpa, e sim à
nossa pouca vigilância.
Por trás do sofrimento oriundo do
orgulho ferido, está a paixão pelas aparências a que se afeiçoa nosso
sentimento de superioridade ilusória.
Ante nossas queixas em torno da
ingratidão, na essência existe apenas a nossa incompreensão a exigir dos companheiros
de experiência atitudes para as quais ainda não estão amadurecidos.
Nossa perturbação nasce de nós pela
nossa incapacidade de avaliação do esforço alheio.
À vista disso, defrontamos um só
problema fundamental: nós em nós mesmos. Aprendamos a conhecer-nos e
conhecermos os outros.
Retifiquemos a nossa vida por dentro de
nós e a vida por fora se nos revelará sempre por maravilha de Deus.
Emmanuel / Médium
Chico Xavier/Livro: Rumo Certo - Ed. FEB